djovarius Escreveu:Pois, eles podem não fazer, mas é errado.
O correto é fazer contas em função de PIB, como na chamada "ótica de Maastricht".
Quanto aos EUA, eles não vão por aí, mas hão-de chegar lá.
Quanto ao Trump: ele disse que retomou os investimentos nas forças armadas (rebuild our military), mas que fugiu da função de polícia do mundo.
Isso era a alavancagem dele nos debates de 2016, mesmo dentro do Partido, com enormes críticas ao Bush.
Nunca pensei que cumprisse, mas cumpriu mesmo. Ao mesmo tempo, parece contraditório, investiu na tropa com força !!
Recuperou o velho mote: "se queres paz, prepara-te para a guerra".
Pode não parecer, mas essa é a linguagem que Russos e Chineses entendem. Entre outros.
Uma tensão controlada, bem como alguns passos ousados, como o caso da "Space Force", são a mensagem correta para esses grandes blocos de Poder.
Ai dos EUA e de nós todos no Ocidente, se aparecer um líder fraco, um cordeiro, que ceda a todas as pressões, sobretudo internacionais. São essas fraquezas que levam aos piores conflitos.
Lembrem-se da inocente visita do primeiro ministro inglês do tempo da I Guerra Mundial, David Lloyd George, à Alemanha de Hitler, que o deixou impressionado ao ponto de escrever num artigo do "Daily Express" que o grande "guia" alemão não tinha vontade nenhuma de começar um conflito, só desejava reforçar a sua própria defesa.
Depois, mais fraco ainda, Chamberlain, cedeu a tudo, em Munique, lá em 1938, mesmo debaixo de enormes críticas de George.
Esqueceram-se de se preparar para a guerra, em nome de uma paz podre.
Então, é preciso alguém "out of the box". Neste momento, Rússia e China tudo farão para ter um "passarinho" na Casa Branca.
Joe Biden poderá ser o Lloyd George do século XXI, não se sabe. Pode ser o Chamberlain.
O estilo do Trump não é bom. Eu faria igual? Não!
Mas com esta Europa desorientada e sem rumo, é preciso algum tipo de contra-ponto.
E a verdade é que sem covid-19, os planos de Governo estavam a exceder o que qualquer um poderia esperar !!
Abraço
dj
Já estás a misturar muita coisa… vou tentar simplificar:
O menino Joãozinho almoça na cantina da escola 3 vezes por semana e paga 1€ pela refeição. O menino Zezinho almoça 2 vezes por semana na cantina da escola e paga o mesmo 1€ por refeição.
O pai do menino Joãozinho ganha 1500€ por mês, o pai do menino Zezinho ganha 500€ por mês.
Qual é o menino que almoça mais vezes na Escola?
Qual é o menino que gasta mais dinheiro a almoçar na escola, o menino Joãozinho ou o menino Zezinho?
Qual é o pai que tem um esforço financeiro maior para pagar as refeições do filho na escola, o pai do Joãozinho ou o pai do Zezinho?
É difícil entender a diferença?
Já agora, o que é que o Trump fez que levou ao crescimento económico dos EUA?
História, gosto muito, especialmente a militar, é um dos meus hobbies, desde tenra idade. E posso afirmar que a forma como abordas os episódios que referiste é demasiado simplista para descrever a complexidade da época. Mais uma vez, falta o contexto e o contexto é a elevada mortandade da primeira guerra mundial e a situação económica que tornava muito difícil às democracias justificar avultados gastos em armamento para prepararem-se para um eventual novo conflito.
Sobre quem é que os Russos querem na Casa Branca? Há 4 anos era o Trump, penso que não tens dúvidas disso, certo? O que é certo é que nestes 4 anos, pela primeira vez desde a crise dos misseis de Cuba os Russos colocaram tropas no continente americano (Venezuela)… algo impensável há 4 anos… se o presidente fosse democrata terias os republicanos a dizerem que o presidente era frouxo e estava a colocar em perigo a segurança dos EUA.
Siria, os Russos conseguiram alargar a sua influência numa área (médio oriente) em que estavam em descrédito, recuperaram a iniciativa e até já vendem equipamento a um membro da Nato (Turquia), algo impensável..... até ao Trump.
China, diversas administrações andaram a tentar contrariar a crescente influencia económica da China no Pacifico com o TPP, algo que o Trump rasgou assim que chegou ao poder, desse ponto de vista os Chineses agradecem. Em relação aos ganhos comerciais para os EUA, no futuro veremos se o que o Trump fez até agora (guerra comercial com a China) foi bom ou mau para os EUA.
O Trump só tem dito disparates em relação à Europa, tem sido sempre tiros nos pés, na realidade, o que o Trump veio demonstrar é que os EUA não são um aliado fiável e espero que sirva para Europa aprender de uma vez por todas que não podem confiar nos EUA. O que se passou com a Checoslováquia antes da 2ª guerra mundial devia servir de lição aos europeus....
Nota, não sei se com o Biden (não me entusiasma...mas também não voto nos EUA) a coisa melhora mas parece-me difícil fazer pior.
Um abraço