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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por previsor » 2/6/2025 12:22

Rui Moreira é o atual presidente da câmara municipal do Porto e esteve presente na candidatura

Apoiantes ligados ao PSD:
1. Rui Rio – ex-líder do PSD e mandatário nacional da candidatura
2. Alberto João Jardim – ex-presidente do Governo Regional da Madeira (PSD)
3. Ângelo Correia – ex-ministro da Administração Interna (PSD) e figura histórica do partido
4. Adão Silva – ex-líder parlamentar do PSD
5. Carlos Carreiras – presidente da Câmara Municipal de Cascais (PSD)
6. António Capucho – ex-presidente da Câmara de Cascais, ex-ministro e militante do PSD
7. António Martins da Cruz – ex-ministro dos Negócios Estrangeiros (PSD)
8. André Pardal – conselheiro nacional do PSD



Apoiantes de fora do PSD ou independentes:
1. Isaltino Morais – presidente da Câmara Municipal de Oeiras (independente, ex-PSD)
2. Francisco Rodrigues dos Santos – ex-líder do CDS
3. Melo Gomes – almirante, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada
4. Francisco George – ex-diretor-geral da Saúde
5. António Nogueira Leite – economista, ex-secretário de Estado (governos do PSD e do CDS), próximo do centro-direita mas tecnocrata
6. Rui Moreira – presidente da Câmara Municipal do Porto
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 2/6/2025 10:50

Concordo que andam muitos parasitas à sua volta, mas se não perceberam, já deviam ter percebido, que quem vai mandar é ele, e não me parece que vá ceder a quaisquer interesses.

Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 2/6/2025 10:34

Dos apoiantes de Gouveia e Melo não se aproveita um. Tem gente muito pouco recomendável (o dono da TVI, por exemplo) e resmas de políticos velhos e/ou fora de prazo, que já não contam para nada nos partidos porque perderam várias eleições, juntando-se agora à "corte" do "Almirante" para tirar desforço a partir de Belém. Se isto é renovação, vou ali e já venho.

Não conheço a pessoa, não faço juízos de valor sobre as suas intenções, no entanto, Gouveia e Melo está muito mal acompanhado. Começou pessimamente, e a partir daqui desconfio que só vai desfazer as ilusões de quem nele projectou tudo e mais alguma coisa.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 1/6/2025 13:09

O Gouveia e Melo assume-se como centrista, entre a esquerda do PS e a direita do PSD. No entanto, escolheu o Rui Rio como mandatário da candidatura e na apresentação de candidatura só estavam figuras do centro direita e nenhuma do centro esquerda, apesar de ter participado no governo do António Costa. Talvez ganhe à primeira volta. Muita gente vai votar nele desconhecendo as suas preferências políticas
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 31/5/2025 15:51

“ Tal­vez seja neces­sá­rio olhar para tudo de forma dife­rente, tra­tando a eco­no­mia à maneira de um regime polí­tico. Gis­card disse Já na década de 1970 que um país onde os gas­tos públi­cos repre­sen­ta­riam mais de 40% do PIB seria de facto um país soci­a­lista. Esta­mos agora em 58%. Tam­bém conhe­ce­mos a piada de Gor­ba­chev: a França seria um país comu­nista de sucesso. Pode­mos real­mente falar de sucesso? Mas a casta vam­pi­ri­zante não sabe mais nada.

