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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Worf » 8/11/2016 20:40



Eu não estou de acordo com essa argumentação, quando vou às compras, de entre o estilo de roupa que gosto depois escolho a medida correcta, uma que me sirva. Gosto de ler, muito de vez em quando, argumentações contrárias, mas normalmente gosto de ler opiniões favoráveis à minha.

A maior parte dos média têm um apetite voraz por controlar a opinião pública. Fui ensinado ao longo da minha vida académica a formular a minha opinião a partir dos dados que tenho. O que procuro sistematicamente é por dados que me ajudem a formular a ideia ou a ter que mudá-la.

Por isso, quando diz respeito a artigos de cariz político/económico, gosto de ler aqueles que podem acrescentar algo e que normalmente fortalecem ainda mais as minhas ideias. Por vezes leio opiniões contrárias, mas a maior parte das vezes fico com as minhas opiniões mais vincadas ainda. Por exemplo quando leio Batista Bastos, vou se sincero fico agoniado. O mesmo se passa quando a Constança Cunha e Sá despe o papel de jornalista e dá o seu comentário pessoal, por vezes até me tira o sono. :mrgreen: :mrgreen:

Normalmente os média não conseguem dar uma notícia de forma isenta porque é mesmo difícil de fazer, até a história de portugal depende do historiador que a está a contar. No entanto eu adorava que se conseguisse o pleno, jornais que efectivamente informassem factos.

Mas quando não sei nada sobre um determinando assunto, para formular a minha teoria/opinião, gosto de ter a maior quantidade de informação, tal como todos nós, presumo eu!

Em suma, não gosto de vestir fatos que não me sirvam.
“I can't give you a sure-fire formula for success, but I can give you a formula for failure: try to please everybody all the time.”
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 8/11/2016 19:54

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“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 8/11/2016 14:07

JohnyRobaz Escreveu:Se não fosse a tua cegueira e QI extraordinário já tinhas reparado que não critiquei o assunto, mas sim a forma como tu o criticas, com fotos de horas de ponta que acontecem em qualquer grande cidade do mundo. Só faltava colocares uma foto da estação do Alto dos Moinhos em dia de glorioso. Os teus posts são totalmente inúteis e demagógicos, populismo e propaganda puras. É que se não reparaste, fui dos primeiro a criticar aqui o estado lamentável dos transportes públicos em Lisboa. Portanto ao menos pede aos teus chefes que te ensinem a fazer propaganda melhor que essa é mesmo rasca pá.


calma chefe de gabinete. tem respeito pela opinião dos outros.

sabes o que é rasca? defender que os desempregados continuem desempregados. sobretudo os mais fracos, com menos escolaridade e que portanto têm menos condições para auferir vencimentos de 4k/mês como os chefes de gabinete especialistas em fazer "cordão humano" à volta do líder socialista.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 8/11/2016 13:42

rodrigo.santos1 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:A tua demagogia barata é tão fraquinha que eu até podia ir sacar umas imagens do metro de qualquer grande cidade mundial igual a essa. Mas não vou perder mais tempo do que escrever estas curtas frases. :lol:


exacto.. o pessoal que anda de metro é que está equivocado. nos outros sítios também é assim :lol:

sai do gabinete e fala com os utentes do metro de lisboa. eles podem te explicar. não digas é que és ps.


Se não fosse a tua cegueira e QI extraordinário já tinhas reparado que não critiquei o assunto, mas sim a forma como tu o criticas, com fotos de horas de ponta que acontecem em qualquer grande cidade do mundo. Só faltava colocares uma foto da estação do Alto dos Moinhos em dia de glorioso. Os teus posts são totalmente inúteis e demagógicos, populismo e propaganda puras. É que se não reparaste, fui dos primeiro a criticar aqui o estado lamentável dos transportes públicos em Lisboa. Portanto ao menos pede aos teus chefes que te ensinem a fazer propaganda melhor que essa é mesmo rasca pá.
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 8/11/2016 12:31

JohnyRobaz Escreveu:A tua demagogia barata é tão fraquinha que eu até podia ir sacar umas imagens do metro de qualquer grande cidade mundial igual a essa. Mas não vou perder mais tempo do que escrever estas curtas frases. :lol:


exacto.. o pessoal que anda de metro é que está equivocado. nos outros sítios também é assim :lol:

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 8/11/2016 12:18

rodrigo.santos1 Escreveu:Metro de Lisboa :lol:



