Jerónimo Martins perde um terço do valor em sete dias
As acções da Jerónimo Martins fecharam em queda pela sétima sessão consecutiva, período em que os títulos deslizaram 33%. A empresa, que tem sido penalizada por notas de research negativas e pela descida da moeda polaca, está agora a negociar em mínimos de Janeiro de 2006.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
As acções da Jerónimo Martins fecharam em queda pela sétima sessão consecutiva, período em que os títulos deslizaram 33%. A empresa, que tem sido penalizada por notas de “research” negativas e pela descida da moeda polaca, está agora a negociar em mínimos de Janeiro de 2006.
Hoje os títulos fecharam a cair 9,1% para 3,654 euros. Ao longo da sessão chegaram a deslizar 12,69% para 3,51 euros, a que corresponde ao valor mais baixo desde Janeiro de 2006 e uma perda de 33% face ao valor de fecho de terça-feira passada.
A companhia liderada por Luís Palha, que por muito tempo chegou a ser a única do PSI-20 com saldo positivo em 2008, acumula agora uma queda anual de 32,33%.
Parte deste desempenho deve-se às quedas acumuladas ao longo das últimas sete sessões, período durante o qual os títulos passaram de 5,225 euros para os actuais 3,654 euros.
A capitalização bolsista da companhia está agora nos 2,299 mil milhões de euros, depois de eliminado um terço do valor nestas sete sessões.
A Jerónimo Martins tem sido penalizada sobretudo pela divulgação de notas de “research” negativas por parte de bancos de investimento estrangeiros, que assinalam o impacto negativo da crise financeira da actividade da empresa, que tem uma forte presença na Polónia.
A economia polaca tem sido penalizada pela crise, o que se reflecte na evolução da moeda do país. Hoje o zloty voltou a negociar em queda face ao euro (-0,58%), acumulando uma descida de mais de 9% no espaço de sete dias.
O Goldman Sachs, que há menos de uma semana reduziu o “target” da Jerónimo Martins para 4,20 euros, voltou a cortar a avaliação da empresa liderada por Luis Palha da Silva. O “target” caiu em 10%, para 3,80 euros, mas o banco de investimento norte-americano retirou a empresa da lista de “convicção de venda”.