Pro­pus a ideia de que existe uma NEP (nova polí­tica eco­nó­mica, Nota do edi­tor) à maneira Fran­cesa. A eco­no­mia gira em torno de um setor público que está sem­pre em expan­são, mas tolera um setor pri­vado mais ou menos vasto, do qual pre­cisa para pro­du­zir a riqueza que pre­tende "redis­tri­buir". O empre­sá­rio, o arte­são, o tra­ba­lha­dor do sec­tor pri­vado são tra­ta­dos como um reba­nho a ser cei­fado regu­lar­mente. Não me atre­ve­ria a falar de escra­vi­dão fis­cal: qual­quer ver­dade não é boa para dizer.
Cha­me­mos-lhe o domí­nio do soci­a­lismo men­tal. Con­ven­cemo-nos de que a pros­pe­ri­dade indi­vi­dual é o sinal de uma dis­fun­ção colec­tiva. Um homem bem suce­dido é, antes de mais, um apro­vei­ta­dor que pode ser saque­ado de boa fé em nome da jus­tiça social. O imposto não se des­tina ape­nas a finan­ciar obras de inte­resse geral, mas a sua­vi­zar as rela­ções soci­ais, a equa­lizá – las à força-por­que a socie­dade seria natu­ral­mente igua­li­tá­ria, até ser dis­tor­cida pelo indi­vi­du­a­lismo mono­po­li­za­dor.
Revela-se aqui uma rela­ção com o dinheiro e, mais ampla­mente, com a pro­pri­e­dade pri­vada. Tome­mos o homem comum que tem uma vida bas­tante decente. Com­pre­en­deu há muito tempo que con­serva ape­nas uma parte redu­zida dos fru­tos do seu tra­ba­lho: é o famoso fosso entre a rede e o bruto que todos expe­ri­men­tam dolo­ro­sa­mente todos os meses. Ele está ros­nando, impor­tu­nando, arro­tando, mas enten­deu que não pode evi­tar e que, se gri­tar demais, vamos acusá-lo de falta de patri­o­tismo fis­cal. Feliz­mente, ele diz a si mesmo que o resto do seu dinheiro lhe per­tence, que fará com ele o que qui­ser. Sus­piro de alí­vio.
Mas é ver­dade? Teria ele a ideia de reti­rar uma boa quan­tia do banco ou do dis­tri­bui­dor que enten­de­ria que não. A conta dele está blo­que­ada e ele não tem a chave. Além disso, ele gos­ta­ria de fazer uma doa­ção a alguém pró­ximo de seus paren­tes que o estado colo­ca­ria suas gran­des patas nele para tomar sua parte – este é o imposto sobre doa­ções. E quando ele mor­rer, o estado con­ti­nu­ará a usar o seu cadá­ver. Ele mesmo se dá o direito de con­fis­car as eco­no­mias um dia. Se ele tem uma casa de campo, pode­mos obvi­a­mente ocupá-la legal­mente.
Mas o nosso homem quer ser de boa fé. É claro que está a ser saque­ada, mas tem bons ser­vi­ços gra­tui­tos. Mas está a men­tir a si pró­prio. Em pri­meiro lugar, por­que não são bons. Então, por­que eles não são livres. Nada é livre neste mundo, mesmo que o estado per­mita acre­di­tar nele e, assim, domes­ti­que as mas­sas, con­ven­ci­das de que lhe devem alguma coisa. Alguém paga sem­pre. Mesmo que os aju­dan­tes per­pé­tuos não o sai­bam. Eles esta­vam con­ven­ci­dos de que tinham o direito humano à pro­pri­e­dade de outras pes­soas. Todos eles aca­ba­rão por sugar os úbe­res do Estado de bem-estar social.
É então que o homem comum se torna um homem soci­a­lista refor­mado, com a sua pró­pria psi­co­lo­gia. O que pode ser feito para melho­rar a sua situ­a­ção? No velho mundo, ele res­pon­de­ria: tra­ba­lhar mais, pou­par mais, inves­tir de forma mais inte­li­gente. Mas quem falasse assim pas­sa­ria hoje por tolo. Em vez disso, pedirá ao estado que aumente o seu poder de com­pra, atra­vés de con­tro­los e outros con­tro­los. Con­ven­cemo-lo de que o estado podia fazer sem­pre mais. Ele nem ima­gina pedir-lhe para o dei­xar em paz. É assim que as pes­soas são anes­te­si­a­das.
Mas o que quer que pen­sem aque­les que sem­pre que­rem aumen­tar os impos­tos dos outros, o soci­a­lismo con­ti­nua a ser uma dou­trina de ladrões que dis­farça o seu res­sen­ti­mento como um desejo de igual­dade. A par­tir de um deter­mi­nado limiar, o imposto e os seus deri­va­dos enqua­dram-se no saque legal­mente auto­ri­zado. Alguns sonham com o espar­ta­quismo fis­cal, com uma greve dos pro­du­to­res. Mas não vai acon­te­cer. Durante muito tempo, o homem comum con­cor­dou em ser orde­nhado e cei­fado. Cha­ma­mos a esta comi­tiva de Soli­da­ri­e­dade.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/5/2025 14:51

Neftis Escreveu:Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS.


