Sonae compra francesa BCF por 160 milhões de euros

[cumeke]

Sei que uma maneira de investimentos em vinhos, será a da compra efetiva de garrafas, ter um sitio para as acondicionar devidamente, e posteriormente revende-las realizando as mais valias da sua valorização.

Gostaria de perceber como é que poderá investir em vinhos sem ser desta forma. Fiquei curioso e como investe decidi perguntar.

Garrafas para investimento devem estar, regra geral, no circuito profissional, e não nas casas das pessoas. Em casa deve estar o que é para beber. (Depois há umas exceções, mas não vale a pena agora complicar).

Pelo circuito profissional entende-se diretamente do produtor para armazéns profissionais, tributariamente "afiançados" (livres de imposto enquanto estiverem em armazém), e com certificação de condições técnicas de armazenagem de vinho: vibrações, odores, luz, temperatura, humidade. Este circuito, regra geral, recebe diretamente dos produtores ou de outros armazéns idênticos, para teres garantias de origem.

Os maiores armazéns estão no Reino Unido, não interessa se o cliente é de PT ou da Nova Zelândia, como se fosse ações dás ordem de compra via um broker ou retalhista e o vinho que antes era da pessoa X passa a ser da pessoa Y e é alterada na base de dados quem é o detentor desse vinho localizado nesse armazém (frequentemente também um print de uma etiqueta com código de barras e nome colada na caixa).

Tens aqui um exemplo de um desses locais de armazenamento: https://www.youtube.com/watch?v=ALHrquAfq6o

Para além dos brokers, podes ir via "asset managers", tens um exemplo, entre vários, da VinoVest, não sou cliente, mas coloco aqui porque o site explica bem o processo: https://www.vinovest.co/how-it-works

Já percebi. Muito obrigado pela explicação. Agora o segredo é saber escolher

[MPCapital]

Sei que uma maneira de investimentos em vinhos, será a da compra efetiva de garrafas, ter um sitio para as acondicionar devidamente, e posteriormente revende-las realizando as mais valias da sua valorização.

Gostaria de perceber como é que poderá investir em vinhos sem ser desta forma. Fiquei curioso e como investe decidi perguntar.

Garrafas para investimento devem estar, regra geral, no circuito profissional, e não nas casas das pessoas. Em casa deve estar o que é para beber. (Depois há umas exceções, mas não vale a pena agora complicar).

Pelo circuito profissional entende-se diretamente do produtor para armazéns profissionais, tributariamente "afiançados" (livres de imposto enquanto estiverem em armazém), e com certificação de condições técnicas de armazenagem de vinho: vibrações, odores, luz, temperatura, humidade. Este circuito, regra geral, recebe diretamente dos produtores ou de outros armazéns idênticos, para teres garantias de origem.

Os maiores armazéns estão no Reino Unido, não interessa se o cliente é de PT ou da Nova Zelândia, como se fosse ações dás ordem de compra via um broker ou retalhista e o vinho que antes era da pessoa X passa a ser da pessoa Y e é alterada na base de dados quem é o detentor desse vinho localizado nesse armazém (frequentemente também um print de uma etiqueta com código de barras e nome colada na caixa).

Tens aqui um exemplo de um desses locais de armazenamento: https://www.youtube.com/watch?v=ALHrquAfq6o

Para além dos brokers, podes ir via "asset managers", tens um exemplo, entre vários, da VinoVest, não sou cliente, mas coloco aqui porque o site explica bem o processo: https://www.vinovest.co/how-it-works

[Opcard]

Sim promovem-se como o exemplo em baixo mas não se inscrevem em concurso nunca vi um grande com mendanha ao pescoço .
Primeiro nao precisam tem muita publicidade gratuita , depois imagem só que ficavam atrás de uma zurrapa .

O restaurante oh Vargas em Santarém fez recentemente um combate ibérico entre o melhor vinho português e espanhol , os espanhóis foram esmagados .

