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Caldeirão da Bolsa

Impresa - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Por trás da guerra de espiões

por J.f.vieira » 26/9/2011 14:24

Sem ofensa para ninguém, tenho estranhado ver pessoas respeitáveis passarem horas na TV a discutir as ‘Secretas’.
Começo por não gostar do termo ‘Secretas’, e julgo que nunca o usei em títulos nem em textos.

Acho que tem qualquer coisa de piroso e de ridículo, em simultâneo.

Serviços secretos têm os americanos, têm os russos, têm os israelitas; os portugueses têm uns serviços de informações de trazer por casa, que não são para levar muito a sério.

Não o digo gratuitamente.

Estabeleci em certa época uma relação amigável com um director do SIS, que me fez uma extraordinária confidência: a grande tarefa dos agentes era recolherem informação nos jornais, porque não havia dinheiro para mais!

Em tom de queixa, o homem lamentava-se de pouco mais poder fazer do que recortes da imprensa!

Quando eu pensava que ele era depositário de grandes segredos e que ainda me faria revelações bombásticas, o homem confidenciava-me que uma das grandes fontes de informação dos serviços que chefiava era, afinal, o jornal de que eu era director!

Mas o que ficámos a saber da dita polémica sobre as ‘Secretas’, que salpicou o Verão?

Após várias manchetes e dezenas de páginas de jornais sobre o tema, depois de horas e horas de debate nas televisões, o que se concluiu?

Por junto, muito pouco ou quase nada.

Soube-se que um ex-director do SIED, que há um ano transitara para a Ongoing, forneceu informações a este grupo.

Mas não se soube bem que informações foram, para além de uns dados sobre empresários russos…

Soube-se ainda que o SIED bisbilhotou a lista de chamadas telefónicas de um jornalista do Público que escrevia sobre os serviços de informações.

Alegadamente, tentavam saber qual era a fonte do jornalista dentro dos serviços.

Mas, sendo isto ilegal e condenável, não deixa de ser compreensível que um serviço de ‘espionagem’ que suspeita estar a ser ‘espiado’ queira identificar o ‘espião’ infiltrado.

É o mínimo que pode fazer!

Acresce que essa lista de telefonemas era um segredo de Polichinelo, pois está ao alcance de dezenas de pessoas.

Quer nas operadoras telefónicas, quer nas próprias empresas, há muita gente a ter acesso às listas de chamadas dos jornalistas.

Assim, este caso de espiões e espionagem é uma história de opereta.

A menos que por detrás dele haja algo que nos escape – e que ainda não veio a público.

Uma coisa há – e é pública: a luta pela liderança da Impresa.

Desde 1973, data da fundação do Expresso (que deu origem ao grupo), o líder incontestado sempre foi Francisco Pinto Balsemão.

Sucede que, de há dois anos para cá, o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcelos – filho de Luiz Vasconcelos, número de dois de Balsemão durante décadas, entretanto falecido – tem vindo a pôr em causa a liderança de Balsemão, fazendo-lhe graves acusações de má gestão.

Vasconcelos, que detém 23% da Impresa, diz ainda que não o deixam nomear um administrador.

Da luta surda passou-se ao confronto aberto – e há muito que se entrou na fase do ‘ou ele ou eu’.

Ou Balsemão resiste – ou Vasconcelos, que é 27 anos mais novo, lhe tira o lugar.

Esta guerra de contornos parricidas tem lugar numa época de crise (que afecta fortemente as empresas de media, com a queda das receitas publicitárias), quando a dívida da Impresa à banca aumenta e, ainda, quando se perspectiva a privatização da RTP (na qual a Ongoing pode ter interesse se sair da Impresa).

Este assunto, sim, é interessante.

A luta pelo controlo da Impresa, o maior grupo de comunicação social do país, é bem mais importante do que as guerras intestinas de espiões de trazer por casa.

Só que estas guerras se cruzam: a denúncia de que um director do SIED passou informações à Ongoing foi feita por quem?

Pelo Expresso, a jóia da coroa da Impresa.

E, mesmo que todos considerem isso uma coincidência, há pelo menos uma pessoa que pensa o contrário: Nuno Vasconcelos.

