PS ultrapassa AD, Chega desce e BE duplica intenções de voto

[MarcoAntonio]

Independentemente de poder ser verdade parte do conteúdo da mensagem, o teor e terminologia da mensagem do Nirsup, no seu todo, são inaceitáveis para além de deslocados. E como o participante em causa já foi alertado para isto mesmo diversas vezes, haverá consequências, nomeadamente uma suspensão temporária.

O Caldeirão de Bolsa é um espaço de opinião, com regras de utilização. Não é um espaço para o insulto, ofensa ou bota-abaixismo vácuos, meramente porque não se concorda ou não se gosta de determinada abordagem ao investimento ou trading...

[Cem pt]

Saudações e agradecimentos a todo o pessoal que comentou o meu post.

Com toda a sinceridade agradeço também ao Nirsup que, ao contrário do que possam imaginar, tem toda a razão no âmago do que afirma porque na verdade está comprovado que mais de 90% dos day traders perde dinheiro nesta atividade.

Comentando os motivos desta triste realidade, o insucesso deve-se quase sempre à discricionariedade, ao feeling, e essencialmente â falta de regras e métodos bem disciplinados, que infelizmente é aquilo que a esmagadora maioria dos traders pratica!

Mediante testes consistentes do passado, se não forem aplicados os sinais da metodologia a seguir de forma mecanizada e repetitiva neste tipo de trading, inevitavelmente o dinheiro esvai-se com facilidade com o acumular de erros e perdas irrecuperáveis.

Ou seja, para ganhar no day trading a longo prazo as regras têm de ser respeitadas e os princípios de rigidez têm de ser seguidos à risca: seguir o sentido das tendências dominantes e aproveitar os ricochetes dos ciclos oscilatórios, pode-se e deve-se ganhar em ambos os setores deste tipo de trading.

Os resultados no longo prazo têm de seguir um padrão bem definido: a taxa de sucesso nas trades tendenciais andará seguramente pela faixa dos 30% aos 40%, embora com os acumulados das trades positivas a exceder o acumulado das negativas numa relação ideal entre os 1,4 aos 2,5 e nas trades oscilatórias a taxa de sucesso deverá rondar o intervalo dos 65% aos 80% com o acumulado das trades positivas a exceder o acumulado correspondente dos negócios negativos entre 1,2 a cerca de 1,5.

É certo que não é fácil encontrar os indicadores técnicos mais fiáveis ou capazes de gerar uma resposta rápida quando surgem as oportunidades de trading. Talvez um dos grandes motivos para o insucesso dentro daqueles que seguem sistemas de trading nos mercados seja o facto de usarem os indicadores mais simples de todos, as médias móveis, que não são mais que um prenúncio de desastre futuro anunciado. Porquê? Porque fornecem sinais bastante atrasados no tempo, só quem usa Análise Técnica há bastantes anos se apercebe desse handicap, se usarmos por exemplo uma média de 20 barras um sinal de venda só dispara cerca de 8 a 12 sessões de barras seguidas em queda, é uma monstruosidade de espera!

No entanto a esmagadora maioria dos sistemas existentes no mercado continua a insistir nas médias móveis, quando a média móvel dispara um sinal de inversão de tendência já ela terminou há uma data de tempo, um disparate pegado um trader agarrar-se às médias móveis, que não é mais que uma verdadeira receita para o desastre.

Em contrapartida os sistemas que resultam têm obrigatoriamente de dar respostas bastante mais rápidas às viragens dos mercados. Aqui ficam algumas sugestões para certos indicadores técnicos que resultam bem nos mercados em geral: indicadores de volatilidade (ex: movimentos direcionais DMI / Directional Movement Index, DI+, DI-) e de momentum (ex: sentido e força de regressões lineares).

Para terem uma ideia de indicadores técnicos que permitam obter alguma rapidez nos sinais de viragem dos mercados, deixo abaixo o exemplo do meu sistema de trading atual no capítulo dos indicadores tendenciais nos casos do trading semanal e horário sobre o par Euro/Dollar.

