Negocios.pt Escreveu: A Corticeira Amorim fechou o primeiro trimestre com lucros de 5,3 milhões de euros, menos 8,1% do que há um ano. E as vendas apenas aumentaram 1,7%, para 133,5 milhões, e mesmo assim por efeito de consolidação da espanhola Trefinos. Uma performance determinada pela crise na Europa, mercado que vale 60% dos negócios do grupo.
A recessão que atravessa a maioria dos países europeus, mercado que gera cerca de 60% dos negócios da Corticeira Amorim, acabou por penalizar não só as vendas do grupo como também os resultados líquidos, tendo estes recuado 8,1% nos primeiros três meses de 2013, para os 5,29 milhões de euros, em relação ao mesmo período do ano passado.
A Corticeira Amorim fechou o primeiro trimestre com uma facturação de 133,5 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 1,7% face a igual período do ano anterior. “Este comportamento reflecte, no entanto, a entrada do grupo Trefinos [adquirida em Junho do ano passado] no perímetro de consolidação, que impactou positivamente as vendas em cerca de seis milhões de euros, ou seja, um contributo de 4,5% para o referido crescimento. Em termos comparáveis, as vendas apresentam uma ligeira quebra”, reconhece o grupo liderado por António Rios Amorim, em comunicado enviado à CMVM.
O EBITDA da Corticeira Amorim atingiu os 16,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013, o que corresponde a uma descida de 13,7% face ao registado em igual período do ano anterior.
A margem bruta percentual registou uma descida, tendo-se situado nos 48,5%, o que compara com os 49,5% de há um ano. “A esta descida não é alheia a diminuição de rendimento de alguma matéria-prima cortiça, assim como o impacto cambial”, justificou a Amorim.
A unidade de rolhas, que continua a ser o principal negócio da Amorim, registou um crescimento de 6,7% nas vendas do primeiro trimestre que, considerando a entrada do Grupo Trefinos no perímetro de consolidação, atingiram os 81,6 milhões de euros. Porém, em termos comparáveis, as vendas ficam ligeiramente abaixo do trimestre homólogo de 2012, registando-se uma ligeira quebra de 1%.
“Apesar do continuado aumento do consumo mundial de vinho registado, os principais mercados reflectem uma retracção nos engarrafamentos, provocada por condicionalismos de disponibilidade de matéria”, explicou o grupo sediado em Mozelos, Santa Maria da Feira.
Já as vendas da unidade de matérias-primas recuaram 14%, as de revestimentos 7,4% e as de aglomerados compósitos 4%, numa espiral de retracção a que a unidade de isolamentos também não conseguiu escapar.