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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2021 16:31

PMP69 Escreveu:Não quis ser tão exaustivo, mas basicamente foi isso.

Em 1923, os franceses e os belgas invadiram o Ruhr, apropriaram-se do aço e do carvão alemão e na rua ainda lhes cuspiam em cima.

Estavam criadas as condições ideais para a explosão do partido nazi.


Pedro


OK mas tanto podia ter sido um partido nazi como um comunista a chegar ao poder. O ponto é que o sistema democrático caiu em total descrédito.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2021 16:29

djovarius Escreveu:
Os alemães tinham os melhores telefones, tiveram em Berlim, televisão, inclusive com diretos dos jogos olímpicos de 36 (algo que só se repetiu mais de 20 anos depois), já faziam experiências de vídeo a cores, fizeram o primeiro avião a jato, o Von Braun preparava-se já para a conquista espacial, etc... etc...


Vi uma vez o relato de um russo na chegada a Berlim, quando viu as casas dos alemães ficou atónito porque raios um povo com tanta riqueza ia para a guerra?


O documentario do historia que estou a ver è este: HISTÓRIA DO NAZISMO: DEMOCRACIA SEM DEMOCRATAS

Quanto ao tratado de Versalhes tive paciência em tempo de ler quase metade do As Consequências Económicas da Paz que livro mais entediante ufff mas prontos não era preciso nem ler isso para perceber que os Franceses queriam escravizar o povo alemão. E povo é diferente de governo ou mesmo estado.


Deixo outra curiosidade que me fascina que é o facto de existirem milhares de filmes sobre as atrocidades do nazismo mas apenas meia dúzia sobre o comunismo russo/chinês. É tabu falar contra o comunismo é a única explicação que encontro.
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 11/5/2021 16:26

Não quis ser tão exaustivo, mas basicamente foi isso.

Em 1923, os franceses e os belgas invadiram o Ruhr, apropriaram-se do aço e do carvão alemão e na rua ainda lhes cuspiam em cima.

Estavam criadas as condições ideais para a explosão do partido nazi.


Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por djovarius » 11/5/2021 15:44

PMP69 Escreveu:A subida do partido nazi ao poder não teve a ver com democracia.

O Tratado de Versalhes levou o povo alemão à miséria e à humilhação, e a Grande Depressão ainda veio acentuar mais a situação.

Quando aparece um vendedor de sonhos a prometer voltar a erguer a Alemanha, quer economicamente, quer geograficamente, quer em termos de orgulho, a coisa deu-se.


Pedro


Exatamente !! Aconselho, para quem souber alemão, a série "Babylon Berlin, que não explicando propriamente isto, mostra o zeitgeist pré-nacional-socialismo". O SPD no poder (ainda hoje existe esse Partido, mas pelos vistos não por muito tempo) era, à época, tipo PS por cá nos dias de hoje.
Demagogia barata, bla bla e tal, promessas, imprimir dinheiro para tentar mitigar a miséria. Porrada nos cornos de nazis, anarquistas e comunistas, etc... etc... a coisa foi andando até à implosão dos mercados em 1929 (nesse tempo a bolsa era em Berlim, houve suicídios, gente que se pendurou na janela), algo que só piorou a crise. Daí, mais dinheiro impresso e a inevitável hiperinflação.

Tudo por conta de um poder titubeante e da aceitação de um Tratado humilhante.

Em 1932, os nazis têm pouco mais de um terço dos deputados, mas um golpe de mão com o apoio presidencial, leva Hitler ao poder quase absoluto, com o apoio, claro, da tropa e das promessas da restauração do grande espaço vital germânico (Lebensraum).
O resto é História. Curiosamente, o vendedor de sonhos (pesadelos) poderia ter ficado para a história como o maior dirigente Alemão de sempre. Para os padrões da época, era fácil, bastava não ter posto os pés em nenhum território não-germânico, não ter feito aquela guerra (o ocidente não queria guerra) e deixasse o país evoluir tecnologicamente, tal como estava a acontecer. Para não falar na questão dos judeus. Nem no século XV ibérico fizemos tais atrocidades. Os sefarditas expulsos pelos reis católicos e pelo nosso D. Manuel, tinham o direito de levar, à saída, os bens pessoais, dinheiro e até podiam vender propriedade e levar a receita da venda.

