BearManBull Escreveu:Carrancho estás a mostrar aquilo que queres e não aquilo que 40 milhões realmente opinião. O facto de haver mais de 2 milhões de refugiados demonstra que ha muita gente que não esta para se meter em guerras.
Não propriamente, esta caracterização não é objectiva.
Como te referi atrás, o povo ucraniano está a decidir e não estão a decidir todos o mesmo. Muitos dos refugiados incluem apenas a mãe e os filhos, em que os maridos ficam para trás para defender o país. Há, novamente, um risk assessment e cada um toma a sua decisão. Esta decisão não deve ser caracterizada como
"demonstra que ha muita gente que não esta para se meter em guerra" pois isto reflecte apenas o ponto que tu queres fazer valer. Dou de barato que se aplica a alguns dos 2 milhões, mas estou certo (e há evidências) de que não é uma caracterização correcta para muitos deles.
A decisão de sair do país não significa necessariamente "não se querem meter em guerras". Pode significar perfeitamente, vamos proteger os nossos filhos e aqueles que têm condições para lutar ficam para trás. Incluindo, por exemplo e por hipótese, o pai desses filhos. Isto (a ocorrer) não reflecte uma decisão de não se meterem em guerras nem pouco mais ou menos.
BearManBull Escreveu:Alem disso como foi aqui referido, os homens são proibidos de sair do pais.
Apenas para determinadas idades. E se tiverem pelo menos um determinado número de filhos (não tenho presente quantos) podem sair em qualquer idade. Não consta que a maior parte esteja a ficar contra a vontade (é difícil de medir, mas não podemos assumir uma coisa ou outra à falta de mais informação).
Os que ficam para trás e contra a vontade podem ainda optar por tentar desertar ou simplesmente renderem-se.
Fecho o post como comecei, os ucranianos estão a decidir por eles, dentro das limitações naturais (e riscos) destes processos. O resultado está à vista: uma feroz resistência à Rússia. E não consta que haja por aí um grande movimento ucraniano para parar com a resistência...