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Caldeirão da Bolsa

O gajo está mesmo metido, não está?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mcarvalho » 12/11/2009 11:39

estratégia do Plano das Barragens,


http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot. ... 23_30.html
Trabalho cientifico muito muito interessante e revelador de intenções

Clusters industrais nas renováveis: 23 mil empregos, ou a fraude portuguesa do século? Parte II - o caso das hidroeléctricas
Recentemente, o Ministro da Economia em acumulação de funções anunciou um plano de aposta nas energias renováveis que implicaria a criação de 23 mil empregos e 15,5 biliões de euros de investimento. O plano estará em execução há já 2 anos e é para continuar por mais 6.
Editado pela última vez por mcarvalho em 12/11/2009 12:24, num total de 2 vezes.
 
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por mais_um » 12/11/2009 11:22

Barragens avançam em 2010 apesar das críticas

As obras do plano nacional de barragens arrancam em 2010, estando apenas pendentes da apreciação final dos estudos de impacte ambiental. A reposta às críticas de relatório encomendado por Bruxelas segue em breve.

O plano nacional de barragens, que prevê a construção de oito albufeiras, a partir do próximo ano, vai manter-se, apesar de um relatório encomendado pela Comissão Europeia ter levantado duras críticas quanto à avaliação da sua necessidade e aos impactos negativos ao nível da qualidade da água. Em causa está um investimento directo de cerca de 2,6 mil milhões de euros, (se acrescentadas duas obras de aproveitamento), todo suportado por empresas privadas, e a criação de cerca de 20 mil postos de trabalho ao longo da próxima década.

A garantia da manutenção da linha de rumo foi dada ao DN pelo presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, num momento em que os projectos já se encontram todos pré-adjudicados, estando apenas pendentes dos estudos de impacte ambiental, em fase final de apreciação pelo Ministério do Ambiente.

Qualquer recuo neste plano teria um efeito negativo na economia e na meta traçada pelo Governo de reduzir a dependência energética do exterior, aumentando a capacidade nacional de produção de energia eléctrica dos 5 mil MW em 2010 para os 7 mil em 2020.

O presidente do INAG desvaloriza o relatório, que não vincula Bruxelas, mas uma empresa de consultores belgas e espanhóis. "Não estou minimamente preocupado com esse relatório de análise informal, que chegou em Junho", disse ao DN Orlando Borges. O presidente do INAG adiantou estar a ser preparada uma resposta a ser entregue nas próximas semanas, estando prevista uma reunião na direcção-geral de Energia da Comissão no próximo mês.

Segundo aquele responsável, o chamado Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico "foi apresentado em Bruxelas, tendo a Comissão transmitido ao Governo português, há um ano, que este ia ser considerado um projecto-piloto, requerendo, por isso um acompanhamento próximo". É nesse quadro que surge aquele relatório, que Orlando Borges diz ser fácil de contrapor.

Porque, sublinha, "não se pode questionar a necessidade das barragens". E, por duas razões. Primeiro, "ao contrário de outros países, Portugal está longe de atingir o limite do seu potencial hidroeléctrico, com este plano, ficando pelos 50%, quando há países que já chegaram aos 80%". Depois, acrescenta, "se as barragens não tivessem viabilidade económica não teriam aparecido empresas privadas a investir mais de 2 mil milhões de euros e a darem 623 milhões de contrapartidas ao Estado. Por outro lado, Orlando Borges diz que o plano cumpre a directiva da água, mesmo que todas as barragens tenham impacte negativo na qualidade da água.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1417854
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por mcarvalho » 12/11/2009 10:48

"Pare, escute, olhe" José Sócrates e António Mexia da EDP visitam Barragem do Rio Sabor em construção
.

Veja o vídeo em: http://www.sic.pt/online/video/informac ... cao11-.htm




"Pare, escute, olhe" Documentário de Jorge Pelicano apela à reflexão sobre a barragem programada para o Tua
.
Veja o vídeo em: http://www.sic.pt/online/video/informac ... ara-o-.htm
 
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por mcarvalho » 12/11/2009 10:07

O rigor e a experiencia pessoal

http://sic.sapo.pt/programasInformacao/ ... a&videoId={CA41505A-7105-4186-B57B-D7F796A40DB1}
 
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por mais_um » 12/11/2009 0:39

Furo a embargo internacional
Escândalos da democracia. OGMA, MPLA e Indonésia amigos
por Alexandre Soares, Publicado em 04 de Setembro de 2009

OGMA vendeu helicópteros ao MPLA e reparou dois motores à Força Aérea Indonésia
O director das OGMA demitiu-se devido ao escândalo
Hemeroteca-Lisboa 1/1 + fotogalería
Há coisas que não se esquecem. Na década de 90, os portugueses não esqueciam a guerra civil de Angola, que opunha o MPLA, o FNLA e a UNITA. E não esqueciam Timor, sobretudo o dia de 1991 em que o Exército indonésio disparou sobre manifestantes no cemitério de Santa Cruz, em Díli, matando 200 pessoas. Por isso, foi com choque que em Novembro de 1994 descobriram que o país tinha vendido helicópteros ao MPLA e, logo depois, que as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) tinham reparado dois motores de helicópteros da Força Aérea Indonésia.

