Carrancho_ Escreveu:
Quem demarca esses limites e decide onde e em que condições se podem fazer referendos independentistas, por exemplo, no suposto bairro Lisboeta com uma comunidade imigrante se a maioria já for de segunda ou terceira geração, nascidos e criados naquelas terras, será que podem um dia pedir um referendo?
Nós nem sequer sabemos ou alguma vez vamos saber se realmente havia nos territórios ocupados uma vontade de independência ou anexação à Rússia. Mas sabemos que o que se passa lá já se passou em outros locais, como na Geórgia, o provocador dessas instabilidades foi sempre externo e o mesmo. Talvez eu andasse distraído, mas antes de surgirem essas instabilidades nunca tive conhecimento que os russos, pró russos, russófonos... fossem perseguidos ou discriminados.
Para mim é claro que o problema se resume a vontade de expansão/domínio/império russo de Putin e não lhe podemos ceder 1 mm ou a dor moderada de hoje torna-se insuportável no futuro (próximo).
Porque não fazer a demarcação com as já existentes, certamente o Donbas têm as suas próprias fronteiras como os nossos distritos, todos sabem onde começam e acabam. Mas poderiam ser ajustadas consoante a manifestação de algumas localidades fronteiriças da linha de delimitação, mostrassem vontade de participar no referendo, seria sempre casos a ponderar.
Claro que um referendo não pode ser organizado em cima do joelho e há sempre situações a ponderar e certamente algumas delas com dificil acordo entre as partes, mas faz parte da Democracia, tomar decisões politicas.
A Ucrânia nada tem a ver com Lisboa ou outra parte qualquer do território Nacional, na Ucrania todos os dias morrem pessoas inocentes e há uma catástrofe humanitária.
Concordo que antes de 2014, não havia discriminação ou perseguição aos Russófonos, nem destes em relação aos Ucranianos, mas em 2014 tudo se alterou e a partir daí há uma guerra pela disputa desse território, se a solução por mim inventada fosse motivo para acabar com a guerra, porque não a tentar, e isto não era dar território á Russia mas sim escutar o povo e decidir de acordo com a sua vontade, não era ceder a Putin mas sim á população Ucraniana.
A retirada de todas as tropas Russas e a deposição das armas por parte dos independentistas, por si só constituía uma derrota para o Putin.
E sim concordo plenamente que esta guerra apenas têm o objectivo da expansão do império Russo e a ambição de Putin ficar para a história como aquele que refundou o império.
Logo no inicio, quando ainda o bloco de esquerda estava alinhado com o Putin, dizendo que a culpa era da Nato que queria invadir a Russia eu escrevi (não neste espaço) que se não travassem o Putin ele tomava os estados Bálticos, a Moldávia onde já tem o terreno preparado e depois a Geórgia onde também tem o terreno já armadilhado. Começou pela Croácia porque pensava que fosse alvo fácil e aquele que melhor e mais fácil lhe daria rendimento para depois poder avançar com a sua ambição expansionista.
Há que o parar com todas as forças e meios disponíveis. Por mim já estavam as forças da NATO na defesa da soberania Europeia, e não era agora, era logo no dia 25 de Fevereiro, mas andam todos borrados com medo do Putin e a dar-lhe argumentos para um dia usar armas nucleares e dizer que estão a atacar o território Russo do Donbass. Nunca lhe deviam ter permitido sequer que ele pensasse em referendos, e isso nunca sucederia se á minima tentativa de invasão fossem metidos no seu devido lugar.