Wuzzu. Escreveu:Marco Antonio
Qual pensas que seria o impacto deste vírus se nada se fizer? Achas que em Portugal poderá matar 10.000.000 x 0.02= 200.000 pessoas?
wuzzu
Eu não sei se vale a pena estar a explorar o que aconteceria se não se fizer nada, não me parece credível (alguma coisa se há-de fazer, quanto e quão eficazmente, é a questão). Prefiro evitar de especular com informação tão limitada e estar aqui a discutir quantas pessoas poderiam morrer em Portugal.
Também não quero ser alarmista ou de alguma forma contribuir para alguma forma de pânico (não ajuda ninguém nem serve nenhum interesse positivo), tendo deixado de colocar gráficos (estão facilmente acessíveis em múltiplos locais) passado a concentrar-me em colocar alguma informação que me parece mais relevante.
O que digo é que este virus não é nenhuma brincadeira e que as pessoas devem levá-lo a sério.
Mesmo que achem que são sãos e/ou jovens ou o que o valha, todos temos parentes, amigos, colegas, vizinhos, etc.
Portanto, sugiro que sejam responsáveis e que levem o virus a sério, este virus
não é comparável à gripe sazonal. Porquê? Porque se propaga muito mais facilmente e porque apresenta uma taxa de letalidade também bastante superior (não há qualquer dúvida sobre estes dois aspectos, muito embora seja cedo para precisar sobre qualquer um deles). Depois há agravantes: ainda não existem medicamentos anti-virais ou uma vacina conhecidos que sejam eficazes contra o virus, o período de incubação parece ser anormalmente longo por vezes e parece claro que a transmissão assintomática é perfeitamente possível.
A última vez que enfrentamos uma ameaça pública global deste género foi há aproximadamente um século, com a denominada gripe espanhola, causada por uma variante particularmente perigosa do influenza.
Entretanto, evoluímos um século e não creio que o impacto vá ser comparável. Estou convencido que vamos fazer bom uso do que aprendemos e do que evoluímos em diversos vectores nas décadas recentes. Acredito que é nisso que nos devemos concentrar, cada um contribuindo com a sua parte, nomeadamente agindo de forma responsável e deixando as entidades responsáveis, os profissionais de saúde, etc fazerem o seu melhor.
E digo estas coisas porque a situação já é pior do que podia ser porque, claramente, há pessoas a agir de forma irreflectida ou irresponsável...