Quando o escândalo rebenta, estamos na ponta final do segundo mandato de Cavaco Silva. A venda de helicópteros ao MPLA e a manutenção de aviões de combate da Força Aérea de Angola provoca grande polémica porque o acordo de cooperação entre os dois países é assinado em Junho de 1993, depois de a ONU ter proibido ajuda militar a todas as facções em conflito. O caso tem consequências imediatas: o director das OGMA, o brigadeiro Adriano Portela, pede a demissão; o Presidente da República, Mário Soares, critica o governo e não reconduz o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mendes Dias; Jonas Savimbi reclama o afastamento de Portugal das negociações de paz. A 14 de Dezembro, o Parlamento aprova um inquérito à actuação do ministro da Defesa, Fernando Nogueira.

Um mês depois, "O Independente" revela que as OGMA também haviam reparado, pelo menos, dois motores de helicópteros Puma da Força Aérea Indonésia em 1993. Desde o massacre de Santa Cruz que uma directiva do Ministério do Comércio recomendava que as empresas portuguesas se abstivessem de actos de comércio com a Indonésia, mas em relação às empresas públicas ou organismos dependentes do Estado a directiva era vinculativa.

A OGMA confirmou o negócio. A manutenção fora feita nos armazéns de Alverca durante os meses de Abril a Agosto e o preço tinha sido 20 mil contos (100 mil euros). O director das OGMA, brigadeiro Portela, confirmou a reparação mas, segundo ele, o cliente era uma empresa francesa, a Turbomeca, e não os indonésios: "Os franceses, com base no acordo de subcontratação, enviam-nos dezenas de motores por ano para manutenção e nós não sabemos, nem vamos verificar, de quem é esse material." Ainda assim, reconheceu existir um lapso na comunicação entre a administração e os trabalhadores. "Houve uma falha no nível intermédio, que é preciso apurar. É evidente que se eu soubesse nunca teria autorizado a manutenção."

O ministro Fernando Nogueira garantia desconhecer o negócio mas, apesar disso, o caso continuava a provocar baixas. Em poucos meses, mudam as administrações da Indep (Indústrias e Participações de Defesa, SA) e da Spel (Sociedade Portuguesa de Explosivos, SA). Um António Guterres "verdadeiramente estupefacto e verdadeiramente chocado" escreve a Cavaco Silva e pede a demissão do ministro da Defesa. O secretário--geral do PS diz que a acção de Portugal na defesa dos direitos do povo de Timor está "gravemente posta em causa na sua credibilidade e eficácia".

Nessa altura já era evidente que Cavaco Silva não seria candidato à presidência do PSD. O nome de Fernando Nogueira era o nome mais repetido e o que fazia manchetes ao lado de Durão Barroso. Nogueira acabou por ser eleito no PSD, mas perdeu as eleições legislativas para António Guterres em Outubro de 2005. Meses antes, o Parlamento tinha votado o arquivamento do inquérito. A maioria social-democrata entendeu que "as OGMA tinham autonomia" e que "o governo não sabia" das suas actividades.

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ly&t=67164
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por mais_um » 12/11/2009 0:36

Escândalos da democracia: Leonor Beleza nunca foi a julgamento
por Rosa Ramos, Publicado em 04 de Agosto de 2009

Na década de 1980, 137 hemofílicos foram infectados com o vírus da sida

F. tinha 22 anos quando foi infectado com o vírus da sida. É hemofílico e estava a receber tratamentos num hospital do Porto. Hoje, tem 45 anos e é um dos 37 sobreviventes dos 137 hemofílicos contaminados com o HIV na década de 80, depois de lhes ter sido administrado sangue em hospitais públicos. Uma vida que, na sua opinião, se resume a quase duas décadas "à espera de justiça". Leonor Beleza, então ministra da Saúde, foi acusada de ter importado e propagado o sangue contaminado, mas afirmou-se sempre inocente e o caso prescreveu passados 18 anos.

A 13 de Dezembro de 1994, Leonor Beleza e a mãe, Maria dos Prazeres Beleza na altura secretária-geral do Ministério da Saúde, foram constituídas arguidas pelo Ministério Público (MP), juntamente com 11 membros da Comissão Técnica de Escolha, responsável pela selecção dos lotes de sangue a distribuir em Portugal. Nessa altura, já tinham morrido 23 hemofílicos contaminados entre 1985 e 1987. Leonor Beleza arriscava-se a uma pena de prisão que podia ir de dois a sete anos , porque o MP considerava que teria existido "negligência".

A compra dos lotes contaminados aconteceu depois do primeiro concurso do género feito em Portugal. A secretaria-geral tinha incumbido a Comissão Técnica de Escolha de seleccionar os candidatos e propor uma adjudicação. A Aviquímica, representante da empresa austríaca Plasma Pharm, foi uma das escolhidas e os lotes de produtos derivados de sangue foram encomendados à Áustria. A adjudicação foi feita a 31 de Janeiro de 1986. Mais tarde, em 1992, a Associação Portuguesa de Hemofílicos (APH) apresentou queixa na Procuradoria-Geral da República contra o Ministério da Saúde.

Avisos sem resposta A APH avisou o Ministério da Saúde, pela primeira vez, em Junho de 1985, depois de saber de uma recomendação da Organização Mundial de Saúde em que se chamava a atenção para a necessidade de garantir a não contaminação dos produtos de plasma. Com o rebentar do escândalo da Plasma Pharm na Europa, a associação voltou a escrever ao ministério a pedir informações sobre o controlo e as análises dos derivados de sangue comprados por Portugal. Não recebeu qualquer resposta. E os lotes terão continuado a ser distribuídos, numa altura em que vários países europeus já tinham tomado medidas de prevenção severas.