Os alemães tinham os melhores telefones, tiveram em Berlim, televisão, inclusive com diretos dos jogos olímpicos de 36 (algo que só se repetiu mais de 20 anos depois), já faziam experiências de vídeo a cores, fizeram o primeiro avião a jato, o Von Braun preparava-se já para a conquista espacial, etc... etc...

Mas enfim, a loucura assassina do homem, mais uma vez, foi o que prevaleceu.

Abraço

dj
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2021 15:27

Claro que essas condicionantes foram o combustível, mas a descrença na democracia foi o que levou o povo alemão a voltar-se para os extremos. Na altura tanto podia ter sido vitorioso o comunismo como foi o nazismo. Na realidade os nazis depois acabaram por fazer um assalto ao poder, nunca conseguiram a maioria absoluta, mas estiveram muito perto.

Na Europa da época muitos povos acabaram por aceitar regimes ditatoriais, a covid veio demonstrar que ainda hoje o suporte a ditaduras se as circunstâncias foram adequadas.
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 11/5/2021 14:39

A subida do partido nazi ao poder não teve a ver com democracia.

O Tratado de Versalhes levou o povo alemão à miséria e à humilhação, e a Grande Depressão ainda veio acentuar mais a situação.

Quando aparece um vendedor de sonhos a prometer voltar a erguer a Alemanha, quer economicamente, quer geograficamente, quer em termos de orgulho, a coisa deu-se.


Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 11/5/2021 14:13

Não se pode estabelecer uma democracia com base na mentira.

Em 1933 o partido nazi chegou ao poder. Ontem num documentário da história analisavam o grande problema que levou ao nazismo. A principal razão foi a descrença no sistema democrático.

Vivemos de certa forma alguns tempos bastante conturbados, apesar da aparente tranquilidade a Europa e os próprios USA nunca estiveram tão abertos a ouvir os extremos.

Porquê? Porque a democracia ocidental típica actual não tem qualquer pudor em mentir. Já nem sequer se acusa ninguém de demagogia. Simplesmente deixam os extremos actuar com mais mentiras. O lixo diplomático que assume cargos de poder estão todos corroídos, corrompidos, ora seja por motivos ideológicos ora seja por interesses próprios.

Mas mentem, instem em mentir e asfixiar cada dia que passa a população com novos paradigmas, sempre no mesmo sentido de retirar riqueza, liberdades e poder à pessoa singular.

As renováveis como lhe apelidam, que falcatrua mesquinha um sistema que em grande parte aumenta ainda mais a poluição e o impacto do antropização, a igualdade de género (como se os homens tivessem mais direitos que as mulheres), a gestão covid com tantos excessos e com tantos novos fardos de contas para pagar, a falta de bom senso do paralelismo nazismo comunismo e de tolerar e abraçar muito da ideologia comunista na sociedade.

Pouco a pouco se vai encostando o povo à parede, encurralando os que mais produzem entre gritos de opressão e actos de usurpação.


Agora estamos finalmente perante aquilo que pode ser o grande catalisador de uma derrocada civilizacional sem precedentes no ocidente. A inflação pode finalmente destruir toda a credibilidade do sistema económico. As economias estão todas mais frágeis do que à 10 anos atrás. Uma população mais envelhecida, envolvidos numa crise de identidade, sob o domínio de uma esquerda em grande parte extremista, com os impostos no limite e com a divida mundial em máximos históricos, com os mercados em valores estratosféricos, temos tudo a postos para um hecatombe.

