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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 17/5/2022 21:12

MarcoAntonio Escreveu:Os raciocínios são extremamente simplistas e só consideram efeitos negativos sendo certo que existem também efeitos positivos, bem estabelecidos na literatura de resto - como o risco de colisão e todos os efeitos daí derivados - mas que não são considerados em momento algum no texto.


Com um bocadinho de tempo e porque critico o "suposto estudo" - que não é estudo nenhum - e não quero ser acusado do mesmo, aqui ficam algumas referências disponíveis na literatura:

A number of measures exist to reduce road traffic congestion and externalities in cities: parking regulations, restricting traffic movement, public transport priority, traffic management measures, overloaded vehicles detection, and speed limit reduction (Hensher, 2006; Janota et al., 2016; Fernandes et al., 2019). This paper investigates the latter, i.e. mitigation of road traffic externalities via general speed limit reduction.

Taking a look at the international literature, changing urban speed limit has mixed effects. However, the relation between traffic accidents and speed limit is beyond doubt. A study by Nilsson (2004) evaluates how the severity of accidents is linked to the maximum allowed speed based on Swedish statistical data. The results, in line with other studies (Archer et al., 2008; Pei et al., 2012; Aarts and Van Schagen, 2006), have shown that there is a strong correlation between the value of speed reduction and the risk of accidents as well as the severity of accidents.

This correlation is supported by a Brazilian study (Ang et al., 2020) conducted in 2015. The speed limits were reduced in São Paulo, from 90 to 70 ​km/h on inner city motorway segments, and from 60 to 50 ​km/h on urban main roads. The results were clear: during an 18-month period, the number of accidents decreased by 21.7%. According to historical statistical data, this contributed to the prevention of 1889 traffic accidents..
in "Investigating the impacts of urban speed limit reduction through microscopic traffic simulation", Mánuel Gressai, Balázs Varga, Tamás Tettamanti, István Varga (artigo disponível no hub ScienceDirect)

O mesmo artigo na introdução discute o background bibliográfico com resultados diversos quanto ao impacto ao nível das emissões. No entanto, o propósito do meu post era sustentar o que referi atrás, que a relação entre a redução da velocidade e a redução de acidentes está bem estabelecida na literatura (a redução de acidentes tem ela própria implicações no tráfego, assim como outros impactos vários).

Outros aspectos discutidos têm que ver com a relação entre redução da velocidade máxima e redução da velocidade média cuja relação não é linear. Mas para quem estiver genuinamente interessado no tema, há muito mais literatura relevante disponível (ie, não aconselho a ficarem por aqui). Nesse sentido, outros pontos importantes para que chamo especial atenção é para a relação entre a capacidade da estrada e a velocidade média dos veículos (a relação não é linear mas assimptótica) e para o que tende a surgir na literatura sobre a fluidez do transito com a redução da velocidade máxima em estradas a operar perto da sua capacidade máxima pois não é bem o que está assumido atrás no tópico.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 17/5/2022 18:15

Deve ser mais forte do que eu porque tive de qualquer das formas de pelo menos identificar a que estudo se estavam a referir. Bom, o estudo que os autores da análise portuguesa utilizam como fonte será este:

https://www.cerema.fr/fr/actualites/emi ... es-courbes

Os autores do estudo original que eles citam dizem expressamente:

Les conclusions de ce rapport sont utiles à l’évaluation de projets d’infrastructures et de transports. En revanche, elles ne permettent pas d’évaluer correctement des politiques publiques de mobilité telles que les mesures de réduction des vitesses en milieu urbain (zone 30 par exemple).


Era precisamente o que eu temia: eles utilizaram dados que não servem para avaliar o impacto em meio urbano, para emitir um parecer/opinião sobre uma medida em ambiente urbano.

E os autores (originais) explicam porque é que não servem:

Pourquoi ce rapport ne permet pas l’évaluation des mesures de réductions des vitesses notamment en milieu urbain?

