Melhor do que o esperado
Altri passa de lucros a prejuízos de 12 milhões nos primeiros nove meses
A Altri passou de lucros a prejuízos de 12 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os resultados foram ainda assim melhores do que o esperado, sendo que no terceiro trimestre a empresa registou lucros pela primeira vez este ano.
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Ana Filipa Rego
arego@negocios.pt
A Altri passou de lucros a prejuízos de 12 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os resultados foram ainda assim melhores do que o esperado, sendo que no terceiro trimestre a empresa registou lucros pela primeira vez este ano.
Segundo a mesma fonte, a empresa presidida por Paulo Fernandes tinha registado lucros de 11 milhões nos primeiros nove meses de 2008. As receitas totais caíram 2,5% para os 222,3 milhões de euros enquanto o EBITDA ascendeu a cerca de 25,3 milhões de euros, uma queda de 55,4% face ao período homólogo.
Os analistas consultados pela Reuters esperavam um prejuízo de 16,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2009 e receitas de 211,1 milhões de euros.
No terceiro trimestre, a Altri registou, pela primeira vez este ano, resultados positivos, tendo atingido lucros consolidados de 52 mil euros nos três meses.
“A melhoria do mercado da pasta a nível internacional, o aumento da capacidade de produção nas suas três unidades contribuíram para uma melhoria dos resultados apresentados”, sublinha a empresa.
No terceiro trimestre, as unidades da Altri atingiram 180 mil toneladas de produção de pasta branqueada de eucalipto, o valor mais elevado do ano, registando uma produção acumulada de 457 mil toneladas. A Altri exportou para os mercados internacionais 95% da totalidade da sua produção.
Os custos totais, excluindo amortizações, financeiros e impostos, no terceiro trimestre de 2009 ascenderam a 69,3 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 7% face ao segundo trimestre de 2009 e uma subida de cerca de 21% face terceiro trimestre de 2008.
“A evolução das rubricas de custos face ao trimestre anterior reflecte a optimização em curso nas unidades industriais, com particular enfoque na Celbi e na Celtejo, e a redução do nível de custos fixos e variáveis em ambas as fábricas. Quando comparado com o mesmo período de 2008, a evolução dos custos reflecte o aumento de capacidade”, sublinha a mesma fonte.