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Caldeirão da Bolsa

Petróleo...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 15/5/2008 22:16

Já agora, deixo os valores todos para o primeiro semestre de 2005 onde se inclui esse mês de Março:

PT ES

.388 .397
.386 .409
.407 .443
.448 .459
.449 .446
.451 .472


Aparentemente os valores desse mês já sofreram um aumento em Espanha que se veio a verificar na tabela apenas em Portugal no mês seguinte.
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por MarcoAntonio » 15/5/2008 22:09

Majomo, essa comparação não está bem.

Vê os valores de Fevereiro e os valores de Abril.

Isso basta os valores não terem sido tirados exactamente no mesmo dia (ou outras pequenas coisas cmo diferenças de stock, etc) que podem aparecer disparidades pontuais perfeitamente compreensíveis. O que interessa é saber como evolui no longo-prazo e não ver num determinado mês.

E se fores ver para outros meses vês que em média a disparidade é de 1 ou 2 centimos, não tão grande quanto nesse mês em particular.
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por EuroVerde » 15/5/2008 20:38

Estamos aproximando-nos do Verão e o petróleo não dá caras que vai ceder. A produção industrial Americana caiu fortemente e o número de pedidos de subsidio desemprego está a aumentar. As taxas de juro emprestimo continuam em alta e os mercados financeiros estão a subir com excasso volume. Muitos acreditam/especulam que o pior da crise já passou, pois eu acredito que a economia Americana ainda vai entrar em recessão e que com estes dados hoje divulgados, iremos continuar a assistir a quedas nos mercados financeiros devido aos lucros reduzidos de empresas de determinado sector. E enquanto o preço das casas continuar a desvalorizar torna-se dificil a todos nós conseguir adivinhar quais as verdadeiras perdas do subprime. Haverá daqui em diante imensa oferta para a reduzidissima procura, pois as familias não têm dinheiro, estão endividadas e não conseguem obter crédito fácil.
E isto afecta a economia, a vermos na bolsa.
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por majomo » 15/5/2008 19:54

Post editado:

Revi melhor as contas, Marco analisa estes dados:

É verdade que o estado aumentou os impostos vergonhosamente, mas as Galps também aumentaram a sua margem

Basta analisar os gráficos seguintes, retirados do site do governo espanhol com os preços de todos os postos espanhóis, ou seja, um verdadeiro serviço público...
http://geoportal.mityc.es/hidrocarburos/eess/
Por cá o nosso governo não tem interesse numa coisa destas, afinal é ele o principal responsável pela grande diferença de preços para com espanha...

Por exemplo o caso do gasóleo:
Março de 2005 (entrada deste governo) e março de 2008

Imagem

Imagem

Imagem

Imagem


Resumo:

Imagem


Ou seja, dos dados oficiais espanhóis, podemos observar o que aconteceu nestes últimos três anos...

Portanto, não é são só as GALPs que aumentaram margens, também o "nosso" governo tratou de aumentar a sua margem...

E ainda vêm com a lata de pedir à AC para investigar a formação de preços...

O nosso governo engana o povo pois é ele o principal responsável pela grande diferença entre espanha e portugal... impostos e não promove concorrência.
Editado pela última vez por majomo em 15/5/2008 21:37, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 15/5/2008 18:18

Já agora fica aqui a comparação entre Março de 2004 e Março de 2008 (gasóleo).


Março de 2004, Portugal (0.73 euros).

Preço Base: 0.307 euros
ISP: 0.308 euros
IVA: 19%


Março de 2008, Portugal (1.23 euros).

Preço Base: 0.656 euros
ISP: 0.364 euros
IVA: 21%




Março de 2004, Espanha (0.70 euros).

Preço Base: 0.309 euros
ISP: 0.294 euros
IVA: 16%


Março de 2008, Espanha (1.12 euros).

Preço Base: 0.664 euros
ISP: 0.302 euros
IVA: 16%


Como podes ver as diferenças no preço base são minúsculas, a única diferença relevante deriva da diferente carga fiscal.
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por MarcoAntonio » 15/5/2008 18:06

majomo Escreveu:Há 3/4 anos, nós tínhamos o gasóleo mais barato que espanha cerca de 5 cents.
Agora temos o gasóleo mais caro 15 cents.
E este aumento não foi só impostos...


Foi essencialmente impostos. O IVA subiu e o ISP também subiu vários centimos cá, ao passo que em Espanha ambos se têm mantido constantes.
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por Crómio » 15/5/2008 18:00

Caros,

É impressão minha ou os futuros de petróleo estão neste momento a negociar com uma queda de mais de 2% em relação à notícia colocada acima?

Confirmam com alguma novidade?

Obrigado
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por Nyk » 15/5/2008 17:12

Petróleo sobe mais de 1% animado com crescimento económico
Os preços do petróleo seguiam a negociar em alta, avançando mais de 1% em Nova Iorque, depois de o Eurostat ter anunciado que o crescimento económico dos países da Zona Euro acelerou no primeiro trimestre do ano.

--------------------------------------------------------------------------------

Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt



Os preços do petróleo seguiam a negociar em alta, avançando mais de 1% em Nova Iorque, depois de o Eurostat ter anunciado que o crescimento económico dos países da Zona Euro acelerou no primeiro trimestre do ano.

O West Texas Intermediate (WTI) [Cot], transaccionado em Nova Iorque, somava 1,36% para os 125,91 dólares, enquanto o "brent" do Mar do Norte [Cot], negociado em Londres, ganhava 0,75% para os 122,77 dólares.

A animar a matéria-prima estava a notícia de que o Produto Interno Bruto (PIB), nos 15 países que partilham o euro, cresceu 0,7% face ao trimestre anterior, assinalando que o consumo europeu de petróleo vai aumentar. A expansão de 1,5% da economia alemã, o quinto maior consumidor mundial de petróleo, mais do que duplicou as previsões dos economistas consultadas pela agência Bloomberg.

