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Caldeirão da Bolsa

Greenvolt - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Greenvolt

por Àlvaro » 13/4/2022 18:12

Celsius, a Greenvolta terá de cair para que quem (como é o meu caso) receber ações da Green não tenha a tentação de as vender. É esse o ponto, os pequenos vão ficar carregados via Altri e há que ter algum cuidado senão é um ver se te avias a despacharem nelas. :shock:
Mas mesmo que venham a 5, comprar Altri é o negócio certo.
 
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Re: Greenvolt

por Celsius-reloaded » 13/4/2022 15:42

LoneWolf Escreveu:
yaya Escreveu:
NirSup Escreveu:Meus caros Amigos,
Há AQUI uma coisa que muitos ainda não entenderam ou teimam em não entender.
Quando muda o controlo de uma empresa, cotada ou não em Bolsa (e a CMVM é muito zelosa nessa matéria), o comprador (novo controlador) terá de pagar um prémio por isso: prémio de controlo.
A Altri, empresa cotada em Bolsa, vai perder o controlo acionista da Greenvolt. Aparentemente, sem receber qualquer prémio.
Por isso, estou cansado de repetir que não se pode confundir a empresa com o conjunto dos seus sócios/acionistas. A empresa tem vida própria e interesses próprios que poderão ser conflituantes com os interesses dos acionistas ou dos acionistas de controlo.
Poderá haver acionistas da Altri que não querem manter-se como acionistas da nova Greenvolt. E esses acionistas poderão sempre alegar que foram prejudicados com o spin off. Ponto. Final.
By Nirvana

E que não restem dúvidas de que, se a Altri decidisse vender a terceiros parte da Greenvolt, ficando o comprador com o controlo da empresa, a Altri iria receber à conta disso um prémio da venda/alienação do controlo. O que não se verifica nas atuais condições.


"Altri prepara-se para entregar aos seus acionistas a participação de 43,2% que detém diretamente na Greenvolt. Cada 100 títulos da Altri dão direito a 25 ações da Greenvolt."

https://eco.sapo.pt/2022/04/08/altri-da ... 0-titulos/

Se o grupo Altri detém actualmente 58,72% do capital social da GV, então vão passar a ficar com 15,52%.

Quer isto dizer que a Altri deixará de receber no futuro 58,72% dos dividendos da GV (daqui a uns anos quando, e se, os houver).
Deduzo então que os price targets que foram feitos à Altri, com base no potencial da GV, já não farão sentido com a separação das empresas.


Obrigado pela noticia e link, yaya!

estando eu a negociar a partir dos países baixos, também me vao cortar esses 28% durante a distribuição?

0.25€ de dividendo... 3.7% de yield ao valor actual... n sei se vale a pena continuar neste barco.

LW


O barco Greenvolt não paga dividendos :!:

Já o barco Altri paga mto mais dividendos que o valor equivalente a esses 25 cents por ação.
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Re: Greenvolt

por LoneWolf » 13/4/2022 13:41

yaya Escreveu:
NirSup Escreveu:Meus caros Amigos,
Há AQUI uma coisa que muitos ainda não entenderam ou teimam em não entender.
Quando muda o controlo de uma empresa, cotada ou não em Bolsa (e a CMVM é muito zelosa nessa matéria), o comprador (novo controlador) terá de pagar um prémio por isso: prémio de controlo.
A Altri, empresa cotada em Bolsa, vai perder o controlo acionista da Greenvolt. Aparentemente, sem receber qualquer prémio.
Por isso, estou cansado de repetir que não se pode confundir a empresa com o conjunto dos seus sócios/acionistas. A empresa tem vida própria e interesses próprios que poderão ser conflituantes com os interesses dos acionistas ou dos acionistas de controlo.
Poderá haver acionistas da Altri que não querem manter-se como acionistas da nova Greenvolt. E esses acionistas poderão sempre alegar que foram prejudicados com o spin off. Ponto. Final.
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E que não restem dúvidas de que, se a Altri decidisse vender a terceiros parte da Greenvolt, ficando o comprador com o controlo da empresa, a Altri iria receber à conta disso um prémio da venda/alienação do controlo. O que não se verifica nas atuais condições.


