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Caldeirão da Bolsa

Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 16/9/2022 11:06

Esqueçam isso, a China nunca se vai colocar numa posição que leve a cortar os laços comerciais com a Europa e América do Norte. Eles sabem bem que não podem substituir esse mercado (muito menos pelo da Rússia) e que sem ele é a derrocada . Prova disso é que mesmo com provocações do Ocidente em relação a Taiwan, declarações de amor da Rússia (mais parecia um pedinte ontem o Putin com o rabinho entre as pernas), alianças e o diabo a quatro... não se comprometem com a Ucrânia.
Quanto a recursos, sejam da Rússia ou de África, se não tiverem mercado onde colocar o que com eles produzem também não lhes serve de muito ter acesso à matéria prima. A China está muito alavancada, a queda pode ser estrondosa e eles sabem disso.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por caldeirum » 16/9/2022 10:31

Marco Martins Escreveu:Tudo dá a entender que vamos assistir a uma mudança geopolítica acentuada com a China a ser clara ao dizer à Rússia que faz todo o sentido uma aproximação estratégica e conforme os interesses comuns.

Isto deita por terra toda e qualquer esperança que a china não apoiasse a iniciativa russa.
De certa forma, o sucesso da acção da Rússia é importante para a China na medida em se avalia como é que o mundo ocidental reage e as suas necessidades.
Nesse sentido é importante para a China que a Rússia tenha sucesso e acho que a China irá ajudar a Rússia.

Se virmos bem, dividindo o mundo a meio, a Ásia tera o dobro da população quando comparada com o resto do mundo, para além de que tem inúmeros recursos que são escassos no resto do mundo.
O facto de China e Rússia criarem um domínio asiático seja pela imposição política ou militar será apenas um passo, desde que trabalhem juntas.

As recentes mudanças políticas na Europa para se criarem condições para se ter matérias primas estratégicas e proteger alguns sectores é um passo importante para não se depender tanto da China e caminhar no sentido oposto à globalização.

Existe um sentido comum neste caminho Rússia/China.. Ambos querem ser maiores e ambos querem impor a sua política onde a liberdade de expressão existe apenas naquilo que o governo permite.

No meio de tudo isto, a america do Sul, África e médio oriente serão peças importantes que se vão tentar controlar.

Se os governos russos e chineses se mantiverem, será certo que se vão expandir.


Gostei da tua análise. Também me parece que o acesso aos recursos dá uma clara vantagem ao bloco China-Rússia. Tinham os recursos mas não possuíam a tecnologia. A deslocalização de empresas para a China durante décadas alterou esse panorama.

Os "Ocidentais" nunca se importaram muito com as questões de direitos humanos e de trabalho destas empresas, nem a forma de organização política do país. O que importou ( e continua) são os preços mais baixos. Ao mesmo tempo dávamos palmadinhas nas nossas costas por reduzirmos a nossa poluição, escondendo que a exportávamos para os países asiáticos.

Por aquilo que li, a China já tem influência em vários países africanos. Não sei se o passado colonialista europeu vai ajudar a China. É provável. Por outro lado muitos desses países falam um idioma europeu e um idioma em comum permite expressar ideias de uma forma que ambos entendem.

Mas parece-me claro que o continente europeu ocidental, vai passar por um processo de empobrecimento grande e acelerado.
"A Guerra é a continuação da política por outros meios"
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 15/9/2022 23:59

Massacres, valas comuns, etc; como o que se sucedeu em Bucha, devem ser imensos por onde o agressor passou...

Várias sepulturas encontradas em Izium
Militares ucranianos encontraram várias sepulturas na cidade de Izium, recentemente libertada por Kiev, e onde a Rússia esteve por vários meses. No local havia algumas sepulturas com mais de dez corpos, sendo que várias cruzes estavam espalhadas na superfície.
https://cnnportugal.iol.pt/fotos/varias-sepulturas-encontradas-em-izium/6323a9e30cf2ea367d4e6e4e


Ukraine War: 'Mass burial site containing 440 graves' found in Izyum
A mass burial site containing around 440 graves has been found in the Ukrainian city of Izyum, a top police officer has told Sky News.

The city was retaken by Ukrainian forces last week.

Serhii Bolvinov, the chief police investigator for Kharkiv region, said all the bodies would be exhumed and taken away for forensic examination.
https://www.youtube.com/watch?v=MozdNUX1jPQ&ab_channel=SkyNews

Como em Bucha ou Mariupol: ucranianos encontram local com centenas de sepulturas na recém-libertada Izium

Imagens do local mostram a dimensão do caso. Nas sepulturas há vítimas que morreram baleadas ou na sequência de mísseis
As autoridades ucranianas encontraram esta quinta-feira um local com várias sepulturas na cidade de Izium, recentemente recuperada aos russos, na região de Kharkiv.

O presidente da Ucrânia já confirmou a descoberta do local, prometendo mais informações para breve: “sepulturas comuns foram encontradas em Izium. Os procedimentos necessários já começaram no local. Mais informação – clara e verificável – deve ser disponibilizada”, disse Volodymyr Zelensky através do seu discurso diário.

Jornalistas da agência Associated Press que estiveram no local, que fica numa floresta nos arredores de Izium, testemunharam os trabalhos das autoridades. Para já sabe-se que estarão no local cerca de 440 corpos, alguns deles enterrados na mesma sepultura – um militar no local disse que um dos buracos continha 17 cadáveres.

Relembrando outras situações semelhantes, Volodymyr Zelensky relembrou os casos de Bucha ou Mariupol, onde vários corpos foram encontrados em situações semelhantes. O caso de Bucha foi particularmente sensível, uma vez que várias valas-comuns foram descobertas com centenas de corpos.

“Bucha, Mariupol e, agora, infelizmente. Izium. A Rússia deixa morte em toda a parte. O mundo deve responsabilizar a Rússia por esta guerra”, acrescentou o presidente ucraniano.

Um agente da polícia que falou à Sky News deu mais alguns detalhes sobre o local, revelando que as sepulturas foram descobertas depois da chegada das autoridades. Sergei Bolvinov descreveu o cenário como “uma das mais largas zonas de sepulturas nas cidades libertadas”.

“Sabemos que algumas pessoas foram baleadas, outras morreram por causa de fogo de artilharia, das chamadas minas de trauma. Outras morreram na sequência de ataques aéreos. Também temos informação de que vários corpos ainda não foram identificados”, informou.

A libertação de Izium por parte das forças ucranianas surgiu depois de uma grande e bem-sucedida contraofensiva da Ucrânia, que apanhou desprevenidos os militares russos, obrigando mesmo à retirada de grande parte das forças russas da região de Kharkiv.
https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/como-em-bucha-ou-mariupol-ucranianos-encontram-local-com-centenas-de-sepulturas-na-recem-libertada-izium/20220915/6323add00cf2ea4f0a5c9e70
Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 15/9/2022 23:25

Tudo dá a entender que vamos assistir a uma mudança geopolítica acentuada com a China a ser clara ao dizer à Rússia que faz todo o sentido uma aproximação estratégica e conforme os interesses comuns.

Isto deita por terra toda e qualquer esperança que a china não apoiasse a iniciativa russa.
De certa forma, o sucesso da acção da Rússia é importante para a China na medida em se avalia como é que o mundo ocidental reage e as suas necessidades.
Nesse sentido é importante para a China que a Rússia tenha sucesso e acho que a China irá ajudar a Rússia.

Se virmos bem, dividindo o mundo a meio, a Ásia tera o dobro da população quando comparada com o resto do mundo, para além de que tem inúmeros recursos que são escassos no resto do mundo.
O facto de China e Rússia criarem um domínio asiático seja pela imposição política ou militar será apenas um passo, desde que trabalhem juntas.