Também hoje o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, afirmou, num discurso citado pela agência Bloomberg que a procura pelo petróleo continua a aumentar nos mercados emergentes apesar de os preços fixarem recordes consecutivos.

Esta manhã, as cotações do petróleo seguiam suportadas na revisão em alta dos preços para este ano. O UBS aumentou em 32% as suas previsões para o preço médio do petróleo este ano, que situa agora nos 115 dólares por barril. Quanto às projecções para 2009, o banco fez uma revisão em alta de 54%, para 120 dólares. Também a Bernstein reviu as suas estimativas para este ano de 92 para 100 dólares.
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por majomo » 14/5/2008 21:07

MarcoAntonio Escreveu:...

Entretanto o crude já está acima dos 80 euros (!!!) e a Gasolina 95 até está mais barata um centimo do que há uma semana atrás (por certo vai subir nos próximos dias).

As pessoas são, por norma, céleres em apontar quando o crude recua um pouco (muitas vezes em euros nem sequer passou a estar mais barato porque a maior parte do tempo o EURUSD também tem subido) mas quando é ao contrário nada dizem.

É uma crítica completamente distorcida que o tempo já mais do que demonstrou que está errada, uma vez que ao longo dos últimos 3 ou 4 anos o preço base da gasolina tem subido menos do que o crude (e já agora, em Portugal tem estado em linha com o resto da Europa).


Eu sei que a subida da Gasolina custa a todos os consumidores mas há que encarar os factos com objectividade e números são números: mais centimo, menos centimo as subidas da gasolina antes dos impostos ao longo dos últimos anos têm sido correctas e nada de anormal (do tipo de "aproveitarem-se" para subir mais do que devem) se passa.

E é pena que a Autoridade da Concorrência perca tempo a investigar uma coisa que se investiga em 5 minutos e se conclui que nada há de errado (se alguma coisa há de errado é uma taxação agressiva em ISP e IVA mas que também não é de agora).


Não concordo e tu certamente que podes confirmar o seguinte, aliás ainda há pouco a AC confirmou, se é verdade que a carga fiscal aumentou mais que na europa, também é verdade que o preço dos combustíveis antes de impostos também aumentou mais do que a média da UE, aliás, basta pegar no exemplo do gasóleo e comparar com espanha.

Há 3/4 anos, nós tínhamos o gasóleo mais barato que espanha cerca de 5 cents.
Agora temos o gasóleo mais caro 15 cents.
E este aumento não foi só impostos...

Nós, excluindo poder de compra (que neste caso seria bem pior), portanto, em valor absoluto, temos dos combustíveis mais caros da UE, esta situação não acontecia há 3/4 anos...

Portanto, o que se passa é uma vergonha que está à vista de quem quer e pode ver.

E tu, podes comprovar o que escrevi...

Cumps. :wink:
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por Nyk » 14/5/2008 20:47

Petróleo cai com aumento das reservas de destilados
As cotações do petróleo estão a cair mais de 1%, penalizadas pelo aumento das reservas norte-americanas de destilados na semana terminada a 9 de Maio, que foi maior do que o previsto.

--------------------------------------------------------------------------------

Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt



As cotações do petróleo estão a cair mais de 1%, penalizadas pelo aumento das reservas norte-americanas de destilados na semana terminada a 9 de Maio, que foi maior do que o previsto.

A queda dos inventários de gasolina e a subida muito menos acentuada do que o estimado dos "stocks" de crude ainda aliviaram um pouco as perdas quando foram divulgados os volumes das reservas, mas o dado relativo aos destilados acabou por pesar mais.

O West Texas Intermediate [Cot] para entrega em Junho seguia a ceder 1,25%, para 124,23 dólares por barril. Recorde-se que o WTI atingiu ontem a um novo máximo histórico, nos 126,98 dólares.

O Brent, crude de referência para a Europa transaccionado em Londres, seguia a cair 1,75%, para 121,93 dólares. O seu recorde é de 125,90 dólares e foi atingido na passada sexta-feira.

De acordo com os dados do Departamento norte-americano da Energia (DoE), os "stocks" de crude aumentaram em 176 mil barris, muito menos do que o esperado pelos analistas, que apontavam para um acréscimo de 2,250 milhões de barris.

Em contrapartida, os inventários da gasolina registaram um diminuição de 1,715 milhões de barris, quando as previsões estimavam uma quebra de apenas 220 mil barris.

Quanto às reservas de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – aumentaram em 1,34 milhões de barris, contra um aumento estimado de mil milhões de barris.
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por Nyk » 13/5/2008 19:00

Gasolina e gasóleo deverão subir mais três cêntimos hoje à meia-noite
Os preços dos combustíveis deverão sofrer o 15º aumento do ano hoje à meia-noite, subindo 3 cêntimos na gasolina e no gasóleo, segundo números divulgados pela Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) que considera nova subida "escandalosa".

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Jornal de Negócios com Lusa


Os preços dos combustíveis deverão sofrer o 15º aumento do ano hoje à meia-noite, subindo 3 cêntimos na gasolina e no gasóleo, segundo números divulgados pela Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) que considera nova subida "escandalosa".

Segundo o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, hoje às 00:00, o preço do gasóleo passará dos actuais 1,339 euros para os 1,369 euros e a gasolina sem chumbo 95 passa dos 1,449 euros, para os 1,479 euros.

O responsável considera assim "escandaloso" que as gasolineiras insistam em aumentar o preço dos combustíveis, numa "especulação pura" do mercado, remetendo para o lucro reportado no primeiro trimestre pelas principais empresas do sector.

"Olha-se por exemplo para o resultado da BP no 1º trimestre, que obteve um lucro 63 por cento superior ao de igual trimestre do ano passado, e percebe-se. Como é que podem continuar a argumentar que os aumentos do combustível são motivados pela alta do petróleo", questionou.