"Altri prepara-se para entregar aos seus acionistas a participação de 43,2% que detém diretamente na Greenvolt. Cada 100 títulos da Altri dão direito a 25 ações da Greenvolt."

https://eco.sapo.pt/2022/04/08/altri-da ... 0-titulos/

Se o grupo Altri detém actualmente 58,72% do capital social da GV, então vão passar a ficar com 15,52%.

Quer isto dizer que a Altri deixará de receber no futuro 58,72% dos dividendos da GV (daqui a uns anos quando, e se, os houver).
Deduzo então que os price targets que foram feitos à Altri, com base no potencial da GV, já não farão sentido com a separação das empresas.


Obrigado pela noticia e link, yaya!

estando eu a negociar a partir dos países baixos, também me vao cortar esses 28% durante a distribuição?

0.25€ de dividendo... 3.7% de yield ao valor actual... n sei se vale a pena continuar neste barco.

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Re: Greenvolt

por yaya » 13/4/2022 4:54

NirSup Escreveu:Meus caros Amigos,
Há AQUI uma coisa que muitos ainda não entenderam ou teimam em não entender.
Quando muda o controlo de uma empresa, cotada ou não em Bolsa (e a CMVM é muito zelosa nessa matéria), o comprador (novo controlador) terá de pagar um prémio por isso: prémio de controlo.
A Altri, empresa cotada em Bolsa, vai perder o controlo acionista da Greenvolt. Aparentemente, sem receber qualquer prémio.
Por isso, estou cansado de repetir que não se pode confundir a empresa com o conjunto dos seus sócios/acionistas. A empresa tem vida própria e interesses próprios que poderão ser conflituantes com os interesses dos acionistas ou dos acionistas de controlo.
Poderá haver acionistas da Altri que não querem manter-se como acionistas da nova Greenvolt. E esses acionistas poderão sempre alegar que foram prejudicados com o spin off. Ponto. Final.
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E que não restem dúvidas de que, se a Altri decidisse vender a terceiros parte da Greenvolt, ficando o comprador com o controlo da empresa, a Altri iria receber à conta disso um prémio da venda/alienação do controlo. O que não se verifica nas atuais condições.


"Altri prepara-se para entregar aos seus acionistas a participação de 43,2% que detém diretamente na Greenvolt. Cada 100 títulos da Altri dão direito a 25 ações da Greenvolt."

https://eco.sapo.pt/2022/04/08/altri-da ... 0-titulos/

Se o grupo Altri detém actualmente 58,72% do capital social da GV, então vão passar a ficar com 15,52%.

Quer isto dizer que a Altri deixará de receber no futuro 58,72% dos dividendos da GV (daqui a uns anos quando, e se, os houver).
Deduzo então que os price targets que foram feitos à Altri, com base no potencial da GV, já não farão sentido com a separação das empresas.
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Re: Greenvolt

por NirSup » 11/4/2022 11:33

Meus caros Amigos,
Há AQUI uma coisa que muitos ainda não entenderam ou teimam em não entender.
Quando muda o controlo de uma empresa, cotada ou não em Bolsa (e a CMVM é muito zelosa nessa matéria), o comprador (novo controlador) terá de pagar um prémio por isso: prémio de controlo.
A Altri, empresa cotada em Bolsa, vai perder o controlo acionista da Greenvolt. Aparentemente, sem receber qualquer prémio.
Por isso, estou cansado de repetir que não se pode confundir a empresa com o conjunto dos seus sócios/acionistas. A empresa tem vida própria e interesses próprios que poderão ser conflituantes com os interesses dos acionistas ou dos acionistas de controlo.
Poderá haver acionistas da Altri que não querem manter-se como acionistas da nova Greenvolt. E esses acionistas poderão sempre alegar que foram prejudicados com o spin off. Ponto. Final.
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E que não restem dúvidas de que, se a Altri decidisse vender a terceiros parte da Greenvolt, ficando o comprador com o controlo da empresa, a Altri iria receber à conta disso um prémio da venda/alienação do controlo. O que não se verifica nas atuais condições.
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Re: Greenvolt

por Eduardo R. » 11/4/2022 8:14

...
 
