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Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por previsor » 3/6/2025 21:01

A legislatura começou de maneira bem diferente da anterior

Nova legislatura. Aguiar-Branco reeleito presidente da Assembleia da República
https://www.rtp.pt/noticias/politica/no ... g_rewarded

Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, falha eleição para vice-presidente da Assembleia da República
https://www.cmjornal.pt/politica/amp/di ... -republica
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 3/6/2025 0:36

O que diz a Constituição?

Artigo 172.º – Dissolução da Assembleia da República

“Compete ao Presidente da República dissolver a Assembleia da República, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado.
A dissolução não pode ter lugar nos seis meses posteriores à eleição da Assembleia, nos últimos seis meses do mandato presidencial, nem durante o estado de sítio ou de emergência.”

Não menciona a composição da maioria como critério. A decisão de dissolver é discricionária, dentro de limites temporais e formais (ouvir os partidos e o Conselho de Estado).



Interpretação de Gouveia e Melo

Na entrevista de 2 de junho de 2025:
• Gouveia e Melo criticou a dissolução feita por Marcelo quando o PS ainda tinha maioria absoluta.
• Disse que não teria dissolvido nesse caso porque havia estabilidade parlamentar.
• Sobre Montenegro, admite a possibilidade de dissolver mesmo tendo sido recentemente eleito, porque não tem maioria e pode haver “novos desenvolvimentos” no caso Spinumviva.

Ou seja, ele está a usar o argumento político da “maioria absoluta” como critério de estabilidade, mas isso não está consagrado na Constituição — é uma opção pessoal e interpretativa, não uma obrigação legal.



Conclusão
• A Constituição não fala de maiorias absolutas ou relativas como critério para dissolução.
• A dissolução é uma faculdade política do Presidente, mas não automática nem baseada em regras de maioria.
• Gouveia e Melo parece aplicar um critério de estabilidade com base na maioria, mas essa escolha é política e subjetiva, não constitucional.
• Portanto, há incoerência se ele diz que “não se deve dissolver com maioria” num caso (Costa), mas admite dissolver num governo recém-eleito sem maioria (Montenegro), quando a Constituição não impõe nenhuma dessas distinções.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 3/6/2025 0:17

Isto parece contraditório.
Na entrevista concedida hoje à TVI e à CNN Portugal, Henrique Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República, abordou a possibilidade de dissolver o Parlamento caso ocorram “desenvolvimentos extraordinários” que afetem gravemente a reputação do primeiro-ministro Luís Montenegro, especialmente no âmbito do caso Spinumviva. 

Gouveia e Melo destacou que, embora o país tenha reconfirmado Montenegro no cargo nas últimas eleições legislativas, já com conhecimento sobre o caso Spinumviva, essa decisão deve ser respeitada. No entanto, enfatizou que, se surgirem novos elementos que comprometam seriamente a reputação do primeiro-ministro, a dissolução do Parlamento deverá ser reconsiderada. 

Além disso, Gouveia e Melo expressou discordância em relação à decisão do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas em 2023, após a demissão de António Costa, numa altura em que o PS detinha maioria absoluta. Ele argumentou que a Constituição não exige a dissolução da Assembleia da República em casos como a não aprovação do Orçamento do Estado, sugerindo que essa medida deve ser reservada para situações de gravidade excecional.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 3/6/2025 0:05

Questionado sobre convidar o ex-líder para mandatário nacional, o almirante acaba por dizer que “daria posse a André Ventura” como primeiro-ministro se ele tiver votos para isso: “Rui Rio não é André Ventura. Rui Rio é uma pessoa que não está na política ativa. Situa-se ao centro que é a minha área. Tenho grande afinidade com Rui Rio. André Ventura situa-se num outro extremo do espectro político, com o qual não tenho afinidade. No entanto, também tenho de dizer de forma clara que, se o povo o eleger e ele tiver condições para governar, terá de ser governo como qualquer outro

https://observador.pt/liveblogs/parlame ... try-713035
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 2/6/2025 17:52




Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus

Um dos problemas da politica actual é o sexismo instalado. Os partidos mainstream para além de racistas com os brancos são femistas. As jovens acham que não chega com o que recebem destes partidos e que ainda devem ter mais regalias... :wall:

Os jovens do sexo masculino começam agora a acordar para aas consequências que vão pagar no futuro. São ostracizados nas escolas, nas empresas, no sector publico e na sociedade. A próxima geração não vai ter acesso a cargos de poder.