Ce rapport modélise des émissions « brutes » moyennes des véhicules, selon des cycles de conduite variés : phase de congestion avec des phases d’accélération et de décélération, à la fois en urbain, interurbain et autoroute. Les résultats présentés sur les courbes sont donc des émissions en fonction de valeurs moyennes de vitesses, dans des environnements et contextes très différents. Ces résultats ne sauraient être assimilés à des conditions de circulation à vitesse constante, ni à des conditions de circulation dans des zones à vitesses limites autorisées, notamment en agglomération (zone 30 par exemple). Si les courbes du rapport montrent des émissions moyennes plus fortes aux faibles et basses vitesses (résultats bien connus des modélisateurs d’émissions), il faut surtout rappeler que le premier facteur influençant les émissions n’est pas la vitesse mais l’accélération. Autrement dit, un trafic « heurté » ou congestionné est bien plus émissif qu’un trafic régulier et apaisé. En milieu urbain, les phases d’accélération ne peuvent être évitées : arrêt aux intersections, ralentissements et en conséquence accélérations. L’enjeu est donc de limiter l’intensité de ces phases d’accélération (limitation des vitesses autorisées) et d’apaiser la conduite ; mieux canaliser le transit vers certains axes lors de la réorganisation de plans de circulation pour la mise en place de zones 30 y contribue notamment. Il ressort donc de ces considérations qu’on ne peut pas conclure que des vitesses limitées à 30 km/h sont nécessairement plus négatives en termes d’émissions que des vitesses à 50 km/h.


Texto completo aqui, que contém um segundo alerta relevante:

Enjeux et limites du rapport d'étude (ie, desafios e limitações do relatório)
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 17/5/2022 17:43

Estudo aponta que redução da velocidade em Lisboa vai custar mais de 200 milhões à capital


Francamente, o que foi publicado não se qualifica como um "estudo". Eu diria que aquilo é um "parecer" publicado na forma de panfleto (em abono da verdade, os próprios autores chamam-lhe "análise" e não "estudo"). Dei-me ao trabalho de ler o texto completo. O tipo de raciocínio empregue é do mais simplista que se pode conceber. Exemplo:

Com efeito, face a uma redução da velocidade média de 50 km/h para 40 km/h, cada veículo gastará mais quase 29 horas por ano. Tendo em conta que o salário bruto médio em Lisboa é de 1.465 euros (INE), ou 8,32 euros por hora, o custo económico adicional resultante supera o montante de 120 milhões de euros.

:shock:


Não duvido que a redução da velocidade tenha impactos negativos (estou certo que terá alguns, na verdade) mas a credibilidade deste estudo (não é um estudo!) é virtualmente nula. Os raciocínios são extremamente simplistas e só consideram efeitos negativos sendo certo que existem também efeitos positivos, bem estabelecidos na literatura de resto - como o risco de colisão e todos os efeitos daí derivados - mas que não são considerados em momento algum no texto. O texto também não considera a eventual possibilidade de existirem individuos que deixam de utilizar o transporte individual, por exemplo. A parte onde defendem qual é a velocidade ideal é igualmente extremamente problemática, por motivos semelhantes.

Os problemas metodológicos são tão clamorosos que agora convinha ir consultar as fontes que citam (e que citam mal, de forma inadequada, o que dificulta a pesquisa e verificação da adequação dos dados utilizados). Mas provavelmente o mais sensato é eu nem perder tempo com isso...


A publicação completa/integral (na medida em que se pode achar isto "completo") encontra-se aqui:

Velocidade em Lisboa - Mais custo económico e mais emissões com redução velocidade
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 17/5/2022 17:32

Masterchief Escreveu:Quem "chamou" a troika e assinou o acordo, foi o Sócrates. E os outros países não estiveram sujeitos a medidas tão rigorosas porque não tiveram gatunos do calibre do Sócrates e restante quadrilha do PS. Mas mesmo assim as medidas foram aceites pelo então PM, José Sócrates. O Passos governou já com as medidas em vigor. E foi graças ás medidas rigorosas e "tão do agrado do PSD" que Portugal recuperou a economia e que permitiu ao António Costa e ao PS usufruir do crescimento económico pós-troika. O que o PS fez depois, e continua a fazer, é que nos vai levar de volta á bancarrota.
E na altura o manhoso do kosta (número 2 do menino de oiro do ps não viu nada, mas depois do 44 estar no chão já soube dizer que ele "aldrabou" o ps :-k

Kosta.jpeg


Mas antes, quando o 44 era o maior :mrgreen:
https://www.youtube.com/watch?v=r2oJ4oCeofk

Já agora nunca é demais recordar este debate do manhoso com o António José Seguro :clap:
https://www.rtp.pt/noticias/politica/se ... de_v765720
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 17/5/2022 17:06

Mais uma evidencia da tese que os políticos ou têm cérebros do tamanho de amendoins ou são a mais pura forma de ódio pela existência humana, id est: cancro.