Carneiro diz que vantagem no número de votos mantém PS como segunda força política
:roll:

Este como bom socialista a cada 2 palavras 3 mentiras. :lol:
Os responsáveis por este sistema de voto mas agora já não gostam...
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 29/5/2025 14:06

Também está envolvida uma empresa com ligações a familiares de um ministro, mas não é dito se são funcionários ou donos

Buscas da PJ envolvem empresa com ligações a cunhado e irmão do ministro Leitão Amaro

Em declarações à SIC Notícias, ministro da Presidência confirma ter conhecimento de que uma empresa com ligações à família concorreu a concursos públicos na área do combate aos incêndios.

https://amp.sicnoticias.pt/pais/2025-05 ... o-8e7a2c84
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 29/5/2025 11:19

Uma empresa de um dos principais financiadores do Chega está a ser alvo de buscas

Cartel dos helicópteros de combate aos incêndios leva PJ a fazer buscas na Força Aérea

Polícia Judiciária está a realizar buscas em várias zonas do País numa investigação sobre suspeitas de corrupção na contratação de meios aéreos. Empresas e gestores são outros alvos.

Empresas como a Helibravo, HTA Helicópteros, Heliportugal e Helifly estarão entre os alvos das buscas, assim como a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a entidade reguladora do setor da aviação, segundo apurou o Now.

https://www.sabado.pt/portugal/amp/cart ... orca-aerea


Os empresários na retaguarda de André Ventura
João Maria Bravo, dono do grupo Sodarca, lidera o fornecimento de armas, munições, tecnologia e equipamento militar ao Estado, Forças Armadas e de Segurança. É também o dono da Helibravo, empresa com frota de helicópteros utilizados no combate aos incêndios.
https://amp.expresso.pt/politica/2020-0 ... re-Ventura
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 23:32

Não acho que vá mudar grande coisa. Acho que o André Ventura vai acabar por se desentender com o Montenegro para poder votar contra o Orçamento. E depois a AD vai contar apenas com a abstenção do PS em todos os próximos orçamentos. Acho que o Chega vai continuar a ser um partido do contra, como foi a APU/PCP do Álvaro Cunhal. Não é habitual os partidos dos extremos terem outro tipo de discurso. Mas se o Chega se abstivesse nos orçamentos da AD, acho que seria uma jogada mais inteligente, porque mostrava-se mais responsável, mas não estou à espera que o faça. O André podia ter mudado de grupo do parlamento europeu e optou por continuar no grupo mais extremista da direta. Ele vai continuar a ser radical.

O que vai mudar é que o André Ventura vai ter mais tempo para falar na Assembleia da República, mas pouca gente vê isso, e o último debate das legislativas vai ser com ele e não com o líder do PS. Mas talvez as televisões alterem o formato dos debates, para que os debates entre PS e Chega, e entre PS e PSD, tenham também mais tempo, porque apesar de o PS ter ficado com menos deputados do que o chega continua à frente em percentagem e número de votos.

Uma coisa que acho que devia mudar era o Ricardo Araújo Pereira também receber gente do Chega no programa dele. Acho que não faz sentido não os receber, é injusto, porque recebe todos os outros, e isso até acaba por ajudar a narrativa do Chega. Mas daqui a quatro anos quando forem as próximas eleições talvez o programa dele já não exista.
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 28/5/2025 21:06

Tenho muita curiosidade para ver a evolução do cenário político em Portugal. A partir de agora o Chega deixa de ser um partido de protesto. Com o "não é não" de Montenegro, os portugueses sabiam do que um voto no Chega não era mais que um voto na berraria, mas com o novo cenário, quem votar no Chega no futuro estará a votar para um governo do Chega. Veremos se será isso que limitará o crescimento desse "partido", ou não. Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS. Como se comportarão a partir de agora as redacções, que andaram com o Chega ao colo quando se pensava que o PSD acabaria engolido pela extrema-direita? Era o sonho molhado do PS, engordar o Chega à custa do PSD e do CDS, para obrigar o eleitorado do centro e centro-direita ao voto útil no PS. Assim o PS nunca mais perdia uma eleição legislativa. Tramaram-se.

