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Caldeirão da Bolsa

CGD - Tópico geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: CGD - Tópico geral

por Marco Martins » 3/10/2022 16:44

https://cnnportugal.iol.pt/videos/perplexidades-lucros-extraordinarios-cgd-devera-chegar-aos-mil-milhoes-de-euros-este-ano/633751a70cf2ea4f0a5ee812

Será que estes lucros de 1000 milhões da CGD anulam todos os prejuízos anteriores?

Será que este ainda continua a ser um banco público ou já o deixou de ser?
 
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Re: CGD - Tópico geral

por Rango » 30/3/2017 16:38

CGD aumenta capital em 2,5 mil milhões

O Ministério das Finanças aproveitou para reforçar que "concluída, assim, a segunda fase do processo de recapitalização da CGD, Portugal fica com o seu principal banco em condições sólidas, assim contribuindo para a dinamização da economia portuguesa".

Já era esperado, mas chegou do Ministério das Finanças a confirmação: “Conclui-se hoje a segunda fase do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), com a subscrição e realização do aumento de capital em dinheiro pelo Estado Português, no montante de 2.500 milhões de euros”, avança o Governo.

“Este processo iniciou-se em agosto de 2016 com a celebração do “General Agreement” entre a Comissão Europeia (CE) e o Estado Português com vista à recapitalização da CGD, tendo a CE considerado que a mesma é feita em condições de mercado e, nesse contexto, não constitui auxílio de Estado”, relembra o ministério de Mário Centeno.

Nesta segunda fase, o a CGD realizou simultaneamente uma emissão, junto de investidores institucionais privados, de instrumentos de dívida subordinada de categoria Additional Tier 1, num montante de 500 milhões de euros. A taxa de juro da colocação foi de 10,75%.

Nesta segunda fase, o a CGD realizou simultaneamente uma emissão, junto de investidores institucionais privados, de instrumentos de dívida subordinada de categoria Additional Tier 1, num montante de 500 milhões de euros. A taxa de juro da colocação foi de 10,75%.

Numa primeira fase, a CGD realizou um aumento de capital em espécie no montante de aproximadamente 1.445 milhões de euros, subscrito e realizado integralmente pelo acionista Estado Português, pela entrega de 945 milhões de euros respeitantes a obrigações subordinadas de conversão contingente (Instrumentos de Capital Core Tier 1) e respetivos juros, e cerca de 500 milhões de euros, mediante a entrega de ações da Parcaixa.

“A recapitalização da CGD assenta num plano de negócio que garante a sua competitividade e a sua rentabilidade de longo-prazo, bem como a modernização da sua estrutura comercial e do reforço do seu modelo de governação”, avança o Ministério das Finanças em comunicado.

O comunicado reforça que “com todos estes elementos, o plano de negócio perspetiva um retorno adequado para o acionista Estado. Concluída, assim, a segunda fase do processo de recapitalização da CGD, Portugal fica com o seu principal banco em condições sólidas, assim contribuindo para o fortalecimento do sistema financeiro do país e para a dinamização da economia portuguesa”.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... oes-140207



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Re: CGD - Tópico geral

por Marco Martins » 27/3/2017 9:39

JohnyRobaz Escreveu:
Thoth Escreveu:
A emissão é perpétua, mas a CGD poderá amortizá-la antecipadamente ao fim de 5 anos e a partir dessa data, em cada uma das datas de pagamento de juros, sujeito a autorização por parte das autoridades competentes.


Cumprimentos e bons negócios


Bom, nesse caso é um DP de 5 anos com um juro de 11%? Tirando o risco de falência da CGD, qual é o risco disto?


Acho que bastará isso :)
 
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Re: CGD - Tópico geral

por Cardoso25 » 26/3/2017 22:38

Neste artigo fala em 11% a 11,5%.[/quote]

Alguém me pode explicar rápido se isso equivale simplesmente a reaver o capital investido em 9 anos, e a partir daí estar a ganhar 1/9 do capital investido anualmente para sempre sem riscos?[/quote]

Vamos partir do principio que os particulares podiam ter participado nesta emissão.