"contra a guerra, pelo clima: proposta pela redução da dependência dos combustíveis fósseis na cidade de Lisboa"



Estudo aponta que redução da velocidade em Lisboa vai custar mais de 200 milhões à capital


Entre as razões para a subida substancial dos gastos está o aumento do tempo adicional de viagem que terá um custo de 120 milhões, o tempo gasto pelos passageiros estimado em 72 milhões e ainda o consumo adicional de combustível, que se situa nos 21 milhões.


Obviamente que reduzir a velocidade máxima, aumenta o tempo que demora a chegar de A a B. uma redução de 10% na velocidade máxima aumenta pelo menos 10% o tempo de viagem. Mas claro que o aumento vai ser muito pior porque a acumulação de transito tem uma dinâmica que piora com quanto mais carros existem em circulaçao.

Portanto condutores mais expostos a stress e fumos -> maior probabilidade de colapso mental, maior cansaço, maior propensão à violência, doenças cardiovasculares, respiratórias. ..

Enfim mas o pessoal gosta é o progresso....
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 17/5/2022 16:55

Flavc Escreveu:... A 1ª foi logo a seguir aos excessos da Revolução de Abril e como se quis distribuir mais do que se podia distribuir, não se pode evitar a vinda do FMI. Na altura estava o PS no governo.

Na verdade esta é a prática corrente do PS. Seja para manter as clientelas ou seja qual for o motivo.
Flavc Escreveu:A 2ª, ainda existia algum “regabofe” e permitiu que aparecesse o melhor MF depois do 25 de Abril ( o Prof Hernani Lopes). Estava o PS e o PSD no governo.

liderado por Mário Soares. "Governo de salvação" criado por se considerar que seria a melhor forma de combater a grave situação económica do País".
Flavc Escreveu:A 3ª, depois da crise financeira mundial de 2008, resultou da ação imediata da não aprovação de PEC IV e da aliança contranatura da direita com o BE e o PCP. Mais países pediram na altura ajuda ao FMI/BCE (Irlanda, Espanha, Itália e até a Bélgica…) mas sem estarem sujeitos a medidas tão rigorosas da troika e tão do agrado do PSD.

Por outros palavras, a culpa foi do Passos. Esta retórica em particular irrita-me e tira-me completamente do sério pela sua total desonestidade intelectual e não só. E a crise financeira pode ter ajudado mas não foi a causa principal da bancarrota.

Quem "chamou" a troika e assinou o acordo, foi o Sócrates. E os outros países não estiveram sujeitos a medidas tão rigorosas porque não tiveram gatunos do calibre do Sócrates e restante quadrilha do PS. Mas mesmo assim as medidas foram aceites pelo então PM, José Sócrates. O Passos governou já com as medidas em vigor. E foi graças ás medidas rigorosas e "tão do agrado do PSD" que Portugal recuperou a economia e que permitiu ao António Costa e ao PS usufruir do crescimento económico pós-troika. O que o PS fez depois, e continua a fazer, é que nos vai levar de volta á bancarrota.

Flavc Escreveu:É possível discutir política com maior nível e até sem considerar estar com plena razão, mas infelizmente neste poste aparecem intervenções muito poucachinhas e que dão uma imagem também poucachinha da oposição, o que é mau para a democracia, porque o governa precisa de boa oposição, com um bom líder e a possibilidade de alternativa.

É mas não é com pessoas como tu. Lamento.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 17/5/2022 15:13

Flavc Escreveu:mas sem estarem sujeitos a medidas tão rigorosas da troika e tão do agrado do PSD.


Mas quem assinou o memorando com a Troika foi o PS...

710 MIL FP recorde absoluto num momento histórico que temos um domínio da informação como nunca antes existiu é um absurdo que só cabe na cabeça de acéfalos inundados de propaganda barata por regimes autocráticos.

