Thoth Escreveu:É um pouco diferente sim.
Só para esclarecer um ponto e terminar a conversa não concordas que a divida está estabilizada? Ou é para continuar a subir?
Detesto falta de rigor e seriedade numa conversa.
Referi-me ao montante absoluto da dívida pública e não à sua percentagem do P.I.B..
Perguntas-me, agora, se a dívida pública está estabilizada. Creio que já respondi a essa questão: não, ela tem continuado a aumentar desde novembro de 2015, tendo estabelecido novo máximo em 2019, e não em 2018, como escrevi.
Penso que a questão que efetivamente queres colocar é: "O "peso" da dívida pública para o Estado e para os portugueses está estabilizado?", visto apresentares um gráfico demonstrativo da evolução da percentagem do P.I.B. representada pela dívida pública.
O "peso" da dívida pública para o Estado e para os portugueses é "medido" pela percentagem do P.I.B. representada pela dívida pública. Sendo assim, não há dúvida que esse "peso" está (para já) estabilizado . A sua estabilização não se deve propriamente à redução do montante da dívida pública, mas sim ao crescimento da economia portuguesa (crescimento do P.I.B.), que só fica acima da média da União Europeia porque, apesar do P.I.B. de muitos países da União Europeia crescer percentualmente bem acima do português, o crescimento dos P.I.B.`s da Alemanha, da França e da Itália, que têm um "peso" grande no conjunto da União Europeia, devido à grandeza das suas economias, é reduzido.
Claro que enquanto os ventos internacionalmente soprarem de feição será possível fazer-se a consolidação da dívida pública, ou seja, a redução da percentagem do P.I.B. representada pela dívida pública (redução do seu "peso" para o Estado e para os Portugueses) através do aumento do P.I.B., que para este efeito tem mais que compensado o aumento do montante da dívida pública.
Mas o que seria muito bonito de se ver, e que eu gostaria obviamente de ver, seria a redução da percentagem do P.IB. da dívida pública através da diminuição do montante de dívida pública e não, apenas, à custa do aumento (conjuntural) do P.I.B.. Isto seria bonito de se ver e desejável, para o país estar mais bem preparado para enfrentar uma recessão económica (diminuição do P.I.B.).
Perguntas também se o montante da dívida da dívida é para continuar a subir. Relativamente a esta questão digo que gostaria muito que tal não acontecesse, que no seio do Governo o único travão (que não foi suficiente) para que a dívida não continue a subir é Mário Centeno e que antes ainda havia uma "geringonça" a governar e agora nem "geringonça" há!