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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Arkhro » 16/11/2023 19:16

Marco Martins Escreveu:e tudo cairá como um castelo de cartas...!!!

Não discordando, penso que ainda falta muito para que tal aconteça. Não esquecer a máxima coletivista e socialmente aceite: “O dinheiro vai-se buscar onde ele existir”. Ora, enquanto houver património imobiliário e contas particulares, o castelo mantém-se de pé.

Aliás, não me surpreende que numa eventual crise, a solução passe por aí. E quem for a favor de austeridade para a função pública não passa de um fascista (no mínimo).
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 16/11/2023 17:08

Enquanto não existir um compromisso onde o estado não gaste mais que 15% (ou uma outra percentagem...) da riqueza gerada no país, andaremos sempre a cobrar mais e mais impostos sem saber como são usados e apenas para aumentar a máquina estado... até que haja o momento em que não há sector privado que aguente e tudo cairá como um castelo de cartas...!!!
Mas até lá... somos um povo feliz... !!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Arkhro » 16/11/2023 16:55

Àlvaro Escreveu:Progressões mais rápidas na Função Pública irão custar 150 milhões por ano! Uma festa. É como se fosse a despedida de solteiro. :mrgreen:

Um orçamento despesita que beneficia os funcionários públicos, eis a receita para o poder.
Até o partido menos coletivista, a IL, que tem como bandeira menos Estado, e que, no passado teve imensas oportunidades para expor as desigualdades existentes entre as pessoas que não são números e as pessoas que sustentam o sistema, nada disse, nada fez.
Os portugueses clamam por um Estado assistencialista, infelizmente e com muita pena minha, somos um povo sem futuro.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 16/11/2023 0:25

Espanha tem uma boa parte do parlamento completamente dominada por seres que acreditam que o marxismo é o ideal perfeito. E o próprio governo vai ser metade formado por radicais que acreditam inequivocamente que a sociedade espanhola deve ser reformulada sob princípios marxistas.

Portugal vai provavelmente seguir um caminho similar o BE/PAN/L e o obvio PCP são partido que não têm qualquer problema em abolir o estado de direito, o poder legal e a própria democracia se for para proteger dos "nazis".


De resto a própria UE estimula este posicionamento. Nada a fazer, temos de nos limitar a ser escravos desta gente. Os burros vivem sempre muito tempo...
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Re: Políticas para Portugal

por Goya777 » 16/11/2023 0:02

Àlvaro Escreveu:O que se passa em Espanha mostra bem o que é a sede de poder- Dizem que Sanchez é aluno de Costa, que aprendeu com ele como se faz uma geringonça. :shock:


A geringonça espanhola nem.se compara a Portuguesa. Os sócios do Sánchez já o ameaçam abertamente no Parlamento e ainda nem se votou a investidura.


Muito grave o que se está a passar aqui ao lado...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Àlvaro » 15/11/2023 23:51

O que se passa em Espanha mostra bem o que é a sede de poder- Dizem que Sanchez é aluno de Costa, que aprendeu com ele como se faz uma geringonça. :shock:
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 15/11/2023 23:27

Também não gosto do comunismo
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 15/11/2023 23:20

previsor Escreveu:Eu também sou um dos que não quer ver nazistas a celebrar a entrada num governo.


Da série o nazismo é de direita e mau, o comunismo é uma utopia bonita e apetecível (que na pratica é exatamente igual ao nazismo/fascismo) e tolerável no governo.

Bonito é o que está a acontecer em Espanha com indultos para corruptos, leis que ameaçam o estado de direito e a liberdade de ser-se humano.
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Re: Políticas para Portugal

por Àlvaro » 15/11/2023 22:51

Progressões mais rápidas na Função Pública irão custar 150 milhões por ano! Uma festa. É como se fosse a despedida de solteiro. :mrgreen:
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 15/11/2023 22:43

Já disse antes que não acho que a maioria dos portugueses seja burra, nem que sejam, na sua maioria, de esquerda ou de direita. Votam mais com base em coisas importantes, como contra alguém que se demite por um motivo qualquer ou contra alguém que governa demasiado tempo com a troika e a pedir sacrifícios, sem dar algo de bom em troca.