As recentes mudanças políticas na Europa para se criarem condições para se ter matérias primas estratégicas e proteger alguns sectores é um passo importante para não se depender tanto da China e caminhar no sentido oposto à globalização.

Existe um sentido comum neste caminho Rússia/China.. Ambos querem ser maiores e ambos querem impor a sua política onde a liberdade de expressão existe apenas naquilo que o governo permite.

No meio de tudo isto, a america do Sul, África e médio oriente serão peças importantes que se vão tentar controlar.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 15/9/2022 22:50

Quem ainda não viu o TOP GUN 2 recomendo que veja, pois não me parece que se voltem a fazer filmes com heróis pilotos.

Têm de andar ao nível do chão, são caríssimos, caem com facilidade como o de há 3 dias na Crimeia e são um alvo fácil como o Sukhoi Su-25 abatido na região de Kharkiv a semana passada. Por alguma razão os aviões russos não saem do chão e o tão falado domínio aéreo nunca foi concretizado.

20 putos a brincar com drones são mais eficazes que um caça.



Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 15/9/2022 20:44

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 14/9/2022 22:35

Dusya the Mouse :lol:

O comentário dela ao vídeo está afixado.

Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por MarcoAntonio » 14/9/2022 18:05

BearManBull Escreveu:PS: No meu browser tem de se clicar na imagem para ver a animação gif.


Aqui também, mas está a funcionar. Pena que só ainda mostre até ao dia 22 de Agosto...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 14/9/2022 17:50

Este mapa do FT é particularmente interessante e demonstra bem que apesar do que se diz os russos têm conseguido progredir no plano B quando procederam com os reagrupamentos.



A visual guide to the war

PS: No meu browser tem de se clicar na imagem para ver a animação gif.
Anexos
https___d6c748xw2pzm8.cloudfront.net_prod_57965ac0-22e5-11ed-ac1c-e7f696c78524-standard.gif
Mapa evolutivo 14_09
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 14/9/2022 17:43

Carrancho_ Escreveu:Se fosse por ti a Ucrânia tinha capitulado no dia 24 de fevereiro ou mesmo antes, hoje estávamos a discutir a Moldávia e a Geórgia.


Se fosse pela minha esta guerra nunca tinha acontecido.

Quem andou a financiar as ambições militares da Rússia e quem tem interesses em revitalizar esforços bélicos estão bem identificados.

Tanto a França/Bélgica (Yamal LNG) como a Alemanha (Nord Stream) continuaram a cooperar com a oligarquia russa despois do que se passou na Crimeia. Injectando milhões nas mãos de alguém que já se sabia perfeitamente ambicioso para iniciar campanhas de guerra em larga escala.

O sangue nem está nas minhas mãos nem na minha forma de pensar, nem sequer tenho direito de votar nas pessoas que tomam estas decisões, mas a conta para pagar lá aparece sempre.

Coitados é dos ucranianos (povo) que agora vão ficar nas mãos de quem os deixou na boca do lobo.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 14/9/2022 12:46

pepe7 Escreveu:Pendente de confirmação :
"Retirada urgente." Secretas ucranianas garantem que russos estão a sair da Crimeia

Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram uma "retirada urgente" da Crimeia, de acordo com os serviços de informação ucranianos.

Trata-se de uma "retirada urgente", de acordo com os serviços de informações ucranianos. Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram a sair da Crimeia, juntamente com as suas famílias, avançam as secretas de Kiev.

De acordo com o The Guardian, que cita fontes dos serviços secretos ucranianos, a região começou a ser evacuada "rapidamente" e cidadãos russos estão "secretamente a tentar vender as suas casas e a retirar urgentemente os seus familiares da península" da Crimeia, anexada pela Rússia​​​​​​ ​em 2014.

"As ações bem-sucedidas dos defensores da Ucrânia forçam as chamadas autoridades da Crimeia temporariamente ocupada e do sul de nosso país a reinstalar urgentemente as suas famílias no território da federação russa", lê-se num comunicado dos serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Apesar das garantias dadas à população de que é seguro permanecer na península, representantes da administração de ocupação da Crimeia, funcionários do FSB [Serviço de Segurança Federal Russo] e comandantes de algumas unidades militares estão a tentar secretamente a vender as suas casas e a retirar com urgência os seus familiares da península", avançam os serviços de informação de Kiev.

A confirmar-se as informações divulgadas pelas secretas ucranianas, esta retirada surge na sequência da contraofensiva de Kiev.

Desde 6 de setembro que as forças ucranianas recapturaram mais de 300 povoações na região de Kharkiv, como resultado de uma operação ofensiva, na qual qual recuperaram 3800 quilómetros quadrados de território ocupado pela Rússia, informou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

"A libertação das localidades sob controlo dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk", no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia.

Em toda linha de frente, "as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades" em 24 horas, afirma um comunicado. "As tropas russas estão a abandonar de maneira apressada as suas posições e a fugir", acrescenta a nota.

A Ucrânia anunciou ter recuperado quase 3000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.

A Ucrânia reivindicou ainda a reconquista de 500 quilómetros quadrados em duas semanas de contraofensiva na região de Kherson (sul). Nesta região, "os ocupantes também abandonaram as suas posições em várias localidades", anunciou o exército ucraniano no domingo.

https://www.dn.pt/internacional/retirada-urgente-secretas-ucranianas-garantem-que-russos-estao-a-sair-da-crimeia-15161379.html





Se os ucranianos atravessarem o Dniepre, a Ponte da Crimeia no estreio de Kerch, fica ao alcance dos HIMARS, o que podia provocar o isolamento da Crimeia, face à Rússia.

Acrescentando que a Frota do Mar Negro eclipsou-se, os ucranianos têm destruído infraestruturas (ferroviárias e aeroportuárias) na Crimeia, o Regimento de Fuzileiros Navais da Frota do Mar Negro, está "preso" em Kherson .....

Não é descabido precaverem-se.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 14/9/2022 0:22

Pendente de confirmação :
"Retirada urgente." Secretas ucranianas garantem que russos estão a sair da Crimeia

Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram uma "retirada urgente" da Crimeia, de acordo com os serviços de informação ucranianos.

Trata-se de uma "retirada urgente", de acordo com os serviços de informações ucranianos. Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram a sair da Crimeia, juntamente com as suas famílias, avançam as secretas de Kiev.

De acordo com o The Guardian, que cita fontes dos serviços secretos ucranianos, a região começou a ser evacuada "rapidamente" e cidadãos russos estão "secretamente a tentar vender as suas casas e a retirar urgentemente os seus familiares da península" da Crimeia, anexada pela Rússia​​​​​​ ​em 2014.

"As ações bem-sucedidas dos defensores da Ucrânia forçam as chamadas autoridades da Crimeia temporariamente ocupada e do sul de nosso país a reinstalar urgentemente as suas famílias no território da federação russa", lê-se num comunicado dos serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Apesar das garantias dadas à população de que é seguro permanecer na península, representantes da administração de ocupação da Crimeia, funcionários do FSB [Serviço de Segurança Federal Russo] e comandantes de algumas unidades militares estão a tentar secretamente a vender as suas casas e a retirar com urgência os seus familiares da península", avançam os serviços de informação de Kiev.

A confirmar-se as informações divulgadas pelas secretas ucranianas, esta retirada surge na sequência da contraofensiva de Kiev.

Desde 6 de setembro que as forças ucranianas recapturaram mais de 300 povoações na região de Kharkiv, como resultado de uma operação ofensiva, na qual qual recuperaram 3800 quilómetros quadrados de território ocupado pela Rússia, informou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

"A libertação das localidades sob controlo dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk", no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia.