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Re: Greenvolt

por Eduardo R. » 11/4/2022 8:11

NirSup Escreveu:Caros Amigos,
Das duas três.
Como é que a ALTRI, e estamos a falar de uma entidade que é autónoma e distinta dos seus acionistas, abre mão de uma empresa com um potencial tão grande de crescimento?
Até se poderia falar de gestão danosa (crime pp no nosso ordenamento penal).
Respostas:
a) O potencial de crescimento não é assim tão grande.
b) A empresa está superhipervalorizada em Bolsa (pelo que o negócio é oportuno).
c) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.
By Nirvana


A Altri é uma empresa produtora de pasta de papel. O contexto atual que vivemos tornou os ativos produtores de energia que detinha (e que eram simplesmente um completo à atividade core da empresa) extremamente valiosos. Esses ativos foram colocados no mercado de forma parcial para realizar algum desse valor e permitir que a empresa que daí resultou (Greenvolt) pudesse operar com uma equipa de gestão competente e especializada, de forma independente e com capacidade de atrair acionistas interessados apenas no setor das energias renováveis. Tendo sido um sucesso, o passo lógico a seguir é fazer uma divisão completa das duas bases de ativos.

Os acionistas que entraram na Altri pelo conjunto de todos os ativos vão continuar a deter exatamente a mesma posição em ambas as empresas, com a vantagem da liquidez adicional caso venham a querer desfazer-se de um deles. E os que não quiserem ter Greenvolt, podem escolher vender no mercado e manter/reforçar a posição no negócio original. Qual é a dificuldade em compreender isto?

PS: Já agora, isto é exatamente o mesmo tema com a F.Ramada há uns anos. Alguém acredita que a componente de reciclagem de aço e gestão de propriedade florestal valeria 200M se esses ativos continuassem no balanço da Altri? No entanto, os acionistas que optaram por manter as ações da Ramada após o spin-off já viram as ações valorizar 500% mais o dobro ou triplo do valor original em dividendos desde 2008.
Editado pela última vez por Eduardo R. em 11/4/2022 8:14, num total de 1 vez.
 
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Re: Greenvolt

por pepe7 » 10/4/2022 23:33

A Greenvolt apesar de estar recentemente cotada em bolsa (julho de 2021), isto é, com pouco histórico, tecnicamente tem demonstrado sinais de força, tendo recentemente voltado a fazer novos máximos de sempre. Ou seja, está Bullish numa perspectiva de médio/"longo" prazo.
Quando ao curto prazo, pessoalmente acredito que vá efectuar um retracção. Logo, para quem está fora e pretende entrar longo, sugiro muita prudência, pois, caso ocorra a suposta correcção, não "sabemos" até onde poderá ir!
Aliás, seria interessante se a Greenvolt formasse uma nova zona de suporte, possível zona de entrada.
Anexos
Greenvolt .PNG
Abraço,
Pepe