Eu também sou um dos que não quer ver nazistas a celebrar a entrada num governo. E acho que não vai acontecer. O Chega é um partido de extrema-direita disfarçado, com um líder popular escolhido pelo PNR depois do Ventura ter feito um comentário polémico sobre ciganos quando era candidato pelo PSD a Loures.

https://ionline.sapo.pt/artigo/572594/j ... Portugal_i

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/ex ... re-ventura

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/ma ... -camaradas


Se a direta perder, a culpa será mais da direita do que da esquerda. Seria porque se dividiu e não quis perceber a vontade dos portugueses.

Mas, como disse, com base no passado, vou continuar a achar que o Montenegro será o próximo primeiro ministro.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 15/11/2023 22:03

Eu ponho as minhas fichas todas no PS sem maioria com uma geringonça 2.0 e com o Chega muito perto do PSD isto se não o ultrapassar.

Isto são as primeiras previsões para 2024 :twisted:
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 15/11/2023 20:52

previsor Escreveu:Nas eleições passadas muita gente votou no PS com medo disso.

E o PNS já embarcou na mesma retórica. Eles sabem que foi isso que lhe deu a ultima maioria.
O Português é burro demais para usar a (pouca) massa cinzenta que tem, somar um mais um, e entender que o que estão a fazer é alimentar o monstro. Isso aliado ao aumento da pobreza (e ignorância) generalizada e temos socialismo para durar.
Eu ainda ouço muitos a dizer que o culpado da vinda da troika foi o Passos Coelho e PSD nunca mais. :shock: :shock:

previsor Escreveu:Apesar das muitas coisas de que se vai falar até março, vou continuar a achar que o passado vai repetir-se. Desde o tempo de Mário Soares até hoje, um partido que teve um primeiro-ministro que não se recandidatou ou demitiu não governou a seguir. Isso aconteceu com Cavaco, Guterres, Durão e Sócrates, e vai muito provavelmente repetir-se com Costa.

Não teria tanta certeza neste momento...
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 15/11/2023 15:12

previsor Escreveu:Para o PSD governar, basta que não exista uma maioria de esquerda e que o chega se abstenha no orçamento.

Esqueci que o orçamento vai ser aprovado antes das eleições. Isto do chega se abster só se vai aplicar no orçamento retificativo e no outro orçamento a seguir.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 15/11/2023 14:24

Quando Sócrates fala, a direita ganha votos. E se souberem da decisão dele de ir a julgamento por corrupção antes das eleições, mais votos vão ganhar.


O maior problema da direita continua a ser este:

Portugueses não querem coligação do PSD com o Chega: sondagem TVI/CNN Portugal
https://cnnportugal.iol.pt/crise-politi ... afa2f78cc5



Nas eleições passadas muita gente votou no PS com medo disso.

Acho que não devia ser difícil para o Montenegro explicar que não é preciso haver uma coligação com o Chega para o PSD ir para o governo, porque já houveram vários governos minoritários, e o Marcelo já disse antes que não pediria um acordo escrito, ao contrário do que Cavaco fez com a geringonça de esquerda. Se os jornalistas fossem depois confirmar isso com o Marcelo, até seria melhor. Porque as pessoas acreditam mais nele.

Para o PSD governar, basta que não exista uma maioria de esquerda e que o chega se abstenha no orçamento.


Apesar das muitas coisas de que se vai falar até março, vou continuar a achar que o passado vai repetir-se. Desde o tempo de Mário Soares até hoje, um partido que teve um primeiro-ministro que não se recandidatou ou demitiu não governou a seguir. Isso aconteceu com Cavaco, Guterres, Durão e Sócrates, e vai muito provavelmente repetir-se com Costa.
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Re: Políticas para Portugal

por suminvestido » 15/11/2023 12:51

previsor Escreveu:Lacerda e Escaria vão sair em liberdade e não vão ser acusados de corrupção.
Foram acusados por tráfico de influência.
Não é tão grave quanto o crime de corrupção, mas o Armando Vara teve preso cerca de 5 anos por causa deste crime.
Ainda falta saber o Galamba.


Ora como a montanha pariu uma formiga, isto parou :lol: :lol: :lol:

A verdade é esta e nada mais:

https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2023/11 ... ca/355316/
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 13/11/2023 17:13

Lacerda e Escaria vão sair em liberdade e não vão ser acusados de corrupção.
Foram acusados por tráfico de influência.
Não é tão grave quanto o crime de corrupção, mas o Armando Vara teve preso cerca de 5 anos por causa deste crime.
Ainda falta saber o Galamba.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 13/11/2023 16:26

Caramelo Escreveu:O fazedor de vazios

Um dia, quando olharmos para trás, será estranho perceber qual foi o legado de António Costa.