Explica-me lá como é que chegaste a essas contas? Em 9 anos o capital recuperado? Obrigações perpétuas (não tem custos?), existe a possibilidade de os juros não serem pagos em determinados anos, entre outras condições.[/quote]

Eu perguntei, não afirmei. As minhas contas só têm talvez um problema, que é não considerarem comissões e impostos. Se receberes 11,5% ao ano de um certo valor, ao fim de 9 anos recebeste em juros a totalidade desse valor, ou não? 11,5% x 9 = 103,5%. Quanto a essas possibilidades desconheço, por isso é que perguntei.[/quote]

Só tem "um" problema? Tem vários porque comissões e impostos tem um peso bastante elevado neste tipo de produto. Acresce ainda o facto de serem obrigações perpétuas!
Essas contas só se aplicam se os valores forem líquidos, caso contrário não vale a pena fazer as contas dessa forma, correto? Isso é uma falsa imagem que se cria de taxas de juro. Quando se compra/vende ações, também não se exclui do cálculo as comissões.
 
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Re: CGD - Tópico geral

por JohnyRobaz » 26/3/2017 15:28

Cardoso25 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:
gfaseed Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/caixa-devera-pagar-mais-de-11-por-divida-perpetua?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques

Neste artigo fala em 11% a 11,5%.


Alguém me pode explicar rápido se isso equivale simplesmente a reaver o capital investido em 9 anos, e a partir daí estar a ganhar 1/9 do capital investido anualmente para sempre sem riscos?


Vamos partir do principio que os particulares podiam ter participado nesta emissão.

Explica-me lá como é que chegaste a essas contas? Em 9 anos o capital recuperado? Obrigações perpétuas (não tem custos?), existe a possibilidade de os juros não serem pagos em determinados anos, entre outras condições.


Eu perguntei, não afirmei. As minhas contas só têm talvez um problema, que é não considerarem comissões e impostos. Se receberes 11,5% ao ano de um certo valor, ao fim de 9 anos recebeste em juros a totalidade desse valor, ou não? 11,5% x 9 = 103,5%. Quanto a essas possibilidades desconheço, por isso é que perguntei.
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Re: CGD - Tópico geral

por Cardoso25 » 26/3/2017 11:54

JohnyRobaz Escreveu:
gfaseed Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/caixa-devera-pagar-mais-de-11-por-divida-perpetua?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques

Neste artigo fala em 11% a 11,5%.


Alguém me pode explicar rápido se isso equivale simplesmente a reaver o capital investido em 9 anos, e a partir daí estar a ganhar 1/9 do capital investido anualmente para sempre sem riscos?


Vamos partir do principio que os particulares podiam ter participado nesta emissão.

Explica-me lá como é que chegaste a essas contas? Em 9 anos o capital recuperado? Obrigações perpétuas (não tem custos?), existe a possibilidade de os juros não serem pagos em determinados anos, entre outras condições.
 
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Re: CGD - Tópico geral

por gfaseed » 26/3/2017 11:27

Ocioso Escreveu:http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antonio-costa-operacao-de-emissao-de-divida-da-cgd-foi-um-sucesso-137959
Um sucesso para aqueles que irão receber os juros…


E limpinhos de impostos.
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Re: CGD - Tópico geral

por Ocioso » 26/3/2017 1:03

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... sso-137959
Um sucesso para aqueles que irão receber os juros…
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Re: CGD - Tópico geral

por ricardmag » 23/3/2017 14:19

O preço a que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai conseguir colocar 500 milhões de euros de dívida perpétua poderá ficar fechado esta quinta-feira, 23 de Março, revela a Bloomberg que cita uma fonte próxima do processo mas que quis permanecer anónima.

Os juros associados a esta emissão vão rondar os 11% a 11,5%, segundo a mesma fonte.

Estes valores corroboram a perspectiva de que esta emissão será realizada a preços elevados. Tal como já tinha sido noticiado, admitia-se que a taxa de juro que o banco terá que suportar para colocar estas obrigações poderia chegar a 10%. Os especialistas consultados pelo Negócios tinham já admitido que o mercado exigisse um prémio significativo ao banco público.

A Caixa revelou ontem que os investidores contactados no âmbito do "roadshow" para a emissão de dívida perpétua demonstraram um "forte interesse na operação", tendo o banco reunido com 120 investidores nas apresentações que realizou durante três dias nas cidades de Lisboa, Londres e Paris.