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Re: Greenvolt

por Celsius-reloaded » 10/4/2022 22:59

NirSup Escreveu:Caros Amigos,
Das duas três.
Como é que a ALTRI, e estamos a falar de uma entidade que é autónoma e distinta dos seus acionistas, abre mão de uma empresa com um potencial tão grande de crescimento?
Até se poderia falar de gestão danosa (crime pp no nosso ordenamento penal).
Respostas:
a) O potencial de crescimento não é assim tão grande.
b) A empresa está superhipervalorizada em Bolsa (pelo que o negócio é oportuno).
c) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.
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Nem sei que diga. :shock:
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Re: Greenvolt

por NirSup » 10/4/2022 21:59

Caros Amigos,
Das duas três.
Como é que a ALTRI, e estamos a falar de uma entidade que é autónoma e distinta dos seus acionistas, abre mão de uma empresa com um potencial tão grande de crescimento?
Até se poderia falar de gestão danosa (crime pp no nosso ordenamento penal).
Respostas:
a) O potencial de crescimento não é assim tão grande.
b) A empresa está superhipervalorizada em Bolsa (pelo que o negócio é oportuno).
c) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.
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Re: Greenvolt

por trend=friend » 10/4/2022 20:21

Eduardo R. Escreveu:
NirSup Escreveu:Caro Álvaro,
Estás a ver a EDP a distribuir a EDPR pelos seus acionistas? Certamente que não. Nem Tu nem eu. A EDPR é demasiado valiosa para a EDP empresa, como entidade autónoma e distinta dos seus sócios, abrir mão do seu controlo.
A ser verdade o que afirmas (e eu não estou em condições de dizer que estejas totalmente errado) o spin off da Greenvolt é, no mínimo, uma decisão esquisita da gestão da Altri. E que levanta muitas interrogações.
A quem aproveita esta operação? Qual é o propósito da gestão da Altri (ou dos seus acionistas controladores?).
Talvez o futuro nos traga algumas respostas.
Bom fim de semana e bons negócios.
By Nirvana


Os acionistas principais são comuns às duas empresas, o que há de esquisito nisso? Eu pessoalmente tenho interesse em tirar partido da fase do ciclo em que as papeleiras se encontram e, como investidor focado preferencialmente em empresas subavaliadas, não tenho interesse em ter uma posição numa empresa sobreavaliada como a Greenvolt. Ainda para mais, o mercado tem claramente subavaliado o negócio do papel na cotação da Altri - se retirarmos a componente do Balanço e Resultados da Greenvolt às contas da Altri, é claro como água que o que resta da Altri está incrivelmente subvalorizada. E isto não é novo, há toda uma indústria financeira dedicada há décadas a procurar por este tipo de ineficiências e a lucrar com a separação de negócios com a perspetiva de que cada um deles seja justamente avaliado no mercado.

Um exemplo mais high-profile que existe atualmente é o da Bath, Bed & Beyond que tem sido alvo de investidores ativistas à procura de partir o negócio com a justificação de que existem segmentos que valem mais do que o negócio como um todo e que esse valor só será desbloquado se e quando for possível investir numa lógica de pure-play (que na Altri, não é possível neste momento já que tenho de levar com a Greenvolt pelo meio).

Para rematar, a separação dos negócios vai acontecer e isso interessa à Altri e à Greenvolt (que vê a sua liquidez e independência aumentada). Quanto ao Paulo Fernandes e restantes acionistas, vai dar exatamente ao mesmo, já que a distribuição das ações da Greenvolt lhes permite manter o controlo mas, em vez de ser indiretamente via Altri, passa a ser diretamente como acionistas na Greenvolt.



Uma visão bastante completa e lúcida, Eduardo.

Acrescento apenas que a separação facilitará eventuais aumentos de capital futuros na Greenvolt, com uma base acionista reformulada, cada um focado no que lhe interessa e sem a Altri ter de entrar nesses aumentos de capital numa proporção enorme
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Re: Greenvolt

por Àlvaro » 10/4/2022 19:06

Eduardo, o que ele não está a perceber é que se compra Greenvolt comprando Altri. E foi exatamente por aqui que passei a ter outra perceção do fututo da Altri. Mesmo para os céticos, como eu, há que aceitar que se trata de uma jogada daquelas que entala qualquer rei num xeque mate. :evil:
 