Sistema de trading Jaguar - Indicador Tendencial no Gráfico Semanal EURUSD

Sistema de trading Jaguar - Indicador Tendencial no Gráfico Horário EURUSD

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Passando a questões colocadas pelo Kooc:

- A escolha do índice S&P 500 não foi inocente: negoceia na hora em que eu tenho a total disponibilidade para me dedicar aos mercados, precisamente entre o período a seguir ao almoço até à hora do jantar, durante todas as tardes não podemos ser interrompidos e dedicar a atenção completa ao mercado. O índice é pouco manipulado, possui um intervalo bid-ask mínimo e os respetivos CFD não pagam quaisquer comissões. Para quem faz uma média de 5 a perto de 12 trades por dia, usando gráficos até aos 5 minutos, o peso das comissões acaba por ter um peso significativo nos resultados finais a obter.

Obviamente poderia também usar por exemplo o EURUSD mas neste caso teria de andar todos os dias a abrir e fechar novas posições no horário das 14h 30m às 21h, que representa apenas cerca de 25% do tempo diário em que o par cambial se movimenta. Ou seja, antes de abrir a posição no dia seguinte teria de pesquisar o que fez o par durante a noite e a manhã seguintes, uma vez que todas as trades do decorrer das tardes são um pequeno reflexo de parte de movimentos direcionais e de trades oscilatórias incompletas. Isto origina no day trading, em particular em todas as time-frames iguais ou abaixo das 4 horas, alguma disfunção nas trades completas a que estamos habituados, no entanto negociar o EURUSD seria uma opção perfeitamente possível e aceitável.

- O regime lateral é precisamente o choque de posições tendenciais em escalas diferentes que não coincidem dentro do mesmo ativo. Um comportamento lateral duma determinada ação na sua escala diária significa que as tendências nas escalas mais baixas ou mais rápidas estão todas baralhadas, podendo estar por exemplo 3 escalas sub-diárias a apontar para cima e 5 a apontar para baixo. O “holy grail” no trading, ou o cenário que qualquer trader anseia encontrar para negociar, verifica-se quando temos praticamente todas as escalas a apontar para o mesmo sentido. Há quem espere apenas por esse cenário, em geral isto materializa-se nos breakouts de canais horizontais, aí é a altura ideal de dar fogo à peça e negociar a nova força do sentido da quebra do mercado que vai originar o acionamento de inúmeros stops que vão ajudar à festa, penso que não estou a dar nenhuma novidade.

- Negociar escalas mais curtas depende obviamente da disponibilidade de cada um e de negociar essencialmente o tema mais conveniente para essas escalas mais rápidas, que se baseiam não tanto na sua tendência mas sim, como expliquei na introdução a este post, ao seu maior aproveitamento dos seus movimentos caóticos oscilatórios!

- Uso ordens ao mercado quando os sinais aparecem logo que a abertura da barra seguinte confirme o sinal ocorrido na barra onde surge o sinal. Para o efeito utilizo diferentes sinais sonoros de compras e vendas tendenciais e oscilatórias associadas ao sistema de trading na plataforma de trading, que me alertam para a necessidade de dar fogo à peça se por acaso estiver distraído com outras atividades.

Um grande obrigado e ótimo trading para todos vocês.

[Pmart 1]

Em primeiro lugar tenho de agradecer ao Cem , a partilha que tem feito ao longo dos anos dos seus sistemas e forma de actuar no mercado de forma graciosa e sem interesses comerciais.

Em segundo lugar e independentemente de parte da mensagem ser real ( a maior parte dos day traders perde dinheiro) a mensagem do Nirsup colocada aqui e desta forma é tipica do Português , nada adianta nem partilha , mas diz mal do próximo e mesmo fora do contexto critica.

Obrigado CEM pelas tuas inumeras partilhas ao longo do tempo , embora não negoceie no mercado americano e não utilize produtos alavancados o saber e a explicação de sistemas é claramente uma mais valia.

Nirsup tinhas tanto sitio para colocar isso e vieste logo aqui, mas faz parte liberdade é isso mesmo .

Aplicando a tua máxima diria que o sector do NIRSUP está em crise .

[Kooc]

Grande artigo, como sempre, obrigado pela partilha.
Gostaria de colocar algumas questões:

- Face a ter que escolher entre posições tendenciais, ou oscilatórias, se a escolha do índice ou ativo, não faz diferença. Qual a razão para negociar ambos os sistemas no mesmo indice, e não escolher indices ou ativos que se comportem preferencialmente de uma das formas (estou a lembrar-me do forex, que provavelmente é mais "regime lateral" que as ações.