Ainda assim, apesar do "forte interesse" o preço que a Caixa deverá ter de pagar pela operação é elevado.

A Caixa Geral de Depósitos vai realizar a emissão de 500 milhões de euros de dívida perpétua a partir do Luxemburgo. A opção por esta praça deve-se ao facto de estar em causa uma emissão destinada apenas a investidores institucionais e de o mercado luxemburguês ter tradição na colocação de instrumentos aceites para o cálculo dos rácios de solidez adicional como acontece com a operação do banco liderado por Paulo Macedo.

Esta emissão é determinante para que o aumento de capital do banco público avance, isto porque a injecção de capital do Estado, no valor de 2,5 mil milhões de euros, só poderá ser feita em paralelo com esta operação.

Estas obrigações têm um "trigger" de 5,125%, que equivale ao rácio de capital "common equity tier one" que, se for atingido pela CGD, implicará automaticamente perdas para os detentores destas obrigações perpétuas.

Perguntas e respostas

Quem pode investir, quando poderão ser amortizadas, qual o risco associado são algumas das perguntas esclarecidas.


Qual o objectivo desta emissão?
Esta emissão no valor de 500 milhões de euros corresponde à primeira tranche de um total de 930 milhões de euros de dívida subordinada que a CGD vai emitir e que faz parte da segunda fase do plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia.

Qual o Prazo do investimento?
A emissão é perpétua, mas a CGD poderá amortizá-la antecipadamente ao fim de 5 anos e a partir dessa data, em cada uma das datas de pagamento de juros, sujeito a autorização por parte das autoridades competentes.

Qual a Taxa de Juro?
A taxa de juro dos Valores Mobiliários ainda não está definida, dependendo da procura por parte dos investidores interessados e das condições de mercado.

Qual o risco destes títulos?
Caso o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET1) consolidado ou individual da CGD desça abaixo de 5,125%, o valor nominal dos Valores Mobiliários será reduzido de forma a repor o referido rácio de fundos próprios principais de nível 1. Esta redução pode ser temporária, uma vez que se a CGD voltar a ter lucros, poderá repor o valor nominal dos Valores Mobiliários desde que, ao fazê-lo, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 não desça abaixo de 5.125%.

As obrigações podem ser convertidas em ações?
Não, não faz parte das condições da emissão. Por lei as acções da Caixa Geral de Depósitos apenas podem ser detidas Estado Português. Para garantir isso a emissão prevê o mecanismo de redução do valor nominal dos títulos e não a conversão em acções.

Qual a relação entre a Emissão de AT1 e o aumento de capital em dinheiro no valor de 2.500M€ por parte do Estado Português?
A data de realização do aumento de capital em dinheiro no valor de 2.500M€ por parte do Estado coincide com a data de liquidação financeira dos títulos por parte dos investidores. Estas duas operações são interdependentes porquanto a não realização de uma delas implica que a outra não se realize.

A quem se destinam estes títulos?
A emissão não se destina ao público em geral, apenas a investidores institucionais profissionais (privados), nomeadamente fundos de investimento, hedge funds, fundos de pensões e seguradoras, identificados como tal pelos bancos de investimento que irão assistir a Caixa no processo de colocação de dívida.

Uma empresa poderá investir nestes títulos?
Apenas se se tratar de uma empresa classificada como investidor institucional profissional, identificada como tal pelos bancos de investimento que irão assistir a Caixa no processo de colocação de dívida.

Um investidor particular de alto rendimento, residente na UE pode investir nestes títulos?
Não. A emissão não pode ser colocada em investidores particulares.

Porquê fazer a emissão no Luxemburgo?
Porque a CGD tem habitualmente admitidos neste mercado valores mobiliários emitidos no âmbito do seu programa de European Medium Term Notes (EMTN) – mais de 400 emissões realizadas desde o ano 2000 – quando as mesmas se destinam exclusivamente a investidores institucionais.