A tua demagogia barata é tão fraquinha que eu até podia ir sacar umas imagens do metro de qualquer grande cidade mundial igual a essa. Mas não vou perder mais tempo do que escrever estas curtas frases. :lol:
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 8/11/2016 12:10

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 6/11/2016 0:43

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 4/11/2016 21:51

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 4/11/2016 0:24

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 3/11/2016 18:58

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 3/11/2016 7:46

 
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 2/11/2016 17:05

Um novo " magalhães" para dar lucro a uma empresa específica amiga do ps. tristeza.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/11/2016 16:20

http://www.dn.pt/portugal/interior/cost ... 74986.html

Era interessante que se concretizasse. Vamos ver é qual o país que fica dono da "marca". 8-)
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 1/11/2016 23:50

Mas é o que eu digo, queimar combustíveis fósseis pode ser até genericamente bom para a futura vida na Terra, mesmo que a humanidade acabe por desaparecer no processo (o que duvido bastante, pode é a civilização ter que ser diferente).
Mas o que nos interessa isso? Não vamos estar cá. Eu confio que as futuras gerações serão espertas o suficiente para se saberem safar, por exemplo, aproveitar os níveis mais altos de CO2 para aumentar a produtividade com plantas geneticamente modificadas, termos que nos tornar subterrâneos por causa do calor, sei lá... Há muitas coisas que se podem fazer.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/11/2016 23:34

Dr Tretas Escreveu:Nós não somos o produto acabado da evolução, depois de nós, outros virão. Todas as espécies a seu tempo se extinguem e são substituídas por outras, o mundo vivo como o conhecemos só nos parece "especial" na medida em que é habitado pela nossa espécie, mas é só uma pequena fatia de tempo sem significado particular, em boa verdade.
Mas na verdade somos muito adaptáveis e não creio que vá ser fácil sermos extintos.


Bom, uma coisa é sermos extintos por circunstâncias incontroláveis, nisso estou de acordo que não somos os últimos. Mas utilizando aquilo que aparentemente é a nossa grande arma de defesa, a inteligência, podíamos ao menos não a utilizar para nos auto-destruirmos.
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 1/11/2016 23:28

Nós não somos o produto acabado da evolução, depois de nós, outros virão. Todas as espécies a seu tempo se extinguem e são substituídas por outras, o mundo vivo como o conhecemos só nos parece "especial" na medida em que é habitado pela nossa espécie, mas é só uma pequena fatia de tempo sem significado particular, em boa verdade.
Mas na verdade somos muito adaptáveis e não creio que vá ser fácil sermos extintos.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/11/2016 23:00

tonirai Escreveu:O planeta não estava praticamente como está nas gerações passadas, quando aparecemos... e não foi por nós o termos alterado (diria, pelo menos, até à revolução industrial);
Por isso também acho normal que não esteja praticamente como está nas gerações futuras.


Concordo que é a partir da revolução industrial que o ser humano começa realmente a interferir com os equilíbrios do planeta. Mas que interfere, interfere.

Tretas, epa, ainda és mais pró-Planeta que eu! :mrgreen: Eu sou mais pró-civilização. Ou pró-humanos. Obviamente que é nestas condições de baixo CO2 que os humanos se dão bem, a par de muitos outros seres-vivos da actualidade. Não vamos comparar com escalas de milhões de anos... Acho que o problema para nós é, nesse aspecto, muito mais no curto prazo... E aí estamos a caminhar para a insustentabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 1/11/2016 22:47

Como se vê neste gráfico, os níveis de CO2 estão muito baixos em relação ao tempo geológico:

Imagem

Na verdade, o nível é tão baixo que as plantas actualmente apresentam taxas de crescimento muito menores que no passado. As plantas com fotossíntese do tipo C3 ficam à rasca abaixo de 200ppm de CO2. O ser humano está a cumprir um papel essencial ao desbloquear as reservas de carbono que foram sendo soterradas ao longo do tempo geológico e devolvendo-as à atmosfera, mas a nossa actividade ainda mal se nota.
Quando o nível se torna muito elevado, certas plantas entram em crescimento exponencial e removem todo o excesso de CO2, por exemplo, há cerca de 50 milhões de anos o "azolla event" removeu 80% do CO2 da atmosfera.