Depois de obter uma amostragem de todo o plasma existente em Portugal, a APH enviou-a para o laboratório austríaco e pediu a chamada "análise cega". Os resultados não se fizeram esperar: os lotes estavam infectados. Mesmo assim, segundo o jornal " O Independente", o ministério de Leonor Beleza terá demorado dois meses e meio a reagir. Em Fevereiro de 1987 foi enviada uma circular a todos os hospitais do país, pedindo a retirada do factor VIII contaminado. Em 1987, a APH dizia que 70% dos hemofílicos eram seropositivos por terem utilizado derivados de sangue contaminado.

Desfecho Em Novembro de 1995, os hemofílicos começaram a receber as indemnizações de 12 mil contos (60 mil euros) determinadas por um tribunal arbitral criado pelo governo. Dois anos mais tarde, em Março de 1997, o Tribunal de Instrução Criminal arquivou o processo contra Leonor Beleza. A justiça considerou que a ex-ministra violou os deveres de cuidado, mas não encontrou indícios suficientes para provar o dolo. O MP recorreu e renovou a acusação. Em Novembro de 1998, é anulado o arquivamento e o processo foi a julgamento, mas os arguidos recorreram para o Tribunal Constitucional. Entretanto, o processo prescreveu.

http://www.ionline.pt/conteudo/16499-es ... julgamento
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por mais_um » 12/11/2009 0:35

Fuga aos impostos
Escândalos da democracia: As obras na marquise de Cavaco Silva
Publicado em 27 de Agosto de 2009

A remodelação da casa de Cavaco Silva e as suspeitas de fraude fiscal. Tudo arquivado

Em 1993, o casal Cavaco Silva inicia as obras de remodelação no seu apartamento na Travessa do Possolo, em Lisboa. A história ganha dimensão quando, em Agosto de 1994, o jornal "Expresso" recebe uma denúncia sobre suspeitas de fraude fiscal da empresa que executa as obras na casa do primeiro-ministro: a Soprocil - Sociedade de Projectos e Construções Civis, SA, sediada em Tavira. A empresa teria realizado trabalhos a mais sem emitir a respectiva factura, fugindo ao pagamento do IVA.

O "Expresso" questiona os subempreiteiros e Cavaco Silva sobre o valor das obras. Sem responder, Cavaco Silva envia uma carta ao director do jornal queixando-se do inquérito. E identifica um jornalista que se teria feito passar por agente da Polícia Judiciária. A resposta oficial às perguntas do "Expresso" surge dias mais tarde, assinada pelo assessor de imprensa Fernando Lima, que escreve em nome de Maria Cavaco Silva. O pedido de informação era negado porque Maria Cavaco Silva "também nunca perguntou a nenhum jornalista quanto é que gastou na última reparação do seu automóvel ou na última vez que foi ao alfaiate."

A investigação não é publicada por falta de elementos. A 5 de Janeiro de 1995, Cavaco Silva envia uma carta ao presidente da Assembleia da República, Barbosa de Melo, com a correspondência trocada com o "Expresso" em anexo. Para "suscitar uma reflexão por parte dos representantes do povo sobre a dimensão e amplitude da esfera da privacidade dos familiares de agentes políticos."

A 6 de Janeiro entra na Procuradoria--Geral da República uma queixa apresentada pela contabilista Soprocil, referindo as ilegalidades. No dia seguinte, o "Expresso" publica toda a investigação. e o Ministério Público abre um inquérito.

A contabilista, Maria Lurdes Machado, alega ter recebido uma chamada do arquitecto responsável pela obra, Olavo Dias, informando que os administradores da empresa tinham decidido "fazer uma atenção" ao cliente e não cobrar IVA nos trabalhos a mais. A empresa não emitira a respectiva factura - 300 contos (1500 euros) - e lançara, em outras obras, parte dos valores do material usado na Travessa do Possolo. O casal Cavaco Silva era alegadamente cúmplice por pagar as obras sem factura.

A queixa da contabilista é arquivada em Março de 1995, três meses depois de aberto o inquérito após a empresa pagar o IVA em falta. O casal Cavaco Silva nunca é ouvido porque se considera "desnecessário recolher o depoimento". E porque, sendo "os consumidores finais dos trabalhos", não tinham "qualquer obrigação de exigir factura". A conversa telefónica entre a contabilista e o arquitecto fica por provar. Maria Cavaco Silva escreve ao "Expresso": "Sobre as despesas que paguei, incidiu IVA até ao último tostão." O caso ficou conhecido como "a marquise de Cavaco".

Mas teve outro desfecho: o jornalista referido na correspondência com o "Expresso" processou Cavaco Silva por difamação. O tribunal de primeira instância arquivou a queixa alegando que, mercê de uma confusão entre o Código Penal e do Processo Penal, o prazo prescrevera. O Tribunal da Relação de Lisboa delibera no mesmo sentido.

Meses antes da sentença, os mesmos juízes assumiram outra decisão sobre uma matéria semelhante à do processo Cavaco Silva. E essa sentença foi em sentido oposto à do caso de Cavaco Silva. O colectivo de juízes afirmou ter mudado de opinião. O Supremo Tribunal confirmou esta sentença e criou jurisprudência que permitiu arquivar mega investigações da Polícia Judiciária como a do Fundo Social Europeu.

http://www.ionline.pt/conteudo/20115-es ... vaco-silva
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por mais_um » 12/11/2009 0:24

mcarvalho Escreveu:para ajudar ao debate

vale a pena ver o programa da Sic Noticias que está a ser transmitido


mcarvalho
ps
Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim.
(Millôr Fernandes)


Obrigado, pela dica! :wink:
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por mcarvalho » 12/11/2009 0:06

para ajudar ao debate

vale a pena ver o programa da Sic Noticias que está a ser transmitido


mcarvalho
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por mais_um » 11/11/2009 23:33

mfsr1980 Escreveu:Caro mais_um,
Já percebi que a tua profissão é defenderes o chefe pinóquio e não aquela de bancário que nos fizeste crer.
O teu chefe sabe gerir muito bem os dinheiros públicos, acabaste de dizer que as portagens era coisa que eles nunca receberam e assim confirma-se da boa governança que assistimos todos os dias.