Ora isso faz toda a diferença



http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/inter ... %20S%E9rio
 
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Balsemão rejeita aproximação da Globo para comprar a SIC

por J.f.vieira » 26/9/2011 14:17

Brasileiros dispostos a negociar a compra de 51% da Balseger, ‘holding’ que motiva queixa da Ongoing.

O grupo brasileiro Globo está disponível para negociar a compra de pelo menos 51% da Balseger, a holding que controla a Impresa, apurou o Diário Económico. Os brasileiros terão manifestado essa disponibilidade a Francisco Pinto Balsemão, mas o fundador e maior accionista do grupo dono da SIC e do "Expresso" rejeitou esse cenário, que implicaria uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Impresa, por desejar manter o controlo nas suas mãos e dos seus descendentes.

Ao que o Diário Económico apurou, Balsemão estará disponível para negociar a entrada de um parceiro minoritário, mas não para ceder o controlo do grupo a terceiros. "A vender, seria tudo", diz outra fonte.

Neste contexto, segundo as mesmas fontes, a aproximação entre a Globo e Francisco Pinto Balsemão surge no âmbito de uma tentativa de encontrar um parceiro estratégico que ajude o grupo a resolver os seus problemas financeiros, que incluirá também a prospecção de investidores angolanos e de outras nacionalidades.



http://economico.sapo.pt/noticias/balse ... 27359.html
 
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Millennium BCP: fusão entre Impresa e Cofina

por J.f.vieira » 4/8/2011 0:40

Ora uma notícia para fazer subir a cotação?

Millennium BCP: fusão entre Impresa e Cofina beneficiaria ambas

O Millennium BCP estima em 42,5 milhões de euros as sinergias conseguidas com eventual fusão.

Numa nota de análise produzida pela casa de investimento, os analistas do Millennium BCP consideram que uma eventual fusão entre os grupos presididos por Paulo Fernandes (na foto) e por Francisco Pinto Balsemão "poderia ser a solução para recuperar o valor accionista" das duas "holdings" de media, que sofreram fortes quebras no último ano.


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=499773

j.f.vieira
 
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por SMALL1969 » 3/8/2011 15:17

Parabolic Escreveu:Não concordo nada contigo, SMALL. Se as pessoas não vêm televisão nem leêm jornais, o que vão fazer? Fazer bébés? :roll:


Não disse que deixavam de ver TV ou ler notícias. O que quis dizer é que o farão por outras vias.

Mas a 2ª parte da tua intervenção já é mais do meu agrado. :lol:
 
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por Parabolic » 3/8/2011 12:12

Não concordo nada contigo, SMALL. Se as pessoas não vêm televisão nem leêm jornais, o que vão fazer? Fazer bébés? :roll:

Em alturas de crise como esta, deve aumentar as audiências de TV, porque deixa-se de ir ao cinema, restaurantes, teatros, etc.

Em relação à Impresa e à SIC propriamente dita... É simplesmente mal gerida. Se colocares o Pais do Amaral ou o Moniz à frente da empresa, vês logo o turnaround. A SIC está neste momento com as maiores audiências em horário nobre dos ultimos 4 anos. No Cabo, tem o canal mais visto de longe (SIC Noticias). Por outro lado, a compra da posição de 30% da Media Capital pelo Pais do Amaral, valorizava a Impresa em 1,67 Eur com base na aplicação do multiplo usado aplicado às audiências (deixei as contas num post nas páginas anteriores) e a cotação está 80% abaixo deste valor. O book value da Impresa é actualmente de 1,5 Eur por acção, portanto neste momento todos os accionistas (incluindo o velho e a familia) estão a perder dinheiro.

Como é que isto se resolvia? A Ongoing ou a Globo comprarem a posição do velho e lançarem uma OPA ao restante capital. A média dos ultimos 6 meses está em 0,87 eur (que é só metade do que valia á 1 ano).

Em relação a essa proposta de suposto negócio, uma compra de 49% da Balseger significaria que a Globo compraria indirectamente 25,35% da Impresa (a Balseger tem 51,7% da Impresa) por 187 Milhões. Façam as contas, relativamente ao que isto daria por acção...
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por SMALL1969 » 3/8/2011 11:21

Mas alguém daqui a 20 anos verá televisão ou lerá jornais em papel?!?!?!?!? (excepto a minha geração, que nasceu com estas coisas da TV ser a preto e branco e do Expresso deixar mais tinta nas mãos do que chocos ao almoço...) Mas a próxima geração?