“ Restaurante Oh!Vargas recebe Duelo Ibérico entre Barca Velha 2011 e Vega Sicilia Unico 2011”

[previsor]

As vezes uso a app delectable para ver o rating. Parece-me boa e é grátis

[MPCapital]

[quote="Opcard"Os grandes vinhos como digo não participam em concursos , acontece que diversas revistas de vinho compram a garrada e fazem a degustação atribuídos pontos e a marca não o pode impedir [/quote]

Não funciona assim, os grandes vinhos promovem-se imenso, grande esforço de marketing, participam em eventos internacionais selecionados e submetem os seus vinhos a provas, selecionam é bem onde e com quem querem estar. Já se alguém fora do seu target comprar o vinho e quiser escrever sobre ele, it's a free world...

Muita da promoção é feita com provas através de amostras retiradas pelo produtor ainda em fase de envelhecimento na barrica, até porque muitos vinhos mais famosos são vendidos sob a forma de "futuros" e precisam de scoring preliminar para formação de preço e realização de encomendas pelos compradores madrugadores, nos quais me incluo, compro todos os anos "futuros" de bordeaux/burgundy.

Deixo-te aqui 2 exemplos de tastings para score promovidos pelas marcas, como vês são champions league. Muitos outros eventos onde são convidados influencers, bloggers, colunistas, jornalistas, etc. nas próprias quintas e depois são publicados pelos ocnvidados os respetivos scores. Tens os próprios enólogos ou accionistas destes vinhos a participar em grandes eventos internacionais de gastronomia e vinhos e levam o seu vinho, um dos donos do DRC farta-se de participar em eventos internacionais.

[cumeke]

MR Capital, mas estou muito curioso. Como fazes o investimento em vinhos através de brokers. Ou seja, como fazes o investimento em vinho, sem realizar a compra e revenda do mesmo?

Olá, não percebo a pergunta, o que queres dizer com o "sem realizar a compra e revenda"?

Sei que uma maneira de investimentos em vinhos, será a da compra efetiva de garrafas, ter um sitio para as acondicionar devidamente, e posteriormente revende-las realizando as mais valias da sua valorização.

Gostaria de perceber como é que poderá investir em vinhos sem ser desta forma. Fiquei curioso e como investe decidi perguntar.

[Opcard]

Pode ser um grande investimento , uma garrafa de Romanée-Conti 1945 foi adjudicada no 558.000 dólares .


Os grandes vinhos como digo não participam em concursos , acontece que diversas revistas de vinho compram a garrada e fazem a degustação atribuídos pontos e a marca não o pode impedir .


100: os vinhos dos sonhos. São exce­lên­cia. Vinhos rara­mente encon­tra­dos, que ofe­re­cem uma inter­pre­ta­ção incom­pa­rá­vel

De 99 a 95: vinhos excep­ci­o­nais. Dota­dos de uma per­so­na­li­dade forte, des­ta­cam-se pela sua ele­gân­cia, com­ple­xi­dade e poder. Um certo número des­tes vinhos Surge todos os anos na vinha, mui­tas vezes nas gran­des colhei­tas.

De 94 a 91: os gran­des vinhos. O grande vinho é o vinho das gran­des oca­si­ões. A sua per­so­na­li­dade assenta numa com­bi­na­ção per­feita entre o seu ter­roir, a sua casta, a sua téc­nica de vini­fi­ca­ção, a sua vin­dima e o homem que a criou. Uma aposta segura.

De 90 a 87: bons vinhos. Vinhos de uma vini­fi­ca­ção bem con­tro­lada com­bi­na­dos com um ter­roir agra­dá­vel, uma casta fina, na mai­o­ria das vezes em uma safra de qua­li­dade. Vinhos de pra­zer.

De 86 a 83: os vinhos cor­re­tos. Um vinho cor­recto é impe­cá­vel, com uma con­cen­tra­ção e equi­lí­brio médios. Pro­por­ci­ona um mínimo de pra­zer na degus­ta­ção.

[MPCapital]

MR Capital, mas estou muito curioso. Como fazes o investimento em vinhos através de brokers. Ou seja, como fazes o investimento em vinho, sem realizar a compra e revenda do mesmo?

Olá, não percebo a pergunta, o que queres dizer com o "sem realizar a compra e revenda"?

[cumeke]

MR Capital, mas estou muito curioso. Como fazes o investimento em vinhos através de brokers. Ou seja, como fazes o investimento em vinho, sem realizar a compra e revenda do mesmo?