Hoje em dia processar um pagamento é tão simples como clicar num botão de rato, exitem uma miríade de processo que noutros tempos eram um pesadelo de gestão que na actualidade demoram literalmente segundos e são praticamente completamente automaticos.

No entanto em contra senso as administrações publicas nunca foram tao numerosas e com muito penar pelo que ouvi relatar de muitos FPs nunca os processos foram tão complicados de gerir. Como sempre o socialismo poem o pais a andar de cavalo para burro.

O estado cada vez albarca mais dinheiro, mais mão de obra (que os privados desesperam porque existe uma lacuna enorme no mercado) , mais poder, mais impostos e mais controlo. E os cidadãos cada vez têm menos direitos, como se chegou ao absurdo de a figura de medico de família estar literalmente a ser apagada da memoria.

Queres médico? Paga um seguro e não te esqueças de pagar impostos sobre esse seguro!
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 17/5/2022 14:51

Flavc Escreveu:Aqui abro mais uma exceção em resposta ao Marco Martins sem pretender dar grandes explicações, porque se pensar um pouco e não se basear apenas em frases repetidas (sempre pelos mesmos, lol), embora pouco corretas é capaz de chegar a outras conclusões.
Funcionários públicos, segundo alguns parece que são todos do PS eheh.


O facto do número de FP ter aumentado isso nada tem a ver com as pessoas serem PS ou de outro qualquer partido!!
Por acaso tenho alguns familiares que são FP e alguns são PS e outros não!

A questão que levantei não se referia a regalias por cores políticas.... O que questiono é haver um estado mais pesado sem contudo corresponder a um estado que esteja a gerar mais riqueza.
É perfeitamente normal o estado ter mais pessoas.... mas para isso tem de haver um correspondente de condições que permitam manter toda essa estrutura!

Quanto aos motivos que levaram aos limites do nosso estado, poderemos encontrar mil razões... ou que foi por causa disto ou daquilo (e todas podem ser válidas) contudo em todas as situações eram os mesmos que estavam ao comando do país (com ou em apoiantes)...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Flavc » 17/5/2022 11:25

Aqui abro mais uma exceção em resposta ao Marco Martins sem pretender dar grandes explicações, porque se pensar um pouco e não se basear apenas em frases repetidas (sempre pelos mesmos, lol), embora pouco corretas é capaz de chegar a outras conclusões.
Funcionários públicos, segundo alguns parece que são todos do PS eheh. Eu e toda gente deve ter um familiar (até pelo menos ao décimo grau, eheh) ou um amigo que é FP e não é do PS, numa das diferentes autarquias, num hospital, na polícia, etc, etc, ,mas sim do PSD, do CDS, do BE, do PCP, do PAN e até do Chega já conhecemos alguns deputados e assessores na AR, que não fazem a ponta de um c**** e outros fora da AR, alguns assumidos outros não. E se querem maior abrangência da prestação de serviços de saúde, de segurança interna, etc, provavelmente também existem mais admissões de FPs. Obviamente é também sempre possível maior rigor na gestão dos serviços.
Só mais um último reparo também simples às intervenções do FM, com alguns factos. A 1ª foi logo a seguir aos excessos da Revolução de Abril e como se quis distribuir mais do que se podia distribuir, não se pode evitar a vinda do FMI. Na altura estava o PS no governo.
A 2ª, ainda existia algum “regabofe” e permitiu que aparecesse o melhor MF depois do 25 de Abril ( o Prof Hernani Lopes). Estava o PS e o PSD no governo.
A 3ª, depois da crise financeira mundial de 2008, resultou da ação imediata da não aprovação de PEC IV e da aliança contranatura da direita com o BE e o PCP. Mais países pediram na altura ajuda ao FMI/BCE (Irlanda, Espanha, Itália e até a Bélgica…) mas sem estarem sujeitos a medidas tão rigorosas da troika e tão do agrado do PSD.
É possível discutir política com maior nível e até sem considerar estar com plena razão, mas infelizmente neste poste aparecem intervenções muito poucachinhas e que dão uma imagem também poucachinha da oposição, o que é mau para a democracia, porque o governa precisa de boa oposição, com um bom líder e a possibilidade de alternativa.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 16/5/2022 20:21