Por isso não se preocupem com a Terra que ela aguenta, nós é que podemos não nos dar bem com as condições climatéricas, mas isso, paciência, o ser humano é adaptável.
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Re: Políticas para Portugal

por tonirai » 1/11/2016 20:55

Discordamos, mas não absolutamente... eu não digo que não se faça nada para minorar os efeitos nefastos (dizemos nós, ou seja, para nós) que temos na Terra, apenas discordo que isso é absolutamente essencial e mais o blabla todo que nos querem fazer crer.
Eu também reciclo, etc :lol:

JohnyRobaz Escreveu:(...) ou podemos pensar nessas gerações e fazer o melhor que pudermos para que o planeta esteja para eles praticamente como está para nós.

O planeta não estava praticamente como está nas gerações passadas, quando aparecemos... e não foi por nós o termos alterado (diria, pelo menos, até à revolução industrial);
Por isso também acho normal que não esteja praticamente como está nas gerações futuras.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/11/2016 20:36

tonirai, pois, discordamos então na forma como encaramos a nossa presença no mundo. :wink:

Concordo que o que tiver que acontecer acontecerá mas porque não tentar viver de forma mais sustentada? Porquê querer sprintar para um fim tumultuoso deste planeta quando podemos cá andar mais alguns milhares ou milhões de anos? Porquê a pressa pela autodestruição?

No entanto é apenas uma questão de responsabilidade perante as gerações futuras. Podemos estar-nos a borrifar, visto que não somos nós que vamos sofrer com isto, ou podemos pensar nessas gerações e fazer o melhor que pudermos para que o planeta esteja para eles praticamente como está para nós.
Editado pela última vez por JohnyRobaz em 1/11/2016 22:01, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal

por tonirai » 1/11/2016 19:46

JohnyRobaz Escreveu:(...) não pensam no longo prazo. (...)

Começo por dizer um "cliché", que é: No longo prazo, estamos todos mortos.

Quanto ao assunto supracitado, confesso que ainda não vi o filme, nem sei se verei.
Como dizes, o assunto já tem sido mais que abordado, e passa (penso eu) por dizer que as acções do Homem provocam um aumento gradual de temperatura, que provoca o descongelamento das calotes polares, que causa o aumento do nível do mar, que por sua vez submergirá território hoje densamente povoado, mais tempestades, etc, etc.

Eu percebo os problemas que daí advêm, mas não consigo ter a visão "fundamentalista" que nos querem vender de que temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitar ou minorar isso.

Avanço e recuo das calotes glaciares, sempre existiram. Tivemos idades do gelo. Voltaremos provavelmente a ter.
Terreno submerso também, pelas mesmas razões ou por outras.
Continentes hoje separados já estiveram ligados, mesmo desde a existência do Homem na Terra... e as previsões indicam que voltará a haver ligações.

Por isso, e pela minha frase de abertura... who cares?
Podem dizer "ah, pelos nossos filhos e gerações vindouras"... ao que respondo: "quem cá estiver que se amanhe", ou seja, nascerão e viverão nesse contexto, saberão adaptar-se, como o Homem sempre se adaptou.
Até ao dia que não consiga, e aí acabar-se-à... paciência, nós andamos cá há pouco tempo, andaremos concerteza mais uns tempos, mas ninguém pense que vamos cá ficar para sempre - a Terra tinha milhões de anos quando aparecemos, e continuará por mais alguns depois de desaparecermos.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/11/2016 19:06

Enquanto nos canais privados SIC e TVI ontem à noite eram transmitidos reality shows e telenovelas, no canal público RTP foi transmitido um documentário que aqui partilho e que muitos já certamente ouviram falar, com mais ou menos interesse. De qualquer forma, recomendo.
Não creio que mostre muito mais que muitos outros mas desperta mais uma vez para os aspectos em que o "mercado" está errado em relação ao que é um futuro melhor. Simplesmente porque o mercado, feito de pessoas, não pensam no longo prazo. Pensam no lucro imediato, que muitas vezes é insustentável num período de tempo que já não faz parte da vida de quem usufrui dele.

Achei também interessante uma parte em que um professor de economia de Harvard aconselha impostos indirectos (carbon tax) compensando-os com descidas dos impostos sobre o trabalho (e o senhor é ligado ao Partido Republicano). Algo que representa uma política fiscal responsável e que parece estar a ser feito aí num país qualquer à beira-mar plantado.

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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 31/10/2016 23:55

À medida que a desconfiança aumenta e cada vez menos gente vota nos partidos, estes ficam cada vez mais dependentes das clientelas.