Em que mercados emitem os emitentes internacionais?
As praças do Luxemburgo e da Irlanda são um standard internacional para este tipo de emissões, dada a tipologia de investidores alvo, sendo que a grande maioria das emissões de AT1 realizadas por bancos europeus estão cotadas num destes dois mercados.
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Re: CGD - Tópico geral

por don_spiritone » 23/3/2017 13:57

Pelo que já percebi isto nao vai ser aberto ao público em geral, apenas para investidores profissionais. Alguém confirma?
 
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Re: CGD - Tópico geral

por gfaseed » 23/3/2017 13:55

Eu diria que é preciso ver as condições. Por exemplo se em caso de necessidade de reforço de capital, se há conversão destas obrigações em capital.
Que depois poderia ser fortemente diluído em caso de aumento de capital. Tudo isto sem a CGD ir à falência.

Mas só lendo a documentação.
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Re: CGD - Tópico geral

por JohnyRobaz » 23/3/2017 13:48

Thoth Escreveu:
A emissão é perpétua, mas a CGD poderá amortizá-la antecipadamente ao fim de 5 anos e a partir dessa data, em cada uma das datas de pagamento de juros, sujeito a autorização por parte das autoridades competentes.


Cumprimentos e bons negócios


Bom, nesse caso é um DP de 5 anos com um juro de 11%? Tirando o risco de falência da CGD, qual é o risco disto?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
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Re: CGD - Tópico geral

por EAGLETRADER20 » 23/3/2017 13:37

soso Escreveu:É um bom juro, para remunerar o "nosso" GRANDE CAPITAL, CAMARADAS :!: :!: :!: :!:

geringonça, APROVADA :clap: :clap: :clap: :clap:


As esquerdas bradavam aos ceus quando se pagavam 4% juros á troika, mas agora no banco publico dos contribuintes , que ainda agora vão ter de meter lá alguns milhares de milhões e no futuro quem sabe , 11% para se financiarem já é bom e não se houvem reclamações .


É por isso que nunca teremos uma estratégia de futuro consistente para sair disto e dos problemas deste pais que nunca serão resolvidos , isto já vem pelo menos desde o tempo do Eça de Queirós e não me parece que vá mudar nestas gerações.

É o que temos e teremos .
 
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Re: CGD - Tópico geral

por Thoth » 23/3/2017 13:29

A emissão é perpétua, mas a CGD poderá amortizá-la antecipadamente ao fim de 5 anos e a partir dessa data, em cada uma das datas de pagamento de juros, sujeito a autorização por parte das autoridades competentes.


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Re: CGD - Tópico geral

por JohnyRobaz » 23/3/2017 13:09

gfaseed Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/caixa-devera-pagar-mais-de-11-por-divida-perpetua?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques

Neste artigo fala em 11% a 11,5%.


Alguém me pode explicar rápido se isso equivale simplesmente a reaver o capital investido em 9 anos, e a partir daí estar a ganhar 1/9 do capital investido anualmente para sempre sem riscos?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: CGD - Tópico geral

por soso » 23/3/2017 11:59

É um bom juro, para remunerar o "nosso" GRANDE CAPITAL, CAMARADAS :!: :!: :!: :!:

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Re: CGD - Tópico geral

por gfaseed » 23/3/2017 11:39

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Re: CGD - Tópico geral

por Marco Martins » 21/3/2017 10:37

ativo Escreveu:«Fitch: "Rating" da emissão da Caixa no sexto nível de "lixo".

A agência de notação financeira deu aos títulos de dívida perpétua um "rating" três níveis abaixo do atribuído ao banco, para reflectir o risco superior destes instrumentos.

A agência de notação financeira Fitch atribuiu um "rating" de "B-" à emissão de dívida perpétua da Caixa Geral de Depósitos, numa notação que se encontra no sexto nível de "lixo" e três níveis abaixo do atribuído ao banco ("BB-").

Numa nota publicada esta sexta-feira, 17 de Março, a Fitch assinala que o diferencial de três níveis no "rating" reflecte a prática da agência de atribuir um desconto desta magnitude aos títulos híbridos, como são os que vão ser emitidos pelo banco do Estado.

A Fitch assinala que os títulos são fortemente subordinados, o pagamento de juros é discricionário e o reembolso total está condicionado ao desempenho dos rácios de capital.

