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Caldeirão da Bolsa

O gajo está mesmo metido, não está?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 9/2/2009 23:11

JoJay Escreveu:Já alguém disse isto, não sei se foi no Caldeirão ou nos jornais. De qualquer forma é o que eu acho:

José Sócrates, tio e sobrinho deveriam de uma vez por todas autorizar que as respectivas contas bancárias fossem analisadas pelas autoridades competentes para acabar de vez com as suspeitas.

Quem não deve não teme!

Se José Sócrates tem a consciência tranquila devia tomar esta decisão o quanto antes. Se o fizesse, nada fosse encontrado e fosse completamente ilibado, então até saía em ombros e renovava a maioria absoluta.

A questão é por que não o fez ainda?


Caro,

Tenho a certeza que o seu comentário foi escrito por andar desatento, qualquer conta pode ser investigada se um juiz assim o decidir, não precisa da autorização dos titulares, alem disso o JS já se disponibilizou para colaborar com a justiça em tudo o que for necessário o que quer dizer que SE ele recebeu dinheiro , este está bem guardado numa offshore que não está identificada pelo nome dele.

Se ouviu a entrevista da procuradora que está a investigar o caso, o que eles andam à procura é SE saiu dinheiro do Freeport não justificado por serviços realizados, ou supostamente realizados, é que para alguém receber, alguém teve que dar, certo?


Cumprimentos,

Alexandre Santos
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Re

por JAS » 9/2/2009 22:40

Diário Económico Escreveu:O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) anunciou que vai pedir “informação urgente” sobre “eventuais anomalias processuais” no caso Freeport".

O CSMP reuniu hoje para discutir a abertura de uma auditoria à investigação do caso Freeport proposta pelo advogado João Correia. A auditoria visa encontrar explicações que justifiquem que o processo tenha ganho um novo fôlego em Janeiro de 2009, ano de legislativas.


E nós a julgarmos que a "anomalia" era ter estado parado 4 anos esquecido numa gaveta.

De facto isso é normal...
O anormal terá sido alguém abrir a gaveta.

JAS
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por atomez » 9/2/2009 18:51

JoJay Escreveu:A questão é por que não o fez ainda?

Se começam a mexer nas contas sabe-lá o que podem encontrar...

Notícia de há anos atrás:

"Fugiram 10 malucos do Júlio de Matos. Já foram apanhados mais de 20 mas não era nenhum do que fugiu"
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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por JoJay » 9/2/2009 18:44

Já alguém disse isto, não sei se foi no Caldeirão ou nos jornais. De qualquer forma é o que eu acho:

José Sócrates, tio e sobrinho deveriam de uma vez por todas autorizar que as respectivas contas bancárias fossem analisadas pelas autoridades competentes para acabar de vez com as suspeitas.

Quem não deve não teme!

Se José Sócrates tem a consciência tranquila devia tomar esta decisão o quanto antes. Se o fizesse, nada fosse encontrado e fosse completamente ilibado, então até saía em ombros e renovava a maioria absoluta.

A questão é por que não o fez ainda?
 
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por Açor3 » 9/2/2009 16:36

Camilo Lourenço
Pode Sócrates dar a volta?
camilolourenco@gmail.com

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José Sócrates vai resistir ao caso Freeport, como sugere a sondagem deste jornal e do "CM" (os portugueses continuam a confiar mais nele para 1º ministro do que em Ferreira Leite) ou vai ser engolido por ele?


José Sócrates vai resistir ao caso Freeport, como sugere a sondagem deste jornal e do "CM" (os portugueses continuam a confiar mais nele para 1º ministro do que em Ferreira Leite) ou vai ser engolido por ele?

Ao falar deste caso alguns analistas recorrem a episódios passados (v.g. o diploma de engenharia) para dizer que Sócrates pode sair por cima. É um erro, porque este caso é bem mais grave: se ficar claro que recebeu dinheiro indevido, ou que participou no financiamento ilegal do PS (ou outra coisa), o 1º ministro não será apenas sujeito a censura política e social. Enfrentará pena de prisão.

A própria intranquilidade de Sócrates, e do seu círculo mais próximo, mostra que perdeu o controlo da situação. Será isto sinal de que tem algum rabo de palha? Para piorar as coisas acumulou, numa semana, mais erros do que em todo o mandato: perdeu o controlo da economia (fruto da distracção provocada pelo Freeport), deu tiros no pé (v.g. o episódio do relatório da OCDE) e insistiu em coisas que incomodam aquele que podia ser o seu melhor aliado (Cavaco Silva). Last but not the least o próprio PS começa a dar sinais de impaciência, como se viu na troca de mimos entre Manuel Alegre e Santos Silva a propósito do medo (de falar) no PS.

Conseguirá Sócrates dar a volta por cima? O 1º ministro é uma força da Natureza. Vai precisar dessa força para não se deixar queimar em fogo lento. Porque há mais revelações na calha.


Jornal negócios
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por Açor3 » 8/2/2009 20:59

Os silêncios nada inocentes

O CASO Freeport é uma questão política de relevância maior, que não se compadece com a gigantesca manta de silêncio que, a coberto do caso de polícia que lhe está subjacente, tem vindo a abafar, ao longo das últimas semanas, os indispensáveis debates e esclarecimentos públicos.