Quem tenha acompanhado o “debate” político em torno do Orçamento do Estado nestas duas semanas que se seguiram à sua apresentação não poderá ter deixado de sentir que estava a assistir a um filme que já sabia de cor. À excepção das respectivas identidades de quem está momentaneamente no poder e de quem temporariamente se encontra na oposição, não há nada que alerte o espectador mais distraído para o facto de que se encontra em 2016 e não em qualquer um dos anos que o antecederam.

O Governo – hoje do PS, uma espécie de tubarão para as rémoras PCP e BE, ontem PSD e CDS – apresenta um documento essencialmente propagandístico e destinado a múltiplas alterações mal colida com a realidade, e a oposição (o governo de ontem) acusa o governo (ontem como hoje, a oposição acusadora do passado) de “austeritarismo” e “insensibilidade social”.

Infelizmente, não é de espantar que assim seja. Num país relativamente pobre, com uma enorme parcela da população dependente do Estado, e em que cada vez menos gente para além dos fiéis ou das clientelas tem qualquer confiança em qualquer partido político, estes sabem que só podem chegar ao poder se concederem ao maior número de gente possível uma série de benesses que só o Estado poderá oferecer.

Mas, uma vez lá, os vários partidos que se vão revezando no governo vêem-se encurralados entre essa necessidade de usarem o Estado para redistribuírem pelas clientelas que deles dependem (e das quais eles próprios dependem ainda mais) a maior quantidade de riqueza possível, e a de, para terem com que fazer essa redistribuição, manterem junto dos mercados financeiros o crédito suficiente para endividarem o Estado a preços minimamente comportáveis e, com esse propósito, cumprirem as exigências orçamentais que possibilitem a permanência no Euro que dá a Portugal as taxas de juro baixas ou relativamente baixas de que, pela graça do BCE, vai gozando.

Por terem de alimentar os “boys” e as “girls” que gravitam em torno do poder político, os partidos de governo não podem cortar de forma “excessiva” as despesas do Estado. Por terem de, no mínimo, acalmar os receios europeus quanto à “indisciplina orçamental” portuguesa, precisam de garantir que a diferença entre o que uma parte significativa do país espera do Estado e aquilo que o Estado lhes pode oferecer – ou seja, o défice – seja a menor possível.

É esse dilema que determina o comportamento dos vários partidos consoante se encontrem no governo ou fora dele. No governo tentam equilibrar-se na corda bamba entre a “austeridade” inevitável e o despesismo distributivo imperioso para a sua sobrevivência; fora dele aproveitam a oportunidade que o periclitante equilibrismo governamental lhes dá para prometerem aquilo que sabem não poder dar uma vez lá alçados.

O resultado é o agravamento da tal crescente desconfiança dos eleitores nos partidos de todas as cores, à medida que as promessas de ontem são quebradas amanhã, e os resultados práticos do impossível estatismo de abundância implícito nessas promessas se fazem sentir nas suas vidas. E, claro, à medida que essa desconfiança aumenta e cada vez menos gente vota nos partidos, estes ficam cada vez mais dependentes das clientelas que, por sua vez, dependem da continuação deste estado de coisas, num círculo vicioso do qual não se vislumbra qualquer saída.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... BfKlkuK6OM
 
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Re: Políticas para Portugal

por MVP » 26/10/2016 19:59

rodrigo.santos1 Escreveu:
acções, obrigações subordinadas, obrigações sénior, depósitos > 100k.

se nunca houver uma situação dessas, nunca haverá decisões com racional económico financeiro nos bancos. sobretudo os que têm ligações políticas. se sabem que não podem falir, podem arriscar muito mais e sem racional.
Os países capitalistas - antes de 2008, nos US por ex. chegaram a deixar falir alguns bancos regionais. Ora eu acho que é por aí a solução: partir os grandes bancos todos em bancos mais pequenos, e depois deixá-los falir como uma empresa normal. Então a PT pode e um banco não pode porquê?

Os depósitos esses sim cobrir até 100k. Aumentar se acharem melhor para 250k ou 500k... mas a partir daí deixar ir a zero.


Falas de decisões com racional económico-financeiro e de cortar depósitos? Estás com noção do que estás a dizer? Estás a dizer a pessoas com esses valores que em caso de problema o dinheiro delas evapora. Mal essas pessoas sintam um espirro o dinheiro saí da conta e o sistema entra em espiral negativa. Isso para mim era para estourar de vez o conceito todo, mas devo ser eu.
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