Um bear market nos USA e uma subida de juros consistente para as dívidas soberanas podem criar uma crise que nos forçara finalmente a rever o significado de democracia. Espero que as consequências sejam as mínimas dentro daquilo que será o efeito de tamanha crise no nosso sistema ocidental. De momento nada indica que venha de facto a ocorrer tal cataclismo, mas começam a existir alguns sinais que indicam um possível cenário negativo no horizonte.
Anexos
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The end of cheap money
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 11/5/2021 7:19

Esta foi a vida de um ministro muito amigo do primeiro , este é drama de todos os ministros nenhum tem vida cá fora .


“ Como tantos naquela época, foi levado para Macau, onde se tornou adjunto do secretário-adjunto para a Justiça do Governo local, em 1988/89. A partir daí, o mar abriu-se. Foi perito permanente da Representação Portuguesa no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês sobre a Questão de Macau entre 1989 e 1996, diretor do Gabinete para a Tradução Jurídica do Governo de Macau entre 1989 e 1996, e docente do Centro de Formação de Magistrados de Macau entre 1995 e 1996.

Regressou a Portugal para desempenhar funções de Alto-Comissário da Comissão de Apoio à Reestruturação do Equipamento e da Administração do Território no primeiro Governo de António Guterres, e tornou-se secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça no segundo. Foi deputado entre 2002 e 2005 e entre 2009 e 2015, e secretário de Estado Adjunto e da Administração Local no primeiro Governo Sócrates. Foi presidente da Comissão para a Promoção da Qualidade de Vida, dos Intercâmbios na Sociedade Civil e da Cultura da Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo entre 2009 e 2013. ”
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 10/5/2021 22:34

Marcelo já foi a Odemira ou está à espera que chegue a época balnear para aproveitar e ir nadar?

4 Fevereiro 2019: Marcelo visitou o Bairro da Jamaica e deu um beijo à mãe de Hortêncio

14 Dezembro 2018: Marcelo no local do acidente com elétrico em Lisboa

2017-01-19: A noite de Marcelo com os sem-abrigo de Lisboa

https://blasfemias.net/2021/05/10/marce ... -ir-nadar/


O que vale é que está quase a poder voltar aos beijinhos \:D/
Anexos
Marcelo.jpg
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 10/5/2021 19:05

Quando o actual primeiro ministro enviou este SMS a um director do expresso:

“Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa”

Como se pode incomodar que um seu SE diga isto:

JG.jpeg


Enfim... estão bem um para o outro :-"
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 10/5/2021 18:58

O Zeca Afonso andava bem enganado quando escreveu esta canção.



Hoje chegou o IMI mais um para sugarem.
Anexos
vampiros.jpg
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 10/5/2021 16:48

Realmente comem todos no mesmo sítio.

Depois admiram-se da completa aversão que me causam os políticos. Tudo sempre a bater na mesma tecla, aumentar impostos. Maior controlo, mais burocracia.

Scholz promete aumentar impostos sobre os mais ricos caso seja chanceler
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Re: Políticas para Portugal

por cloudexpert » 10/5/2021 9:58

Lusitanus Escreveu:Nuno Rangel: “Em Portugal, há vergonha em falar sobre grandes empresas.”.

Completamente de acordo. Queremos ser pequeninos, não admitimos que alguém não queira ser pequenino, contentamo-nos em sermos pequeninos, achamos que somos mais felizes em sermos pequeninos e somos mesmo pequeninos porque não nos atrevemos a deixar de ser pequeninos! :roll:
Somos assim, somos pequeninos!!! :|


é verdade sim senhor e o lema dos comunas e socialistas é contra elas marchar marchar, veja-se o caso EDP, e outras.

MAs já contra grandes ladroes como o salgado ou o socas jé é diferente
 
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Re: Políticas para Portugal

por Lusitanus » 10/5/2021 0:04

Nuno Rangel: “Em Portugal, há vergonha em falar sobre grandes empresas.”.

Completamente de acordo. Queremos ser pequeninos, não admitimos que alguém não queira ser pequenino, contentamo-nos em sermos pequeninos, achamos que somos mais felizes em sermos pequeninos e somos mesmo pequeninos porque não nos atrevemos a deixar de ser pequeninos! :roll:
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Re: Políticas para Portugal

por Lusitanus » 9/5/2021 16:36

cloudexpert Escreveu:
BearManBull Escreveu:
Caramelo Escreveu:Mas, pelo menos desta vez a Ursula teve direito a uma cadeira :mrgreen:


A UE a assumir aquilo que é um estado socialista, que pisca o olho ao autoritarismo ditatorial em que tudo ao estado ao estado tudo.

