Enviado: 25/2/2010 15:46
Lion_Heart Escreveu:Ti Salvador Mano Escreveu:Elias Escreveu:(notícia mais desenvolvida)
Director do Expresso diz que foi pressionado por Sócrates para não publicar notícia
Filipe Pacheco
filipepacheco@negocios.pt
O director do Expresso, Henrique Monteiro, afirmou hoje que foi pressionado pelo primeiro-ministro para não publicar uma notícia sobre a licenciatura de José Sócrates.
"Foi uma conversa de uma hora, bastante desagradável, em que o primeiro-ministro me pediu por tudo para que a notícia não fosse publicada", disse Henrique Monteiro na Comissão de Ética a decorrer hoje na Assembleia da República, depois de ser questionado se sofreu pressões do governo. E questionou: "se isto não são pressões ilegítimas não sei o que são pressões ilegítimas?". Decorreu, posteriormente, da publicação da notícia que nos foi vedada informação da parte do Governo", acrescentou.
Henrique Monteiro disse ainda que o primeiro-ministro tinha conhecimento do negócio entre a PT e a Prisa, dando como prova uma conversa que Sócrates teve com Henrique Granadeiro, chairman da PT.
O director do Expresso disse ainda ter conhecimento que, num encontro em Zamora, José Sócrates terá falado com membros do Governo Espanhol sobre o assunto. E garantiu: "nunca ninguém comprou uma televisão em Portugal sem o conhecimento de um primeiro-ministro".
Manuela Ferreira Leite sabia tudo...
O SOL não publicou esta parte das escutas..., sabe-se lá porquê.
"Escutas apanharam Rui Pedro Soares a contar a Paulo Penedos que a líder do PSD chegou a dizer aos 'Ongoing' que apoiava o negócio
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, está desde Junho de 2009 a par dos pormenores do negócio PT/TVI e, segundo o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares, chegou a estar de acordo com a compra da estação televisiva. As conversas entre Rui Pedro Soares e o advogado Paulo Penedos - capturadas através das escutas do processo "Face Oculta" - envolvem a líder social-democrata, que estaria, paralelamente, a ser informada do negócio através "dos Ongoing" e "do [José Eduardo] Moniz".
Questionada pelo DN sobre se o conteúdo das escutas (ver relacionado) corresponde à verdade, Manuela Ferreira Leite limitou-se a dizer: "Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido."
O momento-chave de todo este processo acontece a 24 de Junho de 2009. Nesse dia, Rui Pedro Soares encontra-se em Madrid para finalizar o contrato (o que não acontece), o assunto "rebenta" no Parlamento e Manuela Ferreira Leite dá uma entrevista na SIC Notícias onde critica o eventual negócio e mostra-se "preocupada" com uma eventual alteração da "linha editorial".
No entanto, nas conversas interceptadas nos dias seguintes e às quais o DN teve acesso, Rui Pedro Soares e Paulo Penedos revelam outras versões dos acontecimentos. É que se a 25 de Junho, o ex-administrador da PT começa por comentar com Penedos que "agora temos Sócrates que não quer, a Manuela que não quer, o Cavaco que não quer...", dois dias depois apercebe-se de que tinha sido "enganado" num esquema paralelo de que Ferreira Leite, alegadamente, tinha conhecimento.
A 27 de Junho, Rui Pedro Soares diz a Paulo Penedos que ambos foram vítimas de uma "cilada", acrescentando: "A pessoa que mais sabia deste negócio era a Manuela Ferreira Leite, mas enganou-se quando disse que o negócio estava feito, e o negócio devia estar feito uma hora antes." A decisão de recuar terá sido de Rui Pedro Soares, à última da hora, pelo que o "informador" de Ferreira Leite não terá tido tempo de a avisar. Assim, a presidente do PSD terá ido à SIC Notícias convencida de que "o negócio estava fechado."
O conhecimento que a presidente do PSD demonstrou "na entrevista à SIC" levou o ex-administrador da PT a ter uma conclusão: "Os tipos da Prisa foram instrumentalizados pelo Moniz que, de certeza, passou informações pelo menos à Manuela Ferreira Leite."
Já a 30 de Junho, Rui Pedro Soares - novamente em conversa com Penedos - possui mais dados sobre os informadores de Ferreira Leite. Excluindo "o Henrique [Granadeiro]" (chairman da PT) e "o Abílio [Martins]" (director de comunicação da PT), Rui Pedro Soares conta que no dia em que Ferreira Leite deu a entrevista à SIC "os 'ongoing' telefonaram-lhe a dizer que tinham falAdo com o PSD (…) e que a própria Ferreira Leite ia dizer na entrevista que estava de acordo com a operação porque era trazer de Espanha para Portugal um activo da comunicação social que era importante por causa das guerras com a Telefonica no Brasil".