O pior é que existe uma probabilidade crescente de serem recrutados para uma guerra provocada pelos mesmos que lhes estão a roubar direitos fundamentais.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 2/6/2025 17:15

Pedro Nuno Santos assume “para já” mandato de deputado no Parlamento
https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/pedro-n ... parlamento


Se calhar é para fazer sombra ao próximo presidente do ps e daqui a uns anos candidatar-se de novo à liderança. A subvenção não parece ser o motivo porque já tem direito a ela.

O que diz a lei?

A Lei n.º 52-A/2005, de 10 de outubro, que revogou a subvenção mensal vitalícia para novos titulares de cargos políticos, determina que:

“Mantêm o direito à subvenção aqueles que tenham exercido funções durante 12 anos, consecutivos ou interpolados, iniciados antes da data de entrada em vigor da lei, mesmo que atinjam esse tempo mais tarde.”

Ou seja: quem já tinha iniciado funções políticas antes de outubro de 2005 e, ao longo dos anos, venha a completar os 12 anos de serviço elegível, mantém o direito à subvenção vitalícia.



E no caso de Pedro Nuno Santos?
• Início de funções como deputado: 10 de março de 2005
• Data da extinção da subvenção para novos casos: 10 de outubro de 2005
• Conclusão:
Pedro Nuno Santos iniciou funções antes da revogação, logo integra o grupo de exceção.

Se atingir 12 anos de tempo de serviço parlamentar (consecutivo ou não), tem direito à subvenção vitalícia.



Observações:
• O tempo em funções governativas (como ministro ou secretário de Estado) também conta para os 12 anos.
• A idade mínima para começar a receber é 55 anos.
• A subvenção não é automática — o interessado tem de requerê-la.
Editado pela última vez por previsor em 3/6/2025 11:06, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 2/6/2025 13:35

O Sócrates disse ontem numa entrevista à CNN que não teria feito a geringonça e que devia governar quem ganha eleições. Mas depois do Costa fazer a geringonça, outros países copiaram. Ele foi o primeiro. Talvez por isso foi para o Conselho Europeu.

A geringonça mais “geringonçada” foi talvez na Suécia em 2022. Ganhou o centro esquerda, a extrema direita ficou em segundo e dois partidos de centro direita em terceiro e quarto.
Quem governa são os de centro direita com o apoio da extrema direita fora do governo.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 2/6/2025 12:42

PMP69 Escreveu:Concordo que andam muitos parasitas à sua volta, mas se não perceberam, já deviam ter percebido, que quem vai mandar é ele, e não me parece que vá ceder a quaisquer interesses.

Pedro


Ele não era para ser candidato, foi convencido a isso. Na maioria das vezes que falou foi a ler o teleponto. É provável que diga coisas que outros lhe dizem para dizer. Com o tempo vai ganhar à-vontade, mas neste momento parece depender de outros e provavelmente não teria sido candidato se não tivessem ido atrás dele.