Augusto Cymbron lembra ainda, a propósito, que o Ministério da Economia e da Inovação anunciou hoje que pediu à Autoridade da Concorrência para que analise, com urgência, a formação do preço de combustíveis em Portugal, de forma a garantir que este reflicta os custos de produção.

"É escandaloso que as subidas continuem a este ritmo, não sabemos como e quando isto vai parar", concluiu o presidente da ANAREC.
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por Nyk » 13/5/2008 18:25

Petróleo perto dos 127 dólares em Nova Iorque
Os preços do petróleo atingiram um novo recorde em Nova Iorque, muito perto dos 127 dólares por barril, sustentados por notícias de que o Irão está a planear cortar a sua produção de crude.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt



Os preços do petróleo atingiram um novo recorde em Nova Iorque, muito perto dos 127 dólares por barril, sustentados por notícias de que o Irão está a planear cortar a sua produção de crude.

O West Texas Intermediate [Cot], crude de referência dos Estados Unidos, seguia a ganhar 1,44%, para 126,02 dólares por barril, depois de ter tocado nos 126,98 dólares, o que constitui um novo máximo histórico.

A contribuir para a tendência estão as indicações de que o governo iraniano está a ponderar uma eventual diminuição da sua produção petrolífera. Jim Ritterbusch, presidente da consultora energética Ritterbusch and Associates, disse à Yahoo Finance que os operadores reagiram com um movimento de compras à notícia.

No entanto, há quem ache que esta ideia não irá para a frente, visto que o Irão depende dos "petrodólares".

Por outro lado, a Bloomberg refere o facto de existirem sinais de que as refinarias não estão a conseguir atender à procura de combustíveis destilados, como o gasóleo e o petróleo para aquecimento.

O Brent do Mar do Norte [Cot], "benchmark" para a Europa, seguia a subir 0,79%, para 123,88 dólares por barril, depois de na sexta-feira ter atingido um recorde de 125,90 dólares.
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por AFACTURAR » 13/5/2008 10:09

EuroVerde Escreveu:A América ainda não está em recessão!!!
E a bolsa só sobe até ao final da apresentação dos resultados das empresas no 1º trimestre. Após o fim da apresentação de todos os resultados, provavélmente iremos assistir a novos tombos devido a alguns indicadores económicos que ainda não estão contabilizados.
O petróleo continuará a subir mesmo que a procura da China diminua um pouco, pois estão a descobrir novos poços mas estão a acabar outros tantos. E os carros electricos ainda têm que pedalar muito para serem alguém. A inflacção irá rebentar fazendo com que a Fed e BCE não alterem o juros. Isso vai penalizar o resultado das empresas. E as espectativas boas vão de água a baixo.


É uma hipotese, mas parece-me demasiado pessimista, principalmente quando associadas às quebras que tiveram durante 5 ou 6 meses... a ver vamos, pessoalmente estou bem mais optimista. :wink:
 
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por atomez » 13/5/2008 2:32

gancho Escreveu:Os caros electricos já existem desde o seculo passado!!!
Mas porque raio não são produzidos em massa!!!!

A principal razão é o armazenamento da energia eléctrica, em baterias, supercondensadores ou outras coisas.

Enquanto esse armazenamento não tiver as dimensões, peso, autonomia e tempo de recarga semelhantes aos depósitos de gasolina/gasóleo... os carros eléctricos não são viáveis comercialmente.

Também há as fuel cells a hidrogénio, mas essas põem um problema ainda maior - é preciso uma rede de criação e distribuição do H2.

Exemplo de carro eléctrico minimamente viável:


Imagem

SMART EV

The Smart fortwo EV will be a Fortwo modified for operation by Zytek Electric Vehicles as a battery electric vehicle. Production may be as early as 2008.

The Fortwo is a two-passenger urban vehicle, short in length, powered by a rear-mounted engine driving the rear wheels. It runs on 13.2 kWh of sodium-nickel chloride Zebra batteries.

The first Smart EV was delivered to Coventry City Council on 16th January 2008. This was the first of 100 vehicles being piloted in the UK.

Power: 30 kW (41 hp).
economy 12 kWh per 100 kilometers (193 Wh/mile)
Range 110 kilometers (62 miles)
Recharge time (80%): 4 hours
Recharge time (100%): 8 hours


Ao preço actual do kW fica em 0.7 € / 100 Km ... equivale a 1/2 litro de gasolina por 100 Km !!!

Não se sabe é o preço de venda ao público.

Pela autonomia e tempo de recarga serve para o dia a dia de ir/voltar para o emprego e dar umas voltas na cidade.

É um bom princípio, mas não dá para mais que isso.


Mais outro da Renault baseado no Megane.

Autonomia de 200 Km
0 - 100 Km/h em 8 seg.
Preço de venda ao público semelhente ao do modelo normal

Vai entrar em testes em Israel e vão ser criadas 150 estações de serviço onde se pode trocar a bateria por uma carregada no mesmo tempo que leva a encher um depósito de gasolina.

<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OmOW0z__AMI"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OmOW0z__AMI" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>

Em 2012 deve estar disponível ao público em geral.

Imagem

Renault EV

Renault -- like BMW, Audi, Mitsubishi and Subaru before it -- promises to build "a range of electric vehicles" beginning with a sedan it's betting will electrify Israel's vehicle fleet and says it will bring an EV to America within two years.

The car Renault unveiled Sunday in Tel Aviv with Silicon Valley startup Project Better Place was just a prototype with a cobbled-together battery, but the French automaker is serious about dominating the emerging EV market, particularly in America. It reportedly is prepared to spend as much as $1 billion developing EVs, and company CEO Carlos Ghosn says Nissan, which is owned by Renault, will offer an electric vehicle in California by 2010.

"This will not be a Star Wars prototype," he says. "It will be a car for sale."