Bem, mas isso é daqui a muito tempo, o que sei é que mais tarde ou mais cedo a IPR dá um salto daqueles como deu há poucos meses. Isto é 75% política.
 
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Globo de ouro para salvar grupo de Pinto Balsemão

por J.f.vieira » 3/8/2011 8:01

Impresa fez proposta à Globo de 187 milhões para brasileiros ficarem com 49% da Balseger. Balsemão nega
A Balseger, uma das empresas de Balsemão, que detém mais de 50 por cento da Impreger, que por sua vez controla o grupo Impresa, pediu ajuda à brasileira Globo.

Face a uma situação financeira complicada, a empresa de Francisco Pinto Balsemão sugeriu que a Globo entrasse com 187 milhões de euros no seu capital, ficando com 49 por cento da sociedade, mas sem poderes de gestão, disseram ao i fontes próximas do caso. Os brasileiros não podem ter-se sentido tentados. O pedido pode ser ainda menos sedutor pelo facto de o valor em bolsa da Impresa ter descido de forma considerável, aproximando-se agora dos 100 milhões de euros.

No entanto, Francisco Pinto Balsemão nega peremptoriamente este negócio e afirma mesmo que tudo "não passa de disparates de Verão, ditos por gente aflita". A Balseger é uma empresa de Pinto Balsemão e da sua família.

O i sabe que a proposta surge na sequência da apresentação de resultados da Impresa, divulgados a semana passada, e que traduzem um prejuízo de 32,6 milhões de euros.

Francisco Pinto Balsemão, em comunicação feita aos funcionários, não podia ilustrar melhor o problema quando disse que a Impresa estava a fazer tudo "para que a situação não se tornasse "apavorante". No discurso dirigido aos funcionários, Balsemão avisou ainda que seria preciso "trabalhar muito" e "fazer sacrifícios". De acordo com outras fontes contactadas pelo i, isto não passa de uma preparação para um ano difícil que toda a economia nacional vai enfrentar.

Quanto aos supostos prejuízos, são apenas "imparidades", ou seja, perdas estimadas tendo em conta o mercado. Pode dar-se o caso de uma empresa ter um bem que foi comprado por um determinado valor, mas o mercado atribuir-lhe um valor inferior, ou pode até ser o caso de um empréstimo que não foi cobrado e cujo valor é classificado como uma imparidade.

Rescisões Certo é que a Impresa já conheceu melhores dias, e deu agora início a um plano de restruturação interna.

A administração está disponível para negociar rescisões amigáveis com os colaboradores que tenham até 62 anos, que estejam em regime de contratação sem termo e cujo contrato tenha sido celebrado com as empresas SIC e GMTS, como já foi noticiado pelo "Diário Económico". Também se procedeu à negociação de eventuais diminuições de salários de 10 por cento.

O i soube no entanto que este cenário de crise poderá tornar-se mais grave do que está previsto nesta restruturação.

De acordo com as mesmas fontes, as dificuldades financeiras da empresa podem pôr em causa a capacidade de pagar salários no último trimestre deste ano, mas Francisco Pinto Balsemão nega também categoricamente que este cenário possa estar em cima da mesa.

O i tentou, sem sucesso, até à hora de fecho desta edição contactar os responsáveis da Globo.


http://www.ionline.pt/interior/index.ph ... ota=141012
 
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A vitória da SIC no prime time

por J.f.vieira » 2/8/2011 21:00

A SIC conseguiu em Julho uma proeza que não registava desde Março de 2005, a vitória no mais importante período do dia, o prime time. De acordo com a Marktest, a estação de Carnaxide obteve em Julho 27,7% de quota de mercado entre as 20.00 e as 24.00, mais uma décima do que a TVI. O facto, oficial, carece de confirmação nos próximos meses, mas independentemente do que venha a acontecer, é um sinal claro da competitividade no audiovisual português, de que já tínhamos falado nesta coluna, e um prenúncio do que está a acontecer, apesar de os responsáveis da TVI insistirem no seu discurso vitorioso.

A liderança estrutural do prime time televisivo pertencia à TVI desde Outubro de 2000, quando a sua ficção começava a mostrar a sua força e, sobretudo, o pontapé de Marco Borges catapultava a primeira edição do “Big Brother” para o patamar cimeiro das preferências televisivas. De lá para cá, a SIC conseguiu combater essa hegemonia pontualmente, entre o fim de 2004 e o início de 2005, quando Manuel Fonseca transferiu uma bem sucedida novela do fim de tarde para o período nocturno. “Chocolate com Pimenta” permitiu então à estação recuperar o seu estado de graça no principal horário televisivo, entre as 20.00 e as 24.00, quando mais espectadores se concentram junto ao pequeno ecrã e que, por via disso, maior volume publicitário atrai.

O problema da SIC, nessa altura seguramente e não se sabe se agora também, é que não foi capaz de construir uma solução estruturada e consistente para combater o rolo compressor da TVI. Na altura, quando o chocolate se foi, as audiências amargaram. É esse o perigo actual. É que, apesar do esforço que o canal da Impresa tem vindo a fazer (incentivando a sua máquina produtiva de ficção e procurando formatos eficazes no ataque aos públicos), não tem ainda produto suficiente para produzir uma linha contínua vencedora.

O sucesso da dupla “Laços de Sangue”/”Peso Pesado”, apostas de Luís Marques e Nuno Santos (agora na Informação da RTP) precisa de sucessores. Mas neste momento ninguém sabe se “Rosa Fogo”, a próxima novela portuguesa de Carnaxide (desta vez sem a mão amiga da Globo) terá o mesmo poder de fogo que a actual. Por outro lado, “Peso Pesado” terminou domingo e a segunda edição só deverá voltar lá para Outubro.

A vantagem da TVI, mesmo que a sua ficção já tenha conhecido melhores dias, é uma década de avanço. Uma rotina criada no ciclo produtivo interno e na própria cabeça dos espectadores. Eles sabem que a seguir a uma estreia logo outra. E que um mês e meio depois já há outra a ser lançada.

Uma coisa, porém, é certa: há muitos anos que a SIC não acalentava, tão legitimamente, esperanças de chegar ao primeiro lugar. Nem é por si, uma vez que o seu day time continua longe de lhe oferecer de mão beijada a liderança absoluta. É mais pela contínua erosão da TVI, que no último ano e meio tem perdido terreno de forma contínua. Por estranho que pareça, é mesmo a TVI a estação que mais tem perdido para o cabo.

A manter-se a actual tendência, com as audiências da SIC estabilizadas (mal durante o dia mas bastante melhor à noite) e com a descida da TVI (perdeu 3,3 pontos no primeiro semestre), o escasso ponto que separou em Julho os dois canais pode ser facilmente revertível.

O mês de Agosto, porém, será adverso a Carnaxide. Com a Volta a Portugal na RTP1, a televisão pública recuperará os três pontos que perdeu nos últimos meses. Com o regresso do futebol nacional à TVI, a estação agora de Fragoso colocará um ponto (será final? Será parágrafo? Ou serão apenas umas reticências?) na queda recente.

Ou seja, o jogo ainda agora começou…

Director executivo da Notícias TV
Escreve às terça-feiras no Dinheiro Vivo



Abraço j.f.vieira
 
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por richardj » 1/8/2011 22:27

a impresa não está nada bem...

as quedas tem sido muito pesadas, não pode haver aqui um ressalto, ainda que no curto prazo?
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Privatização da RTP adiada

por J.f.vieira » 1/8/2011 14:15

Boa noticia para o grupo impresa?


A privatização da RTP vai ficar para melhores dias ou, como avisadamente escreveu o primeiro--ministro no programa do governo, para "tempo oportuno". Se, de facto, o "tempo oportuno" é um eufemismo usado e abusado em Portugal para atirar um problema para as calendas gregas, a recente intervenção do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, em que nomeou expressamente a RTP como alvo a privatizar rapidamente, voltou a criar pânico nos "mercados".

Mas, segundo apurou o i, podem os "mercados" (as outras televisões privadas, as rádios e os jornais) ficar mais descansados: a privatização da RTP não será acelerada de maneira nenhuma e acontecerá, tal como prometeu o primeiro-ministro, "em tempo oportuno" - na melhor das hipóteses nunca; na pior das hipóteses na próxima legislatura, se o PSD voltar a ganhar as eleições.