"Quando eu digo não é não." Gouveia e Melo afasta candidatura à presidência
https://rr.pt/noticia/amp/politica/2023 ... ia/331902/
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 2/6/2025 12:22

Rui Moreira é o atual presidente da câmara municipal do Porto e esteve presente na candidatura

Apoiantes ligados ao PSD:
1. Rui Rio – ex-líder do PSD e mandatário nacional da candidatura
2. Alberto João Jardim – ex-presidente do Governo Regional da Madeira (PSD)
3. Ângelo Correia – ex-ministro da Administração Interna (PSD) e figura histórica do partido
4. Adão Silva – ex-líder parlamentar do PSD
5. Carlos Carreiras – presidente da Câmara Municipal de Cascais (PSD)
6. António Capucho – ex-presidente da Câmara de Cascais, ex-ministro e militante do PSD
7. António Martins da Cruz – ex-ministro dos Negócios Estrangeiros (PSD)
8. André Pardal – conselheiro nacional do PSD



Apoiantes de fora do PSD ou independentes:
1. Isaltino Morais – presidente da Câmara Municipal de Oeiras (independente, ex-PSD)
2. Francisco Rodrigues dos Santos – ex-líder do CDS
3. Melo Gomes – almirante, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada
4. Francisco George – ex-diretor-geral da Saúde
5. António Nogueira Leite – economista, ex-secretário de Estado (governos do PSD e do CDS), próximo do centro-direita mas tecnocrata
6. Rui Moreira – presidente da Câmara Municipal do Porto
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 2/6/2025 10:50

Concordo que andam muitos parasitas à sua volta, mas se não perceberam, já deviam ter percebido, que quem vai mandar é ele, e não me parece que vá ceder a quaisquer interesses.

Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 2/6/2025 10:34

Dos apoiantes de Gouveia e Melo não se aproveita um. Tem gente muito pouco recomendável (o dono da TVI, por exemplo) e resmas de políticos velhos e/ou fora de prazo, que já não contam para nada nos partidos porque perderam várias eleições, juntando-se agora à "corte" do "Almirante" para tirar desforço a partir de Belém. Se isto é renovação, vou ali e já venho.

Não conheço a pessoa, não faço juízos de valor sobre as suas intenções, no entanto, Gouveia e Melo está muito mal acompanhado. Começou pessimamente, e a partir daqui desconfio que só vai desfazer as ilusões de quem nele projectou tudo e mais alguma coisa.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 1/6/2025 13:09

O Gouveia e Melo assume-se como centrista, entre a esquerda do PS e a direita do PSD. No entanto, escolheu o Rui Rio como mandatário da candidatura e na apresentação de candidatura só estavam figuras do centro direita e nenhuma do centro esquerda, apesar de ter participado no governo do António Costa. Talvez ganhe à primeira volta. Muita gente vai votar nele desconhecendo as suas preferências políticas
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 31/5/2025 15:51

“ Tal­vez seja neces­sá­rio olhar para tudo de forma dife­rente, tra­tando a eco­no­mia à maneira de um regime polí­tico. Gis­card disse Já na década de 1970 que um país onde os gas­tos públi­cos repre­sen­ta­riam mais de 40% do PIB seria de facto um país soci­a­lista. Esta­mos agora em 58%. Tam­bém conhe­ce­mos a piada de Gor­ba­chev: a França seria um país comu­nista de sucesso. Pode­mos real­mente falar de sucesso? Mas a casta vam­pi­ri­zante não sabe mais nada.

