trend=friend Escreveu:Porteiro,
Imagina que a Mota Africa é cedida aos actuais accionistas a um valor hipotético de 10 u.m. (que de facto tem de ser retirado do valor da casa-mãe numa proporção equivalente a 20% daquela empresa), faz IPO uns meses depois a 15 u.m. e chega no primeiro mês de negociação a 20 u.m.
Atendendo a que a casa-mãe vai continuar a ser o maior accionista da Mota Africa, existirá naturalmente a tal criação de valor para os accionistas de ambas.
É óbvio que este raciocínio assenta no pressuposto de existência de interesse no IPO pelos investidores, mas atendendo à exposição a África (onde muito dos veículos existentes para exposição a este continente têm um risco país assinalável...), que está cada vez mais "na moda", e ao facto de estarmos numa fase aparentemente estável do bull market lá fora, parece que a coisa é uma jogada de mestre. Ao nível dos IPOs do grupo Sonae no passado mas neste caso creio que com condições para ser vantajoso também para os pequenos investidores
por se poder tornar um veículo muito interessante para exposição a activos de grande crescimento.
Caro Trend
A tua teoria é uma mera conjectura de intenções: porque é que 20% é cedida aos atuais accionistas a 10 u.m. e a MOTA faz uma IPO a 15 u.m.?
E depois valoriza...
Se antes 15 dias, a empresa valia a 10 porque pedir um prémio de 50%??
Não faz sentido. Repara a MOTA já valorizou estrondosamente e consequentemente a sua cotação reflecte a MOTAFRICA.
Mas eu volto a colocar a pergunta: será que a AFRICA já não é dos actuais accionistas?
Afinal vai ser "dada" 20% aos actuais accionistas, porque isso representa um aumento de capital subscrito pela própria empresa?
Tens o caso da Martifer, em que a MOTA tem uma parte substancial do seu capital... o que serviu para os seus accionistas iniciais receberem uma pipa de massa e os accionistas continuaram a ver o seu investimento reduzido.
Concordo com Netiacam: falta informação, estratégia e acima de tudo comunicação.
A única certeza é a vontade da MOTA em receber cerca de 50 milhões com as acções próprias e isso, embora não concorde a média prazo, penso que é um excelente aproveitamento da cotação actual. Gostava mais de tivessem um parceiro estratégico/financeiro que pretendia investir 50 milhões no grupo e ficar com 5%.