Caldeirão da Bolsa

OT - Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 29/9/2016 14:08

 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 29/9/2016 13:09

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... ficos.html

DrTretas, o exemplo perfeito de como colocar os "factos" ou "dados" a favor de cada um. 8-)
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por Texano Bill » 26/9/2016 17:47

DBRS diz que países europeus muito endividados estão mais sujeitos a choques

A agência de 'rating' DBRS disse hoje que os países europeus mais endividados continuam em risco de sofrerem choques e que, se assim continuarem, será uma questão de tempo até acontecer.

"Estão os países altamente endividados condenados a viver com o peso da dívida indefinidamente? Se assim for, é apenas uma questão de tempo até os choques externos deitarem por terra os esforços de estabilização da dívida", lê-se numa nota de análise da DBRS, hoje divulgada.

No entanto, diz, os países continuam a defrontar-se com crescimento lento, baixa inflação, a necessidade de fazerem ajustes orçamentais significativos, numa altura em que também os benefícios dos estímulos monetários do BCE estão a chegar ao limite, o que coloca dificuldades à sustentabilidade do ajustamento orçamental e económico.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... oques.html
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 24/9/2016 22:50

Idade média da população
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 23/9/2016 23:17

Rendimento
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 23/9/2016 19:50

Dois paises em tudo similares, uma historia que quase podia ser um plàgio um do outro, dois impulsionadores dos descobrimentos, dois regimes fascitas durante grande parte do seculo XX, ambos entraram no UE e no Euro no mesmo momento. Um deles tem salarios médios quase ao dobro tendo os preços mèdios de produtos menores nesse paìs a carga fiscal aplicada à classe mèdia e alta è muito inferior ao do outro. Um tem um estado com 43% de peso na economia outro de 50%.

[url]
http://www.datosmacro.com/paises/compar ... na?sc=XE15[/url]
Anexos
PT_vs_SP_1.PNG
PT_vs_SP_2.PNG
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PT_vs_SP_4.PNG
PT_vs_SP_5.PNG
PT_vs_SP_6.PNG
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 23/9/2016 10:52

JoaquimDias Escreveu::lol: :lol:


É bom, somos líderes em alguma coisa :mrgreen: e destacados, nem os gregos nos apanham \:D/
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 23/9/2016 10:49

:lol: :lol:
Anexos
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http://www.heritage.org/index/ranking
(ranking de países mais capitalistas neo liberais VS países socialistas/comunistas/colectivistas)

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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 23/9/2016 10:44

JoaquimDias Escreveu:Espanha sem governo tem um melhor desempenho que Portugal com governo das esquerdas unidas. :lol: :lol: :shock:


Utilizando a palavra "governo" em sentido muito lato, visto que os ministros mal se vêm, só dá Costa e meninas do BE.
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 23/9/2016 10:38

Espanha sem governo tem um melhor desempenho que Portugal com governo das esquerdas unidas. :lol: :lol: :shock:
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 23/9/2016 10:36

Vá, para desanuviar o ambiente, deixo aqui um gráfico tirado do último relatório do FMI:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 23/9/2016 9:37

JoaquimDias Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses


Finalmente... :pray:


muito bem jogado. se todos estiverem silenciados, podes continuar a tua propaganda socialista mais à vontade. :clap:


Uma coisa é silenciar, outra é advertir para a diferença entre argumentar ou ofender/difamar/falsear factos. Coisa que tu ainda não entendeste. Se te quisessem silenciar já não dizias uma palavra mais sequer. Portanto ganha tino de uma vez por todas.
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 23/9/2016 7:27

JohnyRobaz Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses


Finalmente... :pray:


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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/9/2016 23:41

Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses


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Re: Políticas para Portugal

por Ulisses Pereira » 22/9/2016 23:19

parece que alguém recebeu uma chamadita do largo do rato para silenciar as vozes incómodas


Joaquim, eu sou tudo menos de esquerda. Dito isto, em vez de te apressares a responder, apressa-te a ouvir ou ler o que escrevi para que depois não voltes a falar de moderação excessiva. O Caldeirão e as suas regras já existem há demasiado tempo para que isso tenha alguma coisa a ver com um Governo do PS, PSD ou de uma geringonça qualquer. Por isso, respeita-as se queres continuar neste espaço.

Abraço,
Ulisses
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 22:23

JoaquimDias Escreveu:Se distorces o mercado não tens eficiência. Se não tens eficiência para quê ter mercado sequer?

Toda a ideia dos mercados é que diversos concorrentes consigam baixar o preço ao mínimo possível.

O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.

O que deves é favorecer a concorrência criando mais meios para fazer chegar o capital dos investidores às empresas. sobretudo a PME. Nesse sentido aquelas plataformas tipo raize ou seedrs deveriam ser fortemente incentivadas. Hoje é com agrado que vejo PME em Portugal a pedir créditos através da raize com taxas de 5 e 6% a 24 meses para capital de 20 mil euros que saem num instante da plataforma. Isto é incentivar ao capitalismo neo liberal, ao negócio,... se houvesse mais plataformas destas mais apoio haveria.