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Re: Greenvolt

por Eduardo R. » 10/4/2022 15:10

NirSup Escreveu:Caro Álvaro,
Estás a ver a EDP a distribuir a EDPR pelos seus acionistas? Certamente que não. Nem Tu nem eu. A EDPR é demasiado valiosa para a EDP empresa, como entidade autónoma e distinta dos seus sócios, abrir mão do seu controlo.
A ser verdade o que afirmas (e eu não estou em condições de dizer que estejas totalmente errado) o spin off da Greenvolt é, no mínimo, uma decisão esquisita da gestão da Altri. E que levanta muitas interrogações.
A quem aproveita esta operação? Qual é o propósito da gestão da Altri (ou dos seus acionistas controladores?).
Talvez o futuro nos traga algumas respostas.
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Os acionistas principais são comuns às duas empresas, o que há de esquisito nisso? Eu pessoalmente tenho interesse em tirar partido da fase do ciclo em que as papeleiras se encontram e, como investidor focado preferencialmente em empresas subavaliadas, não tenho interesse em ter uma posição numa empresa sobreavaliada como a Greenvolt. Ainda para mais, o mercado tem claramente subavaliado o negócio do papel na cotação da Altri - se retirarmos a componente do Balanço e Resultados da Greenvolt às contas da Altri, é claro como água que o que resta da Altri está incrivelmente subvalorizada. E isto não é novo, há toda uma indústria financeira dedicada há décadas a procurar por este tipo de ineficiências e a lucrar com a separação de negócios com a perspetiva de que cada um deles seja justamente avaliado no mercado.

Um exemplo mais high-profile que existe atualmente é o da Bath, Bed & Beyond que tem sido alvo de investidores ativistas à procura de partir o negócio com a justificação de que existem segmentos que valem mais do que o negócio como um todo e que esse valor só será desbloquado se e quando for possível investir numa lógica de pure-play (que na Altri, não é possível neste momento já que tenho de levar com a Greenvolt pelo meio).

Para rematar, a separação dos negócios vai acontecer e isso interessa à Altri e à Greenvolt (que vê a sua liquidez e independência aumentada). Quanto ao Paulo Fernandes e restantes acionistas, vai dar exatamente ao mesmo, já que a distribuição das ações da Greenvolt lhes permite manter o controlo mas, em vez de ser indiretamente via Altri, passa a ser diretamente como acionistas na Greenvolt.
 
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Re: Greenvolt

por NirSup » 10/4/2022 13:39

Caro Álvaro,
Estás a ver a EDP a distribuir a EDPR pelos seus acionistas? Certamente que não. Nem Tu nem eu. A EDPR é demasiado valiosa para a EDP empresa, como entidade autónoma e distinta dos seus sócios, abrir mão do seu controlo.
A ser verdade o que afirmas (e eu não estou em condições de dizer que estejas totalmente errado) o spin off da Greenvolt é, no mínimo, uma decisão esquisita da gestão da Altri. E que levanta muitas interrogações.
A quem aproveita esta operação? Qual é o propósito da gestão da Altri (ou dos seus acionistas controladores?).
Talvez o futuro nos traga algumas respostas.
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Re: Greenvolt

por Àlvaro » 10/4/2022 12:57

Nir, parece-me não estares a perceber uma evidência. Então se fosse como dizes que sentido faria ter reforçado tão recentemente, tendo até comprado acima de 6? Isso não faz sentido, penso não estares a perceber o que se passa com a guerra e suas consequências, princpalmente ao nível da energia. O gás é para esquecer e a Greenvolt vai fornecer energia às empresas, é esse o seu foco. Já a EDP(r) está mais focada num mercado mais competitivo. Não te surpreendas se o crescimento da Greenvolt seja exponêncial nos próximos anos. Se agora corrige? Sim, é provável, talvez chegue a 6, mas abaixo disso terás compradores.
 
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Re: Greenvolt

por NirSup » 10/4/2022 9:24

Àlvaro Escreveu:NirSup, essa dúvida faz pouco sentido. Então se entra a esses valores! Nesse caso esperaria para entrar mais abaixo. Aí não vejo motivo para desconfiar.


