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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 22/3/2023 13:33

BearManBull Escreveu:
Opcard Escreveu:Há um problema global na Europa


Existe uma pandemia de meningite colectiva. Tens duvidas?

Formulário para concorrer a um emprego na Vestas. :mrgreen:



Como é possível termos chegado a isto? :wall: :?


Se todos exigem que ter uma orientação sexual diferente deve ser respeitada, então a mesma deve ser recolhida com identificação dos dados pessoais !!
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 22/3/2023 13:12

Opcard Escreveu:Há um problema global na Europa


Existe uma pandemia de meningite colectiva. Tens duvidas?

Formulário para concorrer a um emprego na Vestas. :mrgreen:



Como é possível termos chegado a isto? :wall: :?
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 22/3/2023 12:15



Isto é que é acreditar nos eléctricos... e mostrar poder de compra :)

Continuo sem perceber como é que em portugal não existe uma solução de carros eléctricos realmente baratos e principalmente mais baratos que os de combustão, com 2 lugares (tipo Renaut Twizzy) e que possa ser um "segundo" carro apenas para deslocações para o trabalho!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 22/3/2023 6:47

Há um problema global na Europa muitos dos seus professores não falam nem escrevem corretamente , há um país que lhe vai fazer exames, com a crise dos professores que temos caso lhe venham a dar mais o governo também devia pedir mais .

Encontramos regularmente professores com problemas com certos particípios passados, reformulando estranhamente o plural, conjugando verbos aproximadamente...

simples lacunas na sua formação? Um pouco ambos, sem dúvida. E o que, certamente, prejudica sua credibilidade aos olhos dos pais ou alunos .
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 22/3/2023 1:03

Em muitas coisas não creio que Portugal esteja pior...
Temos melhores estradas, temos melhores transportes, temos melhor nível de saúde, temos melhores escolas, mais infantários e melhores serviços públicos!

Contudo creio que o nosso problema é a "quantidade de melhor" que tentamos ter!!!
-Em locais onde bastaria ter uma ou duas faixas de rodagem, temos 3 ou 4! Temos mais uma faixa de rodagem devidamente asfaltada em todas as autoestradas que poderia muito bem ser terra!
-Nos transportes fizemos investimentos milionários para fazer o metro de superfície quando para isso poderíamos muito bem recorrer a troleys ou autocarros com uma linha dedicada, e que poderiam mudar para outro local se fosse necessário!
-Na saúde temos um atendimento grande, mas que pouco fazem, servindo de intermediários entre os hospitais e os centros de exames, não fazendo um apoio de urgências real quando as pessoas mais precisam!!
-Nas escolas temos uma avaliação tão grande e tanta burocracia que a função de educar fica para segundo plano!!
-Nos serviços públicos temos uma integração de muitos sistemas diferentes, mas em muitos casos com muita burocracia e complexidade onde para se conseguir fazer algo requere uma formação superior!

Ou seja, a meu ver temos muitas coisas boas, mas complicamos demasiadamente em tudo em vez de simplificar, impedindo assim que o mais comum dos mortais consiga ter acesso à informação sem ser preciso ter um curso superior!!!

Por exemplo... o meu pai faleceu e foi necessário proceder a toda a burocracia para que a minha mãe ficasse com tudo!! Contudo após todos os herdeiros assinarem os papeis relacionados com o banco, têm ainda de assinar vários documentos por causa do carro, vários por causa de cada seguro por causa das telecomunicações, etc, etc, etc.!!!
Não bastaria haver um documento que desse poder de decisão ao novo cabeça de casal para alterar o que quisesse como entendesse?!?!
Neste sentido compreendo perfeitamente os problemas com as heranças, onde bons imóveis ficam a cair de podres!!

A nossa lei é um espelho claro da forma como nos governamos... baralhamos, baralhamos, baralhamos, para abranger tudo e mais alguma coisa e qualquer caso simples, fica complexo devido a todas as abrangências da lei!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 21/3/2023 22:10

Por mais que tentemos, é impossível continuar a tapar o sol com uma peneira. Por todo o lado o Estado se degrada, decai e definha.