Em toda linha de frente, "as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades" em 24 horas, afirma um comunicado. "As tropas russas estão a abandonar de maneira apressada as suas posições e a fugir", acrescenta a nota.

A Ucrânia anunciou ter recuperado quase 3000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.

A Ucrânia reivindicou ainda a reconquista de 500 quilómetros quadrados em duas semanas de contraofensiva na região de Kherson (sul). Nesta região, "os ocupantes também abandonaram as suas posições em várias localidades", anunciou o exército ucraniano no domingo.

https://www.dn.pt/internacional/retirada-urgente-secretas-ucranianas-garantem-que-russos-estao-a-sair-da-crimeia-15161379.html


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 13/9/2022 23:48

Não se esfola um urso antes de o matar por isso não subestimem os russos, podem já não ter muitos dos seus misseis mais modernos mas ainda têm a capacidade de destruir muitas infra-estruturas civis, como por exemplo as centrais de aquecimento e provocar graves problemas à população ucraniana como ficou demonstrado recentemente com a destruição da central termo elétrica perto de Kharkiv que deixou grande parte do leste da Ucrânia sem eletricidade.

Na parte militar, vai ser complicado os russos substituírem as tropas perdidas mas a vantagem continua a ser russa, no papel pelo menos.

Apesar de estar sobre ataque há vários dias Lyman ainda não foi tomado pelos ucranianos, enquanto isso não acontecer diria que os ucranianos estão bastante limitados para recuperarem território no Oblast de Luhansk.

No sul há mais propaganda ucraniana do que evidências, continuo a duvidar de um rápido desfecho favorável aos ucranianos na zona mas posso estar enganado.
Ainda hoje as forças armadas ucranianas referiram que havia ataques russos em várias zonas do sul, não me parece que isso aconteça com tropas que estão a negociar a rendição, penso eu.
A grande vantagem dos ucranianos é o moral, estão a lutar pela sua terra, os russos não e isso faz toda a diferença e claro, o apoio da NATO.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 13/9/2022 23:19

Carrancho_ Escreveu:mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.


O invasor aquando dos ditos "reagrupamentos " e não só....tem deixado muito pelo caminho...Um "bom" fornecedor de armamento à Ucrania.
Eles só sabem bombardear, bombardear e bombardear a torto e direito....sem dó, nem piedade... :( Será que esse armamento durará para sempre?
Também é verdade que os stocks de quem está a fornecer à Ucrania não são eterno (existem problemas em repor no médio prazo), mas pelo menos são mais sofisticados, e parece que os Ucranianos sabem e bem, utilizar com "algum" critério. Pelo que já ouvi e li, nem estão a receber todo o que foi prometido, para além do timing, pois se o fornecimento tivesse sido célere, quiça hoje, a situação fosse mais favorável à Ucrania.
Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 23:16

Ao contrário do que já aqui se referiu, acho que o inverno que se aproxima vai ser mau para ambas as partes e deve estagnar a evolução no terreno. Talvez por isso é tão importante recuperar terreno na janela de tempo que resta. Nunca os ucranianos estiveram com o moral tão elevado como agora, em contraponto com o dos russos. Espero que não se torne num rolo compressor rápido demais que leve o Putin em desespero a cometer a loucura maior.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 22:56

pepe7 Escreveu:
PMP69 Escreveu:Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.
Pedro


Também me parece que sim, mas isso tb pode acontecer com algumas unidades Ucranianas, pois a questão da mobilidade será um problema para ambos, etc; Espero que este povo heroico Ucraniano, no caso dos seus militares, consigam prevenir e proteger das implicações do inverno rigoroso que ai vem.
E, estando na sua terra da qual conhecem bem, tentar aproveitar dentro do que for possível, situações favoráveis em relação ao invasor no inverno.
Sinceramente, face ao inverno rigoroso na Ucrânia, com as chuvas e com as temperaturas a atingir os 20 e 30 graus negativos, penso que vamos ter um impasse nesta guerra infundada, até meados/finais de fevereiro.

A sensação tenho, após o inicio da dita "operação especial!", pela resposta dada pelos Ucranianos ás portas de Kiev e sem grandes recursos, e que já aqui o referi, se lhes derem armamento, equipamentos, etc; disse que acreditava neste povo, em prol da sua independência, pois os seus militares são um caso sério, parecem-me muito bons (corajosos, fortes, determinados, etc), e com moral, melhor ainda.

Um suposto sucesso do povo Ucraniano, do qual desejo, para além de repor a justiça perante o invasor e agressor....seria também de extrema importância para o Ocidente, etc; em vários sentidos, até para repor alguma paz, pois entregar o Mar Negro na região sul da Ucrânia, etc; seria um autêntico suicídio a médio e longo prazo para todos nós em diversos aspectos, a começar pela própria paz...

Deixo uma analise interessante (dento do referido no tópico) e o relato de um paraquedista russo à CNN no que toca à questão do frio, tal como, as condições gerais...

Análise: Ucrânia está expondo a podridão profunda na máquina de guerra russa

Liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra

Para a Rússia, os números são catastróficos.

De quarta a domingo, as forças militares de Vladimir Putin viram pelo menos 338 peças de equipamento militar importante – de caças a tanques e caminhões – destruídos, danificados ou capturados, de acordo com números do site de inteligência de código aberto Oryx, enquanto as forças ucranianas avançavam. Território controlado pelos russos em uma ofensiva que os surpreendeu em sua velocidade e amplitude.

O principal comandante militar da Ucrânia afirmou no domingo (11) que mais de 3 mil km² de território foram retomados pelas forças de seu país desde o início de setembro. E para mais perspectiva, apenas “desde quarta-feira, a Ucrânia recapturou território pelo menos duas vezes o tamanho da Grande Londres”, disse o Ministério da Defesa britânico nesta segunda-feira (12).

Relatos ucranianos dizem que as tropas de Putin estão fugindo para o leste, para a fronteira russa, em qualquer transporte que possam encontrar, até mesmo levando carros da população civil nas áreas que capturaram desde o início da guerra em fevereiro.

Em seu rastro, eles deixam centenas de peças da máquina de guerra russa, que desde o início da chamada “operação militar especial” de Putin, não chegou nem perto de cumprir seu faturamento pré-guerra como uma das grandes potências do mundo.

Essas perdas russas são o acúmulo de uma infinidade de problemas existentes que agora estão colidindo frontalmente com um exército ucraniano que tem sido paciente, metódico e infundido com bilhões de dólares em equipamentos militares ocidentais que a Rússia não pode igualar. E sem uma intervenção drástica e potencialmente não convencional de Putin, as vitórias ucranianas provavelmente se acelerarão, dizem analistas.

Muitos dos problemas da Rússia – liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção – ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra, há mais de sete meses.

O núcleo oco dos militares russos – incluindo tanques que eram presas fáceis para tropas terrestres ucranianas e caminhões que não tinham os pneus certos para atravessar a paisagem da Ucrânia – foi rapidamente exposto por táticas inadequadas para a blitzkrieg que Putin havia planejado.

Lembra daquele comboio de 64 quilômetros que parou no caminho para a capital Kyiv e foi destruído por defensores ucranianos? À medida que o comboio parou, os relatórios filtraram que as tropas russas tinham problemas de moral significativos – alguns nem sabiam que estavam na Ucrânia ou, se sabiam, por que estavam lá. À medida que os combates se intensificavam, as forças ucranianas atacaram a liderança russa, matando generais e coronéis que deveriam reunir as forças russas. E os russos certamente precisavam de uma liderança mais forte para acreditar nos relatos das dificuldades das tropas.

Pavel Filatyev, um paraquedista russo que lutou contra a captura da cidade ucraniana de Kherson por seu exército no início da guerra, disse à CNN no mês passado que sua unidade não tinha nem o básico durante a operação. “Vários dias depois de cercarmos Kherson, muitos de nós não tínhamos comida, água ou sacos de dormir”, disse ele.

