HOPE Escreveu:
Mas Marco António (a quem desde já agradeço a atenção dada), se as novas acções a distribuir no rateio são em função das acções subscritas, se a proporcionalidade se aplica aí e não na quantidade de novas acções a que os investidores indicam, para quê indicar muitas mais do que aquelas que efectivamente se pretendem?
Há desde logo aqui um problema: não é propriamente mais do que as que se pretende, mas mais do que aquelas que expectavelmente tocarão a cada um.
Isso faz-se para garantir que se fica com todas a que se teria "direito". Supõe que tu dizes que queres para além das acções que subscreves via direitos, ir ao rateio onde pretendes ficar com mais 100 acções.
Mas ocorria que tinhas "direito" (pelas regras do rateio) a 200 acções...
Como só manifestaste interesse em 100, só quiseste comprar 100 dessas, é com 100 que ficarás (quando podias ter ficado com mais).
Ora, ninguém sabe nesta altura ao certo quantas é que toca a cada um, isso é algo que só se sabe depois mais à frente quando se tem o número de direitos não subscritos (ou seja, ao certo quantas são as acções a rateio) bem como quem é que quer ir ao rateio (dado que há também quem subscreva acções com direitos e não peça nenhuma no rateio).
Não faz muito sentido falar aqui na quantidade que se "pretende" pois a tua "vontade" aqui tem um peso muito limitado. A principal limitação é a quantidade de acções que há para distribuir nesta fase (e que por norma é uma pequenina parcela do total, tipo 1 ou 2 ou 3% do total de acções do AC).
Por exemplo, no exemplo que colocaste em que o fulano pede mais 23.600 acções quando subscreveu 173.400 acções, isso é um exemplo de uma quantidade que com quase toda a certeza não vai conseguir (era preciso que não fossem subscritos para cima de 12% dos direitos, o que é uma quantidade anormalmente elevada)!
Já agora, no anterior AC do BCP não foram subscritos 2.9% dos direitos, o que já foi uma quantidade algo elevada (tipicamente - falando em ACs de blue chips em geral - é menos do que isto).
HOPE Escreveu:
Já agora, as novas acções atribuídas só vão ter o custo dos 0,04€ cada + comissão do Banco, certo? Aqui não entram custos de aquisição de direitos, pois não?
Certo, para esta pequena parcela de acções não há custo de direitos uma vez que são as acções que ninguém subscreveu com os direitos que tinha (no total do processo isto tende a não ter peso praticamente nenhum e em certas condições por causa das comissões - dado que é um moviemnto à parte - podem acabar por ficar ao mesmo preço ou mais caras que as restantes).