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/funcao-publica/detalhe/numero-de-funcionarios-publicos-ultrapassa-os-740-mil-e-atinge-maximos-de-2011

E agora?!?!?... Será que o número de FP aumentou porque temos um estado mais capaz e tal como uma empresa privada produziu mais e precisou de crescer na sua capacidade laboral, ou apenas temos mais FP porque se quer dar uma ideia de pouco desemprego?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 16/5/2022 18:10

Marco Martins Escreveu:De uma forma geral, deveriamos ser mais críticos e mais exigentes.... mas de forma igualmente respeitadora pelo trabalho dos outros.... e isto deveria ser ensinado desde a pré-escola..... pois só assim melhoraremos como sociedade e pessoas...
Anexos
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 16/5/2022 17:37

Caramelo Escreveu:Sindrome de PStocolmo
https://onovo.pt/opiniao/sindrome-de-ps ... _lXE4Wk-zY


8-)

Embora o governar sem fazer governação seja algo inerente ao PS, o problema maior que vejo é que o povo tende a criticar apenas pela cor política e não pelas ingovernações dos políticos ou das instituições.

De uma forma geral, deveriamos ser mais críticos e mais exigentes.... mas de forma igualmente respeitadora pelo trabalho dos outros.... e isto deveria ser ensinado desde a pré-escola..... pois só assim melhoraremos como sociedade e pessoas...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 16/5/2022 17:22

Marco Martins Escreveu:
Por isso é que estes impostos e benefícios de impostos em cima do joelho, só são asneira e servem apenas para confundir e baralhar o povo e se tornam uma injustiça para uma parte grande da população!!!!
Marco, por vezes não sei se és ingénuo, ou não vives neste país.

O kosta e sus muchachos sabem bem quem governam e como continuam a fazer aumentar o número de pobres, a sua base de apoio também é cada vez maior.

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/po ... onfirma-se

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PS: Não leste este artigo:

Sindrome de PStocolmo
https://onovo.pt/opiniao/sindrome-de-ps ... _lXE4Wk-zY
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 16/5/2022 16:54

Informamos que o programa AUTOvoucher terminou no dia 30/04/2022. Devido ao término do programa, neste momento já não é possível reembolsar compras.

Não é possível reembolsar compras que não estão processadas no portal AUTOvoucher.
Não é possível reaver o saldo.
O saldo não utilizado, continua do lado do governo, que foi quem criou esta medida.

A partir de Maio o ISP - Imposto sobre Produtos Petrolíferos - será ajustado para fazer face ao aumento de preços.


(resposta que recebi numa reclamação feita)


Agora pergunto-me o que vai acontecer aos valores do AutoVoucher que estavam assignados a consumidores e não foram utilizados durante o mês de Abril?

Será que o estado tem o direito de dar algo e agora ir buscar de volta esse dinheiro, ou então impedir que os consumidores façam uso desse dinheiro que lhes foi facultado?

Para além disso, houve situações (das quais tenho conhecimento directo) onde perguntaram ao operador da gasolineira se eles tinham o IVAucher, ao que lhes foi dito que sim... acontece que após não reembolso, foi verificado e essas gasolineiras não aderiram ao IVAucher!!!!

Como é que isto pode acontecer sem haver penalizações para ninguém?!?!

Por isso é que estes impostos e benefícios de impostos em cima do joelho, só são asneira e servem apenas para confundir e baralhar o povo e se tornam uma injustiça para uma parte grande da população!!!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 14/5/2022 22:26

Masterchief Escreveu:
E só de lá saem quando Portugal falir novamente.


Saem mas por pouco tempo.. já conseguiram falir o país por 3x e o povo volta sempre a acreditar neles. :lol:
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 14/5/2022 12:21

Marco Martins Escreveu:...
Mas não seria de esperar uma melhoria mais sólida e com uma visão mais alargada em vez de termos sempre de pedinchar à UE apoios para qualquer coisa diferente nos mercados?

Com este governo? Não.

O objectivo ultimo deste governo, e do PS em geral, sempre foi manter-se no poder a todo o custo (o PS estava, para quem não se lembra, após a era Sócrates, FALIDO).

