ativo Escreveu:A notícia do Expresso, do grupo Impresa, e do Eco, dando conta de que a Cofina teria chegado a acordo com a Prisa para aquisição da Media Capital e dos contornos desse acordo, perturba a negociação entre a Cofina e a Prisa, contribuindo para a criação de ruído à volta dela. A Cofina apressou-se, claro, a apagar o "fogo", vindo logo desmentir tal notícia.
Noticiar os contornos de um negócio que ainda não está efetuado é sempre meio caminho andado para o desfazer. A negociação conducente a um negócio deve-se sempre realizar em segredo, de modo que os possiveis contornos futuros do negócio não sejam divulgados antes da assinatura do acordo entre as partes em negociação.
É óbvio que a Impresa gostaria que o negócio de compra da Media Capital pela Cofina não se concretizasse ...
Àlvaro Escreveu:Ativo, empresas cotadas não deverão ter negócios escondidos. O Expresso prestou um serviço público e foi amigo dos pequenos investidores que um dia acordariam com um aumento de capital em cima da cabeça. O que critiquei e que desde o princípio me pareceu nada correcto foi o facto do "Sol", que é um jornal de um grupo interessado no negócio, ter trazido a público notícias falsas. (…)
ativo Escreveu:
Empresas cotadas não deverão esconder informação relativa a negócios suscetíveis de influenciar a sua cotação, que tenham sido realizados por elas, o que não será o caso, pois parece que ainda não houve acordo negocial.
Noticiar-se um negócio como acordado, não estando ele já acordado, é um mau serviço que se presta ao mercado de capitais, pois até lavar dos cestos é vindima.
Àlvaro Escreveu:ativo, contra factos ficam difíceis os argumentos. Se fosses como dizes a CMVM não teria feito o que fez. E o que fez foi exactamente exigir que comunicassem ao mercado o que já tinham feito. E veremos se o "Sol" não será apalpado pelo regulador.
Se fosse como disse a CMVM não teria feito o que fez?! Essa é boa!
Eu referi-me a uma notícia dada por dois jornais. Não me referi ao que a CMVM fez ou deveria ter feito.
Já agora, que falas na CMVM, a CMVM fez, há pouco tempo, o que devia ter feito: suspendeu a negociação de ações da Cofina e da Media Capital e pediu à Cofina e, suponho, à Prisa que dissessem o que havia realmente, sublinho, realmente, quanto à aquisição da Media Capital por parte da Cofina. A CMVM não quis saber dos contornos de um possível acordo, a CMVM quis apenas saber, sim, o que havia concretamente, repito, concretamente, relativamente a uma hipotética aquisição futura da Media Capital pela Cofina. E a Cofina limitou-se basicamente a dizer que concretamente havia apenas uma negociação em curso com a Prisa com vista à aquisição da Media Capital. A CMVM depois disso permitiu novamente a negociação de ações da Cofina na Bolsa. A CMVM, como defensora dos interesses dos investidores no mercado de capitais, não está interessada em saber de contornos de acordos por firmar, a CMVM quer, sim, que sejam divulgados os contornos de acordos já firmados. Isto é, evidentemente, o que também interessa ao mercado de capitais e o que ele efetivamente quer. Por isso, como disse, no meu "post" anterior,《noticiar-se um negócio como acordado, não estando ele já acordado, é um mau serviço que se presta ao mercado de capitais porque até lavar dos cestos é vindima》.
Agora, em face do rumor originado pela notícia (desmentida pela Cofina) de que haveria já um acordo entre a Cofina e a Prisa para aquisição da Media Capital por parte da Cofina, provavelmente na segunda-feira não restará outra alternativa à CMVM que não seja suspender novamente a negociação das ações da Cofina e pedir a esta e à Prisa uma declaração formal em como há ou não há já acordo firmado com a Prisa para aquisição da Media Capital pela Cofina.