Portaria das taxas de regulação da Anacom é inconstitucional

[Marco Martins]

De qualquer forma, creio que tanto a Rússia como a Europa, desejam/precisam que esta guerra termine o mais rapidamente possível!

A Russia quer mostrar vitória nos festejos de Maio e a CE quer dar parecer sobre candidatura da Ucrânia à UE até junho (embora o parecer seja apenas um parecer, creio que terá de considerar muitos factores como uma avaliação de fronteiras, capacidade produtiva, capacidade de endividamento, estabilidade da moeda, etc, etc, etc) !

Ora, se a Ucrânia ainda estiver em guerra, a meu ver não haverá qualquer possibilidade de ser integrada na Europa, pois isso simplesmente seria aceitar uma guerra dentro das fronteiras europeias, onde todos os estados teriam de tomar uma defesa conjunta (mesmo sem ser por intermédio da Nato mas também para protegerem a sua economia).

[BearManBull]

Falam muitas vezes que a Russia fracassou na conquista de Kiev!
No entanto não vejo as coisas assim... acho que os russos entraram em várias frentes, para evitar que o exército ucraniano pudesse ser orientado apenas para o sul. Desta forma, apesar da Russia não entrar com muita força no norte, criou uma limitação à Ucrânia tanto ao nível de movimentação de tropas para o sul como na circulação de bens necessários.
Os que foram para norte, foram carne para canhão e apenas para empatar!

Também parece que foi "a ver no que dá". Um politico ocidental (não sendo impossível) dificilmente poderia desprezar tantas perdas militares num objectivo irreal ou de probabilidades tão baixas. Mas para Putin condenar alguns milhares não tem grandes implicações.

[BearManBull]

Hoje não têm, mas se a guerra se arrastar estão em vantagem, pois a Rússia, devido às sanções, não vai conseguir suportar o esforço de guerra, ou pelo menos, numa escala de alguma dimensão.

Enquanto não se cortar oil&gas a Russia vai cambalear mas vai continuar a ter força para manter o esforço de guerra.

Claro que o povinho vai pagar a factura bem caro...

Apostaria que vai ficar ali pela Novorossiya mas que não deixa de ser uma vitoria importante para os interesses russos.

[Marco Martins]

Falam muitas vezes que a Russia fracassou na conquista de Kiev!
No entanto não vejo as coisas assim... acho que os russos entraram em várias frentes, para evitar que o exército ucraniano pudesse ser orientado apenas para o sul. Desta forma, apesar da Russia não entrar com muita força no norte, criou uma limitação à Ucrânia tanto ao nível de movimentação de tropas para o sul como na circulação de bens necessários.
Os que foram para norte, foram carne para canhão e apenas para empatar!

Desde o início que o interesse russo parece ser a Crimeia e toda a parte sul da Ucrania, garantindo assim o acesso ao mar de Azov e mar Negro, mas para além disso é onde tem uma maior população pró-russa (para além de ter os terrenos mais férteis).

Não duvído que daqui a uns tempos queiram avançar para o norte da Ucrânia e para a Moldávia, mas para para já, creio que apenas o sul é importante por ser totalmente estratégico, pois tal como vemos, o acesso marítimo para grandes barcos de guerra é um elemento diferenciador e quanto mais longe ficarem de Moscovo, melhor.

[PMP69]

Os objectivos de Putin não mudaram, até porque externamente "morreu" e internamente está sobre enorme pressão dos ultranacionalistas, incluindo do seu próprio partido "Rússia Unida", acrescentado ainda que tem uma grande base de apoio no povo russo.

O que mudou foi a estratégica, com a nomeação do General Alexander Dvornikov, como comandante-chefe das forças russas na Ucrânia, que tem estado a corrigir os erros que foram cometido e a reorganizar as forças.

Acho que já todos entendemos, que a invasão russa foi um acumular de erros, desde tropas subdimensionadas, várias frentes dispersas sem capacidade de progressão, falhas nas linhas de abastecimento, falta de coordenação e comunicação entre unidades, não destruição de infraestruturas defensivas ucranianas ........ Assim de repente, parece-me que era cada um por si a tentar ser o primeiro a atingir um feito que lhe desse vantagens junto de Moscovo.

À dias ouvi um ex general português dizer que as forças russas, não eram um exército, mas sim um grupo de rufias, e foi isso que fomos assistindo.