É um total desrespeito pelos cidadãos a líder não eleita da UE participar num comício socialista/progressista. Governa pela esquerda para extrema-esquerda.


teve cadeira mas foi na mesma assediada, reparem bem que está a cabeceira, ora quem está nessa posição paga a janta :)

Será que a ursula sabe dessa regra ?

Também tinha reparado que à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e não ao Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, tinha sido, desta vez, dado o lugar de primazia: a cabeceira da mesa. Terá sido para compensá-la da cena ocorrida em Ancara, na Turquia. Jogos políticos de cadeiras! 8-)
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Re: Políticas para Portugal

por cloudexpert » 9/5/2021 12:01

BearManBull Escreveu:
Caramelo Escreveu:Mas, pelo menos desta vez a Ursula teve direito a uma cadeira :mrgreen:


A UE a assumir aquilo que é um estado socialista, que pisca o olho ao autoritarismo ditatorial em que tudo ao estado ao estado tudo.

É um total desrespeito pelos cidadãos a líder não eleita da UE participar num comício socialista/progressista. Governa pela esquerda para extrema-esquerda.


teve cadeira mas foi na mesma assediada, reparem bem que está a cabeceira, ora quem está nessa posição paga a janta :)

Será que a ursula sabe dessa regra ?
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/5/2021 1:41

A forma como os políticos actuais contemplam o socialismo puro é tormentoso de ver.

Mas não será possível a europa tomar outro rumo. Foi o socialismo que trouxe a riqueza pós queda do muro de Berlim ou foi a incansável luta de uma sociedade livre por um mundo melhor?

Insistem em gerar um cataclismo mundial, bradam socialismo, progressismo, comunismo e sempre com a mesma retórica da impostocracia. Mais impostos e mais impostos gritam paga paga paga é a palavra de ordem paga e nós somos todos poderosos e tu paga. Derrubar uma civilização para servir interesses ideológicos e pessoais é isto a política do século XXI, tão medieval, tão crua, tão carente de sentido, tão deprimente...
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Re: Políticas para Portugal

por cloudexpert » 8/5/2021 18:21

Caramelo Escreveu:Não fugi da Roménia para parar nisto

Já vivi num mundo que via a propriedade privada como um roubo e a iniciativa individual como suspeita, tirando a uns para dar a outros, nivelando tudo numa mediocridade cinzenta. Não o quero de volta.

Quando caiu o muro de Berlim, eu era uma adolescente num país dominado pela figura paternalista de um Estado comunista. Um Estado que detinha e controlava todos os recursos e os distribuía de acordo com a sua (falta de) visão ideológica e económica. No mundo em que cresci, todos tinham casa e emprego garantidos, acesso a educação e saúde. Mas as casas eram todas iguais (igualmente más), os salários nada tinham a ver com o valor profissional, e a saúde era gratuita apenas em teoria porque, na prática, os serviços eram prestados a troco de “ofertas” em dinheiro ou bens e primava pela falta de medicamentos básicos e equipamentos. Iniciativa individual? Desencorajada. “Eles fingem que nos pagam, nós fingimos que trabalhamos”, era o ditado daqueles tempos. Consequência: baixa produtividade, bens de má qualidade, oferta inadequada à procura existente e colapso económico. Mas o dinheiro nem era assim tão importante, porque o Estado nos DAVA tudo o que nós precisávamos para (sobre)viver. E foi essa palavra que passei a detestar: DAR poucas vezes tem a ver com a pessoa que recebe. Nada era conquistado através de esforço individual, excelência ou profissionalismo. O Estado simplesmente dava. O que quer dizer que também podia deixar de DAR.