Um abraço de
mfsr1980


Boas!

Lamento que desconheças o que é uma concessão, mas já agora deixo-te o link do 1º contrato de concessão da Brisa, de 1972, assinado pelo Marcelo Caetano, em que é assegurado à Brisa a comparticipação do Estado para o caso de as receitas das portagens não atingirem determinado valor e no caso de ultrapassar esse valor , ou seja se houver lucro, esse é dividido entre o Estado e a Brisa. Concluindo se existir prejuizo o Estado entra, se existir lucro, o Estado só vê metade, estes gajos foram uns visionários!

http://pt.legislacao.org/primeira-serie ... bras-32618

Continuando, em 91 foi assinado um novo contrato de concessão entre o Estado e a Brisa, era 1º ministro Cavaco Silva, uma curiosidade que deu tanta polemica em 2008, foi prolongado um contrato de concessão de um bem publico SEM concurso publico, isto faz-me lembrar um terminal de contentores, algures em Alcantra.... :twisted: :twisted: . Continuando, neste contrato o Estado assumia 35% do custo das auto-estradas e a Brisa ficava com a totalidade das portagens, brilhante!

http://pt.legislacao.org/primeira-serie ... ado-107443

Como vês o Socrates teve bons exemplos e bons professores!

Um abraço,

Alexandre Santos
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Re: será que anda por aqui?

por MERCW125 » 11/11/2009 22:56

mcarvalho Escreveu:Empresário apoiante de Sócrates desapareceu e deixou milhares de euros de dívidas

Desapareceu e deixou milhares de euros em dívidas o empresário que ainda este ano apresentou um mega-projecto para o mar de Cascais. Pedro Sarmento Coelho integrou a comissão de honra de José Sócrates nas últimas eleições e foi um dos mentores do programa de governo do PS. Agora, é procurado pelos antigos empregados, que abandonou sem explicações.


Empresário em fuga com milhares de euros de dívidas
Notícias País Pedro Sarmento Coelho, 33 anos, era o presidente executivo
de um sem número de empresas...

O mais recente sonho do empresário passava pela concretização de
um projecto de 30 milhões de euros, para a criação de um gigantesco viveiro de bivalves em plena costa de Cascais.

E ainda antes do licenciamento, já o empresário idealizava no papel
uma inauguração de arromba para Julho passado, com vários secretários de estado e outras personalidades.

A cerimónia nunca chegou a acontecer. O projecto foi categoricamente rejeitado pelo Clube Naval de Cascais, que se queixou de que os viveiros iriam destruir um dos melhores campos de regata do mundo.

Mas a verdade, é que Pedro Sarmento Coelho é actualmente o dono daqueles 500 hectares de mar e tem validade de 45 anos, o contrato de concessão assinado a 10 de Julho entre o empresário e o Ministério do Ambiente, através da Administração da Região Hidrográfica do Tejo.

Durante o Verão e enquanto os funcionários o procuravam,
o empresário dava entrevistas a órgãos de comunicação social e apareceu como orador da Geração de Ideias do Partido Socialista.



http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais ... ividas.htm



Enfim, mais uma infeliz coincidência, ou será que também é alguma calúnias, as tantas será calunia, é melhor irem ver????????????????E as outras serão calunias, talvez não!!!!!!!!!!Ou Serão??
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por mais_um » 11/11/2009 22:48

joaolc Escreveu:Mais_um,

´No artigo que citei, está escrito o seguinte:

Mas é igualmente muito interessante verificar que, até 2013 (inclusive), os encargos com PPP foram revistos em baixa, em virtude do fluxo de recebimentos no montante de 639 milhões de euros (ou 0,4% do PIB de 2008), em valor actual, proveniente das novas subconcessões rodoviárias realizadas pela Estradas de Portugal no corrente ano. A figura em anexo mostra bem este efeito…


Das duas uma, ou isto é falso ou entao tenho razão...



Errado! Aparentemente é verdade (as contas não estão bem feitas, mas mais 100 milhões, menos 100 milhões não é significativo) e não tens razão! :lol: :lol:

Passo a explicar, olhando para a tabela da pagina 205 verificas que até 2013 inclusive o Estado, neste caso a EP,SA tem um saldo positivo na rubrica de subconcessões rodoviarias de 745 milhões de € e a partir de 2014 tem um saldo negativo nesta rubrica até 2038. Na rubrica de auto-estradas com portagens,
a partir de 2014 tem um valor residual, considerando o subtotal do sector rodoviário. Assim não é verdade a tua afirmação que é devido às autoestradas com portagens que faz aumentar a despesa, como podes verificar na dita tabela, o que aumenta a despesa é a rubrica das subconcessões rodoviarias.

Não esquecer que passou para a EP,SA a responsabilidade de tudo o que é obras de melhoramento e conservação de toda a rede rodoviaria nacional. Podemos ir a cada subconcessão e verificar a sua utilidade, isso o artigo não refere é omisso, mas compreende-se porquê, afinal é escrito por um destacado membro do PSD e não convem explicar isto.

Já agora se analisares a tabela verificas que o pico da despesa no sector rodoviario é atingido em 2016. Também é interessante verificar que as concessões das auto-estradas com portagem vão começar a terminar em 2029 (no caso da lusoponte em 2024) o que vai possibilitar ao Estado uns anos antes um encaixe significativo, na renogociação das concessões (só a Brisa cobrou cerca de 580 milhões de € em portagens em 2008) , isto também não é explicado no dito artigo, mas compreende-se porquê.

Nota: A minha chamada de atenção prende-se apenas com este teu erro, não estou a defender esta politica assim como era contra a politica de betão do Cavaco, também advogo que há outras prioridades, no entanto, tal como no tempo do Cavaco, o povo decidiu assim, por isso como democrata que sou tenho que aceitar.
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será que anda por aqui?

por mcarvalho » 11/11/2009 22:15

Empresário apoiante de Sócrates desapareceu e deixou milhares de euros de dívidas

Desapareceu e deixou milhares de euros em dívidas o empresário que ainda este ano apresentou um mega-projecto para o mar de Cascais. Pedro Sarmento Coelho integrou a comissão de honra de José Sócrates nas últimas eleições e foi um dos mentores do programa de governo do PS. Agora, é procurado pelos antigos empregados, que abandonou sem explicações.


Empresário em fuga com milhares de euros de dívidas
Notícias País Pedro Sarmento Coelho, 33 anos, era o presidente executivo
de um sem número de empresas...

O mais recente sonho do empresário passava pela concretização de
um projecto de 30 milhões de euros, para a criação de um gigantesco viveiro de bivalves em plena costa de Cascais.

E ainda antes do licenciamento, já o empresário idealizava no papel
uma inauguração de arromba para Julho passado, com vários secretários de estado e outras personalidades.

A cerimónia nunca chegou a acontecer. O projecto foi categoricamente rejeitado pelo Clube Naval de Cascais, que se queixou de que os viveiros iriam destruir um dos melhores campos de regata do mundo.

Mas a verdade, é que Pedro Sarmento Coelho é actualmente o dono daqueles 500 hectares de mar e tem validade de 45 anos, o contrato de concessão assinado a 10 de Julho entre o empresário e o Ministério do Ambiente, através da Administração da Região Hidrográfica do Tejo.

Durante o Verão e enquanto os funcionários o procuravam,
o empresário dava entrevistas a órgãos de comunicação social e apareceu como orador da Geração de Ideias do Partido Socialista.



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por mcarvalho » 11/11/2009 22:09

11 Novembro 2009 - 02h00

Cascais: Projecto de 30 milhões para produzir bivalves vai ser rejeitado
Ligações ao PS não safam negócios
Pedro Sarmento Coelho, um empresário de 33 anos, queria investir 30 milhões de euros para produzir bivalves no mar de Cascais, mas o projecto vai ser chumbado e nem as ligações ao PS o ajudaram. Foi um dos autores do programa eleitoral de José Sócrates, tendo sido convidado por João Tiago Silveira, na altura secretário de Estado da Justiça, para fazer a parte do mar juntamente com o seu chefe de gabinete, João Stoffel.


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 3CB1F97A3C
 
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por mcarvalho » 11/11/2009 21:48

UNS dizem asneiras fruto de uma mente doentia e subjugada e insultam todos os que o não acompanham... que são quasi todos os que aqui se manifestam

outros limitam-se a transcrever notícias de fontes identificadas e credenciadas deixando os juizos de valor ao critério indidual
 
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por bEMdISPOSTO » 11/11/2009 20:30

Pronto, Ulisses Pereira, parece que tens o teu problema resolvido:

Por uma módica quantia passas a fazer análise do mercado e análise técnica de títulos, comunicando-as por telefone aos clientes (pra quê gráficos? Diz o que achas e o que vês, é o que interessa). E se alguma vez a CMVM te apanhar por meio de escutas, o teu advogado pode requerer a nulidade das mesmas:

ADVOGADO "Sr, Juiz, estas escutas são nulas. O meu cliente também é de Aveiro e sabe que V. Magnificência também anulou escutas nos processos dos "vizinhos", por isso não se arme agora em diferente... Gosta de ovos moles, já agora?"

Abraço :mrgreen:
A alegria de um "trader" é pôr-se atrás e ficar à frente
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por FRI2010 » 11/11/2009 20:14

mfsr1980 Escreveu:Caro mais_um,
Já percebi que a tua profissão é defenderes o chefe pinóquio e não aquela de bancário que nos fizeste crer.
O teu chefe sabe gerir muito bem os dinheiros públicos, acabaste de dizer que as portagens era coisa que eles nunca receberam e assim confirma-se da boa governança que assistimos todos os dias.

Um abraço de
mfsr1980


Pois é!!!!!
Um funcionário bancário que passa aqui os dias a dissertar! É mau para a produtividade.
Mas cada um sabe de si!!!
Quanto ao resto acho que os portugueses para bem da democracia gostariam de saber o teor da conversa com o seu amigo Vara.
É que se isto fosse ao contrario, fosse que partido fosse, estava o caldo entornado!!!
Gostaria de saber, se estes casos todos fossem com o Santana Lopes!!!
De certeza que teríamos aí os camaradas todos em lisboa abraçados a descer e a subir a avenida da liberdade com os cânticos habituais.
Agora, agora à que preservar o bom nome e não enveredar pela maledicência. Ou seja temos que estar calados aceitar esta pouca vergonha!
Agora, não existem Jobs For The Boys!!!! pois eu acho que nunca tivemos tantos.......
Depois escreve coisas hilariantes no mínimo!
O que eu ouvi por causa do túnel do marquês, embargaram a obra, fizeram trinta por uma linha.
Agora é uma obra que dá jeito não dá?
Sá Fernandes este grande homem ex-ligado ao BE e agora muito amigo do PS foi dos que mais lutou contra esta obra, defensor do ambiente etc...
Mas um dia ouvi a prova oral com o Fernando Alvim, onde o Zé Sá fernandes era o convidado, Alvim pergunta-lhe acerca da polémica dos contentores na zona ribeirinha do Rio Tejo.
Zé Sá reponde mais ou menos assim: os contentores não tapam o tejo todo, conseguimos ver pelas frestas, e para alé disso diga-me lá se é bonito ou não sair do LUX às tantas da manhã e ver aquilo rodeado de gruas!!!!!!!!!!
Isto passou na Prova Oral (Antena 3), já que o nosso "mais um" gosta tanto de colocar aqui programas da TSF ("made in portugal"), desafio-o a procurar nos programas da antena 3 (Prova Oral) e colocar aqui esse tesourinho deprimente.
Depois como se estes escândalos todos não fossem escândalosos o suficiente para esta indignação!!!!
É verdade, li à uns posts atrás que o Mário Crespo não gosta do PS, mas deixe-me lembra-lo que a TSF já gosta e muito do Ps.
Nunca vi tanto desgoverno.
A começar com as crianças a nascerem em ambulâncias, passando pelos negócios estranhos do nosso primeiro na Covilhã, pela sua estranha licenciatura, pelo processo freeport, etc.. e a acabar nos professores isto foi uma verdadeira trapalhada.
Enfim, o que eu gostava mesmo é que aqueles que ocupam cargos na Assembleis da República desde os seus 20 e poucos anos se reformassem, fossem criar empresas com o muito dinheiro que ganharam, fossem criar valor acrescentado, mas não passam os dias ali sentados a fazerem leis que melhor lhes servem.
Dar lugar a gente nova, com ideias novas.
Deixo aqui um exercício de memória: quantos de voces se lembram do Jorge Coelho, ministro de guterres (este pelo menos era um bom homem) numa conferência de emprensa a dar um murro na mesa e a dizer +- o seguinte:"Dizem que nós não fazemo obras, pois eu anuncio aqui em primeira mão que vamos construir a terceira ponte sobre o tejo". Continuo à espera.
Faço um apelo a quem conseguir apanhar esta conferência lá dos arquivos da RTP....era bonito.
Passava aqui o resto do dia mas tenho que fazer! não trabalho para o "Chefe"
Bons Investimentos a todos

Não assino por causa da asfixia democrática, peço desculpa.
 
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por moppie85 » 11/11/2009 19:36

mais_um Escreveu:
joaolc Escreveu:balta, dou-te três razões para este tópico já ter três páginas:

1) o homem anda metido em tudo o que escandalos. Se é verdade ou não, mas que é referido é um FACTO.


É natural que seja referido (não é o primeiro a sê-lo, já o Sá Carneiro era....), tendo em conta as politicas implementadas o homem colecciona uma quantidade de inimigos invejavel, só professores são 180 mil....


Claro! Como é que eu não pensei antes!
Foram os professores que lhe deram o curso ao Domingo só para o chatearem depois!
Também foram os professores que provocaram as encrencas todas na Covilhã!
E as encrencas do FreePort, aposto que foi outro professor bandido que por lá andou!
Para terminar, nas escutas tão discutidas, provavelmente foram pedidas por um juiz e por investigadores da PJ cujos familiares são professores descontentes.

mais_um Escreveu:
joaolc Escreveu:
2) As agencias de rating, que não dependem do estado portugues, desceram o rating de Portugal, o que demonstra desconfiança para com as contas públicas. ISto é um FACTO.


Esqueceste de referir que essas mesmas agências desceram o rating da Irlanda, Espanha, Grecia, Italia, etc...e que considerando que nos leiloes de divida publica o Estado Português tem conseguido colocar a divida a um valor inferior à das agências de rating demonstra que o mercado tem confiança nas nossas contas publicas e na capacidade de honrar os compromissos.


Esqueceste-te tu que o fracasso dos outros não é desculpa para os nossos fracassos. Em vez de comparares com os piores, que tal comparares com os melhores?! Sabes porque a colocação de divida desses estados tem sido aceite? Porque estão dentro do Euro e todos sabem que os países da zona Euro não vão deixar ir à falência um dos seus membros, sob pena de desestabilização grave da moeda. Nada tem a ver com a confiança nas nossas contas públicas, que, como já referi no outro tópico estão mais que camufladas por "dinheiro" recebido para barragens (como hoje se soube dos mais de 1100M€ que foi utilizado para que o déficit ficasse abaixo dos 3%), alienações de património e privatizações, incorporações de fundos autónomos de reforma e outros quejandos que não conhecemos. Aliás, isto são práticas de ambos os governos PS e PSD que mostram quão baixa é a formação económica e a responsabilidade destes políticos da treta.
Pena que não sejam criminalmente responsabilizados pelo estado das contas públicas...

mais_um Escreveu:
joaolc Escreveu:3) Os encargos com parcerias público privadas, que não são contabilizados nas contas públicas desde que respeitem determinadas condições, cresceram muito durante a última legislatura de Socrates. Foi feito um negócio em que, a partir de 2014 (se esta legislatura durar, quando Socrates sair do poder), o Estado Portugues não só deixa de receber rendimentos provenientes das portagens das autoestradas como passa a ter que pagar por elas, penalizando muito as contas públicas. Isto não é uma opinião, isto é um FACTO!


Se é um facto prova-o, coloca aqui uma copia do contrato onde está escrito que o Estado Português deixa de receber (nunca recebeu! :lol: :lol: :lol: ) rendimentos das portagens das auto-estradas e vai passar a pagar por elas a partir de 2014.