Pro­pus a ideia de que existe uma NEP (nova polí­tica eco­nó­mica, Nota do edi­tor) à maneira Fran­cesa. A eco­no­mia gira em torno de um setor público que está sem­pre em expan­são, mas tolera um setor pri­vado mais ou menos vasto, do qual pre­cisa para pro­du­zir a riqueza que pre­tende "redis­tri­buir". O empre­sá­rio, o arte­são, o tra­ba­lha­dor do sec­tor pri­vado são tra­ta­dos como um reba­nho a ser cei­fado regu­lar­mente. Não me atre­ve­ria a falar de escra­vi­dão fis­cal: qual­quer ver­dade não é boa para dizer.
Cha­me­mos-lhe o domí­nio do soci­a­lismo men­tal. Con­ven­cemo-nos de que a pros­pe­ri­dade indi­vi­dual é o sinal de uma dis­fun­ção colec­tiva. Um homem bem suce­dido é, antes de mais, um apro­vei­ta­dor que pode ser saque­ado de boa fé em nome da jus­tiça social. O imposto não se des­tina ape­nas a finan­ciar obras de inte­resse geral, mas a sua­vi­zar as rela­ções soci­ais, a equa­lizá – las à força-por­que a socie­dade seria natu­ral­mente igua­li­tá­ria, até ser dis­tor­cida pelo indi­vi­du­a­lismo mono­po­li­za­dor.
Revela-se aqui uma rela­ção com o dinheiro e, mais ampla­mente, com a pro­pri­e­dade pri­vada. Tome­mos o homem comum que tem uma vida bas­tante decente. Com­pre­en­deu há muito tempo que con­serva ape­nas uma parte redu­zida dos fru­tos do seu tra­ba­lho: é o famoso fosso entre a rede e o bruto que todos expe­ri­men­tam dolo­ro­sa­mente todos os meses. Ele está ros­nando, impor­tu­nando, arro­tando, mas enten­deu que não pode evi­tar e que, se gri­tar demais, vamos acusá-lo de falta de patri­o­tismo fis­cal. Feliz­mente, ele diz a si mesmo que o resto do seu dinheiro lhe per­tence, que fará com ele o que qui­ser. Sus­piro de alí­vio.
Mas é ver­dade? Teria ele a ideia de reti­rar uma boa quan­tia do banco ou do dis­tri­bui­dor que enten­de­ria que não. A conta dele está blo­que­ada e ele não tem a chave. Além disso, ele gos­ta­ria de fazer uma doa­ção a alguém pró­ximo de seus paren­tes que o estado colo­ca­ria suas gran­des patas nele para tomar sua parte – este é o imposto sobre doa­ções. E quando ele mor­rer, o estado con­ti­nu­ará a usar o seu cadá­ver. Ele mesmo se dá o direito de con­fis­car as eco­no­mias um dia. Se ele tem uma casa de campo, pode­mos obvi­a­mente ocupá-la legal­mente.
Mas o nosso homem quer ser de boa fé. É claro que está a ser saque­ada, mas tem bons ser­vi­ços gra­tui­tos. Mas está a men­tir a si pró­prio. Em pri­meiro lugar, por­que não são bons. Então, por­que eles não são livres. Nada é livre neste mundo, mesmo que o estado per­mita acre­di­tar nele e, assim, domes­ti­que as mas­sas, con­ven­ci­das de que lhe devem alguma coisa. Alguém paga sem­pre. Mesmo que os aju­dan­tes per­pé­tuos não o sai­bam. Eles esta­vam con­ven­ci­dos de que tinham o direito humano à pro­pri­e­dade de outras pes­soas. Todos eles aca­ba­rão por sugar os úbe­res do Estado de bem-estar social.
É então que o homem comum se torna um homem soci­a­lista refor­mado, com a sua pró­pria psi­co­lo­gia. O que pode ser feito para melho­rar a sua situ­a­ção? No velho mundo, ele res­pon­de­ria: tra­ba­lhar mais, pou­par mais, inves­tir de forma mais inte­li­gente. Mas quem falasse assim pas­sa­ria hoje por tolo. Em vez disso, pedirá ao estado que aumente o seu poder de com­pra, atra­vés de con­tro­los e outros con­tro­los. Con­ven­cemo-lo de que o estado podia fazer sem­pre mais. Ele nem ima­gina pedir-lhe para o dei­xar em paz. É assim que as pes­soas são anes­te­si­a­das.
Mas o que quer que pen­sem aque­les que sem­pre que­rem aumen­tar os impos­tos dos outros, o soci­a­lismo con­ti­nua a ser uma dou­trina de ladrões que dis­farça o seu res­sen­ti­mento como um desejo de igual­dade. A par­tir de um deter­mi­nado limiar, o imposto e os seus deri­va­dos enqua­dram-se no saque legal­mente auto­ri­zado. Alguns sonham com o espar­ta­quismo fis­cal, com uma greve dos pro­du­to­res. Mas não vai acon­te­cer. Durante muito tempo, o homem comum con­cor­dou em ser orde­nhado e cei­fado. Cha­ma­mos a esta comi­tiva de Soli­da­ri­e­dade.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/5/2025 14:51

Neftis Escreveu:Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS.


