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Porta-voz espera que modelo seja um êxito
Renault vai testar já este ano o seu carro eléctrico
2009/02/26 07:30Redacção / RPV
Veículo será «uma bomba», até melhor do que um turbo
O construtor automóvel francês Renault vai «testar já este ano» o seu carro eléctrico, anunciou o presidente, Carlos Ghosn, considerando «estarem a partir de agora reunidas as condições para que o carro eléctrico seja um êxito».
«A nossa viatura já existe. Vamos testá-la já este ano», declara Ghosn numa entrevista ao semanário «Le Point», citado pela agência Lusa. «A autonomia é de 160 quilómetros com o ar condicionado regulado ao máximo e a rádio», acrescenta.
A Renault já anunciou que vai lançar os seus primeiros carros eléctricos em 2011 e em larga escala em 2012.
O presidente da Renault e Nissan sublinha que «é ao nível político» que vai jogar-se o mercado do carro eléctrico, destacando que os presidentes das Câmaras das cidades e, nos Estados Unidos, os governadores, «vão mudar os regulamentos» e «vão impor o carro eléctrico».
Bateria mais barata que depósito
Ghosn lembra que o seu objectivo é que o carro eléctrico «excepto a bateria não seja mais caro que uma viatura diesel» e que depois o automobilista «vá alugar» a bateria «ou pagar uma assinatura como com um telefone portátil».
«O aluguer da bateria e o seu carregamento devem custar mais barato que encher o depósito de gasolina», prossegue.
Ghosn afirma que «o carro eléctrico, é uma bomba, é mesmo melhor que um turbo».
Carlos Ghosn observa aliás que as medidas de apoio ao automóvel nos Estados Unidos «não beneficiam só os construtores norte-americanos, antes visam ajudar todos os construtores» que aí estão instalados a prepararem-se para as tecnologias do futuro.
Em Julho de 2008, o Governo português e a aliança Renault-Nissan assinaram no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, um protocolo para a comercialização em Portugal de modelos de veículos eléctricos.
Após a assinatura deste protocolo, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que o Governo vai estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar menos de 30 por cento do actual imposto automóvel.