O Presidente da República qualificou-o expressamente como «assunto de Estado».

E Pedro Passos Coelho, na interessante entrevista a Mário Crespo, na segunda-feira, na SIC-Notícias, pôs o dedo na ferida.

Disse, em suma e com toda a razão, que o caso Freeport, além dos problemas jurídico-penais que cumpre à Justiça resolver, suscita várias questões políticas sobre as quais, inexplicavelmente, os agentes políticos nada têm querido dizer.

Da credibilidade interna e externa de Portugal e das suas instituições e em particular do seu primeiro-ministro; do andamento da investigação e das eventuais pressões políticas sobre as autoridades investigadoras; do processo legislativo e de licenciamento do Freeport; de como um Governo com preocupações ambientais pôde autorizar a construção de um centro comercial de grandes dimensões na zona protegida do estuário do Tejo.



Ora, nas últimas semanas, a única questão que tem sido objecto de pronunciamentos públicos não é nenhuma destas. Mas antes e só a eventual responsabilidade criminal de José Sócrates e o seu alegado envolvimento num esquema de corrupção.

Ao que temos assistido é a um imparável corrupio de destacadas figuras do burgo a assumirem a defesa da seriedade e honestidade do primeiro-ministro e líder do PS_e a tentarem descredibilizar as investigações em curso – das autoridades judiciais portuguesas e inglesas –, perfilhando a tese assumida por José Sócrates segundo a qual tudo não passa de uma cabala, de uma «campanha negra» ou obra de «poderes ocultos» contra si próprio e o Governo a que preside.

Diogo Freitas do Amaral, Vital Moreira, António Vitorino, António Costa, José Miguel Júdice, Daniel Proença de Carvalho, Correia de Campos, Luís Filipe Menezes, Luís Nobre Guedes ou António Marinho Pinto, além dos indefectíveis subalternos de Sócrates, como Pedro Silva Pereira ou Augusto Santos Silva, ou ainda o ex-secretário de Estado Rui Gonçalves, mais não vieram a público fazer do que sentenciar a inocência do actual primeiro-ministro e vilipendiar quem suscite dúvidas sobre um processo que se arrasta há anos na Justiça.

Ora, a prova da sua inocência só Sócrates a poderá fazer.

E o julgamento dos factos, nessa vertente, incumbe às autoridades de investigação e aos tribunais.

Só a eles, perante a prova reunida, compete legitimamente julgar e decidir sobre a inocência ou culpabilidade de quem quer que seja.

E, espera-se, de forma célere e sem a ilegítima interferência de poderes estranhos à Justiça – ou seja, alheios a pressões, sejam políticas, mediáticas ou de outra natureza qualquer.

É assim, só pode ser assim, num Estado que se reclama de Direito democrático, e do qual a separação de poderes é princípio basilar.



Assim sendo, deixando à Justiça o que é da Justiça, o que urge esclarecer e debater, política e publicamente, são as outras e magnas questões que o caso Freeport suscita.

Desde logo, a credibilidade interna e externa de Portugal e do seu primeiro-ministro.

Perante as suspeitas levantadas pelas autoridades de investigação, portuguesas e inglesas, no processo de licenciamento do Freeport, cuja responsabilidade política, ao tempo dos factos relatados e constantes dos inquéritos judiciais, era do então ministro do Ambiente José Sócrates, este tem ou não condições políticas para continuar a exercer funções como primeiro-ministro de Portugal?

Na ausência de debate, têm dito e redito nos media banqueiros e empresários nacionais, que engrossam a lista de defensores oficiosos do primeiro-ministro, que sim, que José Sócrates tem todas as condições para levar o mandato até ao fim.

E tem dito e redito a maioria parlamentar que tal nem se questiona.

E a Oposição? Nada.

São inúmeros os casos em que, por muito menos, se demitiram ou foram demitidos governantes deste país. E muitos mais ainda aqueles em que a Oposição exigiu exonerações e a plena assumpção de responsabilidades políticas.

E não é preciso recuar muito no tempo – por exemplo, à campanha conjunta do PS e do PCP contra Sá Carneiro por este ter pedido um célebre empréstimo bancário – para ver as incongruências da nossa classe político-partidária nesta matéria.

Há bem poucos anos, perante um relatório da PJ sobre o caso Moderna, o PS, então liderado por Ferro Rodrigues e com António Costa como líder parlamentar – e com José Sócrates nos órgãos de cúpula do partido –, convocou uma conferência de imprensa para exigir a demissão de Paulo Portas de ministro de Estado e da Defesa Nacional.

Para o PS, o que estava em causa com a divulgação pelos media das conclusões desse relatório da PJ sobre a Moderna não era a condenação de Portas (que, aliás, nem chegou a ser constituído arguido, nem veio a ser acusado); era, nas palavras do líder socialista, «a dignidade das mais altas instituições do Estado e a credibilidade do funcionamento do sistema democrático».

Para o PS, disse Ferro Rodrigues nessa conferência de imprensa, «o ministro de Estado e da Defesa tem que perceber, a bem do Estado português, que não pode arrastar o Ministério da Defesa para a controvérsia política em que está envolvido».