Quanto a quem a AD deve privilegiar, usaria mais o termo sobre quem é que a AD deve carregar. O PS não está em condições de continuar a vetar o programa da AD, nem a AD deve ter pena nenhuma do PS. A AD tem a responsabilidade de ter um país para tirar da decadência, porque se falhar, é o Chega que vai ganhar a seguir, ficando o regime na mão de cavalgaduras como o Ventura e o Milhão. Portanto, não há tempo a perder, há que mostrar serviço.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 11:18

O PSD e o PS vão provavelmente fazer agora aquilo que eu achava que deviam ter feito depois das eleições passadas. Mas compreendo que fosse difícil para alguém como o Pedro Nuno Santos fazer isso. Perdeu por poucochinho, sempre foi um menino mimado e nunca gostou do Montenegro, acho que era normal querer a desforra.

Acho possível que o PS com o José Luís Carneiro deixe a AD privatizar totalmente a TAP. Ele parece mais próximo das ideias do António Costa e o António Costa chegou a admitir privatizar totalmente a TAP.

Para a AD as eleições foram vantajosas, porque afastaram o Pedro Nuno Santos e vai provavelmente poder governar como quer.

Ricardo Costa: “Vamos continuar a ser um país estável. PS e PSD ainda retém a maioria e vão trabalhar juntos”
https://sicnoticias.pt/podcasts/the-hea ... s-6cd26289



Antonio Costa admite privatizar totalidade do capital da TAP
https://rr.pt/noticia/politica/2023/09/ ... hatgpt.com
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 10:47

Falta uma eleição para o Chega do Ventura igualar a APU do Cunhal, com três eleições seguidas com 18% ou mais votos, mas já conseguiu um resultado superior ao da APU e vai conseguir ficar em segundo lugar em número de deputados, algo que a APU nunca conseguiu



Resultados do PCP em Legislativas com Álvaro Cunhal como líder (1975–1991):

1. Eleições para a Assembleia Constituinte – 25 de Abril de 1975
• Votos: 737.586
• Percentagem: 12,52%
• Lugar: 3.º partido mais votado
• Mandatos: 30

2. Legislativas de 1976 (primeiras após a Constituição)
• Votos: 792.424
• Percentagem: 14,56%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 40 (melhor resultado de sempre do PCP em mandatos)

3. Legislativas de 1979 (Aliança da CDU com a APU – Aliança Povo Unido)
• Votos: 721.426
• Percentagem: 18,80%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 47
• Aqui o PCP concorreu em coligação com o MDP/CDE.

4. Legislativas de 1980 (ainda com a APU)
• Votos: 827.675
• Percentagem: 18,80%
• Mandatos: 47
• Resultado semelhante ao de 1979, o que foi um sucesso.

5. Legislativas de 1983
• Votos: 730.653
• Percentagem: 18,00%
• Mandatos: 44
• APU ainda ativa, mas começa a mostrar algum desgaste.

6. Legislativas de 1985
• Votos: 663.788
• Percentagem: 15,46%
• Mandatos: 38
• Queda relevante com o crescimento do PRD.

7. Legislativas de 1987
• Votos: 540.738
• Percentagem: 12,18%
• Mandatos: 31
• Forte queda — auge do PSD de Cavaco Silva.

8. Legislativas de 1991 (últimas com Cunhal na liderança)
• Votos: 445.180
• Percentagem: 8,84%
• Mandatos: 17
• Resultado muito baixo — sinal claro da necessidade de renovação.



Resumo:
• Melhor resultado: 18,80% em 1979 e 1980 (coligação APU)
• Pior resultado com Cunhal: 8,84% em 1991
• Tendência: Crescimento forte após o 25 de Abril, pico em 1980, declínio a partir de 1985 com o fim do ciclo revolucionário e ascensão do centrismo.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 26/5/2025 8:17

A questão não são os 500 mil euros , é algo profundo que os portugueses nem sabem ,foi um estrangeiro que esteve no Brasil e me alertou ,
tenho pena de quem sofre , mas Portugal está a ser o destino , livre circulação entre países onde tem estado social e outros não , é lógico há só um caminho .