Num momento de crise gigantesca nos media, abrir a RTP aos privados seria comprar uma guerra de proporções devastadoras. Até aqui, a mais visível face dessa guerra em curso é a oposição do militante número 1 do PSD, Pinto Balsemão, dono do grupo Impresa e feroz opositor da privatização do canal público que ameaça roubar receitas à SIC, neste momento já em perda.

Aliás, na semana passada, junto com o relatório que confirmava os prejuízos da Impresa no primeiro semestre, Balsemão escreveu aos trabalhadores uma carta quase dolorosa onde afirmava estar a fazer tudo para que a situação no seu grupo não se torne "apavorante". No mesmo documento, o presidente do grupo Impresa prometeu uma guerra sem quartel contra a privatização da RTP, uma intenção que não estava nomeada, mas que era implícita em todo o texto: "É preciso lutar contra as manobras dos que, nos bastidores da política e do poder económico, aproveitam a ocasião para tentar fragilizar-nos e tornar-nos mais vulneráveis? Lutaremos até ao fim e, sublinho, sem medo."

A Impresa apresentou na semana passada um resultado líquido negativo de 32,6 milhões de euros até Junho, valor que compara com o lucro de 3,3 milhões de euros obtidos no mesmo período de 2010, segundo a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

As receitas totais do grupo para o semestre caíram 5,6%, para 126,6 milhões de euros, uma quebra face aos 134,1 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2010.

Pinto Balsemão atribuiu à "degradação da conjuntura económica e do mercado publicitário" as perdas do grupo, afirmando, no entanto, que a dívida líquida não se agravou.

Ora, se as perdas do mercado publicitário neste momento já são suficientes para colocar o império Balsemão na situação difícil em que se encontra, o que seria com um terceiro operador privado a lutar pela partilha do "bolo" publicitário? O desastre não é difícil de adivinhar.

Mas neste capítulo não será só Pinto Balsemão a sofrer com a privatização da RTP: não só também a TVI de Miguel Pais do Amaral perderia dividendos, como as rádios (onde se inclui a poderosa Renascença, líder de audiências e propriedade da Igreja Católica) passaria a vender publicidade a preços de saldo. Para os jornais, que também estão genericamente em crise, seria a catástrofe.

São demasiadas frentes para uma guerra em que o PSD é o único partido a defender o "ataque": até o CDS, parceiro de coligação governamental, é contra a privatização da RTP, como várias vezes defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. E, de resto, nenhum partido da oposição a defende.

Ao pôr de lado o dossiê da privatização, o governo vai concentrar-se na reestruturação da empresa. O mandato de Guilherme Costa, actual presidente do Conselho de Administração, termina no final do ano e o governo arranjará um substituto que tenha como principal missão a tal reestruturação "de maneira a obter-se uma forte contenção de custos operacionais já em 2012, criando, assim, condições tanto para a redução significativa do esforço financeiro dos contribuintes, quanto para o processo de privatização", a tal que, continuando a citar o programa do governo, deverá ser "concretizada oportunamente e em modelo a definir face às condições de mercado". As condições de mercado, como se vê pela ameaça "apavorante" que paira sobre o império Balsemão, não poderiam ser piores.

Para a Ongoing, um dos grandes candidatos, o adiamento sine die da privatização da RTP é uma má notícia. Ontem, em entrevista ao "Correio da Manhã", Maria Alexandra Vasconcelos, presidente da Ejesa (uma empresa sócia da Ongoing que actua no Brasil) dizia, interrogada sobre se iria olhar para privatização da RTP: "Vamos, não sei se com maior ou menor interesse, porque o formato não está esboçado. Mas vamos olhar."


http://www.ionline.pt/conteudo/140536-p ... er-guerras


j.f.vieira
 
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Balsemão decide futuro com Globo

por J.f.vieira » 27/7/2011 19:50

Negócio: Compra da posição da Ongoing na impresa é uma hipótese

Balsemão decide futuro com Globo
Francisco Pinto Balsemão e Roberto Irineu Marinho estiveram juntos num restaurante no Estoril, e, apesar de o almoço ter sido realizado a título da amizade entre os dois, em cima da mesa estiveram as relações entre a Impresa e a Globo.