- O que é que é considerado regime lateral. Normalmente falamos da escala diária para definir se está a lateralizar, mas com escalas tão curtas, o critério será eventualmente outro.

- Porquê negociar escalas tão curtas, que obrigam a vários negócios por dia e não comprar um pouco de sossego e escolher apenas escalas mais longas.

- As ordens de compra/venda são efetuadas ,manualmente, ou usas algum sistema automático para as efetuar.

Desculpa a inquisição, obrigado.

[MADxMAX]

Parabéns Cem pt,
Pela partilha e tempo perdido (que nunca o é) em dar a conhecer os teu estudos.

MADxMAX

[Cem pt]

Quem por acaso seguiu alguns dos meus últimos posts sobre trading em tempo real negociando o S&P 500 em multi-escalas certamente terá reparado que todos os negócios incidiam nos 2 tipos habituais de negociação: tendenciais e oscilatórios, usando sempre as mesmas regras estabelecidas dum único sistema de trading baseado em Análise Técnica.

Os resultados obtidos foram bastante curiosos e, com o passar do tempo, fui-me apercebendo de certas nuances que fazem todo o sentido, por exemplo:

1 - Quando o mercado se comporta maioritariamente em regime lateral os resultados tendenciais sofrem prejuízos mais substanciais na carteira e os oscilatórios reagem de forma impecável.

2 - Inversamente quando o mercado dispara numa determinada direção bem definida as trades tendenciais registam ótimos resultados e as oscilatórias fornecem resultados para esquecer.

Uma vez que nem sempre, ou no mínimo só com um certo atraso, conseguimos detetar a tempo um início de regime, talvez fosse melhor assumir uma forma de caraterizar um regime de trading maioritariamente lateral ou oscilatório, recordando que quase todos os especialistas afirmam convictamente que os mercados se encontram entre 70% a 80% do seu tempo total em comportamento essencialmente lateral.

Bem, a afirmação anterior é meramente teórica porque na realidade todos sabemos que existe uma grande aleatoriedade ou variabilidade nos próximos movimentos dos mercados, a imprevisibilidade é a regra dominante e quando finalmente a maioria se apercebe que o mercado está finalmente direcional é numa altura em que, infelizmente, a força tendencial está nas suas últimas arrancadas ou prestes a terminar o seu ciclo direcional.

Mas as conclusões do trading dum mesmo ativo negociado em escalas múltiplas não terminam por aqui. Ao fim de várias centenas de negócios efetuados apreendi também o seguinte, usando sempre o mesmo sistema de trading:

3 - Nas escalas mais rápidas obtêm-se piores resultados nas trades tendenciais e melhores resultados nos negócios do tipo oscilatório, provavelmente devido ao seu comportamento algo caótico com direcionamento bastante imprevisível no que respeita ao que se vai passar na barra ou vela seguinte.

4 – Inversamente as escalas mais lentas, como a semanal e diária, talvez pelo facto de serem mais estáveis no seu direcionamento e previsibilidade, fornecem os melhores resultados nos negócios tendenciais mas as trades oscilatórias pioram na respetiva performance.

5 – Independentemente do mercado se encontrar em regime direcional ou lateral, os negócios oscilatórios obtêm resultados claramente mais satisfatórios se o respetivo sinal de abertura duma determinada posição, longa ou curta, coincidir com o sinal tendencial das 2 escalas imediatamente acima.

Isto é, nesta última conclusão podemos inferir o seguinte quando um sinal oscilatório é disparado, podendo estar perante 3 possibilidades:

- Se tiver um sinal de compra oscilatório na escala de 15 minutos, seguramente teremos mais probabilidades de sucesso se as escalas de 30 minutos e 1 hora estiverem ambas com um sinal de tendência ascendente;
- Se apenas uma das escalas de 30 minutos ou 1 hora tiver um sinal tendencial positivo as possibilidades de êxito da trade oscilatória de 15 minutos baixam em relação ao cenário anterior;
- Finalmente, se o sinal de compra oscilatório aparecer na trade da escala de 15 minutos mas os sinais tendenciais nos 30 minutos e 1 hora forem descendentes, os resultados expectáveis na trade oscilatória serão obviamente bastante mais fracos do que os esperados nos 2 cenários anteriores referenciados.

Tendo em conta todas estas conclusões, como estabelecer uma metodologia próxima da ótima para tirar partido destes fatores?

A resposta é muito simples: teremos de adaptar a quantidade de contratos a colocar em risco a 3 fatores distintos: à escala a negociar, ao tipo de mercado existente, ou seja, se é maioritariamente do tipo direcional ou lateral e, finalmente, à expetativa de sucesso no arranque duma trade oscilatória.

Será que é possível conciliar isto tudo numa solução prática para otimizar os resultados a obter?

Sim, tudo isto pode ser compatibilizado recorrendo a técnicas de money management que procuram aumentar as probabilidades de sucesso consoante a combinação de todos os fatores em jogo, aumentando ou diminuindo as probabilidades de sucesso nos nas diferentes trades em jogo, consoante o tipo de mercado, da trade em presença em cada instante e a escala onde ocorre o sinal de compra ou venda.

Como encontrar então uma solução prática que consiga aglutinar uma resposta positiva a todas estas conclusões prévias?

Conclusão A) Quanto à escala a negociar a solução será a de atribuir nos negócios tendenciais a maior quantidade de contratos às escalas mais lentas, a começar na semanal, decrescendo as quantidades à medida que as escalas vão sendo cada vez mais rápidas, terminando por exemplo na de 5 minutos.

Conclusão B) Por outro lado, falando agora nas trades do tipo oscilatório, o que foi dito atrás tem de ser invertido: as maiores quantidades de contratos oscilatórios deverão ser atribuídas às escalas mais rápidas, começando por exemplo na escala dos 5 minutos, decrescendo a respetiva quantidade à medida que a escala for subindo e se for tornando mais lenta, devendo terminar por exemplo com o menor número de contratos possível na escala semanal.

Conclusão C) Atendendo ao tipo de mercado em presença, sendo ele mais ou menos direcional ou, da mesma forma, menos ou mais lateralizado, a quantidade nos contratos tendenciais aumenta quanto mais direcional estiver o mercado, baixando a respetiva quantidade de contratos para um valor bastante mais baixo se houver a garantia que nos encontramos perante um mercado cada vez mais “sideways”.

Conclusão D) O inverso do que atrás foi dito também é verdadeiro: a quantidade de contratos do tipo oscilatório vai aumentando consoante o mercado estiver mais lateral e atinge uma quantidade mínima de risco nos mercados claramente virados para cima ou para baixo.

Conclusão E) Finalmente teremos de encontrar uma forma de arriscar a quantidade a alocar de contratos oscilatórios em função do direcionamento do mercado em que ocorrem esses sinais cíclicos, aferido pelos sinais tendenciais nas escalas temporais que se encontrem mais acima da escala onde foi assinalado um sinal de compra ou venda oscilatória.

Tudo isto significa que no mesmo ativo financeiro negociado em escalas diferentes não podemos cingir-nos apenas às quantidades habituais negociadas em determinada escala, tudo está interligado e as quantidades a colocar em risco terão de levar em conta coeficientes de acerto otimizados de acordo com todos os fatores mencionados nas diferentes conclusões.

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Para concretizar o que acima quis dizer, passemos a alguns exemplos de cenários práticos possíveis, começando por falar nas trades do tipo tendencial, para explicar melhor a forma de aplicação prática destas conclusões no trading real.

Se considerarem o meu caso pessoal, para ser mais fácil explicar o que pretendo transmitir, negoceio o S&P 500 todos os dias de 2ª a 6ª feira em 9 escalas temporais diversas, a saber: semanal, diária, 4 horas, 2 horas, 1 hora, 30 minutos, 15 minutos, 10 minutos e 5 minutos.

O sistema de trading usado, que dispara os respetivos sinais de compra ou venda, está dividido em 2 sub-rotinas completamente distintas, a primeira dedicada às trades tendenciais e a segunda aos negócios oscilatórios.