Carneiro diz que vantagem no número de votos mantém PS como segunda força política
:roll:

Este como bom socialista a cada 2 palavras 3 mentiras. :lol:
Os responsáveis por este sistema de voto mas agora já não gostam...
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 29/5/2025 14:06

Também está envolvida uma empresa com ligações a familiares de um ministro, mas não é dito se são funcionários ou donos

Buscas da PJ envolvem empresa com ligações a cunhado e irmão do ministro Leitão Amaro

Em declarações à SIC Notícias, ministro da Presidência confirma ter conhecimento de que uma empresa com ligações à família concorreu a concursos públicos na área do combate aos incêndios.

https://amp.sicnoticias.pt/pais/2025-05 ... o-8e7a2c84
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 29/5/2025 11:19

Uma empresa de um dos principais financiadores do Chega está a ser alvo de buscas

Cartel dos helicópteros de combate aos incêndios leva PJ a fazer buscas na Força Aérea

Polícia Judiciária está a realizar buscas em várias zonas do País numa investigação sobre suspeitas de corrupção na contratação de meios aéreos. Empresas e gestores são outros alvos.

Empresas como a Helibravo, HTA Helicópteros, Heliportugal e Helifly estarão entre os alvos das buscas, assim como a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a entidade reguladora do setor da aviação, segundo apurou o Now.

https://www.sabado.pt/portugal/amp/cart ... orca-aerea


Os empresários na retaguarda de André Ventura
João Maria Bravo, dono do grupo Sodarca, lidera o fornecimento de armas, munições, tecnologia e equipamento militar ao Estado, Forças Armadas e de Segurança. É também o dono da Helibravo, empresa com frota de helicópteros utilizados no combate aos incêndios.
https://amp.expresso.pt/politica/2020-0 ... re-Ventura
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 23:32

Não acho que vá mudar grande coisa. Acho que o André Ventura vai acabar por se desentender com o Montenegro para poder votar contra o Orçamento. E depois a AD vai contar apenas com a abstenção do PS em todos os próximos orçamentos. Acho que o Chega vai continuar a ser um partido do contra, como foi a APU/PCP do Álvaro Cunhal. Não é habitual os partidos dos extremos terem outro tipo de discurso. Mas se o Chega se abstivesse nos orçamentos da AD, acho que seria uma jogada mais inteligente, porque mostrava-se mais responsável, mas não estou à espera que o faça. O André podia ter mudado de grupo do parlamento europeu e optou por continuar no grupo mais extremista da direta. Ele vai continuar a ser radical.

O que vai mudar é que o André Ventura vai ter mais tempo para falar na Assembleia da República, mas pouca gente vê isso, e o último debate das legislativas vai ser com ele e não com o líder do PS. Mas talvez as televisões alterem o formato dos debates, para que os debates entre PS e Chega, e entre PS e PSD, tenham também mais tempo, porque apesar de o PS ter ficado com menos deputados do que o chega continua à frente em percentagem e número de votos.

Uma coisa que acho que devia mudar era o Ricardo Araújo Pereira também receber gente do Chega no programa dele. Acho que não faz sentido não os receber, é injusto, porque recebe todos os outros, e isso até acaba por ajudar a narrativa do Chega. Mas daqui a quatro anos quando forem as próximas eleições talvez o programa dele já não exista.
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 28/5/2025 21:06

Tenho muita curiosidade para ver a evolução do cenário político em Portugal. A partir de agora o Chega deixa de ser um partido de protesto. Com o "não é não" de Montenegro, os portugueses sabiam do que um voto no Chega não era mais que um voto na berraria, mas com o novo cenário, quem votar no Chega no futuro estará a votar para um governo do Chega. Veremos se será isso que limitará o crescimento desse "partido", ou não. Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS. Como se comportarão a partir de agora as redacções, que andaram com o Chega ao colo quando se pensava que o PSD acabaria engolido pela extrema-direita? Era o sonho molhado do PS, engordar o Chega à custa do PSD e do CDS, para obrigar o eleitorado do centro e centro-direita ao voto útil no PS. Assim o PS nunca mais perdia uma eleição legislativa. Tramaram-se.