A 27 de junho de 1905, a bordo do couraçado Potemkin, navio da frota russa no mar Negro, um grupo de marinheiros recusou-se a almoçar.

Consta que a carne servida na sopa estava podre e cheia de larvas. O segundo-oficial do navio, Ippolit Giliarovski, não esteve com meias-medidas e ameaçou com fuzilamento imediato quem se recusasse a comer. A disciplina na Marinha de guerra, então como hoje, era a lei da vida. Ou devia ser. O gesto de prepotência bastou para que estalasse um motim a bordo e para que os revoltosos tomassem o controlo do navio.

Conscientes do ambiente de crescente desencanto e revolta que se vivia no império (e que tinha já desembocado, nesse mesmo ano, no trágico massacre do Domingo Sangrento em São Petersburgo), os amotinados desfraldaram uma bandeira vermelha e rumaram a bombardear Odessa, onde grassava já uma revolta contra o czar.
Tudo isto e onde tudo isto acabou, obviamente muito melhor do que eu, haveria de o contar Sergei Eisenstein no seu filme de 1925.

Filme que eu, num absurdo arrebatamento cinéfilo que ainda hoje me é justissimamente cobrado, obriguei o meu filho a ver com a provecta idade de sete anos. Mas divago, como já perceberam. Divago porque por estes dias não consegui deixar de pensar no Potemkin, no Eisenstein, no De Palma que o homenageou copiando-o (ou o copiou homenageando-o, não sei bem) e, claro, no meu pobre filho precocemente industriado.

E pensei em todos, já o terão percebido, por causa da revolta caseira no Mondego, um navio-patrulha português destacado para uma missão de acompanhamento de um barco russo, que acabou por ficar em terra com um motor avariado, um segundo com manutenção adiada há 2000 horas, um gerador inoperacional, diversas fugas de óleo e - literalmente - a meter água. É certo que os marinheiros revoltosos não tomaram o controlo do navio. E é sobretudo improvável que um realizador de renome se lembre de imortalizar em filme este episódio grotesco. Mas convenhamos que era difícil encontrar uma melhor metáfora para o estado do Estado.

Por mais que tentemos, é impossível continuar a tapar o sol com uma peneira. Por todo o lado o Estado se degrada, decai e definha. Por todo o lado falha clamorosamente nas mais básicas das suas missões. Na defesa, a prontidão é a que este caricato episódio revela (a propósito: os três Leopard já terão seguido para a Ucrânia?).

Aliás, já em dezembro Gouveia e Melo revelava que a Armada recebia sensivelmente metade do que precisava para a manutenção dos seus equipamentos. E eis que a ministra da Defesa correu agora a aprovar, tarde e a más horas, a reboque dos acontecimentos, a Lei da Programação Militar. Acredita no milagre quem quiser.

Na saúde, o colapso do SNS consegue ser mais estrepitoso. É certo que Marta Temido teve, entretanto, uma epifania. É certo que o diretor executivo do SNS também já veio criticar o fim das PPP. Mas os resultados de anos de política demagógica (sim, estou a pensar nas 35 horas) e eivada de preconceitos ideológicos não se compadecem com esses arrependimentos tardios. Os resultados estão à vista de todos, as greves sucedem-se, as demissões também, sobretudo penam os utentes.

Na habitação, depois de uma legislatura de promessas tonitruantes e absoluto imobilismo, o Governo é obrigado a constatar o óbvio: anos de desinvestimento deixam o Estado sem instrumentos mínimos para cumprir um qualquer papel regulador. Só 2% de todo o parque habitacional é público e é manifestamente impossível cumprir o desígnio de o subir para 5%. Também aqui se corre atrás do prejuízo. Também aqui a tentação é a da irresponsável fuga para a frente. Pelo caminho ficarão os cacos de um arrendamento local que (precisando de ser regulado) muito fez pela reabilitação urbana.

Valerá a pena falar da educação ou o caso prova-se sozinho? Certo é que o desnorte será pago - e bem pago - pela mesma geração de crianças desfavorecidas que ficou para trás na pandemia e que agora se vê impedida de aceder a uma escolaridade minimamente funcional.

Ou da justiça, onde o descontentamento dos funcionários judiciais já ditou o adiamento de mais de 15 mil diligências somando atrasos ao crónico atraso que, na prática, a denega aos portugueses? Ou são os desmandos nos transportes, na TAP, na CP, na caricata Transtejo com os seus barcos sem baterias que valerá a pena invocar?

Repito. Só não vê quem não quer. O Estado degrada-se, decai e definha. E esse é um resultado intolerável quer para os que gostariam de o ver mais presente, quer para os que preferiam vê-lo mais reduzido. Nesta matéria, convenhamos, o Governo tem pelos menos o mérito de fazer o pleno: desespera liberais e exaspera socialistas.

https://www.publico.pt/2023/03/21/opini ... do-2043109
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 21/3/2023 20:10

Estive hoje a ver gráfico comparado entre 2 países a má governação tem efeitos. brutais em pouco tempo .Sao valores de há 20 anos e do ano passado .

Riqueza por habitante era idêntica agora 46 000 para a Alemanha menos16% para a França.

% da indústria no PIB era 25 Alemanha para 19 Franca agora 24 para 13 .

Transações comerciais a França tinha equilíbrio hoje défice é 110 000 milhões d3 euros Já a Alémanha tinha um excedente de 59 000 milhões agora 181 000 milhões .

Tinham o mesmo nível de desemprego hoje a Alemanha 3% a França 7,2% .

Dívida pública estavam os 2 países com 60% hoje a Alemanha 66% a França 113 %

Em menos de um geração uma diferencia enorme com opções erradas , como estaria Portugal com governação responsável ?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 17/3/2023 10:26

Governo alarga beneficiários dos apoios às rendas e crédito
O IHRU vai calcular e atribuir automaticamente um apoio ao arrendamento a cerca de 150 mil famílias. Já o apoio a quem tem crédito e uma taxa de esforço acima dos 35% será apresentado junto dos bancos, que têm 10 dias para responder. Governo conta gastar 460 milhões com estas duas medidas.
(...)
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/governo-alarga-beneficiarios-dos-apoios-as-rendas-e-credito



Lagarde quer reduzir apoios governamentais a famílias e empresas
"É importante começar rapidamente a reduzir essas medidas de forma concertada", quando "os preços da energia baixam", para evitar "aumentar as pressões inflacionistas a médio prazo", declarou a presidente do BCE.

https://www.dn.pt/dinheiro/lagarde-quer-reducao-dos-apoios-governamentais-a-familias-e-empresas-16014904.html


Em que ficamos então?!? :)
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 15/3/2023 17:45

NirSup Escreveu:País da Treta com Especulação a Fazer de Conta.

Veio, agora (por que só agora?) uma Associação Sindical esclarecer o seguinte:
«(..) não estando fixados no atual quadro legislativo os limites máximos das margens de lucro por parte dos operadores económicos, "a ação da ASAE é muito limitada, ficando-se unicamente pelas situações de especulação prevista num Decreto de Lei de 1984", o que não permite explicar, resolver ou punir "a questão de base, que é saber quem está a lucrar com esta subida drástica do preço dos bens, quando comparada com a inflação geral".

Finalmente, alguém que grite que o Rei vai nu.

Será que esta Associação Sindical lê o Caldeirão da Bolsa?

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Esse é o grande mistério.
Porque não se vê ninguém a questionar e desmascarar as mentiras deste governo. É que são tantas que é inacreditável como está tudo tão "calado". Tirando os sindicatos da Função Publica a "fazerem barulho", o resto está tudo silencioso...

Este governo insulta, ameaça até, as empresas e investidores privados, faz m... atrás de m... e ninguém diz nada. É muito mau sinal. Até dá medo...
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Re: Políticas para Portugal

por NirSup » 15/3/2023 17:13

País da Treta com Especulação a Fazer de Conta.