Pessoalmente gosto de usar sistemas de trading, sabendo conscientemente que haverá sempre negócios positivos e negativos, seguindo os sinais de forma bastante desemocionada e totalmente mecânica e disciplinada mas sempre com o objetivo de obter uma curva de capital crescente. No fundo trata-se de seguir os sinais dum software previamente programado para detetar os pontos mais favoráveis onde o mercado poderá inverter no longo prazo para trades tendenciais e curto prazo para trades oscilatórias e que se vai mantendo a trabalhar na procura desses sinais porque felizmente o que interessa é ir fazendo dinheiro a longo prazo de forma consistente, embora sujeito a enfrentar insucessos e drawdowns mais ou menos elevados pelo caminho.

Através de testes e do trading real obtiveram-se os resultados dos respetivos negócios, uns positivos e outros negativos.

Obviamente só interessa negociar com um sistema de trading desde que o acumulado dos resultados positivos líquidos supere de forma clara o acumulado dos resultados negativos, se assim não for o sistema de trading não vale de nada e a abordagem aos mercados terá de ser vista de outra forma bem distinta.

Usando a fórmula de Kelly, para cada sistema de trading específico, é possível calcularmos o valor de alavancagem otimizado que nos permite no longo prazo alcançar os maiores e melhores resultados possíveis, chamando também a atenção que os drawdowns históricos obtidos terão também de ser estabelecidos e levados em conta para evitar que alavancagens bastante elevadas possam originar uma alta probabilidade duma conta alavancada poder estoirar e levar um trader à falência!

Usando o meu caso pessoal diria que alavancagem máxima teórica da conta, calculada pela fórmula de Kelly, foi calculado num fator próximo dos 3, ou seja, se eu estivesse a dedicar por exemplo 40.000 Usd para negociar o S&P 500 nas 9 escalas temporais indicadas, valor fictício meramente para explicar melhor o que pretendo transmitir, poderia por exemplo negociar uma média de 3 contratos do S&P 500 para cada escala individual num caso extremo em que todos os sinais tendenciais apontassem num mesmo sentido:

Valor limite em risco = 3 contratos / escala x 9 escalas x 4400 Usd / contrato = 27 contratos x 4400 Usd / contrato = 118.800 Usd

118.800 Usd / 40.000 Usd = 2.97 de alavancagem, ou seja, temos aproximadamente o tal fator de 3 atrás indicado.

Vamos supor agora que o mercado nesta altura detetava que o sistema de trading em causa apontasse para um total de 3 sinais tendenciais ascendentes (semanal, diário e 4H) e 6 sinais tendenciais com sentido descendente (2H, 1H, 30 minutos, 15 minutos, 10 minutos e 5 minutos).

Isto significa que estamos em presença dum mercado moderadamente lateral, pelo que, no próximo sinal tendencial que for disparado em qualquer das escalas temporais, a quantidade de contratos a colocar em risco terá de ser inferior à média dos tais 3 contratos acima indicados e negociados aleatoriamente em qualquer das escalas temporais, uma vez que nos mercados lateralizados as hipóteses de sucesso dos negócios tendenciais são mais reduzidas que num mercado com sentido bem definido.

Ou seja, num mercado do tipo lateralizado a quantidade média de contratos a negociar no próximo sinal tendencial deverá baixar da tal média dos 3 contratos atrás considerados uma vez que as expetativas de sucesso são mais baixas do que se estivéssemos em presença dum mercado tendencial em que todos ou quase todos os sinais tendenciais apontem para o mesmo sentido.

Para calcular o coeficiente prático que afetará a quantidade de contratos tendenciais a negociar neste caso, podemos por exemplo usar uma pequena fórmula em que represente o somatório de todos os sinais tendenciais com o mesmo sentido (= 3-6 = -3) a dividir por metade do somatório de todas as escalas negociadas (= 9 / 2).

= Abs(-3) / 4,5 = 3 / 4,5 = 0,67

Portanto, em teoria, a quantidade de contratos a colocar em risco no próximo sinal tendencial deixa de ser 3 e passa a ser de 2. Ou seja, 3 contratos x 0,67 = 2 contratos.

No entanto teremos também de levar em consideração qual a escala onde vai ser disparado o respetivo sinal tendencial uma vez que, nas conclusões que vimos lá atrás, os resultados serão tanto mais fiáveis quanto mais lenta for a escala temporal considerada.