“Como estava muito frio à noite, não conseguíamos nem dormir.Nós encontrávamos algum lixo, alguns trapos, apenas para nos embrulhar para nos mantermos aquecidos.” E seus armamentos eram de qualidade inferior, disse ele. “Todas as nossas armas são da época do Afeganistão”, onde as forças russas lutaram de 1979 a 1989, disse ele.


O impacto das doações de armas ocidentais

Enquanto isso, armas ocidentais fluíram para a Ucrânia, entre eles poderosos sistemas avançados de artilharia como o HIMARS, ou Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade.

Os HIMARS com rodas oferecem o que o fabricante americano Lockheed Martion chama de “capacidade de atirar e fugir” – eles podem disparar foguetes altamente precisos em alvos a cerca de 70 a 80 quilômetros de distância e depois se mover rapidamente para evitar qualquer contra-ataque.

A Ucrânia os usou com efeito devastador nas linhas de suprimentos russas, depósitos de munição e postos de comando.

“As forças armadas da Ucrânia empregaram o HIMARS e outros sistemas ocidentais para atacar linhas de comunicação terrestres russas em Kharkiv e Kherson Oblasts, estabelecendo condições para o sucesso desta operação”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) em um post no blog no domingo.

O golpe aplicado pelo HIMARS ucraniano implantado nas linhas de suprimentos russas tem sido implacável, de acordo com analistas ocidentais.

“A artilharia ucraniana de longo alcance provavelmente está atingindo os cruzamentos do Dnipro (rio) com tanta frequência que a Rússia não pode realizar reparos em pontes rodoviárias danificadas”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na segunda-feira (12).

Trent Telenko, ex-auditor de controle de qualidade da Agência de Gerenciamento de Contratos de Defesa dos EUA, que estudou a logística russa, disse que as forças ucranianas usaram foguetes de precisão disparados das baterias HIMARS para eliminar os principais depósitos de armas russos perto das linhas ferroviárias bem atrás das linhas de frente.

Isso significou que a Rússia teve que usar caminhões para dispersar peças de artilharia e munição para depósitos menores, dificultando a distribuição, disse Telenko.

Quando a Ucrânia começou sua ofensiva relâmpago, a Rússia não conseguiu trazer poder de fogo apropriado para deter o avanço ucraniano porque sua artilharia estava muito dispersa, disse ele. Mas o HIMARS e outros poderosos sistemas de artilharia ocidentais não devem receber todo o crédito, disse a ISW.

Eles foram combinados com fintas e engenhosidade ucraniana. Na semana passada, a Rússia redistribuiu forças para o sul para reforçar suas fileiras à frente de uma contraofensiva ucraniana na região de Kherson, de acordo com autoridades ucranianas e imagens de equipamentos passando pela Crimeia. Isso abriu a porta para as forças ucranianas mais ao norte.

“A longa discussão de Kyiv e o anúncio de uma operação contraofensiva direcionada a Kherson Oblast afastaram tropas russas substanciais dos setores em que as forças ucranianas realizaram ataques decisivos nos últimos dias”, disse o ISW.

Depois que essas forças russas se moveram, os militares ucranianos investigaram pontos fracos nas linhas russas, disse Mark Hertling, analista da CNN e ex-general do Exército dos EUA.

“O que eles conseguiram fazer foi realizar reconhecimento com uma pequena força para descobrir onde conduzir um avanço muito maior, empurrando tanques e artilharia pelos buracos na frente russa e depois entrando nas áreas traseiras russas”, disse Hertling.

Suprimentos para a Ucrânia para alimentar seu avanço

A rápida retirada russa permitiu à Ucrânia capturar armas, munições, combustível e suprimentos russos nessas áreas de retaguarda, disse Telenko, acrescentando que a adição de caminhões e trens ao inventário ucraniano permitirá que Kyiv “sobrecarregue” seus avanços.

Analistas também notaram a falta de apoio aéreo russo. Richard Hooker Jr., membro sênior não residente do Conselho do Atlântico, disse no mês passado que a Ucrânia montou uma força de sistemas antiaéreos mais antigos já em seu inventário com suprimentos de equipamentos americanos e alemães e “em grande parte marginalizou o poder aéreo russo”.

“A Ucrânia tem sido extremamente bem-sucedida em negar a supremacia aérea da Rússia com defesa aérea extremamente eficaz e uma estratégia de ‘negação aérea’”, escreveu Hooper no blog “Alerta Ucrânia” do Atlantic Council.

E os reveses russos são apenas combustível para ainda mais problemas à frente, uma espiral de derrotas que pode estar além da capacidade de Moscou de parar.

Mick Ryan, membro adjunto do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-general do Exército Australiano, chama isso de “fracasso em cascata” em um post no Twitter. “Cada perda e retirada no campo de batalha leva a mais fracassos”, disse ele.

À medida que as opções diminuem, também diminuirá o moral russo em apuros.

À medida que as forças em retirada recuam, elas trazem histórias de sua retirada com elas.

Será quase impossível para o Kremlin impedir que essas histórias se espalhem dentro de suas forças e até mesmo para seus parentes em casa.

O território que a Rússia capturou na Ucrânia ao longo de sete meses, ao custo de dezenas de milhares de baixas russas, foi perdido em uma semana. E os generais da Rússia aparentemente não têm resposta imediata.

Mesmo quando as forças de Putin avançavam, esses avanços eram lentos e desgastantes. E no início da guerra, os defensores da Ucrânia nunca fugiram como as tropas russas na semana passada.

“A confiança já limitada que as tropas desdobradas têm na liderança militar sênior da Rússia provavelmente se deteriorará ainda mais”, disse o Ministério da Defesa britânico na segunda-feira. O relatório do ministério disse que os ataques ucranianos tornaram difícil para a Rússia mover tropas substitutas para as linhas de frente.

Onde Moscou encontra substitutos?

A grande questão é se a Rússia tem novas tropas treinadas para seguir em frente.

Em julho, a CNN informou que o chamado havia sido feito em toda a Rússia para que mais de 30 mil voluntários se juntassem ao esforço de guerra na Ucrânia.

A atração eram grandes bônus em dinheiro e nenhuma experiência era necessária.

Mas Kateryna Stepanenko, pesquisadora russa do ISW, disse que esses novos recrutas provavelmente seriam de pouca ajuda no campo de batalha, pois não haveria tempo suficiente para treiná-los.

Por exemplo, treinar uma tripulação de tanque pode levar vários meses no mínimo e às vezes mais de um ano, dizem os especialistas.

“É improvável que o treinamento de curto prazo transforme voluntários sem experiência prévia em soldados eficazes em qualquer unidade”, disse Stepanenko. E essas mais de 300 peças de hardware russas destruídas, danificadas ou abandonadas no campo de batalha nos últimos dias também não serão fáceis de substituir.

A indústria russa foi prejudicada pelas sanções ocidentais.

Os depósitos de armas russos já foram invadidos para substituir as perdas anteriores. E embora um grande número de armas possa permanecer nesses depósitos, eles provavelmente são antigos e precisam de reparos ou reforma, disse Jakub Janovsky, analista militar que contribui para o blog Oryx.

“Na prática, as substituições costumam ser veículos muito mais antigos – provavelmente sofrem com problemas de confiabilidade e com menor eficácia em combate”, disse ele. Moscou mantém a capacidade de fabricação, mas carece dos melhores componentes para o que pode produzir, disse Janovsky.

“Devido às sanções, eles podem ter que substituir sensores e eletrônicos por alternativas inferiores – e a quantidade que podem produzir no curto prazo é uma fração do que estão perdendo. Essas perdas materiais… não são sustentáveis”, disse ele.