Quanto a quem a AD deve privilegiar, usaria mais o termo sobre quem é que a AD deve carregar. O PS não está em condições de continuar a vetar o programa da AD, nem a AD deve ter pena nenhuma do PS. A AD tem a responsabilidade de ter um país para tirar da decadência, porque se falhar, é o Chega que vai ganhar a seguir, ficando o regime na mão de cavalgaduras como o Ventura e o Milhão. Portanto, não há tempo a perder, há que mostrar serviço.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 11:18

O PSD e o PS vão provavelmente fazer agora aquilo que eu achava que deviam ter feito depois das eleições passadas. Mas compreendo que fosse difícil para alguém como o Pedro Nuno Santos fazer isso. Perdeu por poucochinho, sempre foi um menino mimado e nunca gostou do Montenegro, acho que era normal querer a desforra.

Acho possível que o PS com o José Luís Carneiro deixe a AD privatizar totalmente a TAP. Ele parece mais próximo das ideias do António Costa e o António Costa chegou a admitir privatizar totalmente a TAP.

Para a AD as eleições foram vantajosas, porque afastaram o Pedro Nuno Santos e vai provavelmente poder governar como quer.

Ricardo Costa: “Vamos continuar a ser um país estável. PS e PSD ainda retém a maioria e vão trabalhar juntos”
https://sicnoticias.pt/podcasts/the-hea ... s-6cd26289



Antonio Costa admite privatizar totalidade do capital da TAP
https://rr.pt/noticia/politica/2023/09/ ... hatgpt.com
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 28/5/2025 10:47

Falta uma eleição para o Chega do Ventura igualar a APU do Cunhal, com três eleições seguidas com 18% ou mais votos, mas já conseguiu um resultado superior ao da APU e vai conseguir ficar em segundo lugar em número de deputados, algo que a APU nunca conseguiu



Resultados do PCP em Legislativas com Álvaro Cunhal como líder (1975–1991):

1. Eleições para a Assembleia Constituinte – 25 de Abril de 1975
• Votos: 737.586
• Percentagem: 12,52%
• Lugar: 3.º partido mais votado
• Mandatos: 30

2. Legislativas de 1976 (primeiras após a Constituição)
• Votos: 792.424
• Percentagem: 14,56%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 40 (melhor resultado de sempre do PCP em mandatos)

3. Legislativas de 1979 (Aliança da CDU com a APU – Aliança Povo Unido)
• Votos: 721.426
• Percentagem: 18,80%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 47
• Aqui o PCP concorreu em coligação com o MDP/CDE.

4. Legislativas de 1980 (ainda com a APU)
• Votos: 827.675
• Percentagem: 18,80%
• Mandatos: 47
• Resultado semelhante ao de 1979, o que foi um sucesso.

5. Legislativas de 1983
• Votos: 730.653
• Percentagem: 18,00%
• Mandatos: 44
• APU ainda ativa, mas começa a mostrar algum desgaste.

6. Legislativas de 1985
• Votos: 663.788
• Percentagem: 15,46%
• Mandatos: 38
• Queda relevante com o crescimento do PRD.

7. Legislativas de 1987
• Votos: 540.738
• Percentagem: 12,18%
• Mandatos: 31
• Forte queda — auge do PSD de Cavaco Silva.

8. Legislativas de 1991 (últimas com Cunhal na liderança)
• Votos: 445.180
• Percentagem: 8,84%
• Mandatos: 17
• Resultado muito baixo — sinal claro da necessidade de renovação.



