Re: Cofina - Tópico Geral
Enviado: 21/12/2019 20:18
Em relação ao AC da Cofina aqui vai a minha estimativa sobre o preço a que poderá ser o AC.
Começando por aquilo que é oficial (http://www.cofina.pt/~/media/Files/C/Cofina/investors/presentations/2019pres/Market%20Presentation%2020191001.pdf):
1) AC de 85M€;
2) current core shareholders (os 5) irão ficar com mais de 50% após AC;
3) e que estes assegurarão 50% do AC. (50% of the capital increase amount is secured from core shareholders (excluding free float rights)
O terceiro ponto deixa-me algumas dúvidas sobre o que significa excluding free float rights. Por isso vou traçar 2 cenários diferentes:
3a) Os 5 asseguram 50% do total do AC ou seja 42.5M€
3b) Os 5 que conjuntamente detém 71% do total de capital, só asseguram 50% dos 71% a que têm direito, ou seja 30.175M€
Assim com a informação oficial já podemos estimar o preço por ação da AC, para os 2 cenários:
3a) Neste cenário para os 5 ficarem com mais de 50% o preço por ação começa nos 0,06€.
3b) Neste cenário as coisas já mudam um pouco de figura, e para os 5 terem mais de 50% da cofina após o AC, o preço por ação terá de começar nos 0.576€.
Agora, se juntarmos outras informações da entidade que parece mais estar mais bem informada sobre este negócio desde o início, ou seja o Expresso, nomeadamente a notícia de 13 de Setembro de 2019 (https://expresso.pt/economia/2019-09-13 ... o-Ferreira) podemos acrescentar outras condições para o cálculo do preço. O Expresso refere então as seguintes condições:
4) Mário Ferreira e Abanca irão participar no AC e que juntos Paulo Fernandes, Mário Ferreira e Abanca irão ficar com cerca de 51% da Cofina;
5) Paulo Fernandes irá investir mais de 20M€ e o Mário Ferreira um montante semelhante;
Então para o cenário 3a com as novas condições significa que o preço por ação terá que começar nos 0.511€, em que o Paulo Fernandes investe 21M€ e fica com 20,59%, o Mário Ferreira também 21M€ assim como a Abanca e no total ficam com 51,18% da Cofina. E o AC fica totalmente subscrito (21+21= 42M€)
Já para o cenário 3b, o preço por ação sobe para um mínimo de 0.576€ em que o Paulo Fernandes investe 22M€ e fica com 20,96%, o Mário Ferreira também 21M€ assim como a Abanca e no total ficam com 51,51% da Cofina. Neste cenário o AC não fica totalmente subscrito e ficam a faltar subscrever cerca de 10.8M€. Tendo em conta que atualmente o Santander detém 4.91% da Cofina e é um dos bancos que financia a operação poderá ser este também a subscrever o AC.
Em conclusão, obtenho um preço para o AC entre 0.511€ e 0.576€, tomando como verdadeiras as informações do Expresso, e que parecem fazer sentido pelos cálculos que mostrei.
Um detalhe curioso é que no cenário 3B para os 5 terem mais de 50% após AC, e o Paulo Fernandes, Mário Ferrreira e Abanca terem juntos 51% forçosamente terão que investir mais de 20M€ cada o que vai ao encontro das notícias do Expresso.
Outro pormenor interessante é que desta forma o Paulo Fernandes detém o controlo da empresa com os seus outros 4 sócios habituais, mas também com o Mário Ferreira e o Abanca.
Começando por aquilo que é oficial (http://www.cofina.pt/~/media/Files/C/Cofina/investors/presentations/2019pres/Market%20Presentation%2020191001.pdf):
1) AC de 85M€;
2) current core shareholders (os 5) irão ficar com mais de 50% após AC;
3) e que estes assegurarão 50% do AC. (50% of the capital increase amount is secured from core shareholders (excluding free float rights)
O terceiro ponto deixa-me algumas dúvidas sobre o que significa excluding free float rights. Por isso vou traçar 2 cenários diferentes:
3a) Os 5 asseguram 50% do total do AC ou seja 42.5M€
3b) Os 5 que conjuntamente detém 71% do total de capital, só asseguram 50% dos 71% a que têm direito, ou seja 30.175M€
Assim com a informação oficial já podemos estimar o preço por ação da AC, para os 2 cenários:
3a) Neste cenário para os 5 ficarem com mais de 50% o preço por ação começa nos 0,06€.
3b) Neste cenário as coisas já mudam um pouco de figura, e para os 5 terem mais de 50% da cofina após o AC, o preço por ação terá de começar nos 0.576€.
Agora, se juntarmos outras informações da entidade que parece mais estar mais bem informada sobre este negócio desde o início, ou seja o Expresso, nomeadamente a notícia de 13 de Setembro de 2019 (https://expresso.pt/economia/2019-09-13 ... o-Ferreira) podemos acrescentar outras condições para o cálculo do preço. O Expresso refere então as seguintes condições:
4) Mário Ferreira e Abanca irão participar no AC e que juntos Paulo Fernandes, Mário Ferreira e Abanca irão ficar com cerca de 51% da Cofina;
5) Paulo Fernandes irá investir mais de 20M€ e o Mário Ferreira um montante semelhante;
Então para o cenário 3a com as novas condições significa que o preço por ação terá que começar nos 0.511€, em que o Paulo Fernandes investe 21M€ e fica com 20,59%, o Mário Ferreira também 21M€ assim como a Abanca e no total ficam com 51,18% da Cofina. E o AC fica totalmente subscrito (21+21= 42M€)
Já para o cenário 3b, o preço por ação sobe para um mínimo de 0.576€ em que o Paulo Fernandes investe 22M€ e fica com 20,96%, o Mário Ferreira também 21M€ assim como a Abanca e no total ficam com 51,51% da Cofina. Neste cenário o AC não fica totalmente subscrito e ficam a faltar subscrever cerca de 10.8M€. Tendo em conta que atualmente o Santander detém 4.91% da Cofina e é um dos bancos que financia a operação poderá ser este também a subscrever o AC.
Em conclusão, obtenho um preço para o AC entre 0.511€ e 0.576€, tomando como verdadeiras as informações do Expresso, e que parecem fazer sentido pelos cálculos que mostrei.
Um detalhe curioso é que no cenário 3B para os 5 terem mais de 50% após AC, e o Paulo Fernandes, Mário Ferrreira e Abanca terem juntos 51% forçosamente terão que investir mais de 20M€ cada o que vai ao encontro das notícias do Expresso.
Outro pormenor interessante é que desta forma o Paulo Fernandes detém o controlo da empresa com os seus outros 4 sócios habituais, mas também com o Mário Ferreira e o Abanca.