Nos últimos tempos, temos visto diversas alterações nas forças russas, como bombardeamento estratégicos, reorganização das suas forças a leste, para criar um frente em linha rectilínea, deixar algumas operações de limpeza de bolsas de resistência (Mariupol) a elementos separatistas, libertando assim as suas forças .......

Ontem começou o dia 1 da invasão a Ucrânia, resta saber se estes quase 2 meses não criaram danos irreversíveis nas forças russas.

Pessoalmente, acho que enquanto os ucranianos forem abastecidos de equipamentos, munições e inteligência, esta guerra vai-se arrastar e que estarão mais próximos da vitória, e não acredito num acordo em que a Ucrânia cede mais do que a Crimeia, e que a Rússia aceite menos que a totalidade da Ucrânia, ou no imediato, todo o leste até ao Dniepre.


Pedro

Concordo com quase tudo o que escreveste , exceto o ultimo paragrafo.
Tal como referiu o Marco, penso que os ucranianos não têm capacidade para expulsar os russos para as fronteiras de 2014, as armas que estão a ser fornecidas não são suficientes para isso, precisariam de muitos aviões, misseis, artilharia, etc...
Mas também não vejo a Rússia com capacidade de conquistar todo o pais pela força, teriam conseguido isso com um golpe de Estado, o que agora considero pouco provável vir a acontecer. Conquistar todo o leste até o Dniepre e a costa até à Moldávia seria uma grande vitória para os russos, mas não chega conquistar, será preciso que os ucranianos aceitam isso num acordo, o que será difícil.
Tendo em conta o que sabe até agora diria que o mais provável será uma vitoria "pirrica" russa conforme mapa abaixo.

Hoje não têm, mas se a guerra se arrastar estão em vantagem, pois a Rússia, devido às sanções, não vai conseguir suportar o esforço de guerra, ou pelo menos, numa escala de alguma dimensão.

Posso estar enganado, mas não me parece que consigam chegar a algum acordo, aceitável para ambos. Os simples acordos de Minsk nunca foram implementados, e têm quase 8 anos.

Pedro

[mais_um]

Os objectivos de Putin não mudaram, até porque externamente "morreu" e internamente está sobre enorme pressão dos ultranacionalistas, incluindo do seu próprio partido "Rússia Unida", acrescentado ainda que tem uma grande base de apoio no povo russo.

O que mudou foi a estratégica, com a nomeação do General Alexander Dvornikov, como comandante-chefe das forças russas na Ucrânia, que tem estado a corrigir os erros que foram cometido e a reorganizar as forças.

Acho que já todos entendemos, que a invasão russa foi um acumular de erros, desde tropas subdimensionadas, várias frentes dispersas sem capacidade de progressão, falhas nas linhas de abastecimento, falta de coordenação e comunicação entre unidades, não destruição de infraestruturas defensivas ucranianas ........ Assim de repente, parece-me que era cada um por si a tentar ser o primeiro a atingir um feito que lhe desse vantagens junto de Moscovo.

À dias ouvi um ex general português dizer que as forças russas, não eram um exército, mas sim um grupo de rufias, e foi isso que fomos assistindo.

Nos últimos tempos, temos visto diversas alterações nas forças russas, como bombardeamento estratégicos, reorganização das suas forças a leste, para criar um frente em linha rectilínea, deixar algumas operações de limpeza de bolsas de resistência (Mariupol) a elementos separatistas, libertando assim as suas forças .......

Ontem começou o dia 1 da invasão a Ucrânia, resta saber se estes quase 2 meses não criaram danos irreversíveis nas forças russas.

Pessoalmente, acho que enquanto os ucranianos forem abastecidos de equipamentos, munições e inteligência, esta guerra vai-se arrastar e que estarão mais próximos da vitória, e não acredito num acordo em que a Ucrânia cede mais do que a Crimeia, e que a Rússia aceite menos que a totalidade da Ucrânia, ou no imediato, todo o leste até ao Dniepre.


