Queda das acções da Zon leva Cofina a registar prejuízos no primeiro trimestre
A Cofina registou prejuízos de 11,2 milhões de euros no primeiro trimestre, penalizada pela desvalorização das acções da Zon nesse período, da qual é accionista com cerca de 4,6% do seu capital.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
A Cofina registou prejuízos de 11,2 milhões de euros no primeiro trimestre, penalizada pela desvalorização das acções da Zon nesse período, da qual é accionista com cerca de 4,6% do seu capital.
Os resultados líquidos negativos de 11,2 milhões de euros comparam com os 2,4 milhões de euros de lucros registados em igual período do ano anterior.
Este resultado "reflecte o impacto contabilístico da variação negativa do valor de mercado da participação que a empresa detém na Zon Multimédia, e que atingiu os 12,6 milhões de euros", explica a Cofina.
A Zon foi a nona cotada que mais desvalorizou no primeiro trimestre com uma queda de 21,36%.
As vendas cresceram 4,5% para os 34 milhões de euros e o EBITDA, ou "cash flow" operacional, avançou 1% para os quatro milhões de euros. Já a margem do EBITDA situou-se nos 14,5% face aos 15% do primeiro trimestre de 2007 "fruto do impacto do jornal ‘Meia Hora’, que apenas foi lançado em Junho de 2007, não estando o seu lançamento reflectido nas contas do primeiro trimestre do ano passado".
Nas receitas operacionais do primeiro trimestre, todas as suas componentes registaram crescimentos. As receitas de circulação atingiram cerca de 14,8 milhões de euros (mais 3%), as receitas de publicidade cifraram-se nos 14,3 milhões de euros (crescimento de 3,5%) e as receitas associadas a marketing de produtos alternativos foram de cerca de 4,8 milhões de euros (subida de 13,7%).
Todos os jornais crescem em receitas com excepção do "Record"
Por segmentos, as receitas dos jornais avançaram 3,2% para os 23,9 milhões de euros e as de publicidade neste sector cresceram 5%.
No primeiro trimestre de 2008, a empresa realça a subida das audiências registada pelo jornal "Destak" e o reforço da liderança do jornal "Correio da Manhã", de acordo com os dados publicados pela Marktest/"Bareme Imprensa" .
A mesma fonte sublinha que todos os jornais detidos pelo grupo "apresentaram evoluções positivas quer nas receitas de circulação quer nas receitas de publicidade, com excepção do ‘Record’, já que durante o primeiro trimestre de 2008 o segmento desportivo ficou marcado pela ausência de grandes eventos, nomeadamente o Rally Lisboa-Dakar".
Vendas das revistas avançam 7,7%
No segmento das revistas, as receitas foram de 10 milhões, um crescimento de 7,7%, mas registaram um decréscimo ao nível da publicidade de 0,7%.
A empresa destaca, a revista semanal "Sábado", cuja audiência cresceu 59% em termos homólogos para os 294 mil leitores.