No caso Freeport quem está em causa é quem actualmente é primeiro-ministro e, como assim, a credibilidade de todo o Governo e, consequentemente, de Portugal. Da mesma maneira que um ministro, como defendeu o PS_da altura, tem de estar acima de qualquer suspeita, muito mais se o exige ao primeiro-ministro em funções.

E isso não importa a ninguém?



E Perante a carta rogatória, transcrita na íntegra nos jornais, enviada pelas autoridades inglesas ao Ministério Público português, o Estado português nada faz?

As autoridades inglesas colocam o primeiro-ministro de Portugal no topo de uma lista de suspeitos num processo de alegada corrupção e o Estado português não reage? Nem um pedido de explicações?

Esta, sim, é uma questão de Estado – como afirmou o Presidente da República. E o Estado português não pode aceitar que as autoridades de investigação de um país estrangeiro lancem suspeitas e coloquem sob investigação uma das mais altas figuras da Nação sem nada fazer.

Recorde-se, como já se assinalou nesta coluna há semanas, que o Governo inglês imediatamente pediu informações ao Governo português quando dois cidadãos ingleses foram apontados como suspeitos do desaparecimento da sua filha menor no Algarve.

Não se trata de uma ingerência no normal funcionamento da Justiça de cada país. Mas de uma posição de Estado em defesa do próprio Estado e dos seus cidadãos.

Por força maior, impunha-se que o Estado português, neste caso Freeport e face ao comportamento das autoridades inglesas, adoptasse comportamento diplomático condizente.

Que se saiba, até hoje não o fez. Nem alguém se preocupou em justificar por que razão nada foi feito.

É a imagem de Portugal e das suas instituições no mundo que está em causa e que ameaça ser abalada de forma arrasadora (basta ler o artigo desta semana do Daily Mail).



Também por isso é urgente que o debate político e os esclarecimentos públicos em torno do caso Freeport dissipem de vez as dúvidas que pairam sobre o processo legislativo que lhe está associado e sobre o licenciamento daquele gigantesco centro comercial no estuário do Tejo.

E os visados, muito mais do que contra-atacarem com efabulatórias campanhas de insídia, deviam ser os primeiros interessados no total esclarecimento do muito que há por esclarecer.

Porque aos suspeitos políticos deste processo já não basta uma decisão judicial favorável. Têm de garantir a absolvição e a sentença política e pública de que tudo foi feito com válidas razões e de acordo com as regras – e se, porventura, são estas que estão mal feitas e tornam opacos os processos de decisão que se exigem transparentes, então mudem-nas.

É bom que a Justiça, sobretudo num caso como este, chegue rapidamente a conclusões. Mas isso, só isso, já não chega.

Há um debate político por fazer e sem o qual já ninguém sai bem desta história. Porque os silêncios, nas actuais circunstâncias, não são inocentes.

SOL
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por tava3 » 8/2/2009 16:55

Eu não sou tão pessimista, concordo que estamos em dificuldades e que estas são globais, mas é nestas alturas que há mais esforços para alterar as coisas, porque quando tudo está aparentemente bem, vamos nos acomodando indiferentes à "miséria" que vai pelo mundo, muita dela provocada pela nossa maneira de viver. Só quando as dificuldades nos batem à porta é que abrimos os olhos.

:)
 
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por mcarvalho » 8/2/2009 16:00

exacto tavaaver a agua é para isso ou acreditas que não ?+

A Seguir vem a Central nuclear por ser menos poluente ,menos riscos,temos uranio que sobra etc etc etc.. TÁS A VER O PALEIO
Só que vai ser como a crise financeira não sabes para onde foi o dinheiro como não sabes para onde vai a energia..

e nem te vais te preocupar porque vais ter de andar no lixo (tu e eu) à procura de restos para sobreviveres.. infelizmente
Vê por esse pais fora .. fábricas abandonadas, casas, minas, etc.. vais começar a ver estradas esburacadas, AE fechadas centros comerciais cheios de sem abrigo e não vais ver quem te dê uma cacetada . e te roube ou mate..

O Conceito mais básico foi esquecido pela ganancia e pelo Marketing... A Satisfação das necessidades básicas.. sem a batata e sem o "cagar" não te safas

nem tu nem eu nem o palerma que tem a mania que é o mais rico e importante do mundo

hoje já não é bomba nuclear é a globalização todos quer estar na moda mas também querem ter..o botão da energia

Bastava uma ou duas centrais nucleares de 3ªG em Empanha para fornecerem ebergia necessária a Portugal Espanha e França mas todos desconfiam uns dos outros ou têm medo de pereder protagonismo ou tacho .. ou seja fazem que não confiam uns nos outros
e relmente dependemos todos não do calor humano não da mão amiga dependemos todos do SR . MEXIA



Isto não é drama é realidade ou duvidas?
 
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por tava3 » 8/2/2009 14:54

Vocês têm a noção de que já não vivemos em cavernas? Todos temos electricidade nas nossas casas, que crescem como cogumelos, com uma panóplia de crescente de equipamentos eléctricos. As barragens não têm muitos sítios alternativos por razões óbvias. Ah, já sei, vamos construir umas centrais nucleares, ocupam relativamente pouco espaço e são mais seguras!?

:)
 
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Mais um empenhamento pessoal.. Que Futuro?

por mcarvalho » 8/2/2009 14:19

Uma barragem num local Património Mundial ..Douro


Reparem nesta notícia e em particular no Bold que é meu :

Jornal Publico

EDP aceita fazer linha férrea alternativa à do Tua mas só se o Governo a pagar
07.02.2009, Pedro Garcias
A estratégia da EDP é deixar o processo de avaliação de impacte ambiental faça o seu caminho. Defensores da linha aplaudem alternativa ferroviária
A EDP não reage publicamente à posição assumida ontem, ao PÚBLICO, pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que exige uma alternativa ferroviária à submersão da linha do Tua pela futura barragem da eléctrica nacional. Mas a empresa tem uma posição clara sobre o assunto. A EDP não se importa de construir uma nova linha férrea, desde que o seu custo seja suportado pelo Governo. Caso o Executivo lhe impute esse investimento, então a empresa desiste da barragem, uma vez que esta se torna economicamente inviável.
A estratégia da EDP é deixar que o processo de avaliação de impacte ambiental faça o seu caminho e esperar que o empenhamento pessoal de José Sócrates na concretização Plano Nacional de Barragens e os compromissos já assumidos sejam suficientes para contornar todos os entraves ao empreendimento. Para poder construir a barragem de Foz-Tua, a EDP já pagou 56 milhões de euros, mas a licença obtida é apenas provisória.
A EDP tem a seu favor o facto de o caderno de encargos do Governo não contemplar qualquer alternativa ferroviária à submersão da linha. A proposta sugerida contempla apenas uma alternativa rodoviária. Mas Ana Paula Vitorino não aceita esta solução e reafirma que, "se for considerado imprescindível o encerramento do troço em causa [por causa da construção da nova barragem), deverão ser garantidas, pela concessionária, condições para a criação de uma variante ferroviária".
Esta posição foi ontem aplaudida pelo Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), que tem como presidente da Assembleia Geral o médico Fernando Nobre e como presidente da direcção o filósofo Mendo Castro Henriques. "Honra quem a toma e merece ser seguida da apresentação de planos de modernização da Linha do Tua", refere, em comunicado, aquela associação cívica. Para o IDP, a barragem do Tua pode ser um bom negócio para a EDP, mas "é um mau negócio para a região e um atentado à mobilidade das populações".
O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) também se congratula com a posição de Ana Paula Vitorino e faz votos para que, "como prometido, e em Março a Linha do Tua esteja finalmente operacional, em conformidade com a segurança e modernização que se exige". O MCLT questiona e condena veementemente a desunião das autarquias de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Murça, Vila Flor, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança, cuja consequência "é a destruição do património cultural e industrial ferroviário de Trás-os-Montes".
Para diminuir os danos provocados pela futura barragem e aproveitar a nova albufeira, é sugerida a criação de um Programa de Desenvolvimento Turístico para o vale do Tua e de um programa para a criação de oportunidades de auto-emprego.
A EDP propõe-se igualmente construir diversos cais para embarcações (vai depender da cota) para estimular o turismo fluvial e um núcleo museológico interpretativo da memória do Vale do Tua.
A ideia, de acordo com o EIA, é "ajudar a revitalizar a região e potenciar um novo tipo de turismo", de futuro assente no núcleo museológico, nas termas locais [São Lourenço e Caldas de Carlão] e albufeira. Pedro Garcias
 
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por Açor3 » 8/2/2009 12:11

Freeport: Conselho Superior Ministério Público retoma segunda-feira debate sobre averiguação à investigação
08 de Fevereiro de 2009, 10:30

Lisboa, 08 Fev (Lusa) - O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) retoma segunda-feira a discussão sobre a proposta do advogado e vogal João Correia para que seja averiguada a forma e o "timing" como foi feita a investigação do "caso Freeport".

Na passada terça-feira, João Correia propôs que fosse nomeado um membro do CSMP com o objectivo de "verificar se a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) realizaram as diligências de investigação que se impunham no caso Freeport", mas não chegou a haver votação e a proposta ficou de ser reformulada por aquele vogal eleito pelo Parlamento.

Uma fonte revelou então à Agência Lusa que, com aquela proposta, João Correia pretendia "desvanecer ou não" dúvidas sobre se houve um "timing político" na investigação do caso.

Segundo a fonte, João Correia "dipôs-se a reformular a proposta", de molde a que esta tenha um "efeito positivo" e "não perturbe a investigação", já que poderia transformar-se num "embaraço" por "imiscuir-se" no inquérito em curso.

Na reunião do CSMP, presidida pelo procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, houve, de acordo com a fonte, "consenso" de que se deveria aproveitar a iniciativa de João Correia, afastando contudo a possibilidade de se fazer uma espécie de "investigação à (própria) investigação".

A fonte não excluiu a possibilidade de a futura proposta de João Correia contemplar que seja um inspector do Ministério Público, e não um membro do CSMP, a fazer "um apanhado das diligências" efectuadas no "caso Freeport" e a retirar as conclusões.

Entretanto, a Procuradoria-Geral da República adiantou à Lusa que segunda-feira, data em que o CSMP voltará a reunir-se, será, "em princípio", divulgada uma nota sobre o assunto.

O processo relativo ao espaço comercial Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.

A investigação ao "caso Freeport" está a ser dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que tem a seu cargo os processos relativos à criminalidade organizada, mais grave, complexa e sofisticada.

FC/CC.

Lusa/Fim
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por Açor3 » 8/2/2009 11:02

08 Fevereiro 2009 - 00h30

Polémica
Quatro milhões de 'luvas' ficam em Inglaterra
Metade do valor total das ‘luvas’ que terão sido pagas a várias pessoas, no âmbito da autorização de construção do Freeport em Alcochete, ficou em Inglaterra. Por isso, a própria polícia inglesa já está a tentar encontrar o rasto a esse dinheiro, que terá desaparecido em Inglaterra. Com este novo dado, o valor total de ‘luvas’ sob suspeita ascende a oito milhões de euros.

Correio Manhã
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por sunseeker » 7/2/2009 21:40

Enfim mais vale é fazer como o JAS e passar muitos dias de férias nas maldivas...
Era bom termos barcos movidos a energias limpas, para quando? Claro para os que não são à vela...
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por Açor3 » 7/2/2009 9:25

Caso Freeport
Pinocchio procura-se
Por Felícia Cabrita
A identidade de um homem referido nos documentos por ‘Pinocchio’ ou apenas por ‘P.’ é uma das chaves para deslindar a trama de corrupção em torno do Freeport. E o outlet abriu ilegalmente, com a conivência da Câmara

• Industrial quer ser assistente no Caso Freeport

Nas conversas por e-mail entre os administradores da Freeport no Reino Unido e o seu consultor em Portugal, Charles Smith, ressalta um nome de código – ‘Pinocchio’ –, usado por ambos referindo-se a alguém que parece ser a chave para descodificar como se processou a viabilização da construção do empreendimento em Alcochete.

As referências iniciam-se a seguir a Junho de 2002, depois de o projecto ter sido aprovado pelo Governo de Guterres, entretanto saído do poder

SOL
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por Açor3 » 7/2/2009 9:18

Procurador envolve SIS no caso Freeport


CARLOS RODRIGUES LIMA
Sombras. Nos bastidores, há movimentações que deixam os magistrados preocupados. Em causa está uma reunião entre o chefe das secretas com o PGR, suspeitas de escutas ilegais e uma tentativa de contacto com o juiz

PGR não esclarece se pediu ajuda às secreta para detectar fugas

Foi com espanto que os membros do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) ouviram, na terça-feira, o procurador-geral (PGR) fazer referência a um conversa que teve com Júlio Pereira, o chefe dos serviços secretos, acerca do caso Freeport. Apesar de não ter sido explícito, os elementos do CSMP ficaram fortemente convictos de que PGR e Júlio Pereira falaram sobre o caso. O que levantou muitas preocupações.

Segundos elementos do CSMP (procuradores e não magistrados) contactados pelos DN, e que solicitaram o anonimato, Pinto Monteiro revelou na reunião ter tido um encontro com Júlio Pereira, secretário-geral de segurança interna, que detém a tutela do SIS (Serviço de Informações e Segurança) e SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa). E que até tinha dito ao chefe das secretas portuguesas: "Em vez de andarem a escutar criadas de quarto, podiam ajudar-me a descobrir as violações do segredo de justiça", foi esta a expressão utilizada pelo PGR na reunião do CSMP.

Sobre o encontro com Júlio Pereira e as declarações proferidas no CSMP, a Procuradoria, depois de um pedido do DN, enviou dois esclarecimentos. Em ambos, Pinto Monteiro admitiu ter tido uma reunião com Júlio Pereira, mas "nunca falou de casos concretos". Ainda assim, disse que se limitou a "a manifestar o desejo que tem de ver apuradas as constantes fugas de informação". Com a ajuda do SIS? Não esclareceu.

Sobre a intervenção no CSMP, o PGR fez, ontem, um adiantamento à resposta enviada ao DN na quinta-feira. Nesta, Pinto Monteiro declarou que, "pelos vistos", também existem "informadores" no CSMP que "transmitem essas informações de forma incorrecta". Ontem, acrescentou outro ponto: dizendo que o tema das fugas foi referido no plenário do CSMP "de forma irónica".

Pinto Monteiro revelou ainda que tinha chamado os procuradores do processo, Vítor Magalhães e Paes de Faria, tendo-lhes dito que teriam "15 dias para começar a ouvir pessoas". A reunião, de facto, aconteceu na passada segunda-feira. O responsável máximo do MP contou ainda que - "porque é assim que as coisas se fazem: cara a cara" - questionou o procurador Vítor Magalhães sobre se este tinha contactos com a imprensa. As revelações do PGR serviram, segundo as mesmas fonte , para alimentar o clima de desconfiança e intranquilidade na investigação. Já esta semana, a revista Sábado, deu conta de eventuais investigações do SIS aos magistrados do processo.

Segundo soube o DN junto de fontes judiciais, um responsável do SIS terá tentado contactar directamente com o juiz de instrução Carlos Alexandre. Questionado por escrito, o magistrado judicial não nega a existência da tentativa. Refere que "até ao momento não foi contactado" por ninguém das secretas. O DN procurou, até ao fecho desta edição, um esclarecimento junto do gabinete de Júlio Pereira, mas não obteve resposta.