Ghosn told the Telegraph he wants to build "a sexy electric car that will be fin to drive and without the environmental hit."

Many of the major automakers are developing EVs for America, in part to meet California rules that automakers put 7,500 zero-emission vehicles on the road by 2014. But Nissan doesn't plan to make electrics a mere sideline -- Ghosn says Renault and Nissan are committed to "becoming a global leader" in the production of affordable electric cars.

They're off to a strong start. Renault and Nissan signed a deal with Project Better Place in January to bring EVs to Israel. Renault will build the cars and Project Better Place will install 500,000 charging stations and 150 battery exchange depots throughout Israel.

The silver sedan it unveiled in Tel Aviv appears to be based on the Megane sedan. Renault hasn't said much about the technical specs but says the car will do zero to 60 in eight seconds. Shai Agassi, who founded Project Better Place after leaving software giant SAP, says the list price will be about the same as the gasoline-powered version, but the actual price will be far less after tax breaks.

The cars will use lithium-ion batteries developed by Nissan through its joint venture with NEC, although some may be fitted with batteries from A123 Systems. The batteries weigh about 400 pounds, and Renault says they'll provide a range of about 125 miles. The company plans to have several hundred EVs on the road in Israel within a year. Agassi says the start-up plans to use solar energy generated in the Negev Desert to power the vehicles.

Project Better Place has raised $200 million to finance the project, and the Israeli government has promised big tax breaks for electric vehicles. Denmark has signed on to Agassi's plan and hopes to begin offering electric cars by 2011. The Israeli newspaper Globes says an undisclosed Persian Gulf state is negotiating a similar arrangement.

These deals will only help Renault and Nissan develop the "range of electric vehicles" Ghosn has promised. According to the Sunday Times, he considers EVs the most important development within the auto industry and says Israel is the ideal place to launch them because it's a small country where people make short trips. He expects the first electric Nissans to be available to fleets in 2010 and to the mass-market by 2012.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por EuroVerde » 13/5/2008 2:16

A América ainda não está em recessão!!!
E a bolsa só sobe até ao final da apresentação dos resultados das empresas no 1º trimestre. Após o fim da apresentação de todos os resultados, provavélmente iremos assistir a novos tombos devido a alguns indicadores económicos que ainda não estão contabilizados.
O petróleo continuará a subir mesmo que a procura da China diminua um pouco, pois estão a descobrir novos poços mas estão a acabar outros tantos. E os carros electricos ainda têm que pedalar muito para serem alguém. A inflacção irá rebentar fazendo com que a Fed e BCE não alterem o juros. Isso vai penalizar o resultado das empresas. E as espectativas boas vão de água a baixo.
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carros eléctricos

por Pedro73 » 13/5/2008 1:04

Automóveis eléctricos, ora aqui está um tema interessante. Vejam este .ppt sobre o assunto :


www.geocities.com/abccaldeira1/auto.ppt

Não percebo bem pq mas o link acima só funciona se fizerem copiar/colar para a barra de endereço... :?
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por gancho » 12/5/2008 23:54

Petroleo de volta aos 30 dolares é possivel ?????

Quando começou este rallye do aumento do petroleo e a partir do momento que contactei com um veiculo de 2 rodas electrico "acelera " na minha freguesia, em que esta com um preço de 2000 € ,autonomia de 60km e vel.max.55Km/h.
http://www.troquedeenergia.com/index.ph ... le=32&id=7
Comecei a pesquisar carros electricos encontrei varios o mais apelativo é este :
http://www.teslamotors.com/
consultei vários videos no youtube e encontrei uma triste realidade...
http://br.youtube.com/results?search_qu ... ype=&aq=oe
encontrei tambem uma fabrica de carros electricos canadiana que não consegue vender os proprios veicolos devido a burocracias de homologação , e entáo comecei a aperceber-me dos lobbies á volta do tema, senáo vejamos:
-Os protipos ja desenvolvidos ja tem uma autonomia de mais ou menos 250Km.
-já conseguem velocidades de ponta de 200Km/h
-periodos de recarga reduzidos (1 a 6 horas - pra carregar durante a noite)
-custo por kilometro na casa dos 0.1€ por km
-baterias mais leves de niquel-cadmio com duração de mais de 100000Km.
- todos os gadjects normais estão presentes num carro destes.
- ja pra não falar da não poluiçao de quer de fumo e co2 , ou sonora que estes carros são bastante silenciosos.
podemos concluir que se podesse ser dado a escolher um carro em que se nós estivessemos a pagar uns euros e não umas dezenas pra carregarmos ,neste caso ,o carro de energia, a escolha era obvia!
-há mas ainda são muito caros? -perguntam vocês.
Mas podem ser mais baratos que os actuais, senão vejamos:
-uma unica parte movel (rotor do motor)manutenção do motor?sõ se for rolamentos...
-não ha oleos pra mudar
-filtros pra trocar
-correias pra trocar
-turbos, sensores
-velas
-escapes
-catalizadores
-radiadores
- etc
Resumindo estes prototipos tem um quarto de peças a menos e os motores ate podem durar uma vida!!!
Os caros electricos já existem desde o seculo passado!!!
Mas porque raio não são produzidos em massa!!!!
-imaginem o estado portugues(e os outros da europa que tem uma receita vinda dos produtos petroliferos monstruosa)
a decrescer a um ritmo elevado
-menos IA porque estes carros náo emitem co2 nem tem cilindrada (se calhar inventavam outra coisa qualquer...pra taxar..)
-oficinas de manutenção a irem á falencia (sim, porque a manutenção de um carro destes reduz-se á carroçaria -amortecedores/pneus/direcção e pouco mais )
- construtores a restruturarem as empresas (um carro destes podem vir a fazer um milhao de Km`s)
Mas..........
-O Portugues que fica em casa ao domingo porque só tem gasolina pra ir trabalhar , ja podia sair...
-O portugues que sai ao fim de semana para passear a familia já pode parar pra umas comprinhas porque o€ não vai só pro deposito!
-O portuques que ate tem uma oferta de trabalho mais longe ,se calhar já aceita porque um terço já não vai para o deposito...
Meus amigos,caldeireiros,sociedade civil,ecologistas,defesa do consumidor...
reflitam e peçam pra construirem carros electricos porque eu tambem quero um......
Para finalizar ,lembram-se do carro do povo
porque náo o reinventar.........e acham que depois o petroleo não voltava aos 30 dolares??? :mrgreen:
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por Insured » 12/5/2008 18:36