Então aproveite a Ucrânia, pelo menos no curto prazo. Mas Ryan, o ex-general australiano, continua cauteloso.

“É muito cedo para falar em termos excessivamente triunfantes. Os russos ainda têm capacidade de resposta. O sul e o leste ainda estão ocupados pelos russos. Os ucranianos conquistaram uma vitória significativa, mas ainda há uma guerra a ser vencida”, tuitou.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/analise-ucrania-esta-expondo-a-podridao-profunda-na-maquina-de-guerra-russa/


Os russos tiveram perdas enormes na Finlândia, num inverno rigoroso, e podem voltar a tê-las aqui, pois as condições são muitos semelhantes.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 22:50

Carrancho_ Escreveu:
PMP69 Escreveu:Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral.


Eles já reconheceram 50000 mortes no orçamento que as indemniza, mas não me parece que o problema seja falta de pessoal mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.


São as duas, armamento não conseguem repor, e o que têm é inferior ao do ocidente. Os militares que estão a recrutar nos confins da Rússia, nem para polícias de trânsito serviam.

Há vários relatos que falam num rácio de 8 para 1.

Vale a pena ler, para se perceber o que se passou.

https://www.forte.jor.br/2022/09/13/algumas-consideracoes-estrategicas-sobre-a-ofensiva-ucraniana-em-kharkiv-izium/

Não sei se o mês de Setembro e o fututo não vão criar mossas em Moscovo.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 22:49

BearManBull Escreveu:Tem de ser pragmático e ver resultados, existe muita propaganda, pessoalmente não acredito em boa parte do que é publicado nos media (no ano passado andava o BCE e FED a falar em inflação passageira, agora é hiperinflação sem fim á vista, só daí se vè a quantidade absurda de informação falsa que é transmitida por meios oficiais). Provavelmente sem o dinheiro e armamento ocidental a Ucrânia tinha realmente capitulado.

Facto os Russos controlam a zona critica para os objetivos de Putin e deve ser nisso que vão apostar todos os esforços, não tinha grande sentido estarem em confrontos e defender posições no norte.

Facto a Ucrânia tem as costas quentes pela NATO e a Rússia pode ter a fama que quiser mas é um país que tem um PIB comparável ao da Itália como é que iria ter o segundo exercito mundial... ainda para mais quando têm de gastar uma boa parte do orçamento no esforço nuclear.

Surpreende que a FA não tenha controlado o espaço aéreo, mas Rússia não tem porta aviões, os aviões têm de sair de bases russas e andar centenas de KM para chegar aos alvos...

A Rússia se nunca tivesse sido financiada pela Alemanha e cumplicies da UE no esforço de guerra nunca teria sequer sonhado meter-se nestes trabalhos.


Se fosse por ti a Ucrânia tinha capitulado no dia 24 de fevereiro ou mesmo antes, hoje estávamos a discutir a Moldávia e a Geórgia.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 13/9/2022 22:47

PMP69 Escreveu:Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.
Pedro


Também me parece que sim, mas isso tb pode acontecer com algumas unidades Ucranianas, pois a questão da mobilidade será um problema para ambos, etc; Espero que este povo heroico Ucraniano, no caso dos seus militares, consigam prevenir e proteger das implicações do inverno rigoroso que ai vem.
E, estando na sua terra da qual conhecem bem, tentar aproveitar dentro do que for possível, situações favoráveis em relação ao invasor no inverno.
Sinceramente, face ao inverno rigoroso na Ucrânia, com as chuvas e com as temperaturas a atingir os 20 e 30 graus negativos, penso que vamos ter um impasse nesta guerra infundada, até meados/finais de fevereiro.

A sensação tenho, após o inicio da dita "operação especial!", pela resposta dada pelos Ucranianos ás portas de Kiev e sem grandes recursos, e que já aqui o referi, se lhes derem armamento, equipamentos, etc; disse que acreditava neste povo, em prol da sua independência, pois os seus militares são um caso sério, parecem-me muito bons (corajosos, fortes, determinados, etc), e com moral, melhor ainda.

Um suposto sucesso do povo Ucraniano, do qual desejo, para além de repor a justiça perante o invasor e agressor....seria também de extrema importância para o Ocidente, etc; em vários sentidos, até para repor alguma paz, pois entregar o Mar Negro na região sul da Ucrânia, etc; seria um autêntico suicídio a médio e longo prazo para todos nós em diversos aspectos, a começar pela própria paz...

Deixo uma analise interessante (dento do referido no tópico) e o relato de um paraquedista russo à CNN no que toca à questão do frio, tal como, as condições gerais...

Análise: Ucrânia está expondo a podridão profunda na máquina de guerra russa

Liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra

Para a Rússia, os números são catastróficos.

De quarta a domingo, as forças militares de Vladimir Putin viram pelo menos 338 peças de equipamento militar importante – de caças a tanques e caminhões – destruídos, danificados ou capturados, de acordo com números do site de inteligência de código aberto Oryx, enquanto as forças ucranianas avançavam. Território controlado pelos russos em uma ofensiva que os surpreendeu em sua velocidade e amplitude.

O principal comandante militar da Ucrânia afirmou no domingo (11) que mais de 3 mil km² de território foram retomados pelas forças de seu país desde o início de setembro. E para mais perspectiva, apenas “desde quarta-feira, a Ucrânia recapturou território pelo menos duas vezes o tamanho da Grande Londres”, disse o Ministério da Defesa britânico nesta segunda-feira (12).

Relatos ucranianos dizem que as tropas de Putin estão fugindo para o leste, para a fronteira russa, em qualquer transporte que possam encontrar, até mesmo levando carros da população civil nas áreas que capturaram desde o início da guerra em fevereiro.

Em seu rastro, eles deixam centenas de peças da máquina de guerra russa, que desde o início da chamada “operação militar especial” de Putin, não chegou nem perto de cumprir seu faturamento pré-guerra como uma das grandes potências do mundo.

Essas perdas russas são o acúmulo de uma infinidade de problemas existentes que agora estão colidindo frontalmente com um exército ucraniano que tem sido paciente, metódico e infundido com bilhões de dólares em equipamentos militares ocidentais que a Rússia não pode igualar. E sem uma intervenção drástica e potencialmente não convencional de Putin, as vitórias ucranianas provavelmente se acelerarão, dizem analistas.

Muitos dos problemas da Rússia – liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção – ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra, há mais de sete meses.

O núcleo oco dos militares russos – incluindo tanques que eram presas fáceis para tropas terrestres ucranianas e caminhões que não tinham os pneus certos para atravessar a paisagem da Ucrânia – foi rapidamente exposto por táticas inadequadas para a blitzkrieg que Putin havia planejado.

Lembra daquele comboio de 64 quilômetros que parou no caminho para a capital Kyiv e foi destruído por defensores ucranianos? À medida que o comboio parou, os relatórios filtraram que as tropas russas tinham problemas de moral significativos – alguns nem sabiam que estavam na Ucrânia ou, se sabiam, por que estavam lá. À medida que os combates se intensificavam, as forças ucranianas atacaram a liderança russa, matando generais e coronéis que deveriam reunir as forças russas. E os russos certamente precisavam de uma liderança mais forte para acreditar nos relatos das dificuldades das tropas.

Pavel Filatyev, um paraquedista russo que lutou contra a captura da cidade ucraniana de Kherson por seu exército no início da guerra, disse à CNN no mês passado que sua unidade não tinha nem o básico durante a operação. “Vários dias depois de cercarmos Kherson, muitos de nós não tínhamos comida, água ou sacos de dormir”, disse ele.