Em 2002, quando a Roménia prosseguia na senda do chamado capitalismo selvagem, que, na prática, se traduziu numa falha completa do Estado em assegurar e aplicar um quadro legal que permitisse a saudável iniciativa empresarial, encontrei em Portugal um oásis de amabilidade e de bom senso. Encontrei no caminho pessoas extraordinárias, prestes a ajudar sem qualquer interesse e a reconhecer e recompensar o esforço individual. Foi um caminho difícil, de muito trabalho e esforço, mas que, no fim, mostrou resultados. Por várias vezes afirmei que se pudesse escolher qualquer lugar do mundo para viver voltaria a escolher Portugal.

Os seres humanos não são todos iguais. A igualdade não é uniformização, nivelamento ou o esmagar de diferenças numa massa amorfa. É dar a cada um a oportunidade para, dentro de um contexto estruturado, prosseguir o seu caminho na procura da felicidade. São os indivíduos o motor da sociedade. São as pessoas que, pelo esforço pessoal, criam riqueza (seja ela material, espiritual ou de qualquer outra natureza). E é a sua diversidade que nos garante uma sociedade saudável. A liberdade não é apanágio de um partido, governo, Estado ou movimento. A liberdade é individual, ou não é de ninguém.

Já vivi num mundo que via a propriedade privada como um roubo e a iniciativa individual como suspeita, tirando a uns para DAR a outros, nivelando a todos numa mediocridade cinzenta. Em que o Estado tinha controlo económico absoluto, o que também lhe permitia impor um controlo ideológico absoluto.

Os últimos tempos tem sido um dejá vu desse mundo, um lento e dramático retrocesso das liberdades individuais, uma intervenção agressiva do Estado na esfera privada e uma falha generalizada das instituições democráticas. É um mundo em que não gostava de voltar a viver nem deixar como herança aos meus filhos.

https://observador.pt/opiniao/nao-fugi- ... rar-nisto/


Meu caro Caramelo, concordo, mas se fizermos uma media entre quem gosta de trabalhar, estudar, conquistar as coisas com esforço só uma pequena franja gosta disso. Dou um exemplo é sabado e estou a trabalhar. depois tem a outra percentagem que não gosta muito de trabalhar ou contenta-se com pouco, não tentar se rum melhor profissional. arrisco-me a dizer que pelo qute tenho visto ao longo da vida, ai uns 3% da pupulação enquadra-se no primeiro tipo, os restantes 90% na outra franja.Ok 90 + 3 não dá 100. Depois temos outra espécie e nada tem haver com racas. São os perfeitos inúteis, passam a vida a nada fazer, ou tentar ter likes nas redes sociais.
Portanto e com quem está no poder não se enquadra nos que lutam e trabalham para ter algo, esse que mandam em nós vão tentar moldar leis ao seu interessse e ao interesse desses tais 90%.

Sei que isto é controverso, mas um dos motivos para tanto odio a Salazar, foi que esse era um velho da guarda, que valorizava o trabalho, e a familia, é veradde que infelizmente explorava-se muito o povo, quye havi apoucas oportunidades.MAs poucas não significa nehumas. Na altura do estado novo, formavam-se médico, engenheiros, arquitectos, empresa´rios. Por exemplo a minha familia avós bisavos, nunca tivaeram problemas com PIDE, alias o meu bisavo era o que chamou de pato bravo, era dono de alguns terrenos em lisboa, um deles acabou em nada é um terreno que está meio abandonado na estefanea, tem dono , mas a obra não vai avançar. Era uma familia trabalhadora e nunca se meteu em politica, trabalhavam e muito. o que se esta a tentar é normalizar algo que não +é normal, confidscar propriedade privada, esta foi a primeira experiencia, os coitados dos emigrantes que para foram mandados são meras peças de um jogo de zadrez, onde este governo comunista, mas disfarçado, quer experimentar um regime diferente do capitalista. Alias tenho a dizer que os emigrantes que para lá foram atirados, els também não sed sentem bem com isso, e esse é o motivo pelo qual também não querem lá estar.Não se sentem bem em ocupar algo que não é deles. esses senhores revelam mais decencia que o costa comunista.