Caros amigos,

Sobre este tema do petróleo e combustiveis cá no burgo, e para esclarecer qual é realmente o preço do combustivel, anexo folhas de cálculo do Excel, retiradas do site da DGGE, logo informação oficial.
Ora vejam bem a formação de preços, os impostos que pagamos, e para os nostálgicos, os preços oficiais da gasolina desde 1963!
Cumprimentos.
Anexos
estrutura preço UE.xls
(849.5 KiB) Transferido 462 Vezes
preço gasolina1963-2003.xls
(132 KiB) Transferido 496 Vezes
preços medio combustiveis pt.xls
(84 KiB) Transferido 435 Vezes
cotaçoes petroleo bruto.xls
(47.5 KiB) Transferido 471 Vezes
preços medios energia.XLS
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por Nyk » 12/5/2008 18:06

Petróleo atinge novo recorde em Nova Iorque e cai a seguir
Os preços do West Texas Intermediate, crude de referência dos Estados Unidos, atingiram momentaneamente um novo máximo histórico, nos 126,40 dólares por barril, tendo em seguida perdido terreno, com alguns investidores a comprarem devido a receios de uma menor oferta e outros a venderem em resposta à valorização do dólar, refere a "Canadian Business".

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt



Os preços do West Texas Intermediate, crude de referência dos Estados Unidos, atingiram momentaneamente um novo máximo histórico, nos 126,40 dólares por barril, tendo em seguida perdido terreno, com alguns investidores a comprarem devido a receios de uma menor oferta e outros a venderem em resposta à valorização do dólar, refere a "Canadian Business".

Esta foi a sexta sessão consecutiva de recordes para o WTI, transaccionado no mercado nova-iorquino. O Brent do Mar do Norte, "benchmark" para a Europa e negociado em Londres, atingiu o valor mais alto de sempre na passada sexta-feira, nos 125,90 dólares por barril.

Neste momento, as cotações cedem terreno, com o WTI [Cot] a perder 0,41% para 125,44 dólares e o Brent [Cot] a cair 1,50% para 123,52 dólares.

Os principais factores que têm sustentado o petróleo são a fragilidade da nota verde e os crescentes receios de quebras de produção de crude no México, na Rússia e outros países. Na Nigéria, a oferta foi reduzida para cerca de metade devido aos ataques a instalações petrolíferas por parte do movimento rebelde de defesa do Delta do Níger.

A Goldman Sachs referiu na quinta-feira passada, numa nota de "research", que os preços poderão rondar os 150-200 dólares por barril nos próximos seis meses a dois anos.

O presidente da OPEP, Chakib Khelil, e o ministro iraniano do Petróleo, Gholamhossein Nozari, também alertaram para o facto de o crude poder chegar aos 200 dólares, não por via de uma menor oferta nos mercados mundiais mas sim pela desvalorização do dólar.

A recuperação da moeda norte-americana face ao euro na sessão de hoje constitui um bom motivo para os investidores estarem de momento a vender petróleo, o que cair os preços. Um dólar mais forte torna as "commodities" menos atractivas para os investidores como um refúgio contra a inflação, e torna o petróleo mais caro para os investidores estrangeiros, salienta a "Canadian Business".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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por Rabbi_Steinsaltz » 11/5/2008 23:04

Olá Amigos,

Quero com isto dizer que até
nem podemos arredar pé.
Há que ter bastante atenção
na relação câmbio Euro/Dólar
Bolsas em Bear até oleo nos 100 euros
Bolsas no começo do Bull com oleo já nos 100 euros.
:idea:
Conselhos do Rabbi Steinsaltz*
http://www.youtube.com/watch?v=LTEvZlv8Pfk
Lembremo-nos que investimos para nossa qualidade de vida melhorar, e que o dinheiro nos dá a oportunidade de melhorar não somente a nossa vida, mas também serve para contribuir e apoiar diversas causas nobres. Investir representa uma estrada em nossas vidas que nos leva a algum lugar, e é importante ter certeza que o destino vale a pena.

Poder-se-ia pensar que a falta de Deus somente aflige os Judeus, mas na realidade com este exílio, o mundo inteiro está em crise porque sua ausência afecta todos.
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Re: ............

por assunoadr » 11/5/2008 22:08

AC Investor Blog Escreveu:
limpaesgotos Escreveu:O preço do crude passou os 120 dólares, o próximo patamar é o dos 150 dólares e depois 200 dólares, por este andar ainda este ano ! :shock:


Espero que este gráfico vos sirva para reflectir o que poderá vir por aí, quero dizer BIG SELL-OFF :mrgreen:


Embora acredite que a tendência de subida do petróleo se possa manter no longo prazo, o padrão iniciado em Março, de rápida aceleração das subidas com volumes anormalmente elevados (demasiado para que possam estar relacionados com alterações de consumo num intervalo de tempo tão curto), deverá dar lugar a fortes correcções num futuro próximo... :-k


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por limpaesgotos » 11/5/2008 18:59

http://resistir.info/peak_oil/precipicio_30abr08.html

A andar como sonâmbulos rumo ao precipício petrolífero
por Dave Cohen [*]


O louco procura a felicidade na distância; o sábio cultiva-a sob os seus pés.
—James Oppenheim
Chegou o momento de discutir o que podemos esperar da OPEP pois tem tudo a ver com a nossa prosperidade na próxima década. Depois de 2010, o petróleo bruto produzido fora do cartel atingirá o plateau e declinará gradualmente, de modo que qualquer crescimento na oferta de petróleo convencional terá de vir da OPEP.