Os títulos têm um "trigger" de 5,125%: este é o rácio de capital "common equity tier one" (CET1) que, no caso de vir a ser atingido pela CGD, implicará automaticamente perdas para os detentores destas obrigações perpétuas. Aquela percentagem não tem qualquer ligação à taxa de juro que o banco terá que suportar para colocar estas obrigações e que se admite que possa chegar a 10%.

Na nota, a Fitch destaca que este diferencial de três níveis entre o rating dos títulos e do banco reflecte "o potencial de perdas mais elevado face à divida sénior e o risco superior de mau desempenho".

Esta emissão de 500 milhões de euros em dívida perpétua faz parte do plano de recapitalização do banco do estado, que pressupõe uma injecção de 2,5 mil milhões de euros em fundos públicos.

A Fitch assinala que depois desta operação a CGD ficará com um rácio de capital de CET 1 de 12% numa base consolidada, o que "representa uma almofada" para que a conversão dos títulos em acções nunca seja accionado.

Emissão no Luxemburgo.

A Caixa Geral de Depósitos vai realizar esta emissão de 500 milhões de euros de dívida perpétua a partir do Luxemburgo. A administração do banco do Estado vai começar a promover a emissão de dívida perpétua a partir da próxima segunda-feira, data em que deve ter início a promoção da operação junto de investidores, segundo avançou a Bloomberg esta quinta-feira. De acordo com a agência de notícias, o Barclays, o Caixa – Banco de Investimento, o Citi, o Deutsche Bank e o JPMorgan foram mandatados para organizar o roadshow com investidores a 20 de Março. De acordo com a Bloomberg, Paulo Macedo e o CFO José Brito vão participar no "roadshow" em Paris e Londres na próxima semana.

O facto de as obrigações a emitir pela Caixa se destinarem exclusivamente a investidores institucionais foi uma das razões que levou a instituição a fazer a colocação a partir do Luxemburgo, bolsa onde os títulos poderão depois ser transaccionados e em que negoceiam a generalidade dos fundos de investimento, "hedge funds", fundos de pensões e seguradoras a que se destina esta emissão.

Também a experiência do Luxemburgo na emissão de títulos aceites para o cálculo dos rácios de solidez adicional, "aditional tier one" (AT1), ajudou a CGD a optar por esta praça que tem sido eleita por outras instituições para emitir este tipo de instrumentos.

Caixa com "rating" no terceiro nível de líxo.

Num relatório publicado ontem, a Fitch reiterou o "rating" de "BB-" para o banco do Estado, devido à "fraca qualidade dos activos" do banco em comparação com o panorama internacional – dado o duro ambiente operacional em Portugal – e pela débil rentabilidade "core". Juntos, estes dois factores "pressionam a sua capitalização".

Além do mais, a classificação de ‘B’ dada à Caixa tem também em consideração o aumento de capital em 2,5 mil milhões de euros agendado para o final de Março, que a agência considera que ajudará a reforçar as almofadas de capital da entidade liderada por Paulo Macedo, "que foram bastante penalizadas por fortes encargos com as imparidades do crédito em 2016" – mas advertindo para os encargos de capital decorrentes dos activos tóxicos para os quais não foram constituídas reservas.

Trata-se, pois, de uma posição cautelosa e não tão optimista quanto a do Ministério das Finanças. No passado dia 10 de Março, em reacção à decisão da Comissão Europeia de aprovar definitivamente o plano de recapitalização da Caixa – ao considerar que a injecção de 3,9 mil milhões de euros respeita as regras europeias –, o ministério tutelado por Mário Centeno mostrou-se optimista quanto à situação da Caixa Geral de Depósitos assim que a sua recapitalização esteja concluída. No seu entender, após o aumento de capital, a CGD fica "em condições sólidas".

A Fitch chama ainda a atenção, no seu relatório, para o facto de a CGD estar exposta ao risco de avaliação da sua carteira de imóveis penhorados e ao risco da reestruturação corporativa dos seus fundos.».

Isto diz bem da situação da CGD! :roll:

E trata-se do maior banco português!!! :shock:


Com estas indicações da Fitch e face ao nível de lixo, será que a caixa se vai conseguir financiar nos privados?