"Alguém falou com PSD"
Em todo o processo Ferreira Leite nunca se mostrou defensora do negócio. Pelo menos, em público. E não só não apoiou a compra como na tal entrevista de 24 de Junho à SIC disse que um possível afastamento de Moniz da TVI seria "gravíssimo e escandaloso" e que tinha a "certeza absoluta" que José Sócrates conhecia o negócio.
Relatando a alegada mudança de planos de Ferreira Leite, Rui Pedro Soares desabafa com Penedos: "Alguém, desastradamente, andou a falar com o PSD para este também estar de acordo e em vez de conseguir o tal acordo foi enrolar o negócio, e foi traído". Numa conversa que também decorreu a 30 de Junho de 2009, o advogado Paulo Penedos responde que "ela [Manuela Ferreira Leite] até podia estar de acordo mas quando foi para a entrevista reuniu o staff mais directo e devem-lhe ter dito que ela não podia estar de acordo." (DN)
Eu só não percebo é porque o facto do Socrates ter comprado o diploma tem a ver com o conhecimento da Manuela saber do caso tvi (até porque ja tinha saido nas escutas anteriormente) . Até porque se a Manuela fosse uma pessoa com vergonha na cara tinha-se demitido no minuto a seguir a humilhante derrota que teve, mas não, ficou la a fazer alguma coisa que não se percebe muito bem ou até se percebe.
Eles estão todos metidos na mesma panela, o que não quer dizer que o que fazem NÃO SEJA MUITO GRAVE.
Vejam lá se os gregos aceitam as medidas impostas?
Apesar de ter que ser.
Aqui esta tudo com a cabeça na areia.
Negócio PT/TVI: Sócrates «furioso»
Segundo a Sábado, escuta revela que Rui Pedro Soares terá falado com o primeiro-ministro e que este ficou, alegadamente, furioso por não ter sido informado do negócio
Por: Redacção /AMS | 25-02-2010 13: 55
A Sábado revela que «novas escutas envolvem José Sócrates», em concreto, a notícia refere-se a uma escuta de 25 de Junho.
Nessa conversa, Paulo Penedos mostra alguma surpresa quando Rui Pedro Soares lhe diz que o primeiro-ministro está furioso por não ter sido informado do negócio PT/TVI. E é essa a escuta que sustenta um dos despachos de arquivamento de Pinto Monteiro, sobre um eventual crime de atentado contra o Estado de Direito. Na interpretação do PGR, o primeiro-ministro não sabia do negócio PT/TVI.
A revista investiga e sabe que Paulo Penedos e Rui Pedro Soares se encontraram nessa mesma noite num hotel, em Lisboa, e que um dos objectivos seria falarem com Zeinal Bava, que nessa noite dava uma entrevista a Judite de Sousa, para o informarem da suposta oposição de José Sócrates ao negócio.
A notícia indica, contudo, que não se sabe se Penedos ou Rui Pedro Soares, conseguiram ou não falar com o Presidente Executivo da PT, que, na verdade, confirma na RTP que a PT está em negociações com a Prisa, mas diz que o negócio não está fechado.
Isto logo a seguir ao primeiro-ministro ter dito no Parlamento que o governo não dava indicações sobre negócios à PT onde o Estado detém uma golden share. Armando Vara, sobre escuta, e em conversa com um amigo, terá deixado escapar que ninguém iria acreditar que Sócrates não soubesse do negócio.
Ainda segundo a Sábado, o dia 25 de Junho é um dia decisivo neste processo. E refere a reunião, a 24, no dia anterior, portanto, em Lisboa, na sede da Procuradoria-Geral da República. Aqui, reuniram Pinto Monteiro, Marques Vidal - o procurador do inquérito Face Oculta, e o procurador distrital de Coimbra, Braga Themido. Segundo a revista, depois desta reunião «foi flagrante a mudança do discursos dos escutados».
E são as escutas referentes a esse período que, lê-se na notícia, «estiveram na base de pelo menos um dos despachos de Pinto Monteiro». Simplificando: os escutados são informados que estão sobre escuta.
A Sábado apurou ainda que no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra está em curso uma investigação à alegada fuga de informação durante esta fase decisiva do processo Face Oculta, precisamente quando estaria a realizar-se o negócio - que soçobrou - referente à compra da TVI pela PT.