« Uma confusão envolvendo o cão Tedy, a companhia aérea TAP, um oficial de justiça, a Polícia Federal brasileira e uma passageira que pretendia voar com um cão na cabina junto a si provocou sábado o cancelamento de um voo do Rio de Janeiro para Lisboa. A empresa aérea optou por cancelar o voo para não ter de cumprir uma ordem judicial que a obrigava a levar o cão junto à dona. Isso pode ter custado mais de meio milhão de euros à TAP. Só em bilhetes, e ao custo apresentado ontem no site da companhia (1159 € por uma viagem em económica e 2486 € em executiva), ‘voaram’ 393 mil €. Acresce alojamento e alimentação aos quase 300 passageiros e o suposto regresso do avião vazio a Portugal.

Tedy é um cão de serviço especializado no suporte emocional a uma menina de 12 anos que sofre de espetro autista e vive em Lisboa há mês e meio.
A menina, separada do animal há várias semanas, piorou bastante nesse período (e até o cão perdeu 5 kg), e a irmã, Hayanne, depois da recusa da TAP em transportar o animal a 8 de abril, quando o resto da família viajou, conseguiu autorização judicial que obriga a TAP a deixar levar o cão a seu lado, pois o animal é demasiado sensível para viajar tantas horas isolado no compartimento de carga, como a companhia aérea propôs.
“Preciso levar o Tedy até à minha irmã. Ela está mal,
muito stressada”, contou Hayanne, enquanto representantes da TAP enfrentavam a Polícia Federal e o oficial de justiça, recusando cumprir a ordem do juiz. O gestor da empresa aérea portuguesa no aeroporto na tarde de sábado foi autuado pela Polícia Federal, mas a empresa manteve-se irredutível e cancelou o voo para não cumprir a ordem do juiz. Para piorar a situação, o certificado de vacinação internacional que permitia a ida de Tedy do Brasil para Portugal e que foi emitido em abril perdeu a validade ontem e a família do cão vai ter de recomeçar todo o processo burocrático.
Contactada pelo CM, a TAP disse que a “prioridade número 1 da companhia será sempre a segurança de passageiros e tripulações”. Por isso, a ordem judicial das autoridades brasileiras apresentada pela dona de Tedy “violaria o manual de operações da companhia, aprovado pelas autoridades competentes, e colocaria em risco a segurança a bordo”. Desta forma, sustenta fonte oficial da companhia aérea nacional, “o voo a partir do Aeroporto do Rio de Janeiro foi cancelado”. “Foram dadas alternativas de transporte para o animal, não aceites pelo tutor. A pessoa que necessita do apoio do cão não estava no voo, e o animal iria acompanhado por uma passageira que não necessita do mesmo. A TAP lamenta a situação, que lhe é alheia, mas nunca poremos em causa a segurança dos passageiros, nem mesmo por ordem judicial”, concluiu a mesma fonte oficial.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 17:24

Em relação à TAP, ainda não é claro que a AD não possa privatizar totalmente a TAP.
O chega e o ps de Pedro Nuno Santos eram contra, mas o José Luís Carneiro que provavelmente será o próximo líder do ps, ainda nunca disse que era contra. Ele é mais próximo do centro e do psd que o Pedro Nuno Santos. Nao sei se vai aceitar ou não.

PSD elogia "moderação" de José Luís Carneiro para atacar PS liderado por Pedro Nuno
Hugo Soares considerou que a "posição sensata" de José Luís Carneiro é "muito diferente" da dos "protagonistas do PS".
07 de janeiro de 2025 às 17:53
https://www.cmjornal.pt/politica/amp/ps ... pedro-nuno
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 16:20

ASimoes Escreveu:E a AD :-k vai juntar.se a quem !?! :


