Re: Mota Engil - Tópico Geral
Enviado: 18/11/2013 14:18
Research
Mota-Engil deverá registar quebra de 15% do lucro apesar da subida das receitas
18 Novembro 2013, 13:04 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
África e América Latina sustentam o maior volume de negócios da construtora nos primeiros nove meses do ano, na previsão do CaixaBI. Europa continua a cair. Custos financeiros mais elevados contribuem para diminuição do resultado líquido.
A Mota-Engil deverá apresentar um resultado líquido de 21 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, segundo as perspectivas da unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos. O lucro, a concretizar-se, reflecte uma descida de 15% em relação ao resultado de 25 milhões, verificado no mesmo período do ano passado.
O agravamento dos custos financeiros, de 60 milhões de euros negativos para 80 milhões negativos, justifica a diminuição do resultado líquido da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto), na óptica do CaixaBI, de acordo com uma nota de “research” divulgada esta segunda-feira, 18 de Novembro. Os resultados referentes ao período entre Janeiro e Setembro serão apresentados na quinta-feira, 21 de Novembro, e serão os primeiros a serem revelados por empresas da construção da Bolsa de Lisboa.
Os maiores custos financeiros da Mota-Engil, aliados a uma queda dos resultados das associadas, levam a uma diminuição do lucro num período em que tanto o volume de negócios como o resultado operacional (medido pelo EBITDA) ganharam terreno.
Em termos de volume de vendas, a expectativa do analista José Mota de Freitas é a de um aumento homólogo de 8% para 1.760 milhões de euros. A maior subida percentual será registada pelos negócios na América Latina, com um crescimento esperado de 50% para os 320 milhões de euros. África poderá verificar uma subida de 35% das vendas para 697 milhões de euros, aproximando-se das receitas obtidas no Velho Continente.
“O lado negativo dos valores operacionais deverá ter origem no segmento Europa, devido à baixa actividade do sector da construção em Portugal e à contínua redução das actividades de construção na Polónia”, assinala o especialista do CaixaBI. A Europa deverá ter conseguido 759 milhões de euros de receitas, 19% abaixo do mesmo período do ano passado.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) deverá avançar 21% para 246 milhões de euros, “com África, uma vez mais, a dar o maior contributo”. Já a margem de EBITDA deverá subir 1,5 pontos percentuais para os 14%.
Possível maior carteira de encomendas
O analista José Mota Freitas acredita que a dívida financeira possa ter caído para 950 milhões de euros, face aos 1.020 milhões registados no final do primeiro semestre, “como consequência de alguma normalização dos valores das necessidades de fundo de maneio”.
Embora não avance nenhum número, o CaixaBI antecipa um aumento do valor da carteira de encomendas. Ou, pelo menos, a unidade de investimento não ficará surpreendida se este vier a subir.
“A carteira de encomendas encontrava-se nos 3,6 mil milhões de euros na última apresentação de resultados (3,8 mil milhões, se considerarmos o contrato mexicano anunciado no mesmo dia) e o anúncio de um valor mais elevado juntamente com os resultados dos primeiros nove meses não constituirá uma surpresa”.
Margem para CaixaBI rever “target”
Três dias antes da divulgação das contas referentes ao período entre Janeiro e Setembro, os títulos da Mota-Engil estão a ceder 0,21% para negociarem nos 3,795 euros. As acções da construtora têm estado a transaccionar nas cotações mais elevadas desde Janeiro de 2010.
Desde o início do ano, as acções mais do que duplicaram o seu valor, acumulando uma valorização de 142%. “A performance assinalável da cotação da Mota-Engil tem sido parcialmente suportada por um crescimento elevado das operações em África. Estamos, portanto, a contar que os resultados dos nove meses venham a permitir ver as actividades da empresa mais claramente (nomeadamente no que se refere aos segmentos de elevado crescimento), o que nos ajudará a reequacionar a adequação da nossa actual estimativa de valor para a Mota-Engil”, aponta o analista José Mota de Freitas.
Neste momento, a recomendação do CaixaBI para a empresa é de “comprar”, embora o preço-alvo esperado seja de 2,80 euros (abaixo da cotação actual).
