Lucros da Sonae SGPS sobem 42,3% nos primeiros nove meses do ano
Nos primeiros nove meses do ano, a Sonae SGPS registou um resultado líquido directo de 96 milhões de euros. Este valor representa uma subida de 42,3% face ao período homólogo e é explicado pelo aumento do EBITDA recorrente e pela redução do custo da dívida.
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Ana Luísa Marques
anamarques@negocios.pt
Nos primeiros nove meses do ano, a Sonae SGPS registou um resultado líquido directo de 96 milhões de euros. Este valor representa uma subida de 42,3% face ao período homólogo e é explicado pelo aumento do EBITDA recorrente e pela redução do custo da dívida.
A Sonae SGPS anunciou que entre Janeiro e Setembro deste ano, registou um lucro directo de 96 milhões de euros. Este valor representa uma subida de 42,35 face ao resultado líquido de 67 milhões de euros registado no mesmo período de 2008.
Considerando os resultados líquidos atribuíveis aos accionistas, que incluem o impacto das perdas da Sonae Sierra, os lucros nos primeiros nove meses do ano ascenderam a 32 milhões de euros, o que representa uma queda de 40,1% face ao período homólogo.
Nos primeiros nove meses os resultados indirectos foram negativos em 64 milhões de euros, com o negócio de imobiliário a ser penalizado pela subida das taxas de capitalização na Europa.
Nos primeiros nove meses do ano, a empresa liderada por Paulo Azevedo registou também uma subida de 6,1% do volume de negócios para um total de 4,06 mil milhões de euros.
A maior subida foi registada no retalho especializado, que cresceu 23,5% para 756 milhões de euros, devido à "forte expansão orgânica dos últimos 12 meses, com a abertura de 54 novas lojas em Portugal e 24 em Espanha".
O EBITDA recorrente da Sonae SGPS subiu 7,5% para 429 milhões de euros e a margem de EBITDA avançou para os 10,6%.
Os resultados financeiros melhoraram em 18% face ao período homólogo, "reflectindo uma redução de 22 milhões de euros dos juros líquidos, decorrentes de uma redução do custo da dívida suportada por menores taxas Euribor".
O lucro da Sonae SGPS referente ao terceiro trimestre de 2009 superou as previsões dos analistas. Neste período a empresa atingiu um lucro de 67 milhões de euros, quando a média de estimativas de seis analistas consultados pela Reuters apontava para um resultado líquido de 42 milhões de euros.
O resultado trimestral da empresa beneficiou de uma mais-valia de 29 milhões de euros do acordo com a família Feffer (relacionado com o 'roll-up' envolvendo acções da MDS).