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Re: in bpionline

por TRSM » 6/2/2009 21:50

mcarvalho Escreveu:Maioria desiludida com o Governo


06/02/2009


A maioria dos portugueses está desiludida com o Governo de José Sócrates. Segundo o Barómetro Mensal relativo a Fevereiro, elaborado pela Aximage para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, 50,1% dos inquiridos consideram que, face às suas expectivas, o Executivo é "prior do que esperava".

Para 38,6%, o Governo socialista é "igual ao que esperava", enquanto apenas 10,1% consideram que superou as suas expectativas. O índice de expectativas sobre o Governo mantém-se em terreno negativo, nos 20 pontos, registando uma ligeira melhoria em relação aos 21 pintos negativos registados em Janeiro de 2009.

FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel;

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 258 a homens e 342 a mulheres; 151 no interior, 221 no litoral norte e 228 no litoral centro sul; 196 em aldeias, 198 em vilas e 206 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I. (Computer Assisted Telephonic Interview);

Trabalho de Campo: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 2 e 5 de Fevereiro de 2009, com uma taxa de resposta de 77,8%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” - a 95% - de 4,00%);

Responsabilidade do estudo: Aximage – Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.


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Sócrates supera Manuela
José Sócrates é nomeado por 47,6% dos inquiridos quando estes são questionados em qual dos líderes, entre o actual primeiro-ministro e Manuela Ferreira Leita, líder do PSD, têm mais confiança para primeiro-ministro. Sócrates consegue, segundo o Barómetro Mensal da Aximage para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, melhorar o seu desempenho em relação ao mês anterior, quando as opiniões favoráveis totalizavam 47,5%.

Manuela Ferreira Leite recolhe, agora, menos apoios. Entre os inquiridos, são agora 22,3% aqueles que têm mais confiança na presidente do PSD do que em José Sócrates para o desempenho do cargo de primeiro-ministro. Em Janeiro, os apoios a Ferreira Leite nesta matéria eram de 22,9%.
 
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por Açor3 » 6/2/2009 21:39

Caso Freeport divide a Justiça
Várias personalidade ligadas à àrea não concordam que quatro anos seja «muito tempo» para investigar






O motivo dos alegados atrasos na investigação do «caso Freeport», tornado público em 2005 e que recentemente ganhou novo fôlego, em ano eleitoral, divide opiniões de profissionais da Justiça, havendo quem admita que quatro anos é «tempo demais», escreve a Lusa.

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, referiu à Lusa que é um procedimento «normal» que qualquer processo se inicie numa Comarca (neste caso no Montijo) e que só depois de a Procuradoria-Geral da República declarar o processo de «relevância excepcional» ou de «grande complexidade de investigação» o mesmo seja transferido para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Freeport: «Fugas não são do Ministério Público»

Fernando Jorge salientou ainda que as cartas rogatórias - no «caso Freeport» elas existem - costumam provocar «alguma demora» nas investigações, observando que há muitos exemplos de morosidade processual relacionados com este tipo de diligências pedidas a autoridades judiciárias de outro país.

«O que causa estranheza é a facilidade com que são divulgadas partes do processo, nomeadamente o teor da carta rogatória que veio de Inglaterra», disse o presidente do SFJ, observando que «isso é que é lamentável e não dá uma boa imagem da Justiça».

Fernando Jorge admitiu que isso propicia que «às vezes pareça que há interesse» em fazer primeiro «o julgamento na praça pública» e só depois em tribunal.

Processo a «repousar»

O juiz desembargador Rui Rangel, presidente da Associação Juízes pela Cidadania, não quis comentar o caso concreto do Freeport, mas explicou que «não é normal» que «um processo pela sua complexidade, natureza e importãncia no contexto social dos eventuais suspeitos fique a repousar numa qualquer comarca do país».

Rui Rangel criticou ainda que se «deixem processos em banho-maria», num clima de «suspeição» que só serve para «manchar o bom nome das pessoas».

Por seu turno, o catedrático de Direito Penal Costa Andrade disse à Lusa que os factos juridicamente relevantes do «caso Freeport» «não são muito complexos», admitindo que quatro anos para os investigar «é tempo demais».

«Tudo o resto é ruído»

Para este membro do Conselho Superior da Magistratura, «o único problema relevante» quanto ao «outlet» de Alcochete é «saber se houve não ou dinheiro» para pagamento de «luvas», por um lado, e se o seu licenciamento resultou da «concorrência de forças estranhas à autonomia da Administração».

Importa, explicou, descobrir se a Administração Pública «foi condicionada na sua decisão». «Tudo o resto é ruído», disse.

Costa Andrade disse também que quatro anos para investigar - desde que uma carta anónima enviada à Polícia Judiciária denunciou, em 2005, alegadas irregularidades no licenciamento do «outlet» - teriam bastado para «esgotar todos os meios para descobrir os factos relevantes» e constituir, ou não, arguidos.

Nada de anormal

Entretanto, fontes policiais contactadas pela Lusa lembraram que, quando há cartas rogatórias, é preciso muitas vezes esperar meses ou até anos por determinadas diligências, pelo que o atraso verificado em processos desta natureza «não tem nada de anormal».

O processo relativo ao espaço comercial Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.

A investigação ao «caso Freeport» está a ser dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que tem a seu cargo os processos relativos à criminalidade organizada, mais grave, complexa e sofisticada.