António Costa foi o segundo primeiro-ministro que mais tempo governou no Portugal democrático. Mais tempo do que Sócrates, mais tempo do que Passos, muito mais tempo do que Soares. Durante oito anos, não fez uma reforma. Gabou-se de sentir “calafrios” de cada vez que ouvia a expressão “reformas estruturais”. Conduziu o governo mais rico dos últimos 50 anos em Portugal, consequência do reforço das verbas europeias e do contínuo somar de recordes no arrecadamento fiscal, e não fez nada com o dinheiro. Aumentou o salário mínimo, mas deixou enterrar o médio; distribuiu esmolas, mas só aumentou o número de pobres. Cavaco tinha o CCB e as estradas; Guterres a Expo lançada por Cavaco; Durão os estádios lançados por Guterres; Sócrates as estradas duplicadas e as eólicas; Costa deixa um buraco aqui e um pasto ali, para o aeroporto que nem sequer conseguiu decidir onde fazer.


https://observador.pt/opiniao/o-fazedor-de-vazios/



Na câmara municipal de Lisboa também foi semelhante. O plano de drenagem de Lisboa foi idealizado por Carmona Rodrigues em 2004 quando foi presidente da câmara a substituir o Santana Lopes quando ele foi para primeiro ministro. Foi presidente de câmara pouco tempo e depois o plano foi ignorado.
Costa e Medina tiveram 2 mandatos na câmara municipal de Lisboa, mas as obras só começaram depois que o Moedas foi eleito.

O Plano Geral de Drenagem.
Um projeto idealizado pelo Prof. António Carmona Rodrigues em 2004, que, na condição de presidente da Câmara de Lisboa, subscreveu a primeira proposta levada à reunião do Executivo que lançava as bases para a obra.

https://www.fundacaocidadedelisboa.pt/p ... igues.html
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 13/11/2023 15:58

BearManBull Escreveu:Caramelo faltou referir o nepotismo e o estado totalmente autocrático durante a pandemia. Enquanto que os cidadãos eram encarcerados em casa os políticos andavam a passear e fazer vida como sempre fizeram. Mais as polemicas das vacinas que foram os primeiros a aceder ilegalmente....

Na realidade a lista é enorme mas a mim acima de tudo preocupa-me a perda de qualidade de vida. Está tudo pior. Tudo extremamente mais caro. Portugal há 10 anos era um país onde se comia bem em qualquer tasco. Agora paga-se caro em qualquer tasco e come-se mal um pouco por todo o lado. O cidadão perdeu o direito à propriedade privada e é inconcebível alguém com menos de 100 mil euros de rendimentos ao ano poder comprar um apartamento modesto. Qualquer antro vale mais de 400 mil euros e ainda é preciso pagar reforma. A energia está pelo menos ao dobro do preço. Água, portagens, bilhetes de TPs, cerveja, batatas, azeite, café tudo praticamente no dobro. Os salários, exceptuando SMN continua tudo praticamente na mesma... conseguiu sem duvida o maior objectivo do socialismo a sociedade de duas classes: a dos donos de tudo (os imuteis) e a dos serventes (que trabalham por ninharias miseráveis para pagar as contas dos outros).

E acima de tudo arrasou com o mérito. Quem quer vencer nesta sociedade deve abdicar dos escrúpulos, dos estudos, do trabalho árduo e assimilar a corrupção, o oportunismo e o comodismo, estas são as verdadeiras qualidades que se querem para ser um vencedor em Portugal. Este é o legado que temos.
BearManBull, é isso mesmo, mas infelizmente continuamos a ser uma sociedade maioritariamente "socialista", apesar de termos vários exemplos daquilo que o socialismo faz aos países, como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte... mas não adianta, está no ADN tuga :cry:

https://www.youtube.com/watch?v=M_3pxQHl2ec
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 13/11/2023 15:28

BearManBull Escreveu:Caramelo faltou referir o nepotismo e o estado totalmente autocrático durante a pandemia. Enquanto que os cidadãos eram encarcerados em casa os políticos andavam a passear e fazer vida como sempre fizeram. Mais as polemicas das vacinas que foram os primeiros a aceder ilegalmente....

Na realidade a lista é enorme mas a mim acima de tudo preocupa-me a perda de qualidade de vida. Está tudo pior. Tudo extremamente mais caro. Portugal há 10 anos era um país onde se comia bem em qualquer tasco. Agora paga-se caro em qualquer tasco e come-se mal um pouco por todo o lado. O cidadão perdeu o direito à propriedade privada e é inconcebível alguém com menos de 100 mil euros de rendimentos ao ano poder comprar um apartamento modesto. Qualquer antro vale mais de 400 mil euros e ainda é preciso pagar reforma. A energia está pelo menos ao dobro do preço. Água, portagens, bilhetes de TPs, cerveja, batatas, azeite, café tudo praticamente no dobro. Os salários, exceptuando SMN continua tudo praticamente na mesma... conseguiu sem duvida o maior objectivo do socialismo a sociedade de duas classes: a dos donos de tudo (os imuteis) e a dos serventes (que trabalham por ninharias miseráveis para pagar as contas dos outros).

E acima de tudo arrasou com o mérito. Quem quer vencer nesta sociedade deve abdicar dos escrúpulos, dos estudos, do trabalho árduo e assimilar a corrupção, o oportunismo e o comodismo, estas são as verdadeiras qualidades que se querem para ser um vencedor em Portugal. Este é o legado que temos.


Facilmente olho para 20 anos atrás para 2003 onde tinha um salário de cerca de 1000€ líquidos e hoje em dia não ganho o dobro, mas todos os produtos, desde a casa, alimentação até aos carros, estão a mais do dobro... e não estou a ser irónico!!! Ou seja, a realidade é que de uma forma geral estamos mais pobres, apesar de haver salários mais altos....

E pelo andar da carruagem, esta queda do poder de compra vai continuar a diminuir, mas enquanto o povo continuar a olhar apenas para o vencimento sem fazer comparações, irá continuar a ser enganado!!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 13/11/2023 15:04

Caramelo faltou referir o nepotismo e o estado totalmente autocrático durante a pandemia. Enquanto que os cidadãos eram encarcerados em casa os políticos andavam a passear e fazer vida como sempre fizeram. Mais as polemicas das vacinas que foram os primeiros a aceder ilegalmente....

Na realidade a lista é enorme mas a mim acima de tudo preocupa-me a perda de qualidade de vida. Está tudo pior. Tudo extremamente mais caro. Portugal há 10 anos era um país onde se comia bem em qualquer tasco. Agora paga-se caro em qualquer tasco e come-se mal um pouco por todo o lado. O cidadão perdeu o direito à propriedade privada e é inconcebível alguém com menos de 100 mil euros de rendimentos ao ano poder comprar um apartamento modesto. Qualquer antro vale mais de 400 mil euros e ainda é preciso pagar reforma. A energia está pelo menos ao dobro do preço. Água, portagens, bilhetes de TPs, cerveja, batatas, azeite, café tudo praticamente no dobro. Os salários, exceptuando SMN continua tudo praticamente na mesma... conseguiu sem duvida o maior objectivo do socialismo a sociedade de duas classes: a dos donos de tudo (os imuteis) e a dos serventes (que trabalham por ninharias miseráveis para pagar as contas dos outros).

E acima de tudo arrasou com o mérito. Quem quer vencer nesta sociedade deve abdicar dos escrúpulos, dos estudos, do trabalho árduo e assimilar a corrupção, o oportunismo e o comodismo, estas são as verdadeiras qualidades que se querem para ser um vencedor em Portugal. Este é o legado que temos.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 13/11/2023 14:24

suminvestido Escreveu:
previsor Escreveu:Até agora, as notícias não falam de uma grande corrupção. Quando se tratava do Sócrates, falava-se em milhões, mas agora só falaram de 78 mil euros encontrados na casa do chefe do gabinete de António Costa.
Se fosse só isto, era poucochinho.


E por falar em Sócrates, para quando o julgamento verdadeiro?
O filme que está passar já tem barbas.
Enquanto os direitolas controlarem o MP vai ser sempre do mesmo.
No tempo do Cavaco/BPN , dos submarinos, do Dias Loureiro, não se escutava ninguem.
Só existe corrupção em Portugal quando o PS está no governo, quando são os direitolas é tudo gente séria.


Não vou escrever para defender os "direitolas". É apenas para mostrar que o comentário não faz sentido. Basta lembrar o que aconteceu há umas semanas com o Rui Rio. Disseram que todos os partidos faziam o mesmo que o PSD e até hoje não fizeram buscas à sede dos outros partidos, nem dos outros líderes. Além disso, a Procuradoria-Geral da República é o órgão superior do Ministério Público, e a procuradora geral da república atual foi nomeada pelo António Costa. É uma nomeação política.


Mas por acaso, escrevi isto há poucos dias sobre o Sócrates.
Ainda podemos vir a ser surpreendidos ainda este ano

previsor Escreveu:Dizem que vai sair a decisão do recurso sobre o processo de corrupção do Sócrates.


José Sócrates. "A decisão está mesmo para ser tomada"

https://observador.pt/programas/program ... er-tomada/



Acho que seria bom para a política em Portugal que ele ainda fosse julgado. Muitos têm a ideia que ele ficou muito rico na política, e a decisão do juiz Ivo Rosa de prescrever o processo pareceu um convite à corrupção.

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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 13/11/2023 13:35

O fazedor de vazios

Um dia, quando olharmos para trás, será estranho perceber qual foi o legado de António Costa.

António Costa foi o segundo primeiro-ministro que mais tempo governou no Portugal democrático. Mais tempo do que Sócrates, mais tempo do que Passos, muito mais tempo do que Soares. Durante oito anos, não fez uma reforma. Gabou-se de sentir “calafrios” de cada vez que ouvia a expressão “reformas estruturais”. Conduziu o governo mais rico dos últimos 50 anos em Portugal, consequência do reforço das verbas europeias e do contínuo somar de recordes no arrecadamento fiscal, e não fez nada com o dinheiro. Aumentou o salário mínimo, mas deixou enterrar o médio; distribuiu esmolas, mas só aumentou o número de pobres. Cavaco tinha o CCB e as estradas; Guterres a Expo lançada por Cavaco; Durão os estádios lançados por Guterres; Sócrates as estradas duplicadas e as eólicas; Costa deixa um buraco aqui e um pasto ali, para o aeroporto que nem sequer conseguiu decidir onde fazer.

Durante oito anos, somaram-se os desastres. Na Administração Interna, quando Pedrógão ardeu e o Estado colapsou. Quando nada daquilo alguma vez voltaria a acontecer e, afinal, aconteceu logo em Outubro. Quando agentes do SEF mataram à paulada um cidadão estrangeiro e, a seguir, simplesmente, se desmantelou o SEF. Quando o ministro andou a vender golas anti-fogo que, afinal, eram inflamáveis, e acabou a atropelar um homem na autoestrada e nem saiu do carro. Quando Costa segurou esse ministro contra tudo e todos – até alguém lhe dizer que ia perder as eleições se não o deixasse cair. Porque, durante oito anos, a única coisa que pareceu importar a António Costa foi isto: o poder. Para fazer o quê? Ninguém sabe. Ninguém viu.

Na Defesa, foi o pior ataque. Do embaraçoso roubo das armas de Tancos ao escândalo do secretário de Estado envolvido num caso de corrupção, passando pelos Leopards oferecidos à Ucrânia de que, afinal, só se aproveitavam três e pelo navio da Marinha em que os próprios militares se recusaram a embarcar e que acabaria a avariar em plena missão, meia dúzia de dias depois. Nas infraestruturas, tivemos ministros e adjuntos à pancada. Na economia, um ministro inútil, desmentido pelos seus próprios secretários de Estado.

Durante oito anos, António Costa criou os maiores governos de sempre, entre pastas que não existiram – Economia, Ciência, Cultura, Planeamento, Coesão Territorial [o que quer que isso seja], e outras cujos titulares chegam ao fim envoltos nas maiores suspeitas – Finanças, Infraestruturas, Negócios Estrangeiros. Oito anos em que a única coisa que cresceu foi o PS e os seus tentáculos, estendendo-se ainda mais pelas empresas públicas, pelos órgãos reguladores, por tudo o que mexe, e onde tudo, cada vez mais, em Portugal, depende de uma só coisa: a fidelidade a quem seja, circunstancialmente, líder do Partido Socialista.

Durante oito anos, António Costa tentou, acima de tudo, ser ambíguo. Que as suas palavras pudessem querer dizer o máximo de coisas possíveis, de maneira a nunca se comprometer com nada. Nas vezes em que arriscou não o fazer, foi o fracasso absoluto: nos médicos de família que todos os portugueses iam ter e cada vez menos têm; nos milhares de casas que se ia construir e que nunca saíram da imaginação sabe-se lá de quem. A TAP foi o símbolo do seu reinado: comprou-a de volta para a voltar a vender e nem isso conseguiu levar até ao fim. Pelo caminho, fez o país gastar milhares de milhões de euros e, o que ainda é pior, anos de vida. Para absolutamente nada.

