Re: Políticas para Portugal
Enviado: 1/4/2016 22:03
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
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Dr Tretas Escreveu:
Obrigado pelos dados. Já me inspiraram para um post no tópico do BCP
JohnyRobaz Escreveu:
Obviamente que não é esse o suposto, mas haverá regimes perfeitos? Do pouco que sei de História, julgo que a civilização soube evoluir de forma positiva e progressista, talvez daqui a umas centenas de anos cheguemos a algo um pouco melhor...
Ocioso Escreveu:Obviamente que não é esse o suposto, mas haverá regimes perfeitos? Do pouco que sei de História, julgo que a civilização soube evoluir de forma positiva e progressista, talvez daqui a umas centenas de anos cheguemos a algo um pouco melhor...
Talvez aos Reis Filósofos…
https://en.wikipedia.org/wiki/Philosopher_king
Obviamente que não é esse o suposto, mas haverá regimes perfeitos? Do pouco que sei de História, julgo que a civilização soube evoluir de forma positiva e progressista, talvez daqui a umas centenas de anos cheguemos a algo um pouco melhor...
Ocioso Escreveu:Justificação para que minorias não se sujeitem a aprovação por parte da maioria para tomar decisões por ela, que por vezes não lhes seja agradável.
Justificação para que minorias não se sujeitem a aprovação por parte da maioria para tomar decisões por ela, que por vezes não lhes seja agradável.
Sem dúvida, mas há a eterna questão de que o défice pode ser reduzido pela redução da despesa orçamental, ou da subida do PIB
Julgo que isso é uma justificação perigosa, pelo simples facto de que cada um tem a sua opinião, e nenhuma minoria se devia achar como dona da razão. E isto da economia nunca foi uma ciência exacta. Já o Churchill dizia, a democracia é o pior regime que existe, à excepção de todos os outros. Eu coloco a questão de outra forma. Porque não se faz política a sério, e se usa os argumentos certos da forma certa para convencer a maioria do caminho que essa minoria acha certa? Se o debate fosse menos destrutivo e mais construtivo, mais simples na linguagem, chegaria-se bem mais longe. E quanto a mim, por exemplo, cortar na educação para cumprir défices orçamentais é um caminho que leva totalmente ao oposto. Tenho por ideia que quanto menos letrada for a população, menos interesse tem pela vida pública.
Quanto à ultima parte, concordo, mas isso existiu sempre, e vai sempre existir, infelizmente.
Ocioso Escreveu:
O vídeo vem no seguimento do post do Pirroelis.
Ocioso Escreveu:A transmissão de uma mensagem é uma arte difícil, o teu parceiro de comunicação irá sempre receber uma imagem diferente da que tu lhe enviaste.
O vídeo vem no seguimento do post do Pirroelis. O que tentei transmitir, através dele, foi apenas que, e nada mais do que isso, por vezes, a maioria em democracia toma opções que prejudicam uma minoria ou mesmo a própria. Isso é evidente, para mim, em Portugal. A maioria gostou de ouvir: “Há mais vida para além do orçamento. A economia é mais do que finanças públicas”. Aliás, continua a acreditar nisso, o que se compreende: Portugal é um país onde ocorrem milagres. A tal maioria pensa pouco em determinados assuntos, tem outros interesses: o trabalho; a bola; andar às voltas num centro comercial; as gajas; a novela; etc. Alguém faz essa tarefa por ela: uma minoria. Minoria essa que indica o caminho à maioria alienada, para benefício da primeira, claro está.
Conheço jovens muito bem preparados academicamente, mas não conseguiram emprego no Banco de Portugal, nem mesmo na Câmara Municipal de Lisboa. Tendo eles as hard skills necessárias, fico com a ideia que o recrutamento nessas entidades leva em consideração soft skills específicas...
Ocioso Escreveu:
Ocioso Escreveu:Não acredito que os reformados não queiram saber de políticas de longo prazo, têm filhos e netos, seguramente que se preocupam com o futuro mais distante.
Ocioso Escreveu:Não acredito que os reformados não queiram saber de políticas de longo prazo, têm filhos e netos, seguramente que se preocupam com o futuro mais distante. Quanto aos reformados vip, que aparecem na tv, tenho de concordar contigo. Concordo também que a malta mais jovem está tramada cá, mas não vão poder emigrar todos. Os casos de emigração jovem que conheço pessoalmente são de indivíduos com capacidades acima da média, que vão fazer MBA ou doutoramento no estrangeiro e por lá ficam. Sei que médicos, enfermeiros e engenheiros também têm conseguido emigrar com sucesso, mas os países preferenciais de destino não irão conseguir absorver todos que para lá querem ir, como se vê na recente crise migratória na Europa. E mesmo que os reformados tenham "vistas curtas", cabe aos outros não serem míopes, temos 5 milhões de pessoas na população activa e esses também têm o direito de votar.
O decréscimo da população activa, na faixa dos 25-34, nos anos mais recentes, é significativo.