“Como estava muito frio à noite, não conseguíamos nem dormir.Nós encontrávamos algum lixo, alguns trapos, apenas para nos embrulhar para nos mantermos aquecidos.” E seus armamentos eram de qualidade inferior, disse ele. “Todas as nossas armas são da época do Afeganistão”, onde as forças russas lutaram de 1979 a 1989, disse ele.


O impacto das doações de armas ocidentais

Enquanto isso, armas ocidentais fluíram para a Ucrânia, entre eles poderosos sistemas avançados de artilharia como o HIMARS, ou Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade.

Os HIMARS com rodas oferecem o que o fabricante americano Lockheed Martion chama de “capacidade de atirar e fugir” – eles podem disparar foguetes altamente precisos em alvos a cerca de 70 a 80 quilômetros de distância e depois se mover rapidamente para evitar qualquer contra-ataque.

A Ucrânia os usou com efeito devastador nas linhas de suprimentos russas, depósitos de munição e postos de comando.

“As forças armadas da Ucrânia empregaram o HIMARS e outros sistemas ocidentais para atacar linhas de comunicação terrestres russas em Kharkiv e Kherson Oblasts, estabelecendo condições para o sucesso desta operação”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) em um post no blog no domingo.

O golpe aplicado pelo HIMARS ucraniano implantado nas linhas de suprimentos russas tem sido implacável, de acordo com analistas ocidentais.

“A artilharia ucraniana de longo alcance provavelmente está atingindo os cruzamentos do Dnipro (rio) com tanta frequência que a Rússia não pode realizar reparos em pontes rodoviárias danificadas”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na segunda-feira (12).

Trent Telenko, ex-auditor de controle de qualidade da Agência de Gerenciamento de Contratos de Defesa dos EUA, que estudou a logística russa, disse que as forças ucranianas usaram foguetes de precisão disparados das baterias HIMARS para eliminar os principais depósitos de armas russos perto das linhas ferroviárias bem atrás das linhas de frente.

Isso significou que a Rússia teve que usar caminhões para dispersar peças de artilharia e munição para depósitos menores, dificultando a distribuição, disse Telenko.

Quando a Ucrânia começou sua ofensiva relâmpago, a Rússia não conseguiu trazer poder de fogo apropriado para deter o avanço ucraniano porque sua artilharia estava muito dispersa, disse ele. Mas o HIMARS e outros poderosos sistemas de artilharia ocidentais não devem receber todo o crédito, disse a ISW.

Eles foram combinados com fintas e engenhosidade ucraniana. Na semana passada, a Rússia redistribuiu forças para o sul para reforçar suas fileiras à frente de uma contraofensiva ucraniana na região de Kherson, de acordo com autoridades ucranianas e imagens de equipamentos passando pela Crimeia. Isso abriu a porta para as forças ucranianas mais ao norte.

“A longa discussão de Kyiv e o anúncio de uma operação contraofensiva direcionada a Kherson Oblast afastaram tropas russas substanciais dos setores em que as forças ucranianas realizaram ataques decisivos nos últimos dias”, disse o ISW.

Depois que essas forças russas se moveram, os militares ucranianos investigaram pontos fracos nas linhas russas, disse Mark Hertling, analista da CNN e ex-general do Exército dos EUA.

“O que eles conseguiram fazer foi realizar reconhecimento com uma pequena força para descobrir onde conduzir um avanço muito maior, empurrando tanques e artilharia pelos buracos na frente russa e depois entrando nas áreas traseiras russas”, disse Hertling.

Suprimentos para a Ucrânia para alimentar seu avanço

A rápida retirada russa permitiu à Ucrânia capturar armas, munições, combustível e suprimentos russos nessas áreas de retaguarda, disse Telenko, acrescentando que a adição de caminhões e trens ao inventário ucraniano permitirá que Kyiv “sobrecarregue” seus avanços.

Analistas também notaram a falta de apoio aéreo russo. Richard Hooker Jr., membro sênior não residente do Conselho do Atlântico, disse no mês passado que a Ucrânia montou uma força de sistemas antiaéreos mais antigos já em seu inventário com suprimentos de equipamentos americanos e alemães e “em grande parte marginalizou o poder aéreo russo”.

“A Ucrânia tem sido extremamente bem-sucedida em negar a supremacia aérea da Rússia com defesa aérea extremamente eficaz e uma estratégia de ‘negação aérea’”, escreveu Hooper no blog “Alerta Ucrânia” do Atlantic Council.

E os reveses russos são apenas combustível para ainda mais problemas à frente, uma espiral de derrotas que pode estar além da capacidade de Moscou de parar.

Mick Ryan, membro adjunto do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-general do Exército Australiano, chama isso de “fracasso em cascata” em um post no Twitter. “Cada perda e retirada no campo de batalha leva a mais fracassos”, disse ele.

À medida que as opções diminuem, também diminuirá o moral russo em apuros.

À medida que as forças em retirada recuam, elas trazem histórias de sua retirada com elas.

Será quase impossível para o Kremlin impedir que essas histórias se espalhem dentro de suas forças e até mesmo para seus parentes em casa.

O território que a Rússia capturou na Ucrânia ao longo de sete meses, ao custo de dezenas de milhares de baixas russas, foi perdido em uma semana. E os generais da Rússia aparentemente não têm resposta imediata.

Mesmo quando as forças de Putin avançavam, esses avanços eram lentos e desgastantes. E no início da guerra, os defensores da Ucrânia nunca fugiram como as tropas russas na semana passada.

“A confiança já limitada que as tropas desdobradas têm na liderança militar sênior da Rússia provavelmente se deteriorará ainda mais”, disse o Ministério da Defesa britânico na segunda-feira. O relatório do ministério disse que os ataques ucranianos tornaram difícil para a Rússia mover tropas substitutas para as linhas de frente.

Onde Moscou encontra substitutos?

A grande questão é se a Rússia tem novas tropas treinadas para seguir em frente.

Em julho, a CNN informou que o chamado havia sido feito em toda a Rússia para que mais de 30 mil voluntários se juntassem ao esforço de guerra na Ucrânia.

A atração eram grandes bônus em dinheiro e nenhuma experiência era necessária.

Mas Kateryna Stepanenko, pesquisadora russa do ISW, disse que esses novos recrutas provavelmente seriam de pouca ajuda no campo de batalha, pois não haveria tempo suficiente para treiná-los.

Por exemplo, treinar uma tripulação de tanque pode levar vários meses no mínimo e às vezes mais de um ano, dizem os especialistas.

“É improvável que o treinamento de curto prazo transforme voluntários sem experiência prévia em soldados eficazes em qualquer unidade”, disse Stepanenko. E essas mais de 300 peças de hardware russas destruídas, danificadas ou abandonadas no campo de batalha nos últimos dias também não serão fáceis de substituir.

A indústria russa foi prejudicada pelas sanções ocidentais.

Os depósitos de armas russos já foram invadidos para substituir as perdas anteriores. E embora um grande número de armas possa permanecer nesses depósitos, eles provavelmente são antigos e precisam de reparos ou reforma, disse Jakub Janovsky, analista militar que contribui para o blog Oryx.

“Na prática, as substituições costumam ser veículos muito mais antigos – provavelmente sofrem com problemas de confiabilidade e com menor eficácia em combate”, disse ele. Moscou mantém a capacidade de fabricação, mas carece dos melhores componentes para o que pode produzir, disse Janovsky.

“Devido às sanções, eles podem ter que substituir sensores e eletrônicos por alternativas inferiores – e a quantidade que podem produzir no curto prazo é uma fração do que estão perdendo. Essas perdas materiais… não são sustentáveis”, disse ele.

Então aproveite a Ucrânia, pelo menos no curto prazo. Mas Ryan, o ex-general australiano, continua cauteloso.