Não irei entrar agora em detalhes mas posso exemplificar que, para uma quantidade média de 2 contratos para uma escala aleatória, esta teria de ser retificada de acordo com a escala onde o sinal vier a ocorrer de acordo com a última coluna da tabela abaixo:



Time Scale K Tend K Osc N Tend
1S 2,24 0,45 4,472
1D 2,01 0,59 4,012
4H 1,76 0,74 3,521
2H 1,49 0,91 2,979
1H 1,17 1,17 2,342

30M 0,91 1,49 1,825
15M 0,74 1,76 1,472
10M 0,59 2,01 1,171
5M 0,45 2,24 0,894


Ou seja, se por exemplo o próximo sinal tendencial disparado for um sinal de compra tendencial na escala de 10 minutos, a quantidade a comprar ou a vender deveria ser de 1,171 contratos, retirados da última coluna, ou, aproximando às unidades, 1 contrato a comprar na abertura duma nova posição tendencial.

Se tal vier a ocorrer teremos em seguida um mercado ainda mais lateralizado, com 4 sinais tendenciais longos (semanal, diário, 4H e 10 minutos) e os restantes 5 sinais tendenciais curtos nas outras escalas não mencionadas. Isto é, o sinal seguinte tendencial será disparado num mercado quase lateralizado ao máximo, pelo que o coeficiente seguinte de afetação dos contratos tendenciais deixará de ser o anterior valor de 0,67 e passa a ser de:

A nova tabela corrigida virá agora com este aspeto:



Time Scale K Tend K Osc N Tend
1S 2,24 0,45 3,36
1D 2,01 0,59 3,02
4H 1,76 0,74 2,64
2H 1,49 0,91 2,24
1H 1,17 1,17 1,76

30M 0,91 1,49 1,37
15M 0,74 1,76 1,11
10M 0,59 2,01 0,89
5M 0,45 2,24 0,67


Ou seja, na escala de 5 minutos aparece o valor de 0,67 contratos, o que na prática significa comprar 0,5 contratos. De notar que a plataforma de trading em causa permite negociar contratos mínimos de 0,5 contratos em CFD sobre o S&P 500.

Se em vez dum mercado lateralizado, como é o caso dos exemplos apontados, tivéssemos um mercado fortemente direcional, com a totalidade dos 9 sinais tendenciais em todas as escalas a apontar por exemplo para o sentido ascendente, o coeficiente de afetação das trades tendenciais indicaria o seu valor máximo atingindo o valor de 2:

= Abs (9) / 4,5 = 2

Permitindo assim que uma trade aleatória tendencial subisse consideravelmente para 6 contratos: 3 contratos x coeficiente de afetação de 2.

O que permitiria que a correção prática para a quantidade de contratos da tabela acima subisse em qualquer das escalas temporais, consoante o caso:



Time Scale K Tend K Osc N Tend
1S 2,24 0,45 13,416
1D 2,01 0,59 12,037
4H 1,76 0,74 10,563
2H 1,49 0,91 8,938
1H 1,17 1,17 7,025

30M 0,91 1,49 5,475
15M 0,74 1,76 4,415
10M 0,59 2,01 3,512
5M 0,45 2,24 2,683


Isto permite cavalgar uma boa tendência com um número elevado de contratos, para aproveitar bem a onda, e tem a vantagem de, logo que apareça um primeiro sinal contrário de tendência que desfaça esta unanimidade de sinais tendenciais a apontarem todos para o mesmo sentido, usar um número significativo de contratos de sinal contrário para desacelerar rapidamente a alavancagem da carteira, reduzindo o risco de exposição e permitindo uma boa arrecadação de mais-valias numa subida considerável do mercado.

Por se tratarem de trades com um tratamento um pouco mais sofisticado, refiro-me aos negócios do tipo oscilatório, deixarei alguns exemplos práticos deste tipo de negociação, com a aplicação prática das conclusões enunciadas, para um post posterior, até porque este já vai bastante longo e seguramente terá passado em branco à maioria do pessoal que, seguramente, ou não teve pachorra em ler estas pequenas reflexões desde o início desta exposição ou não tem mesmo interesse nenhum em aprofundar os fatores de eventual sucesso em negociar em mercados, particularmente na modalidade de day trading!