Resumo:
• Melhor resultado: 18,80% em 1979 e 1980 (coligação APU)
• Pior resultado com Cunhal: 8,84% em 1991
• Tendência: Crescimento forte após o 25 de Abril, pico em 1980, declínio a partir de 1985 com o fim do ciclo revolucionário e ascensão do centrismo.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 26/5/2025 8:17

A questão não são os 500 mil euros , é algo profundo que os portugueses nem sabem ,foi um estrangeiro que esteve no Brasil e me alertou ,
tenho pena de quem sofre , mas Portugal está a ser o destino , livre circulação entre países onde tem estado social e outros não , é lógico há só um caminho .

« Uma confusão envolvendo o cão Tedy, a companhia aérea TAP, um oficial de justiça, a Polícia Federal brasileira e uma passageira que pretendia voar com um cão na cabina junto a si provocou sábado o cancelamento de um voo do Rio de Janeiro para Lisboa. A empresa aérea optou por cancelar o voo para não ter de cumprir uma ordem judicial que a obrigava a levar o cão junto à dona. Isso pode ter custado mais de meio milhão de euros à TAP. Só em bilhetes, e ao custo apresentado ontem no site da companhia (1159 € por uma viagem em económica e 2486 € em executiva), ‘voaram’ 393 mil €. Acresce alojamento e alimentação aos quase 300 passageiros e o suposto regresso do avião vazio a Portugal.

Tedy é um cão de serviço especializado no suporte emocional a uma menina de 12 anos que sofre de espetro autista e vive em Lisboa há mês e meio.
A menina, separada do animal há várias semanas, piorou bastante nesse período (e até o cão perdeu 5 kg), e a irmã, Hayanne, depois da recusa da TAP em transportar o animal a 8 de abril, quando o resto da família viajou, conseguiu autorização judicial que obriga a TAP a deixar levar o cão a seu lado, pois o animal é demasiado sensível para viajar tantas horas isolado no compartimento de carga, como a companhia aérea propôs.
“Preciso levar o Tedy até à minha irmã. Ela está mal,
muito stressada”, contou Hayanne, enquanto representantes da TAP enfrentavam a Polícia Federal e o oficial de justiça, recusando cumprir a ordem do juiz. O gestor da empresa aérea portuguesa no aeroporto na tarde de sábado foi autuado pela Polícia Federal, mas a empresa manteve-se irredutível e cancelou o voo para não cumprir a ordem do juiz. Para piorar a situação, o certificado de vacinação internacional que permitia a ida de Tedy do Brasil para Portugal e que foi emitido em abril perdeu a validade ontem e a família do cão vai ter de recomeçar todo o processo burocrático.
Contactada pelo CM, a TAP disse que a “prioridade número 1 da companhia será sempre a segurança de passageiros e tripulações”. Por isso, a ordem judicial das autoridades brasileiras apresentada pela dona de Tedy “violaria o manual de operações da companhia, aprovado pelas autoridades competentes, e colocaria em risco a segurança a bordo”. Desta forma, sustenta fonte oficial da companhia aérea nacional, “o voo a partir do Aeroporto do Rio de Janeiro foi cancelado”. “Foram dadas alternativas de transporte para o animal, não aceites pelo tutor. A pessoa que necessita do apoio do cão não estava no voo, e o animal iria acompanhado por uma passageira que não necessita do mesmo. A TAP lamenta a situação, que lhe é alheia, mas nunca poremos em causa a segurança dos passageiros, nem mesmo por ordem judicial”, concluiu a mesma fonte oficial.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 17:24

Em relação à TAP, ainda não é claro que a AD não possa privatizar totalmente a TAP.
O chega e o ps de Pedro Nuno Santos eram contra, mas o José Luís Carneiro que provavelmente será o próximo líder do ps, ainda nunca disse que era contra. Ele é mais próximo do centro e do psd que o Pedro Nuno Santos. Nao sei se vai aceitar ou não.