[MPCapital]

Autocolantes nos rótulos/garrafa normalmente são para mass market, produto de supermercado ou montra. No online é diferente, porque o scoring fica destacado, e esses vinhos são imensamente provados para score. Um exemplo:

[Opcard]

Confesso que nunca vi em nenhuma garrafa Romanée-Conti nenhum selo ou medalha mesmo no nosso Barca Velha sendo muito mais barato nunca o vi medalhado .

História já com anos , estou numa certame vejo uma caixa de madeira Romanée-Conti aproximo-me e digo ao senhor do stand isto é decoração , ele diz-me tem 12 garrafas respondo o senhor é um homem rico tem aqui mais de 100 mil euros , continuamos a falar era
para vender e ele pergunta-me é russo digo que sou português ele fica desapontado não me vai comprar digo-lhe que só chego ao Barca Velha ,

Abri uma de 1995 grande investimento pela valorização , sempre são 28 anos cheio de vida com vida para mais 5 anos , mas morreu no último fim de semana .

[MPCapital]

Os grandes vinhos são os que mais vão "a votos" em provas cegas. Não vão é participar no WTA de Oeiras quando jogam no Roland Garros. Há +- uns 10 players do lado do rating/scoring com algum peso para influenciar materialmente preço e volumes. Esse feira/concurso do G&G não mexe o ponteiro global.

P ex, no ranking mais mediático, o top 100 da Wine Spectator, o Cabriz Tinto em 2016 à venda por 3 euros em PT ficou em 46° e um score de 90 pontos. Não teve de se 'mascarar", com 90 pontos seria " Double Gold" no G & G

[Opcard]

Como ganhar muito dinheiro o Marco entendeu a mensagem , poderá ser meu sócio na realização de concursos mas eu não vou ficar só pelos vinhos também a maçã a azeitona podem ganhar medalhas .

Os grandes grandes vinhos nunca participam , será para dar hipóteses aos outros ou a realeza dos vinhos não se mistura com a plebe dos vinhos .

[MarcoAntonio]

História curiosa. Pelos vistos a inscrição são 50 euros e depois mais 60 para os vinhos se puderem gabar do resultado na garrafa. Um custo de mais de 100 euros que, baseado nos teus números, se aplica a mais de 3000 dos cerca de 3600 concorrentes (ou seja, a maior parte). O que me parece que reforça o argumento dos autores da "partida" de que existem concursos meramente para fazer dinheiro...

[MPCapital]

Essa história está um bocado mal contada. Há infinitos concursos , eventos, organizações de scoring de vinhos mundo fora. Nesse que citas, um concurso de segunda ou terceira linha, os vinhos são encaixados em 4 categorias: double gold, gold, silver e bronze. O double gold equivale a 90-100 pontos, o gold serão os 80's e por aí fora. O vinho de supermercado com preço de zurrapa dessa notícia foi cotado em 87 pontos, categoria gold, e para isso é irrelevante o nome, garrafa, etc, porque todas as provas são cegas. A aldrabice do nome releva só para a falta de qualidade no screening da admissibilidade de vinhos a esse concurso, mas não releva para a pontuação.

Vários vinhos de PT baratos têm tido scores elevados em publicações com um bocado mais de relevância, um exemplo não muito distante foi o vinho Colossal Reserva, que podias comprar no Pingo Doce a 4 euros e que teve 90 pontos na Wine Entusiast e 87 pontos na Wine Spectator.

Fui ver o scoring do concurso dessa notícia que citas, submetidos a prova 3 666 vinhos, tendo 590 tido a nota 87 atribuída a esse vinho de supermercado. 930 tiveram nota entre 81 e 86, e 2 146 tiveram nota superior a 87. Destes últimos, 1 061 tiveram nota superior a 90 = double gold.

Nada de muito novo nisto, provas cegas são essenciais no scoring e há obvia subjetividade e muitas variáveis quando se prova e avalia.

[Opcard]

Como ganhar muito dinheiro .

« Pior dos piores" vinhos de supermercado vence medalha de ouro num concurso internacional

30 mai, 2023 - 22:57

Um equipa de televisão belga escolheu um vinho barato e inventou uma nova identidade quando o inscreveu no concurso Gilbert Gaillard.