Veio, agora (por que só agora?) uma Associação Sindical esclarecer o seguinte:
«(..) não estando fixados no atual quadro legislativo os limites máximos das margens de lucro por parte dos operadores económicos, "a ação da ASAE é muito limitada, ficando-se unicamente pelas situações de especulação prevista num Decreto de Lei de 1984", o que não permite explicar, resolver ou punir "a questão de base, que é saber quem está a lucrar com esta subida drástica do preço dos bens, quando comparada com a inflação geral".

Finalmente, alguém que grite que o Rei vai nu.

Será que esta Associação Sindical lê o Caldeirão da Bolsa?

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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 13/3/2023 18:04

karaya75 Escreveu:Sem a nacionalização da tap não haveria governo socialista liderado pelo costa...

Tão óbvio que isto é! Só não vê quem não quer ver.
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Re: Políticas para Portugal

por karaya75 » 13/3/2023 15:56

Sem a nacionalização da tap não haveria governo socialista liderado pelo costa...
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 13/3/2023 13:32

O chefe Costa e o mimo Medina: um país ao desbarato e 113,8% de mentira

Se, como diz o povo, escolhemos sempre enganar-nos com as mentiras que mais nos convêm, não há dúvida que o povo português tem uma predilecção especial pelo socialismo

Discordo da agenda mediática: os factos políticos mais relevantes das últimas duas semanas não foram nem a entrevista do Presidente da República nem os suspiros e arrepios em torno de um eventual regresso de Passos Coelho. Os factos políticos mais relevantes das últimas duas semanas foram as declarações das duas principais figuras do poder socialista: o chefe Costa e o mimo Medina. Não tanto pela utilidade para o país da sua governação, mas pela transparência ante o país do seu modo de governar: a intrujice socialista.

Condescendo: a política em democracia está repleta de dilemas. Deve o político dizer sempre a verdade ou deve dizer o que o seu eleitorado quer ouvir, mesmo que nesse caso o que diz e a verdade não se cruzem? Deve o político estar exclusivamente ao serviço do bem-comum ou, para o conseguir, tem que alimentar, às vezes, uma estrita lógica de poder? A generalidade dos políticos não responde sempre da mesma maneira a estes dilemas: primeiro, porque o eleitorado não quer ouvir sempre a verdade; segundo, porque os políticos, quando isso é conflituante, não poucas vezes tendem a sacrificar o bem-comum em favor do poder. Os dilemas são, diria o Sr. De La Palisse, dilemáticos, mas dizer isso é diferente de mentir por regra e iludir por sistema.

Na semana passada ficámos a saber, segundo o mimo Medina, que a dívida pública portuguesa, em 2022, tendo ficado nos 113,8% do PIB, teve uma "descida impressionante" para níveis pré-troika. Pré-troika, não sei se estão a ver: como se antes da troika, Portugal fosse terra de leite e mel, e como se a vinda da troika tivesse sido culpa do Passos (não foi preciso dizer: a mentira estrutural, judiciosamente trabalhada ao longo dos anos, está toda lá).

Ora, antes da troika, em 2010, a dívida pública era 100,2%, e passou para 114,4% do PIB em 2011, também por força do empréstimo de 78 mil milhões de euros que o Estado português, liderado então por José Sócrates, teve de contrair para fazer face à pré-bancarrota. Eis a herança que o PS deixou ao país. Mas não é só: 12 anos depois, nos quais o PS governou 8 (67% do tempo), o PS vem mostrar o quão extraordinário este resultado é. O que talvez valha a pena recordar é que, se a dívida pública em 2011 era alta, tal deveu-se ao facto de entre 2005 e 2011 ter passado de 72,2% para os tais 114,4%. Vou repetir: de 72,2% para 114,4%; ou, em valores brutos, de 114.500 milhões de euros para 201.500 milhões. Nota importante: em valores brutos, a dívida pública de que Medina se gaba, ascende agora a 274.100 milhões. E, já agora, o que vale a pena recordar também é que nesse período, entre 2005 e 2011, foi o PS que governou sozinho o país, com José Sócrates como Primeiro-ministro, António Costa ministro e número 2 na hierarquia do Governo durante dois anos e Fernando Medina Secretário de Estado durante o tempo quase todo. Desse tempo, do uso privado da coisa pública, do afundamento das contas do Estado e da degradação da Democracia, estes, não viram nada. Não souberam de nada.