Caro Álvaro,
Pega numa calculadora. O Paulo Fernandes investiu 1,8 milhões de euros na compra das ações da Altri.
Agora faz esta conta: quanto pode vir a ganhar o Paulo Fernandes (na qualidade de sócio de referência da Altri) se conseguir despachar uma parte significativa do capital da Greenvolt ao preço a que está na Bolsa a Greenvolt?
Quanto a mim, o preço em Bolsa da Grenvolt está a mais do dobro do seu preço justo. E já estou a ser muito benevolente.
Faz as contas e diz-me a que conclusão chegaste.
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Em tempo: o Paulo Fernandes e os outros grandes acionistas da Altri, como é óbvio.
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Re: Greenvolt

por NirSup » 10/4/2022 9:23

....
Editado pela última vez por NirSup em 10/4/2022 9:32, num total de 1 vez.
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Re: Greenvolt

por Àlvaro » 9/4/2022 20:44

NirSup, essa dúvida faz pouco sentido. Então se entra a esses valores! Nesse caso esperaria para entrar mais abaixo. Aí não vejo motivo para desconfiar.
 
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Re: Greenvolt

por NirSup » 8/4/2022 23:08

Àlvaro Escreveu:Nir, estive a olhar para isso para perceber melhor e reparo que o Paulo Fernandes andou a reforçar a 5.85 há pouco tempo. O tipo nunca reforça sem fazer contas! Olhando para o futuro da Greenvolt diria que abaixo de 6 haverá quem compre, claramente, olha para a capitalização e para o crescimento provável... Mas é bem observado. Porém parece-me evidente que qualquer retração da Altri terá comprador imediato. É muita fruta! Mesmo com a Greenvolt a 6 são mais de 20%!


Caro Álvaro,
Sobe um pouco este tópico. Vê o mapa a comparar a capacidade instalada da Greenvolt e da EDPR. Esta tem de MW operacionais (e são estes que engordam o EBITDA) 105 vezes mais que GreenVolt.
Se a GreenVolt vale €7.80, quanto valerá a EDPR?
Conheço o Paulo Fernandes de ginjeira. Há dezenas de anos. Andava ele a dar os primeiros passos na Bolsa. E é verdade que não dá ponto sem nó. Espero que não esteja a preparar-se para dar um nó cego a muitos investidores.
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Re: Greenvolt

por Àlvaro » 8/4/2022 22:38

Nir, estive a olhar para isso para perceber melhor e reparo que o Paulo Fernandes andou a reforçar a 5.85 há pouco tempo. O tipo nunca reforça sem fazer contas! Olhando para o futuro da Greenvolt diria que abaixo de 6 haverá quem compre, claramente, olha para a capitalização e para o crescimento provável... Mas é bem observado. Porém parece-me evidente que qualquer retração da Altri terá comprador imediato. É muita fruta! Mesmo com a Greenvolt a 6 são mais de 20%!
 
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Re: Greenvolt

por NirSup » 8/4/2022 20:29

Aviso: se trabalhas com volts ou te isolas muito bem ou corres o risco de virar churrasco (qualquer eletricista sabe disso).

A Altri detém 52.523.229 ações da GreenVolt, sendo que 70% das ações da Altri estão nas mãos dos sócios de controlo da empresa (os 5 magníficos).
A Altri detém, atualmente, o controlo acionista da Greenvolt. Após o spin off os 5 magníficos vão passar a deter o controlo da Greenvolt. Isto parece-me pacífico.
Supondo que estes 5 magníficos não vendam qualquer ação da GreenVolt após o spin off, mesmo assim a liquidez da GreenVolt terá uma volta de 180 graus.
É óbvio que muitos acionistas da Altri que irão receber ações da Greenvolt não irão vender, mas muitos outros irão desfazer-se delas na primeira oportunidade.