Foto: Alejandro Garcia/EPA
Foto: Alejandro Garcia/EPA
Um programa televisivo belga decidiu enviar o "pior dos piores" vinhos mais baratos de supermercado para o Concurso Internacional Gilbert Gaillard e a submissão acabou por vencer a medalha de ouro.

Tudo começou quando a equipa do programa "On n'est pas des pigeons" decidiu escolher os vinhos mais baratos à venda, todos abaixo de três euros.

Depois, com a ajuda do sommelier Eric Boschman, escolheram aquele que o especialista classificou como "o pior dos poiores". Foi galardoada uma "mistela" que valia 2,49 euros por garrafa.

Depois, a equipa criou uma identidade visual para o rótulo, inventou um novo nome para o vinho, designando-o de "Le Château Colombier" e submeteu o vinho aos prémios.

Para se inscreverem no Concurso Internacional Gilbert Gaillard, bastou pagar cerca de 50 euros e apresentar os resultados de uma análise laboratorial do vinho.

No final, a equipa conseguiu a medalha de ouro no concurso e, entretanto, expôs o processo todo que levou à conquista.

[MPCapital]

MAs já agora para os vinhos que conhece quais são os brokeres.

obrigado

Nada de especial, uso o wine-searcher e tento equilíbrio entre garantia de origem/conservação e preço, etc.

[investidorpequeno]

por acaso para a semana tenho uma reunião marcada na cultinvest que é um empresa desse âmbito, mas curiosamente investem mais em vinhos franceses italianos e dos EUA.

Cá podemos ser efectivamente pobres, não estou a ver muita gente a comprar uma caixa com 3 vintages de 1999, 2009 e 2019 da quinta do vesuviu, a 250 pau a caixa.

Mas temos os imigrantes ingleses, acho estranho não ser mais dinâmico este sector. MAs já agora para os vinhos que conhece quais são os brokeres.

obrigado

[MPCapital]

gostava de saber se alguém aqui no forum investe em vinhos se por meio de uma emrpesa, se comprando vinho.
Eu tenho um grande stock de porto vintage de vários anos sendo a mais antiga um nielport de 1945 e varias barca velha . do Porto tenho de várias caves da R.C.V, ramos pinto, nielport, etc entre 1970 e 2019

gostava de ter a vossa opinião.

é estranho cá não termos uma indústria de investimento em vinhos mais dinâmica.

Olá,

Estou super investido nesta classe de ativos, que tem funcionado muito bem neste ambiente macro como contraponto à inflação. Antes também funcionava bem mas sobretudo para diversificar e mitigar um pouco a correlação entre o portfolio de investimentos e o ambiente macro.
Invisto de várias formas, via gestão de ativos (pressuponho que é o que tu chamas "empresa") sobretudo nos vinhos que não domino e diretamente via brokers nos vinhos que domino.

Vinhos portugueses não são, infelizmente, um bom investimento versus o resto do mercado. Vintage Port e Madeira têm alguma notoriedade, mas o retorno, pelo menos em quantidade, não existe com exceção de algumas garrafas muito específicas. Nos vinhos tintos o melhor é esquecer, mesmo o barca velha não tem reconhecimento relevante fora da fronteira (já fiz algum €€€ com investimento em barca velha).

Infelizmente não é surpresa que PT não tenha esta indústria mais desenvolvida, não há portugueses em número suficiente com poder de compra capaz de sustentar um mercado secundário de vinho, o país é demasiado pobre. E os que têm alguma atenção a este mercado e alguma sofisticação rapidamente percebem que há outros mercados de vinho onde é melhor investir que o tuguês. Sem sequer falar das dificuldades de operar negócios a partir de Portugal, ex: impostos, burocracia, etc. Os melhores ecossistemas p/ isto são UK, USA, Singapura.

[investidorpequeno]

gostava de saber se alguém aqui no forum investe em vinhos se por meio de uma emrpesa, se comprando vinho.
Eu tenho um grande stock de porto vintage de vários anos sendo a mais antiga um nielport de 1945 e varias barca velha . do Porto tenho de várias caves da R.C.V, ramos pinto, nielport, etc entre 1970 e 2019

gostava de ter a vossa opinião.

é estranho cá não termos uma indústria de investimento em vinhos mais dinâmica.