Já esta semana, foi a vez do chefe Costa, num tweet da conta oficial do Partido Socialista, dizer a propósito da TAP que "Depois de o PSD ter oferecido a TAP ao desbarato à 26ª hora, o Governo do Partido Socialista foi obrigado a salvar a companhia aérea, reconhecendo o seu papel central para a coesão territorial e para a internacionalização da nossa economia."

Ultrapassada a convulsão causada pelo riso involuntário, valeria a pena perceber o que é que a reversão da privatização da TAP fez pela coesão territorial, quando nem ao Porto - quanto mais ao resto do país - esta empresa entrega um serviço decente. Ou explicar também qual o contributo para a internacionalização da nossa economia, quando, arrisco dizer, qualquer low cost faz mais pelo Turismo num mês do que a TAP num ano inteiro. Mas mesmo sem essas explicações, eu já me contentava em saber o que é que esta gente anda a beber.

Mas atenhamo-nos à mais grotesca afirmação: a salvação da TAP pelo PS. O PS, que acordou a privatização da TAP com a troika, em 2011, reverteu-a em 2015 para comprar o apoio parlamentar da extrema-esquerda e poder chegar ao poder. Entretanto, enterrou 3.200 milhões de euros - que davam, disse-o aqui há semanas, para pagar 4.500 médicos a 3.500 euros/mês e 1.500 professores a 2.000 euros/mês durante 10 anos - numa empresa que já estava privatizada e que agora quer privatizar outra vez. Pelo caminho, não faltaram casos e casinhos de nepotismo, abuso de poder e um desbaratar de dinheiros públicos, mas 7 anos depois a culpa continua a ser do Passos. Pensando bem, talvez não seja boa ideia beber o que bebem: a ressaca é péssima e a conta demasiado cara.

Há três tipos de mentiras: as mentiras, as mentiras descaradas e a estatística. Esta frase, com muita probabilidade erradamente atribuída a Disraeli, é boa, mas incompleta. Na verdade, há quatro tipos de mentiras: as mentiras, as mentiras descaradas, a estatística e o socialismo. E, se como diz o povo, escolhemos sempre enganar-nos com as mentiras que mais nos convêm, não há dúvida que o povo português tem uma predilecção especial pelo socialismo.

Mas nem tudo está perdido, não me acusem já de pessimista crónico: sabemos que se pode enganar toda a gente durante algum tempo e algumas pessoas durante o tempo todo. É só esperar que estas algumas estejam brevemente minoria. Eis, nesta esperança, parte da virtude da Democracia.

https://expresso.pt/opiniao/2023-03-13- ... 1678694605
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 13/3/2023 13:13

Este fim de semana ouvi um responsável da CAP dizer na TV que a culpa da inflação no sector da alimentação é, adivinhem, do governo.

Cada um puxa a brasa á sua sardinha. A CAP diz que os nossos vizinhos espanhóis, por exemplo, tem apoios do governo á produção e também auxílios fiscais nomeadamente nos combustíveis que aqui em Portugal os agricultores, não têm. Disse ainda que o preço que o produtor vende vai duplicando ao longo da cadeia de distribuição sem que o governo tenha qualquer tipo de regulação. E aqui é que chegamos ao grande problema deste tipo de governo que temos em Portugal e que tem o seu expoente máximo neste individuo que temos como PM, António Costa.

Existem vários factores que fazem com que tenhamos graves problemas, mais graves que na maioria dos países da UE. Mas o principal factor, o factor que facilita o aparecimento de todos esses problemas, é ESTE GOVERNO na pessoa do António Costa.