Agora os decisores da OCDE e os consumidores devem entender que a política a curto prazo da OPEP de alívio pelo lado da oferta, a qual não é para proporcionar qualquer alívio, é também a sua política a mais longo prazo. Não se pode contar com a OPEP para salvar-nos do esmagamento petrolífero. Devemos ajustar as nossas expectativas a fim de reflectir a realidade, não as nossas esperanças e sonhos.

As expectativas ilusórias colocadas na capacidade e vontade da OPEP de expandir a oferta de petróleo estão destinadas a deixar as nossas vidas desprotegidas dentro de uns poucos anos. Impactos de preços prejudiciais já estão a acontecer agora. Para a maior parte dos cidadãos, futuros impactos pesarão muito mais do que questões acerca de quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. Na ausência de uma grande e imediata mudança política nos Estados Unidos que objective reduzir substancialmente nosso consumo de petróleo, será a OPEP, não o nosso governo eleito ou as companhias do "Big Oil" , que estabelecerão os preços mínimos para combustíveis líquidos.

Esta semana trouxe-nos a notícia de que o presidente da OPEP, Chakib Khelil "não exclui que os preços do petróleo atinjam US$200 por barril, embora a oferta seja adequada, porque o mercado é conduzido pelo deslizamento do dólar".

Khelil acrescentou: "Os preços são altos devido à recessão nos Estados Unidos e à crise económica que afectou vários países, uma situação cujo efeito é desvalorizar o dólar, e portanto cada vez que o dólar cai um por cento, o preço do barril ascende em US$4, e vice-versa naturalmente".

Ele considerou ainda que "se este (o dólar) se fortalecer em 10 por cento, é provável que os preços (do petróleo) caiam 40 por cento" [Nota: para US$71,35 por barril ao preço de hoje].

"Mas não penso que um aumento na produção ajudasse a reduzir preços, porque há um equilíbrio entre oferta e procura e os stocks de gasolina nos Estados Unidos registaram um excedente e estão no seu mais alto nível de cinco anos".

Nota: A afirmação de Khelil acerca dos actuais stocks de gasolina nos EUA é falsa (ver gráfico). Os stocks de gasolina em queda estão agora no topo da média de 5 anos para Abril, e abaixo daquela média para outros meses. Por outro lado, grandes e danosas altas de preços do gasóleo e défices estão a verificar-se por todo o mundo.

Embora seja verdade que há uma correlação negativa entre o valor do dólar e os preços do petróleo – o último sobe quando o anterior cai – não há boas razões para acreditar que o mergulho do dólar tenha provocado os choques de preços dos últimos 8 meses (ambas as referências são do Econbrowser, de James Hamilton).

Os pensamentos de Khelil sobre o preço do petróleo são simplesmente mais uma numa longa série de desculpas que a OPEP avança para justificar suas políticas de produção. O presidente da OPEP está realmente a dizer que US$200/barril nos próximos poucos meses está OK da parte deles.

Duas visões do seu futuro

Precisamos estabelecer expectativas realistas acerca das contribuições da OPEP para o abastecimento de petróleo. Tenho verificado que a maior parte das pessoas não partilha meu entusiasmo por gráficos, tabelas e aritmética, mas se a sua prosperidade futura repousa sobre o entendimento destes números e do que eles significam, deveriam fazer um esforço. Este é o meu desafio. Minha tarefa é apresentar o material tão claramente quanto possível.

O primeiro gráfico [1] provem da Global Liquids Supply Outlook , da PFC Energy, uma apresentação de Bob MacKnight feita em 26 de Março de 2008. O gráfico mostra o pico da produção de petróleo não-OPEP em 2010, mas chama a atenção sobre a produção da OPEP.

Podem-se ver três linhas que mostram três cenários separados para o crescimento da produção da OPEP até 2020, um com acréscimos anuais de 1,1%, um de 1,7% e um terceiro de 2,4%. Estes são os casos baixo, médio e alto, respectivamente. Como pode ver, após 2010 a maior parte do crescimento do petróleo do mundo depende da produção do bruto (e de líquidos do gás natural) da OPEP.

No cenário de baixo crescimento da PFC, a OPEP deve fornecer 33 milhões de barris por dia (mi. b/d) ao mercado mundial em 2010, 37 mi. b/d em 2015 e 46 mi. b/d em 2020. Cada cenário de crescimento exige níveis de produção da OPEP cada vez mais altos como se mostra, exemplo 37-45 mi. b/d em 2015 abarca os casos de crescimento de alto a baixo.

Nossa segunda ajuda visual, a Tabela 1.5, do 2007 World Oil Outlook , da OPEP, mostra a avaliação que a Organização faz das interrogações sobre o seu caso de referência. Vamos calcular a queda entre o caso de referência da OPEP e o cenário de baixo crescimento da PFC. O caso de referência da OPEP não incluía o Equador, o qual aderiu ao cartel em Novembro de 2007. Pode-se então acrescentar os 0,5 mi. b/d do Equador ao caso de referência da OPEP para cada ano.

Subtraia o número ajustado do bruto da OPEP na tabela ao número no Caso Baixo da PFC em cada ano Y. Em 2010, o défice é de 33 – 30,7 = 2,3 mi. b/d. Em 2015, o défice é de 2,7 mi. b/d. Em 2020, o défice é de 6,7 mi. b/d.