A concessão das auto estradas é mais ou menos o seguinte, as concessionarias pagam ao Estado uma vebra por explorarem as auto-estradas durante determinado tempo, findo esse tempo estas passam para o Estado. Existindo aqui algumas nuances, nomeadamente em determinados troços, o Estado assume (ou assumia) parte do risco financeiro, ou seja se não existisse determinado volume de trafego, o Estado pagava às concessionárias (este modelo de negocio veio do Estado Novo, foi mantido pelo Cavaco e só mais tarde foi alterado)

As SCUT tem um modelo diferente, as concessionarias constroem e o Estado paga uma verba durante um determinado numero de anos (basicamente até pagar a construção, mais os juros, custos de manutenção e uma margem de lucro).
[/quote]

Quanto às provas, já te deram num comentário um pouco mais abaixo as provas sobre os OEs e as PPPs.

Continuas a querer fazer querer que as concessionárias ficam a ganhar quase nada nos negócios que realizam com o Estado.

Já te expliquei que muitas dessas obras são "duvidosas" e de riscos mal calculados, como já referi relativamente à construção do novo Hospital de Todos-os-Santos.

Mais, prova disso é o chumbo recente do TC à construção de algumas auto-estradas...
 
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por mfsr1980 » 11/11/2009 19:09

Caro mais_um,
Já percebi que a tua profissão é defenderes o chefe pinóquio e não aquela de bancário que nos fizeste crer.
O teu chefe sabe gerir muito bem os dinheiros públicos, acabaste de dizer que as portagens era coisa que eles nunca receberam e assim confirma-se da boa governança que assistimos todos os dias.

Um abraço de
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por jlncc » 11/11/2009 19:09

Mais_um,

´No artigo que citei, está escrito o seguinte:

Mas é igualmente muito interessante verificar que, até 2013 (inclusive), os encargos com PPP foram revistos em baixa, em virtude do fluxo de recebimentos no montante de 639 milhões de euros (ou 0,4% do PIB de 2008), em valor actual, proveniente das novas subconcessões rodoviárias realizadas pela Estradas de Portugal no corrente ano. A figura em anexo mostra bem este efeito…


Das duas uma, ou isto é falso ou entao tenho razão...

Sinceramente, não sei como confirmar esta informação. Consegues-me ajudar?

PS. Enquanto escrevias a resposta eu alterei o meu post, pois apercebi-me que estava a transmitir um raciocínio errado, tal como me alertaste. Mas continuo sem perceber o aumento súbito a partir de 2014.
Editado pela última vez por jlncc em 11/11/2009 19:11, num total de 1 vez.
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por mais_um » 11/11/2009 18:44

joaolc Escreveu:Caro mais_um,

Podes verificar o que digo no relatório do OE 2009, cujo download podes fazer aqui:

http://www.dgo.pt/OE/2009/Proposta/Relatorio/rel-2009.pdf

Verifica na página 206, o gráfico que lá aparece. Este gráfico faz a comparação entre 2008 e 2009, e pode-se verificar que autoestradas com portagem real (rod P - real) têm um aumento enorme de 2008 para 2009. (o Estado não só deixa de receber como passa a pagar até 2014).


O teu erro é derivado ao facto de desconheceres os contratos de concessão das auto estradas com portagem.

O Estado nunca recebeu receitas das portagens de auto estradas que estão concessionadas, recebe é uma verba ou serviços pela concessão, que pode ser à cabeça (por exemplo quando a MFL passou a CREL para a BRISA, esta pagou a concessão de uma só vez).

O Estado gasta dinheiro com as auto-estradas com portagens quando comparticipa na sua construção, tipicamente 20% do valor de construção ou quando tem que pagar quando as receitas não atingem os valores acordados, por exemplo como na Ponte Vasco da Gama.

Se verificares a tabela da pagina 205, vês que escreveste um grande disparate.....
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por jlncc » 11/11/2009 18:27

Caro mais_um,

Lê o seguinte artigo:

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=343578

Cumprimentos
Editado pela última vez por jlncc em 11/11/2009 18:53, num total de 1 vez.
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por mais_um » 11/11/2009 18:14

limpaesgotos Escreveu:Os intocáveis .Mário Crespo

O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.

Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.



Logo no principio do artigo de opinião do Mario Crespo ele demonstra o que pretende.

Ele fez a seguinte afirmação:

pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro


Entidades dependentes do Ministro da Presidência:

Agência para a Modernização Administrativa
Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural [ACIDI]
Centro de Gestão da Rede Informática do Governo [CEGER]
Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros [CEJUR]
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género [CIG]
Instituto do Desporto de Portugal [IDP]
Imprensa Nacional - Casa da Moeda, S.A. [IN-CM]
Instituto Nacional de Estatística [INE]
Instituto Português da Juventude [IPJ]
Programa Escolhas
Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros

http://www.mp.gov.pt/mp/pt/EntDependentes/default.htm


Pelo que veio até agora a publico nenhuma destas entidades está sobre investigação no processo Face Oculta.

O Mario Crespo não pode com o Socrates nem com o PS, ele estava ligado à extrema direita quando esteve na Africa do Sul, por isso isento ele não é, se for necessario inventar um bocado para denegrir a imagem de alguém que ele não goste, como é o caso, ele não hesitará, como se pode ver neste comentário dele.
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por mais_um » 11/11/2009 17:56

joaolc Escreveu:balta, dou-te três razões para este tópico já ter três páginas:

1) o homem anda metido em tudo o que escandalos. Se é verdade ou não, mas que é referido é um FACTO.