Pedro

Concordo com quase tudo o que escreveste , exceto o ultimo paragrafo.
Tal como referiu o Marco, penso que os ucranianos não têm capacidade para expulsar os russos para as fronteiras de 2014, as armas que estão a ser fornecidas não são suficientes para isso, precisariam de muitos aviões, misseis, artilharia, etc...
Mas também não vejo a Rússia com capacidade de conquistar todo o pais pela força, teriam conseguido isso com um golpe de Estado, o que agora considero pouco provável vir a acontecer. Conquistar todo o leste até o Dniepre e a costa até à Moldávia seria uma grande vitória para os russos, mas não chega conquistar, será preciso que os ucranianos aceitam isso num acordo, o que será difícil.
Tendo em conta o que sabe até agora diria que o mais provável será uma vitoria "pirrica" russa conforme mapa abaixo.

[Marco Martins]

https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/guerra-na-ucrania/2022-04-19-ucrania-russia-confirma-ataques-aereos-e-de-artilharia-contra-o-leste-ucraniano/

Podemos afirmar que as tropas russas começaram a batalha (para tomar) o Donbass sendo que se esteve a preparar há muito tempo. Uma grande parte do Exército da Rússia está mobilizado para esta ofensiva”, declarou o chefe da Estado da Ucrânia

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1978154/ucrania-russia-faz-novo-ultimato-as-forcas-que-defendem-mariupol

A Rússia fez hoje um novo ultimato às forças ucranianas que defendem a cidade de Mariupol (leste) para se renderem até às 12:00 locais (10:00 em Lisboa)

https://sicnoticias.pt/mundo/conflito-russia-ucrania/guerra-na-ucrania-russia-ataca-com-armamento-pesado-fabrica-em-mariupol-com-civis/

Guerra na Ucrânia: Rússia ataca com armamento pesado fábrica em Mariupol com civis
Bombas capazes de destruir bunkers.

Tudo indica que vai ser outro cenário de terror
Espero que a Ucrânia tenha igualmente um trunfo na manga.

[BearManBull]

Economistas pedem ao G20 registo mundial de bens para visar oligarcas russos
Vários economistas, incluindo o francês Thomas Piketty e o norte-americano Joseph Stiglitz, exortaram o G20 a criarem um registo global de bens para melhor visar as fortunas escondidas dos oligarcas russos.

“O caso dos oligarcas russos fala por si” na ocultação de fortunas dentro de estruturas opacas, dizem os economistas, numa carta publicada esta terça-feira no diário britânico The Guardian e dirigida aos líderes do G20.

Os oligarcas russos detêm “pelo menos um trilião de dólares de riqueza no estrangeiro”, segundo estimativas incluídas na carta, assinada pelos franceses Thomas Piketty e Gabriel Zucman, bem como pelo prémio Nobel norte-americano Joseph Stiglitz, todos membros da Comissão Independente para a Reforma Fiscal das Empresas Internacionais, um grupo de reflexão.

@Observador

Estes são mais autocratas que russos e chineses juntos.

A cada crise inventar novas desculpas para corromper a liberdade.

[PMP69]

Os objectivos de Putin não mudaram, até porque externamente "morreu" e internamente está sobre enorme pressão dos ultranacionalistas, incluindo do seu próprio partido "Rússia Unida", acrescentado ainda que tem uma grande base de apoio no povo russo.

O que mudou foi a estratégica, com a nomeação do General Alexander Dvornikov, como comandante-chefe das forças russas na Ucrânia, que tem estado a corrigir os erros que foram cometido e a reorganizar as forças.

Acho que já todos entendemos, que a invasão russa foi um acumular de erros, desde tropas subdimensionadas, várias frentes dispersas sem capacidade de progressão, falhas nas linhas de abastecimento, falta de coordenação e comunicação entre unidades, não destruição de infraestruturas defensivas ucranianas ........ Assim de repente, parece-me que era cada um por si a tentar ser o primeiro a atingir um feito que lhe desse vantagens junto de Moscovo.

À dias ouvi um ex general português dizer que as forças russas, não eram um exército, mas sim um grupo de rufias, e foi isso que fomos assistindo.

Nos últimos tempos, temos visto diversas alterações nas forças russas, como bombardeamento estratégicos, reorganização das suas forças a leste, para criar um frente em linha rectilínea, deixar algumas operações de limpeza de bolsas de resistência (Mariupol) a elementos separatistas, libertando assim as suas forças .......

Ontem começou o dia 1 da invasão a Ucrânia, resta saber se estes quase 2 meses não criaram danos irreversíveis nas forças russas.