PSD elogia "moderação" de José Luís Carneiro para atacar PS liderado por Pedro Nuno
Hugo Soares considerou que a "posição sensata" de José Luís Carneiro é "muito diferente" da dos "protagonistas do PS".
07 de janeiro de 2025 às 17:53
https://www.cmjornal.pt/politica/amp/ps ... pedro-nuno
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 16:20

ASimoes Escreveu:E a AD :-k vai juntar.se a quem !?! :


Pergunta um bocado ignorante tendo em conta que o governo anterior da AD foi minoritário e que a grande maioria dos governos em Portugal foram minoritários (com maioria relativa e não absoluta).
O que vai acontecer foi o que aconteceu no governo anterior da AD até ao Pedro Nuno Santos ter tido a infeliz ideia de votar contra a moção de confiança do governo em vez de se abster. E provavelmente o PS e o chega não se vão juntar tantas vezes para aprovar medidas contra a AD como aconteceu na legislatura passada com o Pedro Nuno Santos.
A AD vai provavelmente governar confortavelmente (a não ser q exista algum escândalo judicial a envolver o primeiro ministro), em princípio só não vai conseguir privatizar totalmente a TAP, o resto vai provavelmente fazer quase tudo o que quer.
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Re: Políticas para Portugal

por ASimoes » 25/5/2025 15:34

8-) Adorei :idea: :!:
E a AD :-k vai juntar.se a quem !?! Acho q depende do eleito Socialista :!: :clap:
pois, "quem nao sabe, é como quem, nao lê!"
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/5/2025 12:37

O Chega vai ficar atrás do PS em percentagem e número de votos, mas provavelmente vai ultrapassá-lo em número de deputados, graças aos deputados da emigração. Justo ou injusto?


A tua pergunta vai ao cerne do debate democrático. Se é justo ou não que um partido fique com mais deputados tendo menos votos, por causa dos círculos da emigração, depende da visão que temos de representatividade e igualdade de voto. Vou dar-te uma resposta honesta e equilibrada.



Ponto de vista a favor (pró-justiça)
1. Todos os cidadãos devem ser representados, independentemente de viverem em Portugal ou fora.
• Os emigrantes pagam impostos, enviam remessas, mantêm ligação ao país.
• Os círculos da Europa e Fora da Europa garantem que os seus interesses não sejam ignorados.
2. As regras são claras e iguais para todos.
• Os partidos concorrem sabendo que há 4 deputados da emigração.
• Se um partido se esforça para mobilizar o voto emigrante e tem sucesso, é legítimo que beneficie disso.
3. A representatividade não é apenas numérica, mas também geográfica e simbólica.
• O Parlamento representa o país e a diáspora — não é só uma questão de contar votos, mas de refletir todas as realidades.



Ponto de vista contra (injustiça percebida)
1. O peso do voto emigrante é desproporcional.
• Em 2022, menos de 200 mil pessoas votaram na emigração — e mesmo assim elegem 4 deputados.
• Em círculos como Lisboa, são precisos dezenas de milhares de votos por deputado, enquanto fora da Europa basta uma fração disso.
2. Pode alterar o resultado global de forma artificial.
• Um partido pode ganhar mais deputados sem ganhar mais votos nacionais, como pode acontecer agora com o Chega.
• Isso distorce a vontade da maioria dos votantes residentes, que são a esmagadora maioria.
3. A abstenção entre emigrantes é altíssima.
• O sistema atual dá poder político a círculos onde há muito pouca participação.
• Isso reduz a legitimidade democrática desses mandatos.



A minha análise final

Tecnicamente, é justo — porque está dentro das regras.
Mas politicamente, pode ser sentido como injusto — porque distorce a perceção de igualdade entre os votos.

Se queremos corrigir isso, há duas soluções possíveis:
• Reduzir o número de deputados da emigração (por exemplo, de 4 para 2).
• Integrar os votos emigrantes num círculo nacional, eliminando a sua vantagem desproporcional.
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