Deutsche Bank baixa recomendação da Galp e corta preço-alvo
15 Março 2012 | 11:11
Edgar Caetano -
edgarcaetano@negocios.pt
O Deutsche Bank deixou de recomendar a compra de acções da Galp, baixando a nota para "manter", dizendo que à acção faltam "catalisadores visíveis no curto prazo". "Target" caiu de 18,50 para 17 euros.
“Depois de uma longa ponderação, que teve em conta um corte médio de 23% nas nossas estimativas para os resultados por acção (EPS) da Galp no período entre 2012-2015, decidimos cortar a recomendação da Galp para “manter” e o preço-alvo para 17 euros por acção”, pode ler-se em nota de investimento do banco alemão a que o Negócios teve acesso.
As acções da Galp estão a perder 0,63% para 13,355 euros esta manhã na bolsa de Lisboa.
O banco alemão salienta que “a acção tem beneficiado de um prémio relacionado com o programa de exploração mas os poços de maior potencial (Júpiter, Potiguar) não deverão produzir grandes novidades antes do último trimestre de 2012 ou do primeiro trimestre de 2013”.
Assim sendo, o Deutsche Bank vê “no curto prazo, uma falta de catalisadores visíveis” e “um risco de que as estimativas de resultados sejam revistas em baixa pelos analistas, comparativamente aos objectivos traçados no Dia do Investidor”.
“Vemos maior potencial de subida em outras acções neste mesmo sector”, diz o Deutsche Bank, seguindo as pisadas do Goldman Sachs, que ontem teceu comentários semelhantes sobre a petrolífera portuguesa
A analista Elaine Dunphy, do Deutsche Bank, assinala, no entanto, que “continuamos a acreditar que a acção é um investimento no valor a longo prazo, oferecendo um crescimento dos EPS entre os melhores no sector”.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro
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