Para isso encontrou a fórmula mágica. Logo de inicio, pós Sócrates, foi atirando as culpas da crise para o Passos Coelho e o PSD. A culpa não foi do PS nem do Sócrates, foi do Passos e do PSD (e da Troika porque além de pedintes são mal agradecidos) Uma mentira repetida muitas vezes transforma-se numa verdade.

Para voltar ao poder aliou-se á extrema esquerda. Sim, extrema esquerda é o que o PCP e o BE são. Não é só o chega que é extrema. Mais uma vez conseguiu vender uma mentira que repetida á exaustão virou verdade, o PCP e o BE são partidos democráticos.

Para se manter no poder sabem que existem dois grupos de população que têm que satisfazer, Funcionários públicos e reformados. Os dois representam perto de 50% do eleitorado votante português. E é o que fazem. De forma mentirosa conseguem convence-los de que lhe estão a dar alguma coisa e assim perpetuam-se no poder.

E só de lá saem quando Portugal falir novamente.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 14/5/2022 9:18

Tanto criticaram o Passos e os impostos, mas em nada voltaram atrás do que foi o feito! Continuamos com impostos altos e com muitas reformas importantes por fazer.
É certo que houve uma melhoria que seria natural depois de termos ido ao fundo!
Mal era se não melhoravamos um pouco.
Mas não seria de esperar uma melhoria mais sólida e com uma visão mais alargada em vez de termos sempre de pedinchar à UE apoios para qualquer coisa diferente nos mercados?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 13/5/2022 11:00

Marco Martins Escreveu:https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/a-tempestade-que-a%C3%AD-vem/ar-AAXcXPb?ocid=entnewsntp&cvid=090acbfcca6845d190b37476c2f629d8

este contexto, devido às ondas de choque da conjuntura internacional, Portugal enfrenta um risco sério de aumento das tensões sociais ao longo dos próximos meses, as quais poderão ser exploradas por extremistas de esquerda e de direita.

Por outro lado, a subida dos juros constitui um fator adicional de pressão para o Estado português. No final de 2020, quase 80% da dívida pública portuguesa pagava juros negativos. Hoje, essa percentagem já é de apenas 5%, indicando que a era do dinheiro barato está de facto a chegar ao fim, com tudo o que isso implicará para o Estado, as famílias e as empresas.


Certamente não será o fim do mundo, pois já sabemos como foi com a troika... entre mortos e feridos, muitos se salvam e a vida continua...
Mas será que estaremos melhor preparados agora do que em 2010 (isto sem considerar todo o apoio da CE e do BCE)?
O que interessa é arranjar um culpado... e o Passos Coelho ainda é vivo :-#

A culpa é do Passos

Pedro Passos Coelho foi um excelente primeiro-ministro e António Costa está hoje a colher os frutos das sementes que o seu antecessor lançou à terra.

O equilíbrio orçamental permitiu a rápida redução do défice, as reformas laborais relançaram o emprego, o incremento das exportações possibilitou a retoma da economia, e o turismo fez o resto.

No entanto, em vez de ser elogiado pelo que fez de bom, Passos Coelho é hoje criticado pelo que supostamente fez de mau… e até pelo que não fez.

Recuemos um pouco no tempo. José Sócrates, além de ter destruído empresas como a PT e de ter contribuído para a desvalorização de bancos como o BCP, conduziu o país à bancarrota.

Portugal ficou de rastos e teve de pedir ajuda ao estrangeiro.

Mas, vendo bem as coisas, não foi Sócrates o culpado.

A culpa foi do PSD, que chumbou o PEC 4.

Dito de outro modo, a culpa foi do Passos.

Passos Coelho substituiu José Sócrates na chefia do Governo e começou a aplicar o memorando negociado pelo PS.

O PS, porém, passou a atacá-lo.

https://sol.sapo.pt/artigo/575125/a-culpa-e-do-passos
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 13/5/2022 10:19

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/a-tempestade-que-a%C3%AD-vem/ar-AAXcXPb?ocid=entnewsntp&cvid=090acbfcca6845d190b37476c2f629d8

este contexto, devido às ondas de choque da conjuntura internacional, Portugal enfrenta um risco sério de aumento das tensões sociais ao longo dos próximos meses, as quais poderão ser exploradas por extremistas de esquerda e de direita.

