Sergon15 Escreveu:Pois NirSup,
A EY diz:
"mesmo os mais robustos e extensivos procedimentos de auditoria podem não descobrir uma fraude colusiva".
Mas pode e deve questionar, e não o fez. E agora apenas seguiu a posição da KPMG, pois já não tinha alternativa.
Vai sair ilesa disto? Penso, e espero que não. Estas organizações dedicam-se mais a construir esquemas fraudulentos do que a exercer a sua atividade core (auditoria). Mas, lá estou eu a sonhar (divagar), quem é que lhes paga?
Para quando um sistema mais transparente, do tipo, as empresas pagam uma contribuição à sua "CMVM" e esta gere uma carteira de auditores para exercer a devida inspeção às contas de cotadas e não cotadas. Doutra forma é mais do mesmo.
BFS,
Sergon
Boa Tarde,
Penso que o assunto sobre os erros das Auditoras está a ser também um pouco demonizado......erros acontecem seja a este nível, seja ao nível do mero contabilista de micro-empresa, ou por último (e se calhar em primeiro) nas contas públicas dos países, que têm por si só, uma contabilidade muito própria e um Tribunal de Contas ainda muito longe de ser o que devia......portanto, estamos de certa forma todos num Barco muito parecido......e em Portugal até mais ainda!
Mas para o assunto em apreço acrescento o seguinte:
- Um Banco de Portugal deve/deveria (não sei se já é assim) escolher a Empresa Auditora, dentro de várias opções do mercado, aquela que efetuará a Auditoria a uma dada Empresa, ou então haver obrigatoriedade de rotação de x em x tempo (3 anos por ex), por forma a evitar vícios vários. Que todos sabemos quais são. Claro, o Banco de Portugal teria de ter uma área só para gerir estas atribuições........;
- Empresas cotadas ou não, aquelas que têm de ter Certificação Legal de Contas, a realidade é que as Auditorias são e sempre foram e sempre serão por "Amostragem". Ponto. E aqui ninguém consegue ou conseguirá contornar este aspeto, pois caso contrário a Auditoria seria uma "Inspeção" Anual às contas......mesmo que claro está, adequada (a amostragem) à natureza de cada Atividade. Poderia ser mais "profunda" a amostragem? Pode. Custa é mais dinheiro, e como não existe nenhuma entidade a definir o nível de profundidade da Auditoria per si, as Grandes Auditoras têm aqui a margem de manobra (e de erro também) para funcionar......e isto dá para o bem e para o mal......;
- Fazer uma Auditoria a uma Grande Empresa custa muito dinheiro (sei do que falo), e se cairmos no modo de "inspeção" os honorários tornam-se incomportáveis à existências e sobrevivência das mesmas. Tem de haver bom senso e controlo sobre o que ver numa Auditoria......;
- Outra realidade que muitas vezes não é percecionado pelas Grandes Auditoras é que o "Mundo dos negócios" torna-se sofisticado de ano para ano a uma velocidade incrível. E estas, não acompanham as áreas a incluir em Auditoria ou a profundidade exigida para algo "novo". Mais tarde, este algo "novo" já é um monstro fora de controlo e com peso significativo na Atividade de uma organização......;
Para terminar, a internacionalização dos negócios pelos mundos das Offshores também cria muitos impedimentos ao efetivo controlo dos dinheiros subjacentes aos mesmos. E aqui as Auditoras, ficam a ver navios.....
Disclosure:
Não trabalho, nem nunca trabalhei numa Auditora.
E por outro lado, um mero Contabilista tem o Ministério das Finanças em cima dele constantemente para providenciar as informações de necessitam. A margem de fuga acaba, com uma mera inspeção, se feita por alguém que perceba da "poda".
Cps