Este governo não governa. Este governo "deixa rolar" e vai reagindo caso a caso, mal e tardiamente. Mesmo quando age, age apenas para mitigar a má imagem com que fica na CS e não no melhor interesse do país. Somos governados há 7 anos por esta desgraça e as únicas medidas que me lembro, e que vem logo á cabeça, foram a reversão de tudo o que foi feito pelo governo anterior, bem ou mal, sendo que a maioria destas medidas foram impostas pelo programa da Troika.

Por tudo isto, e muito mais, sim, o principal culpado da nossa situação é DESTE GOVERNO.

PS: E o PR também tem culpa pois o povo Português tem a sua opinião em conta (alta) e ele não tem cumprido a sua obrigação que é alertar para a situação que caminhamos. Fala por enigmas e insinuações vagas que a maioria não tem sequer capacidade para entender.
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Re: Políticas para Portugal

por PXYC » 12/3/2023 0:28

https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/noticias/1850

"2022 em números" - tem o montante de exportações mas não tem o das importações :wall: , enfim um pouco enviesado para um organismo que deve ser sério, mas tem alguma informação.
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Re: Políticas para Portugal

por NirSup » 11/3/2023 1:01

Círculo Mediático: apagaram-se as luzes

Ouvi agora mesmo na televisão que o DONODISTOTUDO está a pensar impor margens máximas de comercialização para os produtos essenciais à venda nos supermercados. Quer dizer: vem agora o Governo reconhecer publicamente, mas só agora, que as margens de comercialização praticadas pelos supermercados eram/são legais na medida em que a lei em vigor não estabelece margens máximas de lucro para os bens vendidos nos supermercados.
E agora pensem no CÍRCULO MEDIÁTICO montado pelo responsável máximo da ASAE quando é o próprio Governo a reconhecer que os CRIMES GRAVÍSSIMOS DE ESPECULAÇÃO não passam de meia dúzia de preços, erroneamente remarcados por manifesto e compreensível lapso humano, e outra meia dúzia de produtos cujos pesos estavam em desconformidade com o peso indicado no rótulo.

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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 10/3/2023 13:49

Masterchief Escreveu:E atenção que há produtos que subiram bem mais do que 20%.


Supostamente isto e uma análise estatística, baseada em amostras de recolhas de dados.

Quem estipula como se processa essa recolha de dados pode dar muita margem ao valor da inflação. Também pelo peso que atribuis a cada componente.

A inflação nos alimentos demonstra o nível de socialismo que estamos expostos. Mais socialismo -> maior escassez de tudo.

A inflação è um imposto e não passa disso, basta pensar que Portugal agora consegue finalmente reduzir a divida a bom ritmo. Claro que á custa de espremer o contribuinte.
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 10/3/2023 13:02

BearManBull Escreveu:
Masterchief Escreveu:Alguém mais esclarecido é capaz de explicar porque a inflação nos produtos alimentares em geral é 4 e 5 vezes superior á taxa de inflação geral?
Este governo anda a tentar atirar as culpas á especulação e margens excessivas dos hipermercados.
Mas acreditar em algo que este governo diga é como acreditar no Pai Natal.


https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=I ... QUESmodo=2

Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído, pelo quarto mês consecutivo, para 8,2% em fevereiro de 2023, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. Em sentido oposto, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá acelerado para uma variação de 7,2% (7,0% no mês precedente). Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 2,0% (taxa inferior em 5,1 p.p. face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 20,1% (18,5% em janeiro).

Pois, mas qual é explicação para isto? Especulação?
E atenção que há produtos que subiram bem mais do que 20%. Assim de repente, ovos, leite e até mesmo a fruta. E estes não são transformados. O leite "sofre" algum tratamento mas não é considerado "transformado".
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 10/3/2023 10:19

Uma democracia africana


Numa das primeiras consultas democráticas de que há memória, Pôncio Pilatos pediu ao povo para escolher entre um ladrão (Barrabás) e um homem justo (Jesus Cristo). E quem é que o povo escolheu?

A democracia portuguesa tem também sido reveladora desta estranha atracção do voto popular pelas pessoas menos escrupulosas. O ladrão é sempre mais sedutor do que o homem justo e recolhe, quase sempre, mais votos.