O zé povinho está neste momento a fazer-se passar por lorpas, porque vamos todos pagar cegamente para algo que nem sabemos o que foi feito de mal e nem nos querem dizer!!!

Fazem referendos por várias coisas, porque não o fazem para saber como será o futuro da caixa e se aceitamos que seja lá posto o nosso dinheiro e se os empréstimos devem ou não ser transparentes!!!

Para haver tanto medo de expor, terá de haver borrada da grossa e certamente muitos políticos envolvidos!!!

Muitas vezes há manisfestações por pequenas coisas... mas por estes milhões e milhões pouco se fala!!!
 
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Re: CGD - Tópico geral

por Ativo » 17/3/2017 13:37

«Fitch: "Rating" da emissão da Caixa no sexto nível de "lixo".

A agência de notação financeira deu aos títulos de dívida perpétua um "rating" três níveis abaixo do atribuído ao banco, para reflectir o risco superior destes instrumentos.

A agência de notação financeira Fitch atribuiu um "rating" de "B-" à emissão de dívida perpétua da Caixa Geral de Depósitos, numa notação que se encontra no sexto nível de "lixo" e três níveis abaixo do atribuído ao banco ("BB-").

Numa nota publicada esta sexta-feira, 17 de Março, a Fitch assinala que o diferencial de três níveis no "rating" reflecte a prática da agência de atribuir um desconto desta magnitude aos títulos híbridos, como são os que vão ser emitidos pelo banco do Estado.

A Fitch assinala que os títulos são fortemente subordinados, o pagamento de juros é discricionário e o reembolso total está condicionado ao desempenho dos rácios de capital.

Os títulos têm um "trigger" de 5,125%: este é o rácio de capital "common equity tier one" (CET1) que, no caso de vir a ser atingido pela CGD, implicará automaticamente perdas para os detentores destas obrigações perpétuas. Aquela percentagem não tem qualquer ligação à taxa de juro que o banco terá que suportar para colocar estas obrigações e que se admite que possa chegar a 10%.

Na nota, a Fitch destaca que este diferencial de três níveis entre o rating dos títulos e do banco reflecte "o potencial de perdas mais elevado face à divida sénior e o risco superior de mau desempenho".

Esta emissão de 500 milhões de euros em dívida perpétua faz parte do plano de recapitalização do banco do estado, que pressupõe uma injecção de 2,5 mil milhões de euros em fundos públicos.

A Fitch assinala que depois desta operação a CGD ficará com um rácio de capital de CET 1 de 12% numa base consolidada, o que "representa uma almofada" para que a conversão dos títulos em acções nunca seja accionado.

Emissão no Luxemburgo.

A Caixa Geral de Depósitos vai realizar esta emissão de 500 milhões de euros de dívida perpétua a partir do Luxemburgo. A administração do banco do Estado vai começar a promover a emissão de dívida perpétua a partir da próxima segunda-feira, data em que deve ter início a promoção da operação junto de investidores, segundo avançou a Bloomberg esta quinta-feira. De acordo com a agência de notícias, o Barclays, o Caixa – Banco de Investimento, o Citi, o Deutsche Bank e o JPMorgan foram mandatados para organizar o roadshow com investidores a 20 de Março. De acordo com a Bloomberg, Paulo Macedo e o CFO José Brito vão participar no "roadshow" em Paris e Londres na próxima semana.

O facto de as obrigações a emitir pela Caixa se destinarem exclusivamente a investidores institucionais foi uma das razões que levou a instituição a fazer a colocação a partir do Luxemburgo, bolsa onde os títulos poderão depois ser transaccionados e em que negoceiam a generalidade dos fundos de investimento, "hedge funds", fundos de pensões e seguradoras a que se destina esta emissão.

Também a experiência do Luxemburgo na emissão de títulos aceites para o cálculo dos rácios de solidez adicional, "aditional tier one" (AT1), ajudou a CGD a optar por esta praça que tem sido eleita por outras instituições para emitir este tipo de instrumentos.

Caixa com "rating" no terceiro nível de líxo.