“É muito cedo para falar em termos excessivamente triunfantes. Os russos ainda têm capacidade de resposta. O sul e o leste ainda estão ocupados pelos russos. Os ucranianos conquistaram uma vitória significativa, mas ainda há uma guerra a ser vencida”, tuitou.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/analise-ucrania-esta-expondo-a-podridao-profunda-na-maquina-de-guerra-russa/
Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 22:41

PMP69 Escreveu:Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral.


Eles já reconheceram 50000 mortes no orçamento que as indemniza, mas não me parece que o problema seja falta de pessoal mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 21:06

https://news.yahoo.com/russian-units-near-kherson-negotiating-111100694.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuMTlmb3J0eWZpdmUuY29tLw&guce_referrer_sig=AQAAAEXhKOSHBSg_dEk2NOR3ajCoHbvE8feu6Vn2YGT8ufbLlPCoq_kRseXPmxgCQjgmWucBPooyKlMCPFtS4MbHTKbwD0hO_dN5uQetz9trOQ1WdCLqQnSMhMcr_L1SbKyZC2_FeYRh2LLgQ2aSSvdiuHTyyese97sI0V4UNWAGOrcc

Ao contrário do que se passou a norte e leste, com uma ofensiva diecta, a sul, deu-se uma ofensiva indirecta.

Kherso tem três anéis defensivos, com 3 regimentos, 2 dos quais do melhor que os russos têm, mas estão isolados. Não me parece possível retirarem, pois não existem pontes sobre o Dniepre.

Se a Ucrânia tomar Kherson e passar o Dniepre, pode isolar a Crimeia e abrir caminho para Mariupol.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 21:05

https://news.yahoo.com/russian-units-near-kherson-negotiating-111100694.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuMTlmb3J0eWZpdmUuY29tLw&guce_referrer_sig=AQAAAEXhKOSHBSg_dEk2NOR3ajCoHbvE8feu6Vn2YGT8ufbLlPCoq_kRseXPmxgCQjgmWucBPooyKlMCPFtS4MbHTKbwD0hO_dN5uQetz9trOQ1WdCLqQnSMhMcr_L1SbKyZC2_FeYRh2LLgQ2aSSvdiuHTyyese97sI0V4UNWAGOrcc

Ao contrário do que se passou a norte e leste, com uma ofensiva diecta, a sul, deu-se uma ofensiva indirecta.

Kherso tem três anéis defensivos, com 3 regimentos, 2 dos quais do melhor que os russos têm, mas estao isolados. Não me parece possível retirarem, pois não existem pontes sobre o Dniepre.

Se a Ucrânia tomar Kherson e passar o Dniepre, pode isolar a Crimeia e abrir camiho para Mariupol.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 16:53

Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral. Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.

Se o Ocidente resistir, e se mantiver unido, vai ser o descalabro das forças russas.

Ainda em relação à ofensiva ucraniana, e para se ter uma ideia da dimensão da força mobilizada, no Oblast de Kharkiv, estiveram envolvidas:

- 92ª Brigada Mecanizada (veículos de combate BTR-4E);
- 93ª Brigada Mecanizada (veículos de combate BMP);
- 80ª Brigada Aerotransportada (motorizada com BTR-80 APCs e Humvees);
- 25ª Brigadas de Assalto Aéreo (mecanizadas com veículos de combate BMD, BTR-3 e 4 e BTR-70);
- 3ª Brigada de Tanques de Reserva (tanques T-72).

Parte destas unidades, convergiram para sul/leste, onde se juntaram 103ª e 113ª Brigadas de Defesa Territorial, para tomarem Chkalovsk, Balakliya e Kupyansk, rumo a Izyum.

Os russos, com forças mal preparadas, desmotivadas, mal equipadas, algumas da República Popular de Lugansk, e com linhas defensivas frágeis ou inexistentes, foram surpreendidos pela dimensão da ofensiva e especialmente pela velocidade que conseguiram avançar, o que provocou a quebra da sua linha defensiva e deixou desprotegida a sua artilharia, e aí foi cada um por si, o salve-se quem puder.


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por imauroxavier » 13/9/2022 16:15

caldeirum Escreveu:Exemplos do efeito da subida do preço e volume de gás na Europa vindo da Rússia. Um texto da bloomberg.
https://www.bloomberg.com/news/articles ... lling-over

From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over

Ripple effects threaten Belgian brewer, German greenhouses
Widening fallout adds pressure on authorities to stem crunch

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg
By

Lyubov Pronina and

Petra Sorge
13 de setembro de 2022 às 10:28 WEST


The Belgian brewer of Delirium Tremens beer is facing a real risk of halting production for the first time in more than a century as Europe’s energy crisis creates unexpected ripple effects across the region.

From German tomatoes to Swedish bread, Russia’s squeeze on gas supplies is starting to hit sectors well beyond utilities and energy-intensive industries. The spillover on food and drink supplies will likely intensify as temperatures drop and households require heating, forcing businesses and consumers into tough decisions.

Brewery Huyghe, located in the Belgian village of Melle, considered shutting production because of a 13-fold surge in the price of liquid carbon-dioxide, which it uses to make beers bubbly. It’s hoping a court, which is expected to rule on Wednesday, will thwart its supplier’s force majeure.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Alain De Laet.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

“I have enough CO2 to last me until Tuesday,” Alain De Laet, owner of the family-run company, said by phone last week as he searched for a last-minute alternative. “I may need to stop production until I find a Plan B, which would be the first time since 1906.”

The European Union is trying to stem the crisis caused by Russia’s gas cuts, which last year supplied about 40% of the bloc’s demand for the fuel. Commission President Ursula von der Leyen on Wednesday is set to propose a mandatory target to cut power use -- a step toward rationing -- along with measures to funnel energy-company profits to struggling consumers.

Read more: Scale of Europe’s Energy Turmoil Exposed in Frenzied Crisis Week

The Belgian brewery’s woes were triggered by a chain of misfortunes that illustrate how interconnected Europe’s economy is. Norwegian fertilizer giant Yara International ASA halted ammonia output at a plant in the Netherlands. That in turn hit Huyghe’s supplier Nippon Gases, which demanded 3,350 euros ($3,398) a ton for CO2 instead of 250 euros previously.

“Currently running production based on gas in Europe is not profitable,” Tiffanie Stephani, Yara’s vice president of European government relations, said via email. “We continue to monitor the situation and adapt our production.”

Nippon declined to comment citing the ongoing court case.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Operations at Brewery Huyghe in Melle, Belgium on Sept. 12.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

Huyghe isn’t alone. Carlsberg A/S said it may need to “significantly reduce” or halt beer production in Poland due to a shortage of liquid CO2. A handful of other Belgian brewers are also affected by the issue, and concerns over contagion are growing.

“A couple of months ago, the industry worked like a Swiss watch,” said Krishan Maudgal, head of the Belgian Brewers Association. “Because of the new situation with rising gas prices, it has cascaded down the value chain.”

Ammonia, which is produced with natural gas, has been hard hit by the price surge sparked by Russia’s move to slash gas deliveries in retaliation over sanctions related to its invasion of Ukraine. A wave of shutdowns has left at least half of the region’s capacity offline, creating a crunch for fertilizer but also CO2 -- a byproduct of the process.

Read more: Eiffel Tower Lights to Turn Off Earlier to Lower Power Use

Carbon dioxide is a vital part of the food industry. It’s used to stun livestock for slaughter, as well as in packaging to extend shelf life and for dry ice to keep items frozen during transport.

