A democracia é uma realidade ou um sonho?Neste artigo publicado no sapo tem tamanha quantidade de erros que até me veem as lagrimas aos olhos. Claramente o autor é mais um doutor progres dos que acredita que a democraica existe desde e sempre que o Partido esteja no poder.
“A própria democracia está em disputa na próxima eleição (intercalar de Novembro) Nada está garantido na democracia americana. Todas as gerações têm de a defender, proteger e optar por ela. Porque a democracia é isso: uma escolha.” Que o presidente tenha de fazer uma afirmação destas, é um péssimo sinal.
Primeira patada? Mas que raios vem a dizer que a democracia é uma escolha? Existe uma constituição legal nos USA que consagra a democracia. Não se trata de uma escolha trata-se de uma identidade. É uma propriedade intrínseca daquilo que os USA são. Seja com os defeitos que tem ou não no sistema eleitoral, apesar de tudo os USA são das democracias com maior distribuição de poder.
O caso dos Estados Unidos, ameaçado pelo extremismo do Partido Republicano, que até nega a validade de eleições transparentes, traz à pedra outro problema: a subida exponencial dos partidos radicais, cujos programas ameaçam várias vertentes do sistema democrático.
Primeiro o partido republicano tem todo o direito de contestar uma eleição, desde que actue mediante os meios legais existentes. Isso é até um mecanismo para que se possa progredir em tornar o sistema mais transparente, coisa que o acéfalo mental que lá está agora nunca teve o peito para abordar.
Segundo este adoutrinado só se preocupa com os partidos de extrema direita. O facto de Espanha ter um partido de ultra esquerda radical no poder, que se auto intitula de comunista e marxista não incomoda minimamente este
analista. É este tipo de atitude que gera a polarização e extremismo.
Há também os casos, generalizados, em que um partido usa legalmente o sistema para se manter no poder por um tempo demasiado longo, canibalizando a saudável alternância, como é o caso de Portugal.
O único ponto de mérito em todo o texto. Que merecia bem mais atenção, mas que o autor se restringiu de expandir.
O caso briãnico levanta ainda outra questão: o domínio de uma classe previlegiada sobre o sistema. Essa classe, educada à partida para governar, acaba por excluir os mais desafortunados da possibilidade de escolher iqualitáriamente os seus representantes. E um outro senão, concomitante, é o domínio do poder económico sobre o poder político. Os grandes detentores do capital, os “mercados financeiros” e outras entidades ou pessoas com grande poder económico têm mais possibilidades de escolher os eleitos, ou de ser eleitos, que os cidadãos comuns.
Esta é talvez a questão mais perversa do sistema: sem igualdade económica é difícil haver igualdade política.
Nesta parte é completamente intragável, o UK tem eleições livres com plena democracia. A escolha de eleitos é igual para todos este paragrafo é um total devaneio.
O único consolo é que a História não é linear, antes circular.
Fecha com esta tirada que parece vinda de um erudito mas que demonstra que não sabe o que significa algo não ser linear. O que quereria dizer é que a
historia não é um continuum mas sim um ciclo.
Coisa que obviamente não concordo, o conhecimento humano cresce exponencialmente, portanto embora alguns eventos pareçam repetir-se, ocorrem em contextos diferentes.
A minha percepção pessoal é de que a democracia está encurralada numa visão do seculo passado. O poder tem de ser cada vez mais distribuído localmente e sim que sofremos actualmente um regressão grave muito por culpa da ultra burocracia que acaba por mascarar o principio fundamental da transparência e da informação. As ditaduras controlam as democracias informação.
O facto da UE estar extremamente preocupada com o que se publica ou não no Twitter de Musk é um sinal gravíssimo daquilo que significa viver em democracia.
Relativo ao sistema eleitoral dos USA tem de se entender que se fosse de outra forma os direitos dos estados centrais seria de tal maneira postos em causa que seria praticamente impossível garantir a unidade dos USA. Obviamente que se esses estados fossem de tal maneira penalizados que o voto deles fosse desprezável para as eleger um presidente, provavelmente quereriam ser independentes, claro que a generalidade dos jornalistas se está marimbando para questões de fundo e acha sempre que é tudo um esquema dos republicanos para ganharem corridas presidenciais.