Isto não é suficiente, obviamente, para pormos em causa a democracia até porque, como dizia Churchill, ainda não se descobriu melhor: « A democracia é o pior sistema político, exceptuando todos os outros ». Além disso, se, entre um ladrão e um homem justo, o povo elege o ladrão, também não se pode depois queixar de ser governado por ele.

Se bem que, se houvesse eleições na gruta do Ali Babá e dos 40 ladrões, seria praticamente impossível não ganhar um ladrão. E, neste momento, em Portugal, por aquilo que por aí se vê e ouve a relação entre o homem justo e os ladrões deve ser idêntica à da gruta do Ali Babá. Ou seja, por cada homem justo há quarenta ladrões.

Como dizia Bernard Shaw, na melhor definição de democracia que conheço, «a democracia é um mecanismo que garante que nunca seremos governados melhor do que aquilo que merecemos. » E Portugal, com as suas raízes africanas, ainda dificulta mais a eleição dos mais competentes e mais capazes.

Um português vota sempre nos seus, seja bom ou mau, não percebendo sequer que, se os europeus seguissem o mesmo critério, os portugueses nunca seriam eleitos para qualquer cargo, nem conseguiriam vencer o Festival da Canção ou o concurso de melhor desportista do que quer que seja.

Há uma expressão, que ouvi a um popular para justificar o seu voto nos socialistas, apesar de reconhecer todos os defeitos da governação de José Sócrates, que define bem a forma como os portugueses encaram qualquer eleição: “ Eu sou incapaz de pôr os cornos ao meu partido ”. Há povos assim! Por mais que batam com os cornos na parede, nunca aprendem…

Santana-Maia Leonardo
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/3/2023 20:40

Sinto muito que defender igualdade de oportunidade incomode tanto.

É a sociedade que temos. Argumentos coerentes zero...
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Re: Políticas para Portugal

por Bar38 » 9/3/2023 20:14

BearManBull Escreveu:
Bar38 Escreveu:onheço muito boa gente a ganhar pouco mais que o ordenado mínimo é a ter casa própria


Queres dizer os teus amigos do partido que declaram pouco mais do que o ordenado minimo.

Entendo perfeitamente que nos vossos círculos de intimidade seja tudo com complacência.


Desculpa Marco, não pode ficar sem resposta.
Eu não ando aqui apregoar doutrinas venho aqui para dar a minha opinião quer gostes ou não. Só para terminar não tenho nem nunca precisei de ter ligação alguma a qualquer partido ou facção, felizmente sempre tive capacidade para tomar a minhas próprias decisões umas vezes bem outras mal o importante é ter coragem para as tomar…coisa que uns não conseguem…..mas é a vida…E fico-me por aqui….
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 9/3/2023 19:02

O tópico está a degenerar severamente para o ad hominem. A discussão não pode continuar nestes termos. Discutam as vossas opiniões, discordem à vontade, mas para meramente atacar os interlocutores, o CdB é o espaço errado na web.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/3/2023 18:54

Bar38 Escreveu:onheço muito boa gente a ganhar pouco mais que o ordenado mínimo é a ter casa própria


Queres dizer os teus amigos do partido que declaram pouco mais do que o ordenado minimo.

Entendo perfeitamente que nos vossos círculos de intimidade seja tudo com complacência.
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Re: Políticas para Portugal

por Bar38 » 9/3/2023 16:18

BearManBull Escreveu:
Bar38 Escreveu:Enfim…pobre ideologia comunista…


Tu é que defendes que enfermeiros, bombeiros, paramédicos vivam num curral providenciado pelo estado.


Não!!!desculpa, tu é que deturpas o que escrevo eu conheço muito boa gente a ganhar pouco mais que o ordenado mínimo é a ter casa própria obviamente não na avenida da liberdade, eu não especifiquei profissionais
 
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Re: Políticas para Portugal

por afcapitao » 9/3/2023 15:57

Não é estranho colocarem nas headlines "margem de lucro" das cenouras e ovos?
Desinformação, ou gafe que dá jeito?

https://observador.pt/liveblogs/governo ... rmercados/
 
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