Jornal Negócios
Editado pela última vez por Açor3 em 6/2/2009 21:53, num total de 1 vez.
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por mcarvalho » 6/2/2009 17:45

Maioria desiludida com o Governo


06/02/2009


A maioria dos portugueses está desiludida com o Governo de José Sócrates. Segundo o Barómetro Mensal relativo a Fevereiro, elaborado pela Aximage para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, 50,1% dos inquiridos consideram que, face às suas expectivas, o Executivo é "prior do que esperava".

Para 38,6%, o Governo socialista é "igual ao que esperava", enquanto apenas 10,1% consideram que superou as suas expectativas. O índice de expectativas sobre o Governo mantém-se em terreno negativo, nos 20 pontos, registando uma ligeira melhoria em relação aos 21 pintos negativos registados em Janeiro de 2009.

FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel;

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 258 a homens e 342 a mulheres; 151 no interior, 221 no litoral norte e 228 no litoral centro sul; 196 em aldeias, 198 em vilas e 206 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I. (Computer Assisted Telephonic Interview);

Trabalho de Campo: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 2 e 5 de Fevereiro de 2009, com uma taxa de resposta de 77,8%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” - a 95% - de 4,00%);

Responsabilidade do estudo: Aximage – Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.


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por Açor3 » 6/2/2009 16:35

Baptista Bastos
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Há muito de omisso e de camuflado no assunto [Freeport]. Tenho sido um crítico de Sócrates e do seu Governo mas não entro, sem tomar precauções, no coro e no cerco que se ouve e lê.


Há muito de omisso e de camuflado no assunto [Freeport]. Tenho sido um crítico de Sócrates e do seu Governo mas não entro, sem tomar precauções, no coro e no cerco que se ouve e lê.

O ministro Vieira da Silva afirmou que o desemprego está a diminuir. Todos os dias fecham empresas, fábricas oficinas e milhares, muitos milhares de pessoas são atiradas para o olho da rua. Não percebo em que sítio obscuro o ministro vai buscar aqueles valores, que contradizem a evidência dos factos. O medo está instalado. O pavor não tardará a chegar. É um coquetel demoníaco, de resultados imprevisíveis. Mas lá que estamos à beira de algo de terrível, estamos.

O Governo não governa - já entendemos. Limita-se a uma espécie de pingue-pongue entre eles, e a umas declarações de circunstância, que parecem ocultar a inquietação que os assola. Naturalmente. O caso Freeport não é para menos. E devo acrescentar que o eng.º José Sócrates tem um espírito extremamente coriáceo ou toma, diariamente doses maciças de calmantes. Goste-se o não do homem, ele tem aguentado uma das mais inclementes ofensivas de que há memória desencadeadas contra alguém.

A quem beneficia a barafunda? Aos portugueses, claro que não. Numa altura destas, em que os sinais da crise atingem proporções alarmantes, as coisas têm de ser resolvidas com a celeridade que a circunstância recomenda e exige. Mais: as autoridades são obrigadas a clarificar o problema, inclusive a descobrir e a revelar os autores das fugas de informação, e quais os interesses que os moveram e movem.

O atordoamento pelo futebol é outra das facetas da situação em que nos encontramos. É uma obscenidade a inversão de valores de que as televisões são cúmplices. Nada do que é importante é motivo de atenção; se o é, minimizam-no. Agitam-se os escândalos até à náusea, num falso desejo de "purificação" da sociedade, que transforma "jornalistas" em justiceiros sem pejo. Quando todas as atoardas passarem, talvez haja alguém, sociólogo, historiador, psiquiatra que clarifique a embrulhada. Mas lá que há culpados e inocentes, cúmplices e intriguistas - lá isso…

Há tempos, o jornalista Rui Santos (sobrinho de Vítor Santos, um dos maiores da profissão), criticava o facto de os dirigentes desportivos disporem de um tempo de antena muito superior ao da esmagadora maioria de todos os outros. Gosto de ouvir Rui Santos. Ele não teme desagradar aqueles dos sectores do futebol que se julgam acima de Deus e do Diabo. Mas apreciaria imenso ouvi-lo zurzir os outros "tempos" que ao futebol consagram as televisões. As pessoas têm de compreender que a manipulação do futebol, como instrumento ideológico, faz parte de uma estratégia geral, que não se limita à batalha pelas audiências.

Isto anda tudo ligado, para usar uma expressão famosa do poeta Eduardo Guerra Carneiro, que descortinava as coisas para além do que as coisas aparentavam. O lado de lá doa acontecimentos é sempre difícil de iluminar: corre-se perigos, até de vida.

Quando aludi ao Freeport queria dizer que há muito de omisso e de camuflado no assunto. Tenho sido um crítico de Sócrates e do seu Governo mas não entro, sem tomar precauções, no coro e no cerco que se ouve e lê. Há, em toda a Imprensa, uma cumplicidade alusiva e muito pouco crítica. Não se trata de uma cumplicidade correspondente a uma ética e associada à moral que subjaz a toda a pesquisa jornalística. A ferocidade parece inesgotável e conduz a um processo de intenções que alimenta o desígnio de vingança. Que vingança? Que vingadores? E, se os há, temos todos, a "sociedade civil", de detê-los e de, inclusive, remover o voyerismo que nos inculcaram na cabeça.