Pessoalmente, acho que enquanto os ucranianos forem abastecidos de equipamentos, munições e inteligência, esta guerra vai-se arrastar e que estarão mais próximos da vitória, e não acredito num acordo em que a Ucrânia cede mais do que a Crimeia, e que a Rússia aceite menos que a totalidade da Ucrânia, ou no imediato, todo o leste até ao Dniepre.


Pedro

[pepe7]

Ucrânia quer usar Medvechuk como moeda de troca

A Ucrânia quer usar Viktor Medvedchuk, o político ucraniano da oposição, considerado próximo de Vladimir Putin e recentemente detido pelas autoridades, como moeda de troca, mas a Rússia ainda não reagiu à proposta. Os serviços de segurança da Ucrânia publicaram um vídeo em que Medvechuck pede para ser trocado por defensores e residentes de Mariupol, capturados pelos russos. A mulher do político apelou a Vladimir Putin para que aceite esta troca.

O Kremlin mantém o silêncio: O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, disse apenas que "avisa se houver uma reação do presidente".

A Rússia também tem moedas de troca. A televisão russa mostrou imagens dos soldados britânicos Sean Pinner e Aiden Eslin, que lutavam do lado da Ucrânia e foram capturados. Propõe ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, uma troca com Medvechuck.

Medvechuck e outros dirigentes da "Plataforma de Oposição - Partido Pró-Vida", tida como próxima da Rússia, foram detidos há cerca de uma semana e acusados de alta traição. Segundo o governo ucraniano, o político, advogado e empresário estava a tentar fugir do país. O presidente Volodymyr Zelenskyy apresentou-o logo como possível moeda de troca para a libertação de combatentes ucranianos detidos pelos russos.
https://pt.euronews.com/2022/04/18/ucrania-quer-usar-medvechuk-como-moeda-de-troca

[MarcoAntonio]

Sim, eu sei que não é de agora, já vinha sendo discutido em Fevereiro e Março com novas revelações. O que é de hoje é o artigo.

[mais_um]

Já tem meses, já tinha lido artigos sobre o tema, como este:

https://www.reuters.com/business/energy ... 022-02-10/

[MarcoAntonio]

A europa ocidental foi ingénua, com ganância e corrupção à mistura. E bem no centro, está a Alemanha. Que agora se tenta redimir.

Esta polémica já dura há uns dias, mas hoje saiu esta peça:

German state leader Manuela Schwesig ‘colluded with Russians on gas pipeline’

A regional leader in Germany colluded with Gazprom, Russia’s state-backed energy company, to promote the Nord Stream 2 gas pipeline before it was cancelled, leaked documents show.

Manuela Schwesig, chief minister of the northeastern state of Mecklenburg-Vorpommern, is the latest member of Olaf Scholz’s Social Democratic Party (SPD) to come under pressure over her links to the Kremlin-backed project. Critics have described her as “Putin’s puppet”.

Schwesig, 47, is accused of setting up an environmental foundation that was secretly designed to lobby for the Russian-backed gas pipeline, deflect it from criticism and circumvent US sanctions.

Hundreds of emails and documents released under the Environment Information Law show the state leader collaborated so closely with Nord Stream 2 AG, the company behind the project, that revisions to her public statements were suggested. The company even asked to eavesdrop on “off the record” briefings to journalists.

The documents suggest that Schwesig was involved in hiring decisions for Nord Stream 2 AG, which is owned by Gazprom and headed by Matthias Warnig, 66, a former Stasi member who befriended and worked with Vladimir Putin in the 1980s when he was a KGB officer stationed in Dresden.

Schwesig was regarded as a rising star in the SPD. She has since apologised for her support of the pipeline.

Norbert Röttgen, a member of the Christian Democratic Union (CDU), called for Schwesig to resign for “colluding with a Russian company and deliberately misleading the public”.

The broadsheet Die Welt said Schwesig’s office was acting as “a branch of Gazprom”. The documents obtained by the newspaper reveal a plan to hire “experienced employees” of Nord Stream 2 at the Environmental and Climate Protection Foundation set up by Schwesig’s administration last year. Schwesig was named on the founding documents of the foundation. Millions of euros for the NGO, mostly from Gazprom, were aimed at completing the pipeline and protecting it from US sanctions, Die Welt reported.