Pergunta um bocado ignorante tendo em conta que o governo anterior da AD foi minoritário e que a grande maioria dos governos em Portugal foram minoritários (com maioria relativa e não absoluta).
O que vai acontecer foi o que aconteceu no governo anterior da AD até ao Pedro Nuno Santos ter tido a infeliz ideia de votar contra a moção de confiança do governo em vez de se abster. E provavelmente o PS e o chega não se vão juntar tantas vezes para aprovar medidas contra a AD como aconteceu na legislatura passada com o Pedro Nuno Santos.
A AD vai provavelmente governar confortavelmente (a não ser q exista algum escândalo judicial a envolver o primeiro ministro), em princípio só não vai conseguir privatizar totalmente a TAP, o resto vai provavelmente fazer quase tudo o que quer.
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Re: Políticas para Portugal

por ASimoes » 25/5/2025 15:34

8-) Adorei :idea: :!:
E a AD :-k vai juntar.se a quem !?! Acho q depende do eleito Socialista :!: :clap:
pois, "quem nao sabe, é como quem, nao lê!"
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 12:37

O Chega vai ficar atrás do PS em percentagem e número de votos, mas provavelmente vai ultrapassá-lo em número de deputados, graças aos deputados da emigração. Justo ou injusto?


A tua pergunta vai ao cerne do debate democrático. Se é justo ou não que um partido fique com mais deputados tendo menos votos, por causa dos círculos da emigração, depende da visão que temos de representatividade e igualdade de voto. Vou dar-te uma resposta honesta e equilibrada.



Ponto de vista a favor (pró-justiça)
1. Todos os cidadãos devem ser representados, independentemente de viverem em Portugal ou fora.
• Os emigrantes pagam impostos, enviam remessas, mantêm ligação ao país.
• Os círculos da Europa e Fora da Europa garantem que os seus interesses não sejam ignorados.
2. As regras são claras e iguais para todos.
• Os partidos concorrem sabendo que há 4 deputados da emigração.
• Se um partido se esforça para mobilizar o voto emigrante e tem sucesso, é legítimo que beneficie disso.
3. A representatividade não é apenas numérica, mas também geográfica e simbólica.
• O Parlamento representa o país e a diáspora — não é só uma questão de contar votos, mas de refletir todas as realidades.



Ponto de vista contra (injustiça percebida)
1. O peso do voto emigrante é desproporcional.
• Em 2022, menos de 200 mil pessoas votaram na emigração — e mesmo assim elegem 4 deputados.
• Em círculos como Lisboa, são precisos dezenas de milhares de votos por deputado, enquanto fora da Europa basta uma fração disso.
2. Pode alterar o resultado global de forma artificial.
• Um partido pode ganhar mais deputados sem ganhar mais votos nacionais, como pode acontecer agora com o Chega.
• Isso distorce a vontade da maioria dos votantes residentes, que são a esmagadora maioria.
3. A abstenção entre emigrantes é altíssima.
• O sistema atual dá poder político a círculos onde há muito pouca participação.
• Isso reduz a legitimidade democrática desses mandatos.



A minha análise final

Tecnicamente, é justo — porque está dentro das regras.
Mas politicamente, pode ser sentido como injusto — porque distorce a perceção de igualdade entre os votos.

Se queremos corrigir isso, há duas soluções possíveis:
• Reduzir o número de deputados da emigração (por exemplo, de 4 para 2).
• Integrar os votos emigrantes num círculo nacional, eliminando a sua vantagem desproporcional.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 24/5/2025 18:20

A N-VA defende o nacionalismo flamengo (maior autonomia ou independência para a Flandres),
políticas económicas liberais/conservadoras,
uma abordagem restritiva à imigração e firme na integração cultural,
uma postura crítica da União Europeia em certos aspetos


Para a esquerda isto era fascismo , basta ir ler jornais belga com 10 anos , VB , defende quase o mesmo mas é mais violento no discurso .
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 24/5/2025 14:08

Em relação à Bélgica

A nível nacional, ou seja, nas eleições federais belgas, o Vlaams Belang (VB) — partido de extrema-direita flamengo — ainda nunca foi o partido mais votado no país inteiro, mas tem tido grandes vitórias na região da Flandres, onde já foi o partido mais votado.

Contudo, mesmo quando teve resultados muito fortes, nunca conseguiu entrar no governo federal, porque:
1. Os partidos tradicionais mantêm um “cordão sanitário” contra o VB — um acordo tácito para nunca fazer coligações com a extrema-direita.
2. A Bélgica tem um sistema altamente fragmentado, com muitos partidos e uma divisão clara entre os partidos flamengos e francófonos.
3. É quase impossível governar sem apoios de ambos os lados linguísticos (Flandres e Valónia), e o VB só tem expressão na Flandres.