Agora pode ver facilmente que o apelo a si própria feito pela OPEP é mais baixo do que o caso mais baixo [2] de crescimento da PFC numa margem vasta e sempre crescente. Atrevo-me a dizer que o caso de referência reflecte o que a OPEP pretendia produzir — na data de 2007 — sem se importar com as nossas expectativas. Não importa que estas expectativas provenham da EIA, da IEA, do IHS Energy/CERA, da Wood Mackenzie, do CGES e de quaisquer outros "peritos" que se pretenda nomear. Apenas a opinião da OPEP importa aqui porque são eles que estarão no Assento do Condutor em 2010 e depois disso.

Iremos nós fixar as nossas esperanças numa mudança de comportamento da OPEP nos próximos anos? Pense acerca da sua política de sentar-sobre-as-mãos, das suas persistentes afirmações de que "o mercado está em equilíbrio", da visão despreocupada de Khelil do barril a US$200...

É pior do que você pensa

Embora o descrito anteriormente pinte um quadro negro, a situação é realmente pior do que se possa pensar. O caso de referência da OPEP agora pode ser encarado como claramente optimista. Alguns pontos a considerar são listados abaixo. As coisas ficam um bocado complicada em #1 e #3. Assim, seja paciente por favor.

1- A produção média mensal da OPEP em 2008 (segundo o April Oil Market Report da IEA) está a ser de 32,28 mi. b/d, de modo que se pode dizer: "Bem! A OPEP está a produzir mais para facilitar o aperto do mercado mundial". A OPEP está sobretudo a acrescentar a sua produção total média mensal através da aquisição, que não é maior do que no núcleo da "OPEP 11". Angola aderiu ao cartel em Janeiro de 2007. O Equador aderiu em Novembro de 2007. Há agora 13 países membros da OPEP. A produção média mensal era de 29,71 mi. b/d em 2006, e 30,66 mi. b/d em 2007 somando os 1,61 mi. b/d de Angola (= 29,05 mi. b/d para a "OPEP 11". Tome o número da produção de 2008 de 32,28 e subtraia o total para Angola e Equador, o qual agora acresce 2,4 mi. b/d. O total para a "OPEP 11" é 29,88 mi. b/d. Este número mal foi alterado ao longo dos últimos 27 meses.

O caso de referência ajustado pela OPEP, com um total 30,7 mi. b/d em 2010, implica produção de 28,30 mi. b/d do núcleo "OPEP 11" se assumirmos os actuais níveis de produção para Angola e o Equador. Isto é realmente uma diminuição de 1,41 mi. b/d em relação ao nível de 2006 antes de outros países aderirem ao cartel.

Em conclusão, a produção total dos suspeitos habituais — Arábia Saudita, EAU, Kuwait, Irão, Iraque, Nigéria, Argélia, Venezuela e os outros — é assumida estar abaixo do nível de 2006 no caso de referência de 2007 da OPEP relativo a 2010. A Tabela 1.5 mostra que a opção sobre o seu petróleo bruto é realmente mais baixa em 2010 do que em 2005.

2- Quanto desta produção da OPEP estará disponível para exportação? Menos do que costumava estar de acordo com o OPEC's Growing Call on Itself . da CIBC. O consumo está a subir nos países do Golfo Pérsico e alhures. Ler o relatório CIBC e The Sierra Club Solution para uma discussão das tendências de exportação (ASPO-USA, 30/Janeiro/2008).

3- Declarações sauditas recentes parecem indicar uma mudança oficial na política que mais uma vez confirma a posição Paradigm Shift (ASPO-USA, 20/Junho/2007). Este argumento declara que os sauditas e outros exportadores de petróleo não produzirão seu petróleo de uma forma não constrangida para atender à procura mundial. O rei Abdullah disse-nos que "Eu não faço segredo de que quando houver alguma nova descoberta [de petróleo] eu lhes direi: 'não, deixem-no no chão, com a graça de deus, nossos filhos precisam dele' ". O ministro saudita do Petróleo, al-Naimi, validou as observações do rei no Arab News de 20/Abril/2008.


O principal exportador da Arábia Saudita não tem planos para embarcar em nova expansão de capacidade quando previsões de procura a longo prazo caem e ofertas de combustíveis alternativos aumentam, disse o ministro saudita do Petróleo à newletter da indústria Petroleum Argus.

O possuidor das maiores reservas de petróleo do mundo não vê necessidade de ir além do seu objectivo de capacidade para 2009 de 12,5 milhões de barris por dia "pelo menos até 2020", disse o ministro do Petróleo e Recursos Minerais Ali Al-Naimi.

As previsões de procura de energia a longo prazo têm caído agudamente, disse ele na entrevista dada em 11 de Abril àquele semanário, lançando dúvida sobre a necessidade de mais petróleo saudita.

As previsões de procura caíram para níveis tão baixos quanto 106 mi. b/d em 2030, uma redução quanto às estimativas anteriores de 130 mi. b/d. O mundo actualmente consome cerca de 86 mi. b/d.


Estes desenvolvimentos acrescentam um novo vinco ao que já sabíamos acerca das intenções sauditas. Ver The Saudis Are Blowing Smoke Again , ASPO-USA, 12/Março/2008. As projecções de baixa procura da Arábia Saudita (isto é, da OPEP) poderiam ser denominadas "uma profecia que se cumpre a si própria" até que a produção mais baixa da OPEP após 2010 determinará que muitos consumidores saiam dos mercados de petróleo. Pior ainda, a projecção da PFC (ver gráfico) mostra que mesmo a produção não constrangida da OPEP incrementaria a produção mundial apenas para menos de 100 milhões de barris por dia em 2015 em qualquer caso! É isso, isso é tudo o que pode ser e alguma vez será [conseguido] com base nas estimativas de esgotamento da PFC para a OPEP como um todo. (Veja a apresentação deles.)