Mas o mais estranho, o mais inexplicável, foi a bazófia. Durante oito anos, António Costa deixou acumular o que tentou desvalorizar como “casos e casinhos”. Incompetências, mentiras, acusações de corrupção dentro do seu governo, entre pessoas cada vez mais próximas do seu círculo. Se, a princípio, ainda tentou manter a uma distância de segurança a tralha socrática, a dado momento chamou-a, como agora se vê, para dentro do seu próprio gabinete. E apesar de tudo, de todos os avisos, de todo o histórico, continuou a cantar de galo, cada vez mais alto, cada vez mais arrogante, de forma cada vez mais gratuita, por pura e simples exibição da mesma coisa: o poder.

Na semana passada, tentou achincalhar o Presidente, a oposição, o regime, colocando o ministro cuja cabeça há tanto tempo Marcelo pedira a encerrar o debate do Orçamento – e a dar-se ao cinismo supremo de citar essa mesma “sua excelência” Marcelo. Parecia ter tudo sob controlo – mais sob controlo do que nunca. Para cair, afinal, descontroladamente e sem aviso, uma semana depois. Fica, ao menos, uma declaração digna na demissão, e uma das poucas sem ambiguidades que alguma vez logrou fazer.

Oito anos volvidos, deixa Portugal ainda mais dependente dos fundos europeus e os portugueses ainda mais dependentes do Estado. Um Estado que fez engordar de novo para números-recorde e que, no entanto, está mais incapaz do que nunca de cumprir sequer as suas funções essenciais: na Saúde, na Educação, na Defesa, na Justiça. Não conseguiu vender a TAP, não fez o novo aeroporto, não lançou a alta velocidade, não estancou a emigração, afastou investimento, agravou, drasticamente, os problemas no SNS e na habitação.

Nas escolas, os alunos não têm professores e os professores não têm habilitações. Nos hospitais, falta tudo, dos instrumentos mais básicos aos próprios médicos. Na habitação, chegámos ao triste ponto em que um ordenado médio no país não chega sequer para pagar a renda de um apartamento exíguo na capital. António Costa deixa uma economia que se alimenta de duas coisas: turismo e impostos; uma, volátil; a outra, canibal. Sai na semana em que o Presidente do Supremo Tribunal declarou que a corrupção está instalada no país e a crescer, e no mês que o responsável máximo pelo SNS anunciou como “o pior da História”. Não são exageros da imprensa nem da oposição; são os factos.

Para isto, derrubou o líder do seu partido em pleno mandato. Não por questões ideológicas, não por uma divergência de visão para o país, mas porque ganhava por poucos, por “poucochinho”. Para isto, provocou um terramoto na política portuguesa, impedindo, pela primeira vez, que fossem os partidos mais votados pelo povo a formar governo. E com isso deixou aquele que se arrisca a ser o seu verdadeiro legado: a fragmentação da direita e o quase desaparecimento da esquerda. Em suma, o vazio. O desfecho inevitável para um homem cujo grande desígnio para o país, resta agora evidente, era deixá-lo absolutamente na mesma.

E o pior, caro leitor? O pior, receio, é o que vem a seguir.

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Re: Políticas para Portugal

por suminvestido » 13/11/2023 13:11

 
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Re: Políticas para Portugal

por suminvestido » 13/11/2023 13:05

previsor Escreveu:Até agora, as notícias não falam de uma grande corrupção. Quando se tratava do Sócrates, falava-se em milhões, mas agora só falaram de 78 mil euros encontrados na casa do chefe do gabinete de António Costa.
Se fosse só isto, era poucochinho.


E por falar em Sócrates, para quando o julgamento verdadeiro?
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 13/11/2023 10:42

previsor Escreveu:Até agora, as notícias não falam de uma grande corrupção. Quando se tratava do Sócrates, falava-se em milhões, mas agora só falaram de 78 mil euros encontrados na casa do chefe do gabinete de António Costa.
Se fosse só isto, era poucochinho.


Dinheiro dividido em envelopes num gabinete, logo à partida levanta suspeitas... quantas pessoas é que nós conhecemos que têm por exemplo 500€ no seu local de emprego?

De qualquer formas as suspeitas não são apenas por este dinheiro, mas também pelos indícios de influência em decisões e pressões sobre assuntos que valem milhares de milhões...

Eu não tenho problemas que se mudem leis... mas essa mudança deve ser sempre clara e transparente e devidamente avaliada por todos com respeito por todos.
 
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