Resumo:
• O partido de extrema-direita nunca ganhou a nível nacional (no total de votos no país).
• Mesmo quando venceu na Flandres, não conseguiu governar por causa do isolamento político.

É um caso que muitos em Portugal apontam como exemplo para lidar com o Chega: ganhar força eleitoral não chega, se os outros partidos se recusarem a dar-lhe poder.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 24/5/2025 13:24

Não sabemos, na minha vida já ouvi de todo sobre os políticos mais a direita , fim das liberdades , ditadura de toda a imprensa e dos partidos ditos normais

Bélgica De Wever do N-VA durante muito temo foi vilipendiado de toda forma hoje é primeiro ministro na Bélgica e o seu partido comanda a coligação , os meus amigos mesmos o que estavam com medo dizem-me que a Bélgica continua a ser uma democracia.

Em Itália a mesma história tanto que em jornais na Europa era o fim com a extrema direita ,já estive em Itália não dei por nada nem os italianos ,

Em França há 3 partidos que defendem a via armada para tomar o poder 2 de extrema esquerda e 1 de extrema direta , destes tenho medo dos outros durmo bem .
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 24/5/2025 12:24

Concluindo, o Chega pode governar se ganhar as eleições e tiver o apoio do PSD. Mas acho pouco provável que isso aconteça, a não ser que haja um escândalo e o Montenegro se demita.

Mesmo que o Montenegro se demita durante a próxima legislatura, não tenho a certeza que o governo caia, porque o próximo presidente da república que será provavelmente o Gouveia e Melo pode dar ao PSD a oportunidade de escolher outro primeiro ministro, como aconteceu quando o Sampaio deixou o Santana Lopes ser primeiro ministro. Ainda não se sabe o que ele pensa sobre isso, mas sabe-se que ele não simpatiza com o Chega e provavelmente não lhes vai facilitar a vida.



O Pedro Nuno Santos pensou mais nele do que no partido. Teria sido melhor (e ainda é) deixar o governo da AD durar os quatro anos e esperar que o Chega perca força depois do Trump.


O núcleo duro do PS tentou convencer Pedro Nuno Santos a viabilizar a moção de confiança do governo através da abstenção, para evitar eleições antecipadas. No entanto, o secretário-geral manteve a decisão de votar contra.

https://amp.sicnoticias.pt/pais/2025-05 ... s-2d08ce89
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 24/5/2025 9:09

Até agora (maio de 2025), não há exemplos de coligações formais entre o PPE (Partido Popular Europeu) e o grupo Patriotas pela Europa quando o PPE lidera eleições a nível nacional. No entanto:

Quando o PPE vence:
Governa com partidos do centro-direita, liberais (Renew Europe) ou sociais-democratas (S&D).

Evita coligações com a extrema-direita, incluindo partidos do grupo Patriotas pela Europa.

Exemplo:

Alemanha: CDU (PPE) recusa coligações com AfD (Patriotas pela Europa).

Suécia: Moderados (PPE) aceitam apoio externo dos Democratas Suecos, mas sem os incluir no governo.

Quando Patriotas pela Europa vencem:
Precisam de parceiros para governar, geralmente do centro-direita (PPE ou similares).

Estão dispostos a moderar posições para conseguir alianças.

Exemplo:

Países Baixos: PVV (Patriotas) forma governo com apoio de partidos PPE e outros, depois de abdicar de propostas radicais.

Conclusão:
PPE governa sozinho ou com o centro, não com a extrema-direita.

Patriotas pela Europa só chegam ao governo com apoio ou concessões ao centro-direita.

Isto mostra uma assimetria nas coligações: o centro evita a extrema-direita, mas a extrema-direita precisa do centro para governar — exceto na Hungria, onde governa sozinha com maioria
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 24/5/2025 8:44

Com base no critério de considerar como extrema-direita apenas os partidos que integram o grupo Patriotas pela Europa no Parlamento Europeu, atualmente (maio de 2025), os países da União Europeia onde tais partidos participam no governo nacional são:

Hungria
Partido no governo: Fidesz (Viktor Orbán)

Posição no governo: Partido líder do governo

Observações: O Fidesz, liderado por Viktor Orbán, é o partido dominante na Hungria desde 2010. Em julho de 2024, o Fidesz integrou o grupo Patriotas pela Europa, após sair do Partido Popular Europeu (PPE).