MAs epsnoq eu isto é um plano e portugal vai srrvir para testar uma economia venezuelana, reparem que o marcelo concorda, quando num entrevista disse que eles os emigrantes tem os mesmos deveres e direitos do que quem cá está. Com isso o marcelo está adar carta branca ao confisco de propriedade privada, e tentar normalizar essa atitude.

Eu não gosto do marcelo, acho um homem falso, e penso mesmo que existe um plano para a venuelização da Portugal, e qum ssabe da europa.

Isto para mim torna_se uma cada vez maior evidencisa, reforçado com alguma atitudes do governo, por exemplo tentarem para novos contratos, quem estiver em tele trabalho deixar de receber sub de alimentação.

Se virem bem, alguém, uma mulher qualquer chamou ao funcionário em tele trabalho a burguesia do tele trabalho. Portanto a burguesia pode muito bem deixar de receber sub de almoço.

Ora se o sub de almoço foi um direito conquistado com abril com é que a esquerda radical aceita que este acabe ?

A mim ensinaram-me a temer comunistas e socialistas, e penso que o 25 de abril foi feito por ladrões .

Não gosto do rumo que isto esta a levar, no que à politica diz respeito por cá, Penso que o partido IL, pode ganhar muita vantagem, são os que tem ideias efectivamente mais decentes, o PSD tem um lider fraco, confiava mais em passos coelho ou cavaco. o Ps são um covil de gatunos, o Chega o ventura é um fanfarrão, o PCP e o BE deviam desaparecer, o CDS enfim era o partido do taxi, arrisca-sae a ser o partido da bicliclete.

SAs aproximas eleiçoes legislativas vão ser as mais importantes em 45 anos.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 8/5/2021 16:24

Não fugi da Roménia para parar nisto

Já vivi num mundo que via a propriedade privada como um roubo e a iniciativa individual como suspeita, tirando a uns para dar a outros, nivelando tudo numa mediocridade cinzenta. Não o quero de volta.

Quando caiu o muro de Berlim, eu era uma adolescente num país dominado pela figura paternalista de um Estado comunista. Um Estado que detinha e controlava todos os recursos e os distribuía de acordo com a sua (falta de) visão ideológica e económica. No mundo em que cresci, todos tinham casa e emprego garantidos, acesso a educação e saúde. Mas as casas eram todas iguais (igualmente más), os salários nada tinham a ver com o valor profissional, e a saúde era gratuita apenas em teoria porque, na prática, os serviços eram prestados a troco de “ofertas” em dinheiro ou bens e primava pela falta de medicamentos básicos e equipamentos. Iniciativa individual? Desencorajada. “Eles fingem que nos pagam, nós fingimos que trabalhamos”, era o ditado daqueles tempos. Consequência: baixa produtividade, bens de má qualidade, oferta inadequada à procura existente e colapso económico. Mas o dinheiro nem era assim tão importante, porque o Estado nos DAVA tudo o que nós precisávamos para (sobre)viver. E foi essa palavra que passei a detestar: DAR poucas vezes tem a ver com a pessoa que recebe. Nada era conquistado através de esforço individual, excelência ou profissionalismo. O Estado simplesmente dava. O que quer dizer que também podia deixar de DAR.

Em 2002, quando a Roménia prosseguia na senda do chamado capitalismo selvagem, que, na prática, se traduziu numa falha completa do Estado em assegurar e aplicar um quadro legal que permitisse a saudável iniciativa empresarial, encontrei em Portugal um oásis de amabilidade e de bom senso. Encontrei no caminho pessoas extraordinárias, prestes a ajudar sem qualquer interesse e a reconhecer e recompensar o esforço individual. Foi um caminho difícil, de muito trabalho e esforço, mas que, no fim, mostrou resultados. Por várias vezes afirmei que se pudesse escolher qualquer lugar do mundo para viver voltaria a escolher Portugal.

