Lusitanus Escreveu:Eu não sei se a Rússia acabará por usar na Ucrânia armas nucleares táticas, mas ao contrário de muitos, aqui, levo a sério as ameaças russas nesse sentido e acho os russos muito bem capazes de o fazer se perderem território entretanto "anexado" por eles.
Que fique claro: não sei se a Rússia utilizará armas nucleares táticas na Ucrânia, mas acho que isso pode vir a acontecer, em caso de desespero da liderança russa.
Lusitanus, não sei quem são os "muitos" nem sei bem o que é que defines por levar a sério ou não. Aqui ninguém é alto responsável ou diplomata, portanto discutimos no plano da opinião (não somos presidentes, embaixadores ou ministros da defesa nem nada que o valha, vou assumir) e dizemos simplesmente o que pensamos sobre a probabilidade de determinadas ocorrências ou algo equiparável.
MarcoAntonio Escreveu:Em relação ao uso de armas nucleares, em particular, a minha posição mantém-se a mesma (utilização de armas estratégicas, probabilidade quase nula; utilização de armas tácticas, probabilidade baixa mas menos improvável). Não se percebe bem é porque é que parte da comunicação social ocidental continua a atribuir a Putin (e fora de aspas) algo que Putin não disse.
O que eu penso é o que está acima e nada tem que ver com "sério" ou "não sério", tem que ver com as probabilidades que atribuo a dois cenários possíveis em particular.
E se fosse diplomata/responsável nem estava a dizer isto na praça pública nestes termos, porque a minha responsabilidade era outra. Como não sou, estou muito mais à vontade para escrevê-lo desta forma. Aliás, já numa conversa com o bear, há uns meses atrás, eu mencionei que os cenários têm todos de ser ponderados por quem tem de gerir estas questões, mesmo que o risco seja baixo. Ninguém, em cargos de responsabilidade, pode assumir simplesmente que "não vai acontecer" (tenho a certeza que isto está no tópico algures).
Isto para frizar que eu posso estar a escrever "a probabilidade disto é virtualmente nula e daquilo é baixa" porque estou aqui no forum. Se fosse um representante do Pentagono, mesmo pensando o mesmíssimo, já não poderia falar nos mesmos termos.