The leaked documents suggested that the Nord Stream 2 communications manager was also directing Schwesig, telling her: “We should try to position the foundation . . . as a ‘smart answer’ to US hard-line behaviour.”

Schwesig gave a speech in the state parliament dismissing criticism of the project as an attempt to pressure Germany into buying “US fracking-gas”.

The opposition CDU, Greens and Free Democratic Party (FDP) have set up a committee of inquiry to untangle the interests of the state government, the foundation and the Russian backers of Nord Stream 2.

Documents revealed in the state chancellery in the capital city, Schwerin, show how close the cooperation was. The Nord Stream 2 communications manager asked that “an employee of our agency” listen in to off-the-record conversations with journalists. No objection is noted in the documents, though Schwesig’s representative denies that anyone listened to sensitive discussions.

In an email dated November 23 2020, referring to official statements, the head of the state chancellery reported on a meeting with Nord Stream 2 members. “They had three changes on their minds, which I’ve included.”

Gerhard Schröder, the former chancellor who is also a Gazprom director and chairman of Nord Stream 2 AG, has also been criticised. He met Schwesig many times to discuss how US sanctions could be avoided, Der Spiegel reported.

Germany’s friendliness with Putin’s Russia is now seen as a grievous error. Schwesig has since claimed that “Putin deceived us all”. Her office could not be reached for comment yesterday.

The Times

Não é só a Alemanha, como é óbvio.

[BearManBull]

Em qualquer um dos cenários, enquanto Putin estiver no poder, ou outro qualquer como ele, duvido que as coisas fiquem por aqui...

Por isso que a grande batalha não vai ser com balas.

Como aumentar a abertura dos russos é que é o grande dilema. Eu até vejo bem existir uma nação conservadora rival, mas estas porcarias das tendencias expansionistas agressivas é que têm de ser inadmissíveis.

Creio que o grande problema foi o de o ocidente ter estimulado aquilo que a grande moral e ética dos nobres políticos atacam com todas as frentes que é a falta de distribuição equitativa de capital.

Ora a alimentar os oligarcas como se fez nos últimos 20 anos claramente que é receita para a desgraça.

Portanto a meu ver tem de se forçar a descentralização econômica da Russia, sendo que para já se falha redondamente. As sanções deviam ser dirigidas principalmente ao oil&gas. Estar a atacar industrias como a MacD's, Inditex's ou ITs é um erro - essas são as portas de entrada do ocidente na Russia e o nosso melhor marketing para estimular na Russia a cultura anti expansionismo/militarismo.

[MarcoAntonio]

Concordo contigo, mas se ficar por Donbass mais a ligação à Crimeia será uma vitoria de pirro, a ligação à Moldavia conquistando a costa de Odessa já terá impacto estratégico, manipulando o governo da Moldávia passará a ter acesso à Roménia, com o Orban como aliado as coisas não ficam fáceis para o Ocidente.

Se ficar por esses mínimos, pode passar por vitória agora. Quando a areia assentar, os russos caiem na real e acabarão por perceber o logro. Isto vai ter consequências económicas importantes a prazo, que os russos vão sentir. E a realidade da guerra acabará por ser conhecida, com milhares e milhares de mortos e feridos.

Se, porém, Putin conseguir unir com a Moldávia, então será uma vitória estratégia significativa. Em qualquer um dos cenários, enquanto Putin estiver no poder, ou outro qualquer como ele, duvido que as coisas fiquem por aqui...

É certo que a guerra ainda não acabou e a Ucrânia ainda pode sair vitoriosa. Mas tendo em conta todas as probabilidades (a favor da Rússia) , desde o início que se deveria ter tentado uma negociação para que a Rússia tivesse uma parte do que queria e a Ucrânia conseguisse ter uma defesa assegurada sobre o restante território.
Isso pouparia muitas vidas e menos destruição tanto para aqueles que são pro ou contra a Rússia.
Mas isto é como tudo... se tivéssemos uma bola de cristal tudo seria mais simples..

Marco, isto é a meu ver completamente irrealista. Antes da invasão Putin não queria saber de negociações, nem ele ia aceitar pacificamente uma coisa do género que descreves, como solução de longo-prazo. Primeiro, Putin contava ficar com a Ucrânia toda (não contava com nada disto, seja a resistência dos ucranianos seja a união do ocidente). Segundo, não se vai para negociações com um ditador destes dando-lhe logo o teu braço todo. Ele ficava-te com o braço, ri-se nas tuas costas e no dia seguinte apresenta-te novas negociações. Aqui dás-lhe o segundo braço e isto continua até ele te tomar o corpo todo.