Países Baixos
Partido no governo: Partido para a Liberdade (PVV) (Geert Wilders)

Posição no governo: Membro dominante da coligação governamental

Observações: O PVV, liderado por Geert Wilders, venceu as eleições legislativas de 2023 e lidera uma coligação governamental. Embora Wilders não seja o primeiro-ministro, o PVV tem uma influência significativa no governo.

Itália
Partido no governo: Liga (Matteo Salvini)

Posição no governo: Parceiro minoritário na coligação governamental

Observações: A Liga, liderada por Matteo Salvini, integra o governo italiano como parceiro minoritário. O partido é membro do grupo Patriotas pela Europa desde julho de 2024.


Em outros países, como França, Áustria e Portugal, partidos membros do grupo Patriotas pela Europa têm representação parlamentar significativa, mas atualmente não participam no governo nacional.



O PVV de Geert Wilders teve de abdicar de várias propostas radicais para entrar no governo dos Países Baixos em 2024:

❌ Propostas abandonadas:
Banir mesquitas e o Alcorão

Proibir véus islâmicos (burca, niqab)

Referendo sobre saída da UE (Nexit)

Wilders abdicou de ser primeiro-ministro
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 19/5/2025 12:41

Muita gente anda a dormir os partidid tipo Chega ganharia facilmente se tivessem quadros capazes , mesmo os que votas tem dúvidas como eles poderiam governar ,mas …

Um dia perto de si

Isto não é numa capital é numa cidade de província.

“ À medida que a polícia se aproximava, por volta das 23h20, cerca de trinta indivíduos surgiram em direção à patrulha, cercando-a e depois jogando projéteis em direção aos policiais. Encurralados, os policiais usaram granadas de gás lacrimogêneo e desencercamentos…”

Hoje o medo está com a polícia na Europa , o medo tem de ser do criminoso , não mudem e veremos como tudo vai acabar …
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 19/5/2025 11:17

Masterchief Escreveu:
previsor Escreveu:
Mas na prática nada muda porque o Chega não vai governar.



Cuidado... eu também já pensei assim mas neste momento começo a crer que mais dia menos dia vamos ter o Chega a governar. Infelizmente... mas é isso que os políticos, principalmente os de esquerda mas não só, ainda não entenderam bem...


Pesquisa na Europa. Os partidos de extrema direita são frequentemente impedidos de chegar ao poder. Mesmo quando vencem eleições não governam porque os partidos de centro direita e centro esquerda juntam-se para impedir isso. Nao há quase nenhum governo de extrema direita na Europa. Para conseguirem governar teriam de ter mais de 50% dos votos, o que é extremamente difícil em países em que há muitos partidos como é o caso de Portugal ou então dependeriam da ajuda de partidos como o PSD, algo que só aconteceria se o PS se afastasse muito do centro. No entanto, o próximo líder do PS será mais próximo do PSD e não tão radical como Pedro Nuno Santos. Foi esse o erro do PS. Aliou-se mais vezes ao chega que ao psd no parlamento.
Ter havido eleições já e nesta altura com o Trump no poder foi estupido para o PS. O Pedro Nuno Santos meteu o ego dele á frente e não viu que era muito improvável ganhar as eleições. Um primeiro ministro que não se demitiu nunca perdeu eleições em Portugal e o mundo está inclinado para a direita neste momento.

Acho que não vai haver eleições tão cedo agora. O PS percebeu o erro que cometeu e desta vez não vai juntar-se ao chega no parlamento como o Pedro Nuno Santos fez para aprovar medidas no parlamento.

O crescimento do Chega é compreensível, tendo em conta a qualidade dos actuais líderes do PS e do PSD e os casos em que se envolvem, e o nível pobre da campanha eleitoral. O primeiro ministro nunca explicou qual era a vantagem de uma maioria absoluta ou de uma maioria com a IL A grande vantagem era a privatização total da TAP, mas talvez por falta de coragem ninguém falou do assunto.

Acho que talvez seja engraçado as eleições autárquicas e ver as pessoas do chega a governar algumas câmaras do país
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