Por outro lado, a subida dos juros constitui um fator adicional de pressão para o Estado português. No final de 2020, quase 80% da dívida pública portuguesa pagava juros negativos. Hoje, essa percentagem já é de apenas 5%, indicando que a era do dinheiro barato está de facto a chegar ao fim, com tudo o que isso implicará para o Estado, as famílias e as empresas.


Certamente não será o fim do mundo, pois já sabemos como foi com a troika... entre mortos e feridos, muitos se salvam e a vida continua...
Mas será que estaremos melhor preparados agora do que em 2010 (isto sem considerar todo o apoio da CE e do BCE)?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 11/5/2022 21:18

A chungaria da classe política e a web summit

Quando Paulo Portas e Cotrim de Figueiredo trouxeram para Portugal a Websummit, é justo reconhecer que o governo gastava apenas 1 milhão de euros dos contribuintes nesta conferência tecnológica. Mas, como era fácil de antecipar, rapidamente o custo para os portugueses com este evento disparou. Ao longo dos últimos anos de governação socialista alimentou-se um certame de vaidades e um circo mediático para políticos exibirem a sua intrínseca parolice.

O rapaz que promove esta cimeira, sebosamente tratado pela chungaria da nossa classe política como «Pédi», percebeu o óbvio desde início: Fernando Medina, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa seriam presas fáceis de tourear. E assim foi. Pacóvios políticos, deslumbrados com os holofotes mediáticos e a ilusão de uma modernidade que não têm, não hesitaram em atribuir benefícios chorudos a um organizador de feiras usando o dinheiro que é dos contribuintes.

«Pédi» decidiu, entretanto, que em 2023 a Web Summit iria para o Rio de Janeiro. Graças a Deus!…

https://blasfemias.net/2022/05/11/a-chu ... /#comments
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 11/5/2022 18:56

Pior do que isso é a questão da inconstitucionalidade da lei relativa aos metadados. Esta sim poder ser o principio do fim da justiça em Portugal.
O governo já sabia disto há muito tempo e foi empurrando com a barriga. Aliás, esta é a marca registada e distintiva do PS de kosta, "Empurrar com a barriga" os problemas.

Agora até querem, pasme-se, anular acórdão do Constitucional. Se isto não é o fim da justiça não sei o que é.

PS: Não quero pensar que isto tudo tenha um objectivo especifico em mente. Casos como o de sócrates e outros seriam enterrados a sete pés sem apelo nem agravo. Prefiro pensar que isto é apenas o resultado da prática de "empurrar com a barriga" do kosta.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2022 17:38

Os políticos são uns senhores feudais e não passam disso.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 11/5/2022 16:27

BearManBull Escreveu:A imagem mais pura que se pode ter dos políticos:

Arquivado caso contra Eduardo Cabrita sobre atropelamento mortal


É uma pena que isto não resulte em nada!
É -me indiferente se o motorista ou o Cabrita têm culpas! O que não entendo é o que será feito em seguimento disto para evitar o abuso constante dos políticos!
Ou seja, morre uma pessoa inocente e nada se quer aprender ou corrigir com o que aconteceu e que certamente acontecerá novamente!
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2022 15:06

A imagem mais pura que se pode ter dos políticos:

Arquivado caso contra Eduardo Cabrita sobre atropelamento mortal
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Re: Políticas para Portugal

por NirSup » 10/5/2022 14:38

A questão da Metro do Porto é especial.
Os responsáveis da Metro do Porto, aqui há uns anos atrás, quando Valentim Loureiro estava à frente da Metro do Porto, estavam convencidos que o investimento inicial na linha era investimento a fundo perdido. E o Valentim Loureiro, que pode ter todos os defeitos do mundo, mas tem-nos no sítio, disse isso mesmo à cambada de Lisboa. Alto e bom som.
Claro que acertar as contas da Metro do Porto a contar com o pagamento do investimento inicial não é fácil. O negócio não é tão lucrativo assim.
Assumam, como assumiu o gajo de Lisboa (não foi bem isto, mas foi outra coisa parecida), que o investimento feito na construção das linhas é a fundo perdido e os problemas da Metro do Porto ficam resolvidos.
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