O que estás a descrever é basicamente uma forma alternativa de dizer "rendemo-nos" antes sequer de se disparar um tiro.

[Marco Martins]

É certo que a guerra ainda não acabou e a Ucrânia ainda pode sair vitoriosa. Mas tendo em conta todas as probabilidades (a favor da Rússia) , desde o início que se deveria ter tentado uma negociação para que a Rússia tivesse uma parte do que queria e a Ucrânia conseguisse ter uma defesa assegurada sobre o restante território.
Isso pouparia muitas vidas e menos destruição tanto para aqueles que são pro ou contra a Rússia.
Mas isto é como tudo... se tivéssemos uma bola de cristal tudo seria mais simples..

[mais_um]

Eu não creio que haja forma de "salvar" o Donbass, a guerra não acaba enquanto Putin não conseguir os mínimos dos mínimos e seguramente o Donbass (completo) faz parte desses mínimos. A questão para mim é mais saber até onde ele consegue ir para lá disso. Mesmo o corredor entre o Donbass e a Crimeia faz parte dos mínimos que Putin não vai ceder, dê por onde der. Se ele depois ainda vai tentar unir até à Modávia, tomando Odessa, para mim é ainda uma incógnita (ainda está nos planos? depende de como correr a segunda fase?).

Por mais auxílio que receba, a Ucrânia praticamente não tem hipóteses de expulsar a Rússia do território. O que se assiste, a meu ver, é uma retórica assertiva para ir com força para negociações (que vai sempre ter de passar por cedência de território, seja lá ele definido como for). Creio que os próprios ucranianos, Zelensky incluído, sabem destas coisas embora não o passam dizer abertamente.

Concordo contigo, mas se ficar por Donbass mais a ligação à Crimeia será uma vitoria de pirro, a ligação à Moldavia conquistando a costa de Odessa já terá impacto estratégico, manipulando o governo da Moldávia passará a ter acesso à Roménia, com o Orban como aliado as coisas não ficam fáceis para o Ocidente.

[MarcoAntonio]

Eu não creio que haja forma de "salvar" o Donbass, a guerra não acaba enquanto Putin não conseguir os mínimos dos mínimos e seguramente o Donbass (completo) faz parte desses mínimos. A questão para mim é mais saber até onde ele consegue ir para lá disso. Mesmo o corredor entre o Donbass e a Crimeia faz parte dos mínimos que Putin não vai ceder, dê por onde der. Se ele depois ainda vai tentar unir até à Modávia, tomando Odessa, para mim é ainda uma incógnita (ainda está nos planos? depende de como correr a segunda fase?).

Por mais auxílio que receba, a Ucrânia praticamente não tem hipóteses de expulsar a Rússia do território. O que se assiste, a meu ver, é uma retórica assertiva para ir com força para negociações (que vai sempre ter de passar por cedência de território, seja lá ele definido como for). Creio que os próprios ucranianos, Zelensky incluído, sabem destas coisas embora não o passam dizer abertamente.

[mais_um]

A expectativa é que esta operação seja diferente da anterior e que os russos já se tenham adaptado em virtude de falhanços anteriores, para além das diferenças do terreno como diversos comentadores têm apontado.

Russia has adjusted its tactics in its new offensive in eastern Ukraine and, according to a US senior defense official who joined reporters on a call on Monday, they have from their previous failures in the early days of the invasion.

“What we have seen over the last few days is them continue to try to set the conditions,” the senior defense official told reporters. “We call it shaping operations.”

Russia has moved 11 new battalion tactical groups into the east and south of Ukraine in recent days, preparing heavy artillery, aviation, and other military assets, and directed more troops into the region. Moscow withdrew forces from the north and brought forces in from areas near the Kyiv and in Belarus to focus on the eastern front. The Russian military is now concentrated on taking control of the Donbas, Reuters reported:

Russia’s reinforcements have set the stage for a protracted battle that military analysts say is certain to inflict heavy losses on both sides as the Russians try to encircle Ukraine’s fighters dug in to defend the Donbas region.

