Na mesma semana novo artigo sobre democracias no SAPO, desta vez
uma entrevista a John Keane.Volta a bater na mesma tecla que as
direitas populares é que são o demónio.
Claro que nem menção de honra aos movimentos anti liberdade de expressão promovidos pela UE e por Biden (que anda a lutar por ter um ministério da verdade nos USA).
Por exemplo, o ressentimento contém uma certa raiva e inveja das pessoas que não são poderosas; é muito perigoso. É um dos combustíveis desta nova vaga de populismo que está a varrer a Europa, a América latina e, claro, os Estados Unidos da América. O ressentimento contém vários sentimentos raivosos de que as coisas têm de mudar porque há injustiças e porque as nossas vidas não estão a melhorar. As pessoas sentem-se “tramadas” pelo sistema rico e poderoso, que sentem que está a manipulá-las. Como vemos na Hungria, nos EUA com Trump e repetidamente na América latina, o populismo e o ressentimento que o alimenta tipicamente têm consequências antidemocráticas. Produzem demagogos, uma enorme ameaça para as democracias. A esperança, a crença de que as coisas podem mudar e que é possível fazer estas mudanças, é mesmo um fluido vital da democracia. E isso não se confunde com utopia ou com crenças sem fundamento.
Novamente o exemplo da Hungria e ignora por completo o exemplo da Espanha com os comunas no poder e também com as fações independentistas tal como na Escócia a desrespeitarem constantemente as constituições. Mas claro como são partidos de esquerda, está tudo bem
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https://visao.sapo.pt/ideias/2022-11-06 ... espotismo/Goebbels disse que a democracia forneceu aos seus inimigos mortais os meios pelos quais foi destruída. A História realmente mostra isso?
Goebbels tinha razão: nas democracias, há espaço para que grupos se fortaleçam e as destruam. Isto aconteceu muitas vezes na História, incluindo no século V em Atenas, em que houve duas tentativas de matar a democracia. A dificuldade é que as democracias têm de ter cuidado com falsos amigos, sem destruir o espírito e as instituições democráticas. É um desafio peculiar, que exige um julgamento sobre que tipo de discurso de ódio deve ser tolerado, e questões relevantes sobre como lidar com situações como a que os Estados Unidos da América vivem agora, em que o partido principal da oposição é contra eleições livres e justas, se opõe ao aborto e aos direitos LGBTQI e quer uma América branca e grande como imagina que foi…
Novamente aproveita para atacar os republicanos como anti democráticos, quando são os
democratas que mais querem impor controlos e restrições, acima de tudo na liberdade de expressão: o pilar fundamental da democracia.
Enquanto estes imbecis não assumirem que estas ideologias marxistas dos wokes é um processo revolucionário anti democrático. A democracia vai estar cada vez mais no fio da navalha.
A
extrema direita é a resposta natural, o Brexit foi um claro sinal que ninguém quer esse tipo de democracia no UK, em que as
minorias ou as
faccões xyz são consagradas com direitos especiais sobre os demais cidadãos. Se estas respostas ainda democráticas forem incapazes de conter este peste do seculo XXI então acho que as ditaduras vão mesmo acabar por ser a única resposta viável.