British online grocery service Ocado Group Plc said on Tuesday that increased costs for things like dry ice and energy will likely weigh on profits in the fourth quarter, while shoppers tighten their purse strings. The combination signals how difficult it will be for companies to pass on higher expenses as households struggle to fulfill basic needs.
relates to From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over
The SKW Piesteritz GmbH fertilizer plant rises over a Wittenberg Gemuese GmbH greenhouse in Wittenberg, Germany, on Sept. 9.
Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg

For Wittenberg Gemuese GmbH, the disruption of ammonia production has also meant a loss of the heating and hot water needed to operate its greenhouses.

The German grower of tomatoes, strawberries and peppers relies on SKW Piesteritz GmbH for heat as well as CO2, but was left stranded when Germany’s biggest producer of ammonia and urea halted output last week.

“Without heating, nothing works here,” said Kevin van IJperen, manager of the facility, which is nearly three times as big as the Pentagon. “We were still lucky as the temperatures were mild in the last week. Had this happened later in the year, we would have had huge losses.”

The outage at SKW, which is in talks over a government bailout, poses other risks for Germany’s economy. The company covers about 40% of Germany’s demand for AdBlue, an additive used to make the exhaust of diesel vehicles less harmful. A shortage could force freight trucks off the road.

In Sweden, Pagen, one the country’s biggest bakeries, joined other food producers to warn about risks to food supply from surging energy costs and the risks of blackouts.

A one-second electricity disruption in June impacted Pagen’s production for four weeks, head of communications and sustainability Berith Apelgren told local media, adding that recurring outages would be “mind boggling.”

Back in Belgium, Prime Minister Alexander De Croo has warned that Europe’s economy risks a “full stop” from a domino effect caused by the energy crisis.

“That’s why I think that interventions in the gas market are the core thing,” he said in an interview. “If you do that right a lot of the other things are actually less important, because that’s the driving element.”


Estamos em Setembro. Continuo a achar que o pânico está do lado da Ucrânia e dos países a oeste. A Rússia só precisa de esperar pelo frio para que a Ucrânia capitule sem destruir mais infraestruturas. Espero estar enganado.


O "pânico" está dos dois lados, talvez seja melhor não esquecer que a "Europa está em Guerra", e se o preço a pagar for beber menos cerveja e comer menos tomates, compro. Vai ser caro, mas não me importo nada de pagar para estar longe da frente de batalha.
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por caldeirum » 13/9/2022 15:44

Exemplos do efeito da subida do preço e volume de gás na Europa vindo da Rússia. Um texto da bloomberg.
https://www.bloomberg.com/news/articles ... lling-over

From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over

Ripple effects threaten Belgian brewer, German greenhouses
Widening fallout adds pressure on authorities to stem crunch

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg
By

Lyubov Pronina and

Petra Sorge
13 de setembro de 2022 às 10:28 WEST


The Belgian brewer of Delirium Tremens beer is facing a real risk of halting production for the first time in more than a century as Europe’s energy crisis creates unexpected ripple effects across the region.

From German tomatoes to Swedish bread, Russia’s squeeze on gas supplies is starting to hit sectors well beyond utilities and energy-intensive industries. The spillover on food and drink supplies will likely intensify as temperatures drop and households require heating, forcing businesses and consumers into tough decisions.

Brewery Huyghe, located in the Belgian village of Melle, considered shutting production because of a 13-fold surge in the price of liquid carbon-dioxide, which it uses to make beers bubbly. It’s hoping a court, which is expected to rule on Wednesday, will thwart its supplier’s force majeure.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Alain De Laet.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

“I have enough CO2 to last me until Tuesday,” Alain De Laet, owner of the family-run company, said by phone last week as he searched for a last-minute alternative. “I may need to stop production until I find a Plan B, which would be the first time since 1906.”

The European Union is trying to stem the crisis caused by Russia’s gas cuts, which last year supplied about 40% of the bloc’s demand for the fuel. Commission President Ursula von der Leyen on Wednesday is set to propose a mandatory target to cut power use -- a step toward rationing -- along with measures to funnel energy-company profits to struggling consumers.

Read more: Scale of Europe’s Energy Turmoil Exposed in Frenzied Crisis Week

The Belgian brewery’s woes were triggered by a chain of misfortunes that illustrate how interconnected Europe’s economy is. Norwegian fertilizer giant Yara International ASA halted ammonia output at a plant in the Netherlands. That in turn hit Huyghe’s supplier Nippon Gases, which demanded 3,350 euros ($3,398) a ton for CO2 instead of 250 euros previously.

“Currently running production based on gas in Europe is not profitable,” Tiffanie Stephani, Yara’s vice president of European government relations, said via email. “We continue to monitor the situation and adapt our production.”

Nippon declined to comment citing the ongoing court case.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Operations at Brewery Huyghe in Melle, Belgium on Sept. 12.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

Huyghe isn’t alone. Carlsberg A/S said it may need to “significantly reduce” or halt beer production in Poland due to a shortage of liquid CO2. A handful of other Belgian brewers are also affected by the issue, and concerns over contagion are growing.

“A couple of months ago, the industry worked like a Swiss watch,” said Krishan Maudgal, head of the Belgian Brewers Association. “Because of the new situation with rising gas prices, it has cascaded down the value chain.”

Ammonia, which is produced with natural gas, has been hard hit by the price surge sparked by Russia’s move to slash gas deliveries in retaliation over sanctions related to its invasion of Ukraine. A wave of shutdowns has left at least half of the region’s capacity offline, creating a crunch for fertilizer but also CO2 -- a byproduct of the process.

Read more: Eiffel Tower Lights to Turn Off Earlier to Lower Power Use

Carbon dioxide is a vital part of the food industry. It’s used to stun livestock for slaughter, as well as in packaging to extend shelf life and for dry ice to keep items frozen during transport.

British online grocery service Ocado Group Plc said on Tuesday that increased costs for things like dry ice and energy will likely weigh on profits in the fourth quarter, while shoppers tighten their purse strings. The combination signals how difficult it will be for companies to pass on higher expenses as households struggle to fulfill basic needs.
relates to From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over
The SKW Piesteritz GmbH fertilizer plant rises over a Wittenberg Gemuese GmbH greenhouse in Wittenberg, Germany, on Sept. 9.
Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg

For Wittenberg Gemuese GmbH, the disruption of ammonia production has also meant a loss of the heating and hot water needed to operate its greenhouses.

The German grower of tomatoes, strawberries and peppers relies on SKW Piesteritz GmbH for heat as well as CO2, but was left stranded when Germany’s biggest producer of ammonia and urea halted output last week.

“Without heating, nothing works here,” said Kevin van IJperen, manager of the facility, which is nearly three times as big as the Pentagon. “We were still lucky as the temperatures were mild in the last week. Had this happened later in the year, we would have had huge losses.”

The outage at SKW, which is in talks over a government bailout, poses other risks for Germany’s economy. The company covers about 40% of Germany’s demand for AdBlue, an additive used to make the exhaust of diesel vehicles less harmful. A shortage could force freight trucks off the road.

In Sweden, Pagen, one the country’s biggest bakeries, joined other food producers to warn about risks to food supply from surging energy costs and the risks of blackouts.

A one-second electricity disruption in June impacted Pagen’s production for four weeks, head of communications and sustainability Berith Apelgren told local media, adding that recurring outages would be “mind boggling.”

Back in Belgium, Prime Minister Alexander De Croo has warned that Europe’s economy risks a “full stop” from a domino effect caused by the energy crisis.

“That’s why I think that interventions in the gas market are the core thing,” he said in an interview. “If you do that right a lot of the other things are actually less important, because that’s the driving element.”


Estamos em Setembro. Continuo a achar que o pânico está do lado da Ucrânia e dos países a oeste. A Rússia só precisa de esperar pelo frio para que a Ucrânia capitule sem destruir mais infraestruturas. Espero estar enganado.
"A Guerra é a continuação da política por outros meios"
Carl von Clausewitz 1780 -1831
 
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