The Guardian / Reuters

Para já a coisa está preta, há informações que já há tropas russas em Zarichne, o que a confirmar-se quer dizer que quase a totalidade de Luhansk está nas mão dos russos exceto uma bolsa que arrisca-se a ficar cercada.

[mais_um]

Mais_um, o assunto Moskva está afundado

[MarcoAntonio]

A expectativa é que esta operação seja diferente da anterior e que os russos já se tenham adaptado em virtude de falhanços anteriores, para além das diferenças do terreno como diversos comentadores têm apontado.

Russia has adjusted its tactics in its new offensive in eastern Ukraine and, according to a US senior defense official who joined reporters on a call on Monday, they have from their previous failures in the early days of the invasion.

“What we have seen over the last few days is them continue to try to set the conditions,” the senior defense official told reporters. “We call it shaping operations.”

Russia has moved 11 new battalion tactical groups into the east and south of Ukraine in recent days, preparing heavy artillery, aviation, and other military assets, and directed more troops into the region. Moscow withdrew forces from the north and brought forces in from areas near the Kyiv and in Belarus to focus on the eastern front. The Russian military is now concentrated on taking control of the Donbas, Reuters reported:

Russia’s reinforcements have set the stage for a protracted battle that military analysts say is certain to inflict heavy losses on both sides as the Russians try to encircle Ukraine’s fighters dug in to defend the Donbas region.

The Guardian / Reuters

[MarcoAntonio]

Supostamente, segundo diversas fontes ucranianas, começou esta segunda-feira a segunda fase da invasão.

Ukrainian national security official: Russians launched an effort to breakthrough front lines Monday
From CNN's Julia Presniakova in Lviv

Oleksiy Danilov, secretary of Ukraine's National Security and Defense Council, said Monday that Russian forces had launched an effort to break through Ukrainian front lines in three regions.

"Today, almost along the entire front line of Luhansk, Donetsk, Kharkiv regions, the occupiers tried to break through our defenses," he said in remarks on television.

"Fortunately, our military is holding on, and only in two cities they [the Russians] have passed: Kreminna and another small town. But the fighting continues, we are not surrendering our territories and the attempt to start an active phase has begun this morning," he said.

CNN

Second phase of the war has started - Ukraine's presidential chief of staff

"The second phase of the war has started," the chief of staff to Ukraine's President Zelensky has said.

The remarks from Andriy Yermak echoed the warning given by Ukraine's top security official that Russia had launched its new offensive in the east on Monday morning.

Addressing fellow Ukrainians, Yermak wrote on the Telegram messaging app: "Believe in our army, it is very strong."

BBC

“Now we can state that the Russian forces have started the battle for the Donbas that they have been getting ready for a long time,” President Volodymyr Zelensky of Ukraine said in a video address. “A very significant part of the Russian Army is now concentrated for that offensive. No matter how many servicemen get thrown there, we will fight, we will defend ourselves. We will do that every day.”

NYT

'It's hell' - fighting steps up in Luhansk region

There's been another report of Russia increasing its attacks in eastern Ukraine.

"It's hell," said Sergei Gaidai, the governor of the Luhansk region.

"The offensive has begun, the one we've been talking about for weeks," he wrote on Facebook.

He said fighting was "constant" in the cities of Rubizhne and Popasna.

BBC

[PMP69]

Como alguém já aqui disse, qualquer dia não há frota do Mar Negro.


https://defence-blog.com/officials-confirm-death-of-senior-russian-naval-officer-in-berdyansk/


Pedro

[PMP69]

Pedro, se isto não te convencer que estás enganado.....

"Analysis of the satellite image also found other vessels in the water around the Moskva, suggesting Russia launched a rescue mission to save the crew of the ship that it said was sunk by a fire on board, which resulted in ammunition exploding. Moscow has made no mention of a Ukrainian attack."

https://www.dailymail.co.uk/news/articl ... image.html

Vê o nº 1.
https://i.dailymail.co.uk/1s/2022/04/16 ... 202198.jpg

Mais_um, o assunto Moskva está afundado

Um dia, à semelhança do que aconteceu com o Kursk, deveremos ter acesso ao que se passou.

Pedro

[MarcoAntonio]

Este infographic resume a "teoria" de que eu falava há dias (a teoria não é minha, entenda-se).