Os seres humanos não são todos iguais. A igualdade não é uniformização, nivelamento ou o esmagar de diferenças numa massa amorfa. É dar a cada um a oportunidade para, dentro de um contexto estruturado, prosseguir o seu caminho na procura da felicidade. São os indivíduos o motor da sociedade. São as pessoas que, pelo esforço pessoal, criam riqueza (seja ela material, espiritual ou de qualquer outra natureza). E é a sua diversidade que nos garante uma sociedade saudável. A liberdade não é apanágio de um partido, governo, Estado ou movimento. A liberdade é individual, ou não é de ninguém.

Já vivi num mundo que via a propriedade privada como um roubo e a iniciativa individual como suspeita, tirando a uns para DAR a outros, nivelando a todos numa mediocridade cinzenta. Em que o Estado tinha controlo económico absoluto, o que também lhe permitia impor um controlo ideológico absoluto.

Os últimos tempos tem sido um dejá vu desse mundo, um lento e dramático retrocesso das liberdades individuais, uma intervenção agressiva do Estado na esfera privada e uma falha generalizada das instituições democráticas. É um mundo em que não gostava de voltar a viver nem deixar como herança aos meus filhos.

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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 8/5/2021 15:56

Caramelo Escreveu:Mas, pelo menos desta vez a Ursula teve direito a uma cadeira :mrgreen:


A UE a assumir aquilo que é um estado socialista, que pisca o olho ao autoritarismo ditatorial em que tudo ao estado ao estado tudo.

É um total desrespeito pelos cidadãos a líder não eleita da UE participar num comício socialista/progressista. Governa pela esquerda para extrema-esquerda.
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 8/5/2021 15:18

Cimeira Social

SS.jpeg
SS.jpeg (237.66 KiB) Visualizado 6792 vezes


Mais uma vez em nome dos pobrezinhos, há uns quantos a facturar à grande \:D/

FT.jpeg


Já os desgraçados dos polícias :twisted:

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalh ... as-imagens

Mas, pelo menos desta vez a Ursula teve direito a uma cadeira :mrgreen:

Ursula.jpg
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 8/5/2021 12:00

Recordo de aqui ter colocado onde devia ser gasto a bazuca , houve quem não aceitasse a saúde como boa despesa , hoje recebo o nota de um banco de investimento internacional e diz isto já traduzido :

“A questão da ligação entre a despesa pública e o crescimento potencial (e não a do multiplicador orçamental que é um conceito cíclico de curto prazo) torna-se portanto central: deste ponto de vista, o que é uma boa despesa pública?

Comparamos os países da OCDE e perguntamos quais gastos públicos (e simetricamente quais cortes de impostos) têm uma correlação positiva com os ganhos de produtividade ou a taxa de emprego e, portanto, com o crescimento potencial. Esta análise parece mostrar que é eficaz no apoio ao crescimento potencial:

 aumentar os gastos públicos em Pesquisa e Desenvolvimento, educação, saúde;

 reduzir as contribuições sociais corporativas e os impostos sobre a produção.

Outros gastos ou impostos do governo não parecem ter qualquer efeito nos ganhos de produtividade ou na taxa de emprego .
 
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Re: Políticas para Portugal

por cloudexpert » 8/5/2021 10:49

eu tenho avisado

https://www.cmjornal.pt/politica/detalh ... sNoticias2

o costa parece ser outro socas
 
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Re: Políticas para Portugal

por cloudexpert » 7/5/2021 16:17

Pata-Hari Escreveu:cloud expert, esse tipo de discurso incita ao ódio e à raiva. Por favor modera MUITO o tom que usas para exprimir ideias para não termos que te apagar. Peço-te que edites o teu post porque simplesmente é excessivo. Aliás, se o releres, entenderás isso mesmo.


ok, tem sentido
 
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Re: Políticas para Portugal

por Pata-Hari » 7/5/2021 16:12

cloud expert, esse tipo de discurso incita ao ódio e à raiva. Por favor modera MUITO o tom que usas para exprimir ideias para não termos que te apagar. Peço-te que edites o teu post porque simplesmente é excessivo. Aliás, se o releres, entenderás isso mesmo.
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