Àlvaro Escreveu:Será só em Portugal, ou este enredo está espalhado pelo Mundo e só agora se começa a levantar o véu em relação à dimensão destas trapalhadas? As criptomoedas coincidem com a estratégia dos falcões de Trump que consistia em tirar dinheiro da economia real, a Eurpa percebeu isso claramente. As moedas real (e não virtuais) que existem passarão um dia a ser digitais, mas isso é outra conversa, o Yuan dqui a um ano será digital, mas que é que isso tem que ver com cripto? Nada. A conversa dos Blokchain é mesmo só para animar a malta. trata-se de uma tecnologia segura para transações, nada a ver com criptomoedas.
https://sicnoticias.pt/programas/essenc ... g7-StRtm6Y
Programa da Conceição Lino? Com o devido respeito, o que é que vai sugerir a seguir, um artigo sobre protocolos DeFi na Casa Cláudia? Ou sobre dApps na Marie Claire?
Moedas digitais tem tudo a ver com crypto. As primeiras não existiriam sem as segundas, e não as vão substituir, mas sim coexistir. Quantas e quais o futuro dirá, provavelmente cada vez mais, sobretudo devido aos tokens. É bastante irrelevante a discussão nesta fase se Bitcoin é uma crypto currency ou um cryto asset, a palavra currency é usada em sentido lado, embora pessoalmente prefira o termo crypto asset, frequentemente uso o termo moedas quando escrevo em português. Para alguns investidores o racional de compra é como currency, para outros é como asset. A volatilidade da Bitcoin consegue ser bem menor que 2/3 das moedas de países não desenvolvidos em determinados espaços de tempo, mais ainda excluindo medidas de controlo de capitais. E recentemente menos volátil que 1/3 das empresas do S&P. O mesmo se é ou não uma commodity digital, tipo digital gold, apesar do seu comportamento ser mais parecido com o cobre do que com o ouro.
O Constâncio não tem razão nas suas críticas ao espaço crypto, noto pelo menos uma evolução positiva no argumento, tem vindo a meter marcha atrás face ao que dizia antes, bem mais radical no passado, e errado, agora está apenas fechado no plano teórico da definição clássica de moeda e na fiscalidade portuguesa. Já agora, na fase final de adesão ao euro, os portugueses ainda recebiam salário e pagavam em escudos e este já não era uma moeda, apenas uma unidade de conta, sendo o euro a moeda na medida em que a política monetária era em euros, o último passo para o euro foi a conversão da unidade de conta escudo para euro, com a introdução das notas e redenominação dos saldos bancários, contabilidade, etc. Constâncio tem estado tão errado no espaço crypto como no tema do défice externo aquando da nossa última bancarrota. Aliás o BCE tem, desde o início, e não apenas recentemente, uma posição muito mais construtiva no espaço crypto geral, não apenas no euro digital, como é visível nos seus contributos escritos durante a fase de consulta da regulação europeia sobre o Markets in Crypto-assets.
Reforço mais uma vez que está errado quando insiste na ideia das crypto andarem a fugir ao fisco. Já lhe foi explicado que não é verdade, mas continua a insistir. No plano estritamente nacional, o Governo e a Assembleia da República, deliberadamente, escolheram, até agora, não tributar estes rendimentos. Basta cruzar a fronteira para Badajoz e as crypto já são tributadas.
Também não há qualquer diferença entre economia real e não real, essa distinção é falaciosa.
Espaço crypto é especialmente desafiante, tem características de complexidade e novidade, portanto não só é necessário saber lidar com a complexidade, que é imensa, deste espaço, do ponto de vista tecnológico e financeiro, como é necessário ter a mente aberta para mudar ideias feitas e adotar novas conceções. É longa a lista de pessoas que chamaram à bitcoin e outras crypto fraudes e coisas do género, e entretanto mudaram radicalmente de opinião. Lista ilustre, diga-se, desde o CEO do JP Morgan que disse que bitcoin é uma fraude e despediria qualquer empregado do banco que investisse $1 nela, até ao Kevin O'leary, que disse que isto era tudo lixo sem qualquer utilidade. Passado uns anos, JP Morgan está a lançar um fundo de gestão ativa de Bitcoin para os clientes de Wealth Management e o O'Leary comprou bitcoin para o seu portfolio pessoal com peso de 3% e investe em empresas de mineração com critérios razoáveis de KYC/ESG.
Entretanto, na Coinbase, $ARK's continuam a aproveitar todas as descidas para comprarem mais um pouco.