As perguntas que eu coloco a esta erudita audiência são as seguintes:
1) A remuneração total em dinheiro e em espécie nunca poderá superar o valor de 112.748.942 de euros. Mas 52.523.229 ações da Greenvolt, à cotação atual, valem bem mais do que esse valor. O que pode conduzir a que o dividendo distribuído seja zero. E mesmo assim, a sobrarem ações, a quem serão atribuídas as ações sobrantes?
2) Tendo em conta o impacto da fiscalidade no número de ações que cada investidor irá receber – os impostos variam em função do tipo de investidor - (um investidor sujeito a uma taxa de retenção na fonte de 28% irá receber apenas 18 ações), a quem serão atribuídas as ações sobrantes?
3) Será que essas ações poderão ser negociadas livremente em Bolsa pela Altri como compensação das retenções feitas por conta dos seus acionistas, que terão de ser pagas ao Estado em cash?

Em conclusão: após o spin off, a liquidez da Greenvolt (freefloat) em Bolsa irá ter um acréscimo significativo. O que é bom para a cotada. Será que vamos assistir a um sell panic nos dias imediatos à cisão da Altri com a GreenVolt?
Falo nada. Só observo.

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Re: Greenvolt

por 5640533 » 1/4/2022 13:07

Não percebo as subidas da Greenvolt. Sinceramente parece-me uma bolha.
 
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Re: Greenvolt

por yaya » 31/3/2022 20:08

NirSup Escreveu:
yaya Escreveu:dos 119 o que é biomassa e energia renovável?

Os 119 MW de capacidade instalada respeitam a biomassa, em Portugal e no Reino Unido (51% da Tilbury Power Plant).
A Greenvolt não tem em operação qualquer capacidade instalada em eólica e em solar.
Tem em construção 48 MW (solar) em Tábua e 50 MW de eólica em 2 parques na Polónia.
EDPR vs. GreenVolt.png

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Ou seja atualmente 100% produção energia da GV tem como origem a biomassa.

Mas se "as energias renováveis são fontes inesgotáveis de energia obtidas da natureza que nos rodeia, como o sol, o vento e a água" pode-se considerar a biomassa como energia renovável?

------------

hoje saiu o resultado de 2021 da Impresa e comparando com os lucros da greenvolt:

Greenvolt lucro 11,9M - capital mercado 906,6M
Impresa lucro 12,6M - capital mercado 42,17M
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Re: Greenvolt

por NirSup » 31/3/2022 14:31

yaya Escreveu:dos 119 o que é biomassa e energia renovável?

Os 119 MW de capacidade instalada respeitam a biomassa, em Portugal e no Reino Unido (51% da Tilbury Power Plant).
A Greenvolt não tem em operação qualquer capacidade instalada em eólica e em solar.
Tem em construção 48 MW (solar) em Tábua e 50 MW de eólica em 2 parques na Polónia.
EDPR vs. GreenVolt.png
EDPR vs. GreenVolt.png (16.51 KiB) Visualizado 6473 vezes

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Re: Greenvolt

por yaya » 31/3/2022 11:51

NirSup Escreveu:GreenVolt vs. EDPR

Apesar do discurso pomposo das empresas de Energias Renováveis, quando falam do seu portfólio ou pipeline, o que conta para o EBITDA são os MW comissionados, isto é, em operação. E o que interessa para a estatística (e para as contas dos investidores) são os MW em operação, em construção e prontos a ser construídos (com todas as licenças e autorizações dadas).
Lançar para a opinião pública números mirabolantes de projetos de energias renováveis em apreciação, em estudo ou em desenvolvimento, isso é pouco mais do que nada, porque esses projetos podem nunca ver a luz do dia, por variadas razões.

Situação em 31/12/2021
EDPR vs. GreenVolt.png

Alea Jacta Est: Faites Vos Jeux!

By Nirvana


dos 119 o que é biomassa e energia renovável?
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