Como se sabe, mas não é de agora, que a Imprensa portuguesa perde tiragem e prestígio, deslizando para um abismo que, afinal, simboliza o desacordo de quem lê para com quem escreve. Há muito tempo que essa separação se demonstra. E a deriva de muitos jornais, em busca das tiragens perdidas, só favorece, ainda mais, a ausência de relação entre uns e outros.

No entanto, é preciso entender que o imaginário das televisões, e a representação que dos factos faz a Imprensa, não são reflexos da realidade. A realidade, como a verdade, é derivativa, e tanto uma como outra advêm da paixão - a qual é antagonista da exemplaridade.

Travamos conhecimento com quê? Com aquilo que nos é dito. Porém, a exposição (através das palavras como das imagens) é selectiva: obedece à ideologia pessoal, às vertentes da cultura e da sensibilidade de quem relata. O que se vê não corresponde, nem imediata nem mediatamente, ao que "existe" e nessa dicotomia reside o conflito jornalístico. Sempre assim foi. Todavia, essa conflitualidade necessária é, hoje, mais imperiosa e determinante.

Num ensaio a vários título notável, "L'Homme Précaire et la Litterature", André Malraux escreveu: "Cada jornal diário é um dia romanceado, que interroga o seu futuro, porque a actualidade transforma o mundo num inesgotável folhetim. O público quer emoção, e a Imprensa intoxica-o dessa mesma emoção, num jogo sempre recomeçado."

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por Açor3 » 6/2/2009 9:56

Ingleses não passam cartão a Sócrates e ao Freeport

O maior entusiasmo em redor do caso Freeport não é por se tratar de um caso de alegada corrupção, nem mesmo por alegadamente comprometer o primeiro-ministro, mas por acreditarmos ter colocado Portugal nas bocas do mundo. O nosso ego nacional, ou provincianismo, o leitor que escolha o rótulo mais adequado, não resiste à ideia de que «lá fora» andam a falar de nós, a dizer mal imagine-se, que vergonha.

Entusiasma-nos igualmente a esperança de que esta investigação, sim, esta é que não vai cair em saco roto, porque a polícia inglesa não deixa, ou não estivesse aqui envolvida a família real e outro peixe graúdo.

Quem oiça a nossa comunicação social fica perfeitamente convencido de que os ingleses seguem também atentamente este escândalo, minuto a minuto, e de que se trata da principal prioridade de Gordon Brown, que interrompeu a gestão da crise financeira para se dedicar inteiramente a avaliar se o primeiro-ministro Sócrates recebeu luvas, ou não.

Agora a desilusão. Refine a pesquisa do Google ao Reino Unido e vai descobrir que só começaram a falar do Freeport ontem, e mesmo assim apenas em dois tablóides, e humilhação das humilhações, limitando-se a reproduzir o que dizem as revistas Visão e Sábado.

Do ponto de vista deles, este é um fait-divers português, que só tem relevância porque os portugueses dizem que lá andou também metido o príncipe Edward, que lhes dá um gozo imenso irritar. Mais chocante, citam a nossa imprensa, para revelar o conteúdo da carta rogatória, deixando claro que só num país como o nosso é que os jornalistas conseguem violar o segredo de Justiça.

Quanto a Sócrates, esfuma-se completamente: se pesquisar o nome no site online do Sunday Times, por exemplo, a notícia mais recente data de Julho de 2007, quando presidia à UE.

Não sei se Sócrates aguentará a minha última revelação: seguindo a tradição inglesa é referido, quando é, apenas por «Senhor Sócrates», esquecendo o engenheiro - afinal tanta provação passada para isto.

Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

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por Bullet23 » 5/2/2009 19:57

Tudo bem, já deste a entender bem a tua posição, caso contrário isto já é propaganda?
E as eleições ainda não são para já, pelo menos acho que não. :mrgreen:

Cumprimentos
 
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por tava3 » 5/2/2009 19:47

Eu parto do principio que num debate se discutem opiniões diferentes, se isso o incomoda não é problema meu.
 
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por TRSM » 5/2/2009 19:45

A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.

A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".

A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.

O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo britânico, mas não obteve qualquer resposta.

Justiça
Freeport garante não ter buraco financeiro

Económico
05/02/09 17:04
 
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Tou a ver que não

por Bullet23 » 5/2/2009 19:35

Caro touaver.

Acho que já começa incomodar e essa tua vontade em defender Sr. Socras, nosso Primeiro.
Acho que aqui neste Forum, niguém leva com areia para os olhos, todos têm uma opinião formada. E a maior parte muito bem formada.
Portanto, não querendo ser antipático pára com isso!
Olha, se continuares com essa sisma juro que quando tiver irritado com alguma coisa, desabafo aqui no Forum e digo tudo o que penso acerca do Sr. Socras!!!
Até agora tenho estado a encher o saco!!! :evil:

Cumprimentos
 
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por tava3 » 5/2/2009 19:23

Acho muito estranho, partindo agora do principio que pudesse estar envolvido, o facto de após estes anos todos, haver ainda emails comprometedores, por ex. Das duas uma, ou eles são muito burros ou alguém nos está a fazer a nós de.

:?
 
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