Resultados semestrais da Mota-Engil permitem que construtora atinja metas anuais
01 Setembro 2011 | 11:17
Hugo Paula -
hugopaula@negocios.pt
Os resultados da construtora liderada por Jorge Coelho ficaram em linha com as estimativas dos analistas, suportados pelo desempenho da unidade de Ambiente & Serviços.
A Mota-Engil deu conta de um crescimento homólogo de 8% nas receitas, no primeiro semestre do ano para 974 milhões de euros.
O EBITDA avançou 20% para 124 milhões de euros e a margem do EBITDA melhorou 1,2 pontos percentuais para 12,7%.
O resultado líquido depois de interesses minoritários declinou 20% para 16 milhões de euros.
O BPI refere que a margem do EBITDA da Mota-Engil constituiu uma “surpresa positiva”, com o contributo de “todas as regiões”. “Facto que levou a um desvio positivo de 24% do EBITDA, quando comparado com a nossa estimativa”.
A estratégia de internacionalização estará na base do crescimento das receitas e permitirá à construtora atingir as metas que fixou para o final deste ano.
O analista José Mota Freitas, do Caixa BI, diz que “a decisão atempada de diversificar e globalizar as suas actividades é a principal razão pela qual a Mota-Engil está a conseguir contrariar a queda do mercado de construção português”.
Já o BPI sublinha que “é importante relembrar que, durante esta semana, as outras duas construtoras portuguesas cotadas reduziram as suas metas de receitas para 2011”. Os resultados permitirão o cumprimento do das metas que a gestão determinou para este ano, segundo os analistas que acompanham a construtora portuguesa.
“A empresa está no caminho certo para conseguir atingir uma performance anual dentro das nossas estimativas”, refere o Caixa BI.
O BPI crê que “a meta da gestão de atingir um ‘crescimento das receitas superior 10%’ é alcançável”. Isto, “em parte graças à unidade de Ambiente & Serviços, que beneficia da consolidação das operações em Angola e no Brasil e à forte actividade portuária”, especifica a equipa de “research” do banco.
Os resultados levaram o analista do Caixa BI a “manter a nossa recomendação para a Mota-Engil”, que é de “comprar” e reflecte o preço-alvo de 3,05 euros por acção, conferindo-lhe um potencial de valorização de 128%.
O BPI tem uma recomendação de “manter” para as acções da Mota-Engil, que avalia em 1,70 euros por acção. Um valor que lhes confere um potencial de valorização de 27% face ao preço actual.
Os investidores também reagiram bem à apresentação de resultados da construtora e levam as acções a progredir 0,91% para 1,337 euros por acção.
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