pepe7 Escreveu:António José Telo, professor catedrático da Academia Militar :
"a Europa...esta guerra em última instancia é uma guerra pela Europa...e muitos europeus já entenderam isso e outros é que náo entenderam, ou seja, quando nós dizemos que a Ucrânia está a lutar pela Europa, é no sentido literal da palavra, com uma agravante ainda, é que imagine que há uma vitória clara da russia (agressor) neste guerra, eu náo tenho muitas duvidas que isto é não é a paz, isto é Munique..é Munique, ou seja, é o acordo, um ano antes da segunda guerra mundial em que a Checoslováquia foi sacrificada para apaziguar hitler, em que o primeiro ministro Britânico na altura...apareceu a dizer paz no nosso tempo, paz no nosso tempo, passado um ano começa a maior guerra da humanidade, ou seja, íamos ter uma guerra maior, com a agravante que possivelmente a Ucrânia já náo estaria lá para ajudar a Europa e para lutar pela Europa, o que está a acontecer é que a Ucrânia está a lutar pela Europa, do mesmo modo quando começou a segunda Guerra Mundial, a Checoslováquia tinha desaparecido..."
"para a Europa não é uma questão de paz ou de guerra, para a Europa é uma questão de aguentar esta guerra nas condições difíceis ou aguentar uma guerra muito pior a seguir, em que os interesses vitais da Europa são posto em causa...inclusive a integração Europeia..." :
"A estratégia russa de pôr a Europa a pressionar a Ucrânia está parcialmente a funcionar" (a partir do minuto 05:07)
Sim numas noticias os russos não conseguem produzir armamento, não têm exercito, a população foge a sete pés... na seguinte é uma ameaça que vai invadir a Alemanha, França, Espanha, Itália...
desculpem o smile mas isto é completamente ridículo.
É inconcebível a menos que seja um movimento suicida a Russia ou qualquer outra nação invadir território NATO.
Esta guerra tem muitos interesses para muita gente de ambos os lados e até tenho ideia que beneficia mais certos lobbies ocidentais do que propriamente os russos.
Europa acusa Estados Unidos de lucrar com a guerra: aliança contra Putin começa a dar sinais de fraturas
A aliança do Ocidente contra Vladimir Putin começa a revelar fraturas, explicou esta sexta-feira o jornal ‘POLITICO’: as principais autoridades europeias estão furiosas com a Administração Biden e acusaram agora os americanos de fazer uma fortuna com a guerra enquanto os países da UE sofrem. “Se olharmos com seriedade, o país que mais lucra com esta guerra são os Estados Unidos, porque vendem mais gás a preços mais altos e porque estão a vender mais armas”, garantiu um alto funcionário europeu à publicação. “Os Estados Unidos precisam de perceber que a opinião pública está a mudar em muitos países da UE.”
Os comentários europeus são reflexo dos subsídios americanos que ameaçam destruir a indústria europeia. O diplomata-chefe da UE, Josep Borrell, pediu a Washington que responda às preocupações europeias. “Os americanos – nossos amigos – tomam decisões que têm impacto económico sobre nós”, frisou, em entrevista.
O maior ponto de tensão nas últimas semanas foram os subsídios e impostos verdes de Biden que, segundo Bruxelas, desviam injustamente o comércio da UE e ameaçam destruir as indústrias europeias – apesar das objeções formais da Europa, Washington não deu qualquer sinal que pretende recuar.
Enquanto tentam reduzir a sua dependência da energia russa, a UE voltou-se para o gás dos EUA – mas o preço que os europeus pagam é quase quatro vezes mais alto do que os mesmos combustíveis nos Estados Unidos. É demais para os responsáveis de Bruxelas – o presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu que os altos preços do gás nos EUA não são “amigáveis” e o ministro da Economia da Alemanha pediu a Washington que mostre mais “solidariedade” e ajude a reduzir os custos de energia.
Diversos ministros e diplomatas expressaram a sua frustração com a forma como o Governo de Biden simplesmente ignorou o impacto das suas políticas económicas domésticas sobre os aliados europeus. Quando os líderes da UE enfrentaram Biden sobre os altos preços do gás nos EUA na reunião do G20 em Bali na semana passada, o presidente americano simplesmente parecia não saber do assunto, segundo revelou fonte próxima. Outros funcionários e diplomatas da UE concordaram que a ignorância americana sobre as consequências para a Europa era um grande problema.
A crescente disputa sobre a Lei de Redução da Inflação (IRA) de Biden – um enorme pacote financeiro de impostos, clima e saúde – reacendeu os receios sobre uma guerra comercial transatlântica no topo da agenda política novamente. “A Lei de Redução da Inflação é muito preocupante”, explicou a ministra holandesa do Comércio, Liesje Schreinemacher. “O impacto potencial na economia europeia é muito grande.”
“Os EUA estão a seguir uma agenda doméstica, que é lamentavelmente protecionista e discriminatória contra os aliados”, criticou Tonino Picula, o principal representante do Parlamento Europeu para as relações transatlânticas.
O fornecimento militar à Ucrânia também tem sido uma pedra divisora entre os aliados – os Estados Unidos são de longe o maior apoiante da Ucrânia, com mais de 15,2 mil milhões de dólares em armas e equipamentos fornecidos desde o início da invasão. Segundo Josep Borrell, a assistência da UE cifra-se em cerca de 8 mil milhões de euros. No entanto, a reposição de algumas armas sofisticadas pode demorar “anos” devido a problemas na cadeia de abastecimento e na produção de chips, o que faz potenciar os receios de que a indústria de armamento dos Estados Unidos possa lucrar ainda mais com a guerra.
O Pentágono já desenvolveu um plano para acelerar a venda de armas como forma de resposta à pressão dos aliados em repor os stocks já reduzidos de armas e equipamentos em solo europeu. Um diplomata europeu argumentou que o “dinheiro que eles estão a ganhar com armas” pode ajudar os americanos a perceber “que ganhar todo esse dinheiro com a energia pode ser um pouco demais” – um desconto nos preços do gás poderia ajudar a “manter unidas as nossas opiniões públicas” e negociar com países terceiros o abastecimento de gás. “Não é bom, em termos de ótica, dar a impressão que o seu melhor aliado está, na verdade, a tirar enormes lucros dos seus problemas”, finalizou.