O caso de baixo crescimento da PFC excede o caso de referência da OPEP após 2009. Mas sem novas contribuições substanciais dos sauditas ao longo da próxima década — agora já nos disseram que não haverá — o próprio caso de referência parece ser demasiado generoso. O ministro do Petróleo al-Naimi agora está a pedir-nos que olhemos para cenário de "baixo crescimento" da OPEP ao invés do caso de referência mostrado na Tabela 4.2 do 2007 World Oil Outlook (ver gráfico). Tome os défices (shortfalls) ajustados calculados para o caso de referência da OPEP para cada ano e então acrescente o número negativo dado na Tabela 4.2. O défice de bruto da OPEP em relação ao caso de crescimento baixo de 1,1% da PFC fica agora como se segue: 3,6 mi. b/d em 2010; 6,1 mi. b/d em 2015; 13,5 mi. b/d em 2020.

Movemo-nos mais uma vez dentro de território negativo considerando a resposta da OPEP ao apelo da PFC no cenário de baixo crescimento. Se isto não é má notícia, não sei o que é.

4- Se o antecedente não é bastante alarmante, considere que aumentos substanciais na produção da OPEP na próxima década exigiriam grandes contribuições do Iraque , Nigéria e Venezuela , agora que sabemos que uma capacidade de produção de 12,5 mi. b/d é tudo o que obteremos dos sauditas. (Todos os links são para colunas anteriores da ASPO-USA.) Perspectivas para grandes aumentos de produção da parte destes três países são improváveis por razões peculiares a cada um.

Agora já estabelecemos expectativas realistas acerca de futuras contribuições da OPEP. Eles não produzirão bastante petróleo bruto nos próximos 12 anos para atender mesmo um cenário de crescimento mínimo. Poucos assuntos são mais importantes do que a contribuição potencial do petróleo bruto da OPEP para a produção mundial quando avançamos rumo a 2020.

A viver para além dos nossos meios

Espero que seja capaz de ultrapassar esta discussão por vezes tortuosa porque há pouco mais que eu pessoalmente possa fazer para convencê-lo de que estamos todos numa Grande Perturbação. Em The Big Thirst do New York Times, o inestimável Jad Mouawad, que agora começa a perceber, citou o ex céptico do Pico Petrolífero Vaclav Smil —

"O país tem estado a viver para além dos seus meios", disse Vaclav Smil, um eminente perito em energia da Universidade de Manitoba. "A situação é horrenda. Precisamos fazer sacrifícios relativos. Mas o povo não percebe quão horrenda é a situação".

A menos que adoptemos algumas acções drásticas, será Tudo OPEP, Todo o tempo após 2010 quando ligar o rádio ou a TV para ouvir as inevitáveis notícias sobre se a gasolina atingirá finalmente os US$5 ou US$6 por galão [1 galão = 3,78 litros]. Mas em 2008, o nosso discurso sobre a situação petrolífera ainda é uma brincadeira. Precisamos parar de dizer tolices acerca da promoção da Strategic Petroleum Reserve, da abertura do Arctic National Wildlife Refuge, de levar a OPEP a tribunal, cortar impostos federais sobre a gasolina, elevar impostos sobre o Big Oil, punir especuladores, contar com o imaginário etanol celulósico, esperar por produção em massa de híbridos plug-in, e todas as outras insensatezes com que somos bombardeados todos os dias.

Estamos a andar como sonâmbulos rumo ao precipício petrolífero. A OPEP não atenderá as expectativas fantásticas colocadas sobre ela pelos "peritos". Só posso esperar que os americanos apreendam esta realidade muito em breve, porque tudo o que estamos a fazer por agora é rearrumar as cadeiras no tombadilho do Titanic.

Notas
[1] Verá que o petróleo bruto não-OPEP, condensados, areias petrolíferas e líquidos de gás natural (NGL) são empacotados juntos com líquidos de gás natural (NGL) da OPEP. Isto é contabilização padrão, porque a produção NGL da OPEP não é restringida pelo sistema de quotas do cartel. Portanto, é sempre colocada do lado não-OPEP da contabilidade.
[2] A OPEP tem um cenário de "crescimento alto" que muda apenas ligeiramente os cálculos feitos aqui. Os défices para este cenário de boom desenvolvem-se como se segue: 2,4 mi. b/d em 2010; 1,8 mi. b/d em 2015; 5,3 mi. b/d em 2020.

[*] dave.aspo@gmail.com

O original encontra-se em http://www.aspo-usa.com/index.php?optio ... &Itemid=91

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

05/Mai/08

http://resistir.info/peak_oil/precipicio_30abr08.html



Cumprimentos.
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por limpaesgotos » 11/5/2008 18:44

meu-gôdo Escreveu:Não há dúvida que os indicadores do petróleo estão muito esticados, mas não vejo para já sinais de distribuição. Existiu de facto aumento de volume nessas últimas sessões mas o petróleo fez quase sempre máximos superiores. Também penso que o petróleo poderá fazer uma correcção violenta em poucas sesões, mas será uma boa oportunidade de compra uma vez que este está bullish em todos os horizontes temporais. Aproveitar a correcção neste momento será certamente para os mais audazes, pelo menos, enquanto não surgirem sinais claros de que a correcção tenha chegado.


Essa correção poderá acontecer a partir de 20 de maio, noite de lua cheia !!:-$

Cumprimentos
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por RRikota » 11/5/2008 16:13

meu-gôdo Escreveu: Aproveitar a correcção neste momento será certamente para os mais audazes...


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por meu-gôdo » 11/5/2008 15:03

Não há dúvida que os indicadores do petróleo estão muito esticados, mas não vejo para já sinais de distribuição. Existiu de facto aumento de volume nessas últimas sessões mas o petróleo fez quase sempre máximos superiores. Também penso que o petróleo poderá fazer uma correcção violenta em poucas sesões, mas será uma boa oportunidade de compra uma vez que este está bullish em todos os horizontes temporais. Aproveitar a correcção neste momento será certamente para os mais audazes, pelo menos, enquanto não surgirem sinais claros de que a correcção tenha chegado.
 
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