Segundo apurou o CM, o dono da SIC pretende encontrar um novo parceiro estratégico – e a sua primeira opção vai para a Globo, grupo com o qual tem relações de negócios há cerca de duas décadas. Os brasileiros foram inclusive accionistas da SIC e só abandonaram a empresa em 2003, após o BPI ter pago 20 milhões de euros pelos 15% que detinham.

Como Francisco Pinto Balsemão não quer abrir mão da sua posição no grupo, fontes próximas do patrão da SIC recordam que existe um accionista indesejado: a Ongoing, que, como o CM revelou, avançou com um novo processo contra a Impresa exigindo 30 milhões de euros de indemnização.

Assim, o objectivo será o de incentivar a Globo a apresentar uma proposta à Ongoing para comprar a participação de 22,89% que o grupo de Nuno Vasconcellos detém. Uma solução que pode agradar a todos, já que se a Ongoing concorrer à privatização da RTP deverá ter de vender a posição na Impresa.

Roberto Irineu Marinho, proprietário e presidente do grupo Globo, está a apostar em Portugal – e escolheu inclusivamente Lisboa para receber a sede europeia da empresa.

No almoço terá sido ainda discutido o projecto de criação de uma produtora de ficção entre os dois grupos, uma informação avançada pelo Correio da Manhã em Março. Na altura, Octávio Florisbal, director-geral da Globo, revelou que a multinacional tem a intenção de criar "uma joint-venture com a SIC para produção própria e, quem sabe, para vender para fora, por exemplo, para os canais do cabo".


http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000092
 
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Contas do 2º trimestre 2011

por J.f.vieira » 25/7/2011 20:22

Contas do grupo impresa do 2º trimestre 2011 publicadas a 28 de Julho
 
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Grupo Impresa lança Expressinho!

por J.f.vieira » 25/7/2011 19:11

O jornal semanário Expresso irá lançar este verão o Expressinho, um jornal feito especialmente para os mais pequenos e que conta com um espaço de notícias e outro de entretenimento. A pensar nos mais novos e de forma a conquistar os adultos, durante o próximo mês haverá ainda algumas ofertas, designadamente uma colecção de quatro livros, com 96 páginas cada um, com sudokus, palavras cruzadas, directas, cruzadex e sopa de letras.
O formato para os mais pequenos vem integrado na edição normal, tendo apenas oito páginas. Com isto o grupo Impresa pretende incentivar o gosto pela leitura de um jornal junto dos mais novos.



http://poroutroolhar.blogspot.com/2011/ ... sinho.html



Abraço j.f.vieira
 
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Nem....

por rasteiro » 22/7/2011 10:34

nestes dias de subidas, esta menina sobe.............

O pessoal está entalado, e nem sequer olha para ela.
Eu também não a quero.... :) :) :)

Abraços
 
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por SMALL1969 » 2/6/2011 16:56

Também achei que estava sobrevendida e os volumes de venda aceleraram 2 dias, mas só tinha compras a 0,60 onde não chegou.

Agora é esperar nova retracção, após esta recuperação.
A Ongoing ainda deve ter muito para vender, se é esse o vendedor.

Os que compraram a 2 euros na altura da especulação dasaída do Moniz da TVI, também devem andar estar satisfeitos....
 
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por fnabais.ferro » 2/6/2011 11:33

Certissimo. Minimo intraday 0.55 em fecho 0.56 :wink:
Uma nota para a liquidez que nestes últimos 2 dias parece ter voltado aos tempos áureos dos 6 dígitos! :mrgreen: Até quando :?:
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por kuby » 2/6/2011 9:45

Bom dia

Eu tenho também os 0,55 como minimo em Outubro 2008. Na altura reforcei a minha posição que detinha.

Cumps

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por Elias » 1/6/2011 22:52

Eu tenho um mínimo de 55 em 28-10-2008.
 
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por fnabais.ferro » 1/6/2011 12:25

Acho que nunca tinha visto um afundanço destes!!! :shock: Valores de RSI de 9.8 então, nunca vi mesmo, sendo que hoje ainda deve afundar mais!!!

Hoje continua o massacre com bom volume, sendo que já está muito próximo dos mínimos históricos (creio eu) de Outubro2008/ Março 2009, ali na zona dos 0.56€!!!