É natural que seja referido (não é o primeiro a sê-lo, já o Sá Carneiro era....), tendo em conta as politicas implementadas o homem colecciona uma quantidade de inimigos invejavel, só professores são 180 mil....

joaolc Escreveu:
2) As agencias de rating, que não dependem do estado portugues, desceram o rating de Portugal, o que demonstra desconfiança para com as contas públicas. ISto é um FACTO.


Esqueceste de referir que essas mesmas agências desceram o rating da Irlanda, Espanha, Grecia, Italia, etc...e que considerando que nos leiloes de divida publica o Estado Português tem conseguido colocar a divida a um valor inferior à das agências de rating demonstra que o mercado tem confiança nas nossas contas publicas e na capacidade de honrar os compromissos.

joaolc Escreveu:3) Os encargos com parcerias público privadas, que não são contabilizados nas contas públicas desde que respeitem determinadas condições, cresceram muito durante a última legislatura de Socrates. Foi feito um negócio em que, a partir de 2014 (se esta legislatura durar, quando Socrates sair do poder), o Estado Portugues não só deixa de receber rendimentos provenientes das portagens das autoestradas como passa a ter que pagar por elas, penalizando muito as contas públicas. Isto não é uma opinião, isto é um FACTO!


Se é um facto prova-o, coloca aqui uma copia do contrato onde está escrito que o Estado Português deixa de receber (nunca recebeu! :lol: :lol: :lol: ) rendimentos das portagens das auto-estradas e vai passar a pagar por elas a partir de 2014.

A concessão das auto estradas é mais ou menos o seguinte, as concessionarias pagam ao Estado uma vebra por explorarem as auto-estradas durante determinado tempo, findo esse tempo estas passam para o Estado. Existindo aqui algumas nuances, nomeadamente em determinados troços, o Estado assume (ou assumia) parte do risco financeiro, ou seja se não existisse determinado volume de trafego, o Estado pagava às concessionárias (este modelo de negocio veio do Estado Novo, foi mantido pelo Cavaco e só mais tarde foi alterado)

As SCUT tem um modelo diferente, as concessionarias constroem e o Estado paga uma verba durante um determinado numero de anos (basicamente até pagar a construção, mais os juros, custos de manutenção e uma margem de lucro).
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por mais_um » 11/11/2009 16:19

Sobre as barragens:

É curioso ler as barbaridades que vão sendo escritas sobre o assunto, faz-me lembrar as mesmas do Alqueva, que o Estado Português tinha que devolver isto e aquilo e no fim não aconteceu nada.

Infelizmente há por aqui um conjunto de pessoas que não tem a preocupação de informar mas sim de desinformar, dizer mal, caluniar, inventar, etc...são sempre os mesmos, compreende-se, de alguma forma foram atingidos nos seus "direitos" e depois acabam por tentar vingar-se desta forma.

No caso concreto destas barragens, existiu bem recentemente uma decisão do tribunal europeu, curiosamente após o "tal" relatório referido:

O Tribunal de primeira instância das Comunidades Europeias julgou "manifestamente inadmissível" um recurso e pedido de indemnização dos ambientalistas, confirmando o a decisão da Comissão Europeia de arquivar uma queixa da Plataforma Sabor Livre (PSL) contra a barragem do Sabor.

Os ambientalistas pretendiam, junto do Tribunal Europeu, a anulação da decisão tomada em Fevereiro de 2008 pela Comissão Europeia de arquivar uma queixa contra o Estado português por "alegada incompatibilidade do projecto da barragem do Baixo Sabor com as Directivas Comunitárias".

O tribunal julgou, em decisão datada de 07 de Setembro, "manifestamente inadmissível" o recurso que visava a anulação da decisão tomada, em Fevereiro de 2008, pela Comissão Europeia de arquivar uma queixa contra o Estado português por "alegada incompatibilidade do projecto da barragem do Baixo Sabor com as Directivas Comunitárias".
http://www.ionline.pt/conteudo/22677-ba ... to-queixa-


Uma das versões da noticia sobre o ultimo estudo:

Um estudo encomendado pela Comissão Europeia considera que o Estado português não avaliou correctamente nem o impacto, nem a verdadeira necessidade para o país do Programa Nacional de Barragens.

O impacto de cada barragem individual na qualidade da água foi analisado de “forma muito pobre” e o impacto combinado de todas as barragens nem foi levado em conta, diz o estudo pedido pelo Executivo europeu, citado pela “SIC Notícias”.

O relatório europeu nota também que, se Portugal construir todas as barragens que pretende, não será possível ao País cumprir a legislação europeia relativa à qualidade da água, o que poderá levar à aplicação de sanções contra Portugal a partir de 2015.

Tendo em conta a relação custo/benefício, os especialistas europeus dizem que “não se compreende” a decisão do Governo sobre as barragens.

O Estado já adjudicou entretanto sete das dez novas barragens, tendo encaixado com isso uma receita extraordinária de mil milhões de euros em 2008, que permitiu ao País cumprir os limites estabelecidos pela União Europeia para o défice orçamental.

O Ministério do Ambiente conhece o relatório desde o passado mês de Junho, mas afirma que a divulgação do mesmo compete à Comissão Europeia

http://economico.sapo.pt/noticias/ue-en ... 74154.html


Como se pode verificar entre o que supostamente diz o relatório e o ter que devolver o dinheiro das concessões vai uma grande distância.

O meu professor de gestão de projectos dizia que em Portugal há um defeito curioso, comemora-se quando se ganha um projecto e não quando termina o mesmo, assim estão alguns participantes no fórum....
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