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... eitas.html
Mota-Engil deverá registar quebra de 15% do lucro apesar da subida das receitas
18 Novembro 2013, 13:04 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
África e América Latina sustentam o maior volume de negócios da construtora nos primeiros nove meses do ano, na previsão do CaixaBI. Europa continua a cair. Custos financeiros mais elevados contribuem para diminuição do resultado líquido.
A Mota-Engil deverá apresentar um resultado líquido de 21 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, segundo as perspectivas da unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos. O lucro, a concretizar-se, reflecte uma descida de 15% em relação ao resultado de 25 milhões, verificado no mesmo período do ano passado.
O agravamento dos custos financeiros, de 60 milhões de euros negativos para 80 milhões negativos, justifica a diminuição do resultado líquido da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto), na óptica do CaixaBI, de acordo com uma nota de “research” divulgada esta segunda-feira, 18 de Novembro. Os resultados referentes ao período entre Janeiro e Setembro serão apresentados na quinta-feira, 21 de Novembro, e serão os primeiros a serem revelados por empresas da construção da Bolsa de Lisboa.
Os maiores custos financeiros da Mota-Engil, aliados a uma queda dos resultados das associadas, levam a uma diminuição do lucro num período em que tanto o volume de negócios como o resultado operacional (medido pelo EBITDA) ganharam terreno.
Em termos de volume de vendas, a expectativa do analista José Mota de Freitas é a de um aumento homólogo de 8% para 1.760 milhões de euros. A maior subida percentual será registada pelos negócios na América Latina, com um crescimento esperado de 50% para os 320 milhões de euros. África poderá verificar uma subida de 35% das vendas para 697 milhões de euros, aproximando-se das receitas obtidas no Velho Continente.
“O lado negativo dos valores operacionais deverá ter origem no segmento Europa, devido à baixa actividade do sector da construção em Portugal e à contínua redução das actividades de construção na Polónia”, assinala o especialista do CaixaBI. A Europa deverá ter conseguido 759 milhões de euros de receitas, 19% abaixo do mesmo período do ano passado.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) deverá avançar 21% para 246 milhões de euros, “com África, uma vez mais, a dar o maior contributo”. Já a margem de EBITDA deverá subir 1,5 pontos percentuais para os 14%.
Possível maior carteira de encomendas
O analista José Mota Freitas acredita que a dívida financeira possa ter caído para 950 milhões de euros, face aos 1.020 milhões registados no final do primeiro semestre, “como consequência de alguma normalização dos valores das necessidades de fundo de maneio”.
Embora não avance nenhum número, o CaixaBI antecipa um aumento do valor da carteira de encomendas. Ou, pelo menos, a unidade de investimento não ficará surpreendida se este vier a subir.
“A carteira de encomendas encontrava-se nos 3,6 mil milhões de euros na última apresentação de resultados (3,8 mil milhões, se considerarmos o contrato mexicano anunciado no mesmo dia) e o anúncio de um valor mais elevado juntamente com os resultados dos primeiros nove meses não constituirá uma surpresa”.
Margem para CaixaBI rever “target”
Três dias antes da divulgação das contas referentes ao período entre Janeiro e Setembro, os títulos da Mota-Engil estão a ceder 0,21% para negociarem nos 3,795 euros. As acções da construtora têm estado a transaccionar nas cotações mais elevadas desde Janeiro de 2010.
Desde o início do ano, as acções mais do que duplicaram o seu valor, acumulando uma valorização de 142%. “A performance assinalável da cotação da Mota-Engil tem sido parcialmente suportada por um crescimento elevado das operações em África. Estamos, portanto, a contar que os resultados dos nove meses venham a permitir ver as actividades da empresa mais claramente (nomeadamente no que se refere aos segmentos de elevado crescimento), o que nos ajudará a reequacionar a adequação da nossa actual estimativa de valor para a Mota-Engil”, aponta o analista José Mota de Freitas.
Neste momento, a recomendação do CaixaBI para a empresa é de “comprar”, embora o preço-alvo esperado seja de 2,80 euros (abaixo da cotação actual).
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... eitas.html