Abraço,
Anexos
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por Parabolic » 31/5/2011 16:37

A Ongoing, como anda chateada, anda a vender no mercado já uns tempos e como isto não tem liquidez.... O que se tem assistido no mercado é um braço de ferro entre o velho e o Vasconcelos.

Isto só se vai resolver quando o velho comprar a posição à Ongoing ou quando a Ongoing (que está cheia de cacau com os dividendos da PT) lançar uma OPA não hostil à posição da familia Balsemão. A Ongoing queria vender à 1 ano a 2 euros a posição que tinha e isto vai em 0,65. Já deve esta a perder. E a familia também não deve estar muito bem financeiramente com esta desvalorização de 75% desde o máximo do ultimo ano.

Os volumes estão a ficar fortes pelo que acho que a pressão vendedora pode estar a terminar.
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por Quico » 31/5/2011 16:00

...e não se pode "shortar"! :cry:
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Até arrepia..............

por rasteiro » 31/5/2011 15:53

E desce, desce, desce, e não se sabe onde é que vai parar.

Aabraços
 
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Re: (Martifer) Alemanha anuncia abandono do nuclear até 2022

por helderjsm » 30/5/2011 12:43

Quico Escreveu:
alet Escreveu:Boas perspectivas para a Martifer !!!

(30 Maio 2011)

"A Alemanha será a primeira potência industrial a renunciar à energia atómica, anunciou hoje o ministro do ambiente daquele país.

(...)



Que raio é que isto tem a ver com Impresa?!


Tem tudo a ver. A Martifer é uma I(E)mpresa. E além do mais ambas tem uma queda que não lembra nem ao diabo (e olha que o tipo tem imaginação). Tirando isso também não percebi a relação :P
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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Re: (Martifer) Alemanha anuncia abandono do nuclear até 2022

por Quico » 30/5/2011 10:29

alet Escreveu:Boas perspectivas para a Martifer !!!

(30 Maio 2011)

"A Alemanha será a primeira potência industrial a renunciar à energia atómica, anunciou hoje o ministro do ambiente daquele país.

(...)



Que raio é que isto tem a ver com Impresa?!
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(Martifer) Alemanha anuncia abandono do nuclear até 2022 !!!

por Manuel Maria do Bocage » 30/5/2011 9:38

Boas perspectivas para a Martifer !!!

(30 Maio 2011)

"A Alemanha será a primeira potência industrial a renunciar à energia atómica, anunciou hoje o ministro do ambiente daquele país.

A Alemanha vai fechar os últimos reactores nucleares em 2022, tornando-se na primeira potência industrial a renunciar à energia atómica, anunciou hoje o ministro do ambiente daquele país.

A grande maioria dos 17 reactores alemães vai encerrar até ao final de 2011, e os três mais recentes estarão em funcionamento no máximo até 2022, precisou o ministro Norbert Röttgen, que qualificou a decisão de "irreversível", à saída da reunião de negociação, no âmbito da coligação governamental, com a chanceler Angela Merkel.

Dos 17 reactores nucleares activos no território alemão, oito já não produzem electricidade e não serão reactivados, adiantou o ministro.

A Alemanha deve encontrar forma, até ao final de 2022, de cobrir 22 por cento das suas necessidades de electricidade actualmente cobertas pelas centrais nucleares.

A meta de 2022 para o encerramento permanente dos 17 reactores nucleares alemães é quase um regresso ao calendário definido no início de 2000 pela coligação dos Verdes com os Sociais-democratas.

A chanceler alemã, tinha votado no final de 2010 um prolongamento de 12 anos da exploração dos reactores do país, contra a opinião pública alemã, causando um sentimento anti-nuclear no país.

Mas depois do acidente nuclear da central de Fukushima, no nordeste do Japão, em Março, Merkel parou imediatamente as centrais mais velhas da Alemanha e lançou o debate sobre o abandono da energia nuclear, que deverá conduzir a uma decisão formal na reunião do Conselho de Ministros de 06 de Junho.

A 23 de Março, a chanceler chegou mesmo a dizer que "quanto mais cedo sairmos da energia atómica, melhor".

Os últimos resultados eleitorais na Alemanha, em que a CDU perdeu terreno para os Verdes, também contribuíram para a mudança de discurso por parte de Merkel."

FONTE:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=487485
 
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