Num relatório publicado ontem, a Fitch reiterou o "rating" de "BB-" para o banco do Estado, devido à "fraca qualidade dos activos" do banco em comparação com o panorama internacional – dado o duro ambiente operacional em Portugal – e pela débil rentabilidade "core". Juntos, estes dois factores "pressionam a sua capitalização".

Além do mais, a classificação de ‘B’ dada à Caixa tem também em consideração o aumento de capital em 2,5 mil milhões de euros agendado para o final de Março, que a agência considera que ajudará a reforçar as almofadas de capital da entidade liderada por Paulo Macedo, "que foram bastante penalizadas por fortes encargos com as imparidades do crédito em 2016" – mas advertindo para os encargos de capital decorrentes dos activos tóxicos para os quais não foram constituídas reservas.

Trata-se, pois, de uma posição cautelosa e não tão optimista quanto a do Ministério das Finanças. No passado dia 10 de Março, em reacção à decisão da Comissão Europeia de aprovar definitivamente o plano de recapitalização da Caixa – ao considerar que a injecção de 3,9 mil milhões de euros respeita as regras europeias –, o ministério tutelado por Mário Centeno mostrou-se optimista quanto à situação da Caixa Geral de Depósitos assim que a sua recapitalização esteja concluída. No seu entender, após o aumento de capital, a CGD fica "em condições sólidas".

A Fitch chama ainda a atenção, no seu relatório, para o facto de a CGD estar exposta ao risco de avaliação da sua carteira de imóveis penhorados e ao risco da reestruturação corporativa dos seus fundos.».

Isto diz bem da situação da CGD! :roll:

E trata-se do maior banco português!!! :shock:
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Re: CGD - Tópico geral

por Ocioso » 12/3/2017 20:57

Ocioso Escreveu:http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/caixa-vai-despedir-2200-pessoas-e-fechar-200-balcoes?ref=HP_Outros
Qual é a posição do PCP e do BE em relação a isto?

Será esta? Ou mudaram de opinião?
http://www.dn.pt/portugal/entrevista/in ... 05638.html
http://www.pcp.pt/sobre-situacao-da-cai ... -politicos
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Re: CGD - Tópico geral

por Ocioso » 12/3/2017 20:38

http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe ... =HP_Outros
Qual é a posição do PCP e do BE em relação a isto?
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Re: CGD - Tópico geral

por Marco Martins » 10/3/2017 15:27

É uma verdadeira vergonha o povo ser chamado a pagar o buraco da CGD e não ser transparente porque motivo o buraco aconteceu (ou seja, quais os maiores devedores)!!!

É importante um estado social, mas é vergonhoso um estado que se alimenta indescriminadamente do social!!!
 
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Re: CGD - Tópico geral

por Lion_Heart » 10/3/2017 14:44

Estes resultados nesta altura do campeonato demosntram duas coisas :

A Troika não serviu para nada e os Bancos continuam em roda livre (será porque até hoje ainda nenhum Banqueiro foi condenado? 8-) )

Onde estão os gestores e administradores que deram créditos sem garantias? esses sim é que deviam pagar não os contribuintes. O resto do povo não tem essas benesses , tem fiadores (até o cão e gato ) , todos os bens penhorados , salários e etc.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: CGD - Tópico geral

por Ocioso » 10/3/2017 1:28

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Re: CGD - Tópico geral

por Marco Martins » 17/2/2017 11:13

Marco Martins Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt//empresas/banca---financas/detalhe/cmvm-e-banco-de-portugal-querem-ser-ouvidos-pela-relacao-por-causa-da-cgd?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques

Vamos ver se da em alguma coisa!!


http://www.jornaldenegocios.pt//economi ... _Destaques

É claro que não vai dar em nada!!!
É o estado no seu melhor a deixar-se envolver pelos interesses privados e a ser "comido"... e depois escondem-se as coisas dizendo que é em defesa do país?!?!?

É tempo de haver seriedade!!!
Se as instituições públicas são facilmente corruptiveis, então deve haver mecanismos para minorar essa relação com os privados, ou reduzindo o peso do estado, ou criando condições e veículos próprios para que as instituições públicas trabalhem entre elas sem ser necessário todas lidarem com o privado!!

Esta promiscuidade entre público e privado não é de agora.... e já em tempo houve leis que foram mais rígidas.
 
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