Se houvesse plataformas que desse para entrar no capital de uma empresa apoiando-a, também não acho mal. É arriscado claro, mas secalhar alguns de nós até metiam uns trocos ali no Sr. José da padaria ou na nova app desenvolvida por engenheiros portugueses que precisam de algum dinheiro.

Isto sem estado, sem socialismo, sem ps, sem essa canzoada que só atrapalha.


Concordo perfeitamente que o ideal é termos uma situação de concorrência perfeita, agora isso é utopia e em Portugal ainda mais difícil. Não conhecia a plataforma e acho que faz todo o sentido. É o mercado a encontrar o seu rumo. No mercado livre acho que pressupõe que os agentes tenham acesso livre à informação. Será que todas as empresas sabem desta solução? será que todas as pessoas que estão insatisfeitas com a rentabilidade dos seus investimentos sabem desta solução?

Aliás até acho que mais me ajudas, se existe um agente económico que consegue oferecer esta solução porque não ser uma diretiva da CGD? Sendo que todos sabemos que a maior parte das nossas empresas são PMEs e todos sabemos das dificuldades que muitas vezes elas t~em para obter financiamento.

A ideia da caixa, assim como EDP's, PT's é que foram empresas sempre protegidas pelo Estado num mercado sem concorrência.

Concordo perfeitamente com o que dizes:

JoaquimDias Escreveu:O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.


E mais, acho que deveriam ser averiguadas as razões desta ingerência, a direção chamada à assembleia e estabelecer-se objetivos para a CGD. Só que depois vinham despedimentos, vinham os arautas criticar tudo e todos. Isto não à ponta por onde se lhe peque. Por isso emigrei. Só lá vai com uma Sociedade Civil forte.

Olha vê lá que em Portugal ganhar mais de 20.000/ano é ser rico.
https://oinsurgente.org/2015/01/19/quem-paga-impostos-em-portugal/
 
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Re: Políticas para Portugal

por goodmoney » 22/9/2016 22:10

JoaquimDias Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses

parece que alguém recebeu uma chamadita do largo do rato para silenciar as vozes incómodas :wink:


:shock: :shock:

O Ulisses agora é de esquerda.

Ou então não, quer apenas um clima ordeiro no fórum. :-"
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 18:52

Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
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Re: Políticas para Portugal

por Ulisses Pereira » 22/9/2016 18:50

joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 18:35

Se distorces o mercado não tens eficiência. Se não tens eficiência para quê ter mercado sequer?

Toda a ideia dos mercados é que diversos concorrentes consigam baixar o preço ao mínimo possível.

O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.

O que deves é favorecer a concorrência criando mais meios para fazer chegar o capital dos investidores às empresas. sobretudo a PME. Nesse sentido aquelas plataformas tipo raize ou seedrs deveriam ser fortemente incentivadas. Hoje é com agrado que vejo PME em Portugal a pedir créditos através da raize com taxas de 5 e 6% a 24 meses para capital de 20 mil euros que saem num instante da plataforma. Isto é incentivar ao capitalismo neo liberal, ao negócio,... se houvesse mais plataformas destas mais apoio haveria.

Se houvesse plataformas que desse para entrar no capital de uma empresa apoiando-a, também não acho mal. É arriscado claro, mas secalhar alguns de nós até metiam uns trocos ali no Sr. José da padaria ou na nova app desenvolvida por engenheiros portugueses que precisam de algum dinheiro.

Isto sem estado, sem socialismo, sem ps, sem essa canzoada que só atrapalha.
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 18:24

JoaquimDias Escreveu:
A diferença é que o bpn tu podes deixar falir (não nacionalizar como fez o 44), limitando ao máximo o impacto no contribuinte - por exemplo levando a zero todos os credores, accionistas e depósitos acima dos 100k. Isso seria benéfico porque o contribuinte seria mais protegido, e os gestores dos outros bancos ficariam mais avisados para uma gestão mais prudente séria e não corrupta;


O que não aconteceu, porque (e agora é minha convicção, pesquisei um bocado para colocar aqui mais dados, mas não consegui encontrar evidências fortes para apoiar a minha convicção) houve interesses para além do contribuinte a serem defendidos neste processo, como aliás referiste nos teus exemplos.

Não achei satisfatórias as justificações do Teixeira dos Santos sobre a não privatização da SLN nesta notícia.

http://sol.sapo.pt/artigo/14951/teriamos-problema-bem-maior-ao-nacionalizar-sociedade-lusa-de-negocios-teixeira-dos-santos

JoaquimDias Escreveu:
Na cgd comes com tudo e sem transparência;

A caixa nunca será uma boa ferramenta, precisamente porque como outras empresas públicas, tem sempre uma tendência para decisões sem racional económico-financeiro. É essencialmente um braço político com imenso dinheiro. Como é evidente dará sempre asneira de certeza absoluta.

O que dizes é distorcer o mercado. Faz parte do mercado atrair os depositantes pagando o mínimo possível, para depois tentar "vender" empréstimos ao maior valor possível sem que os empresários vão para o vizinho. Se distorces isto, acabas com o mercado, acabas com a eficiência e -> ciclo vicioso.


Ok, é distorcer o mercado. É assim tão grave? Já agora porque é que os bancos pagam menos impostos que as outras empresas? (Se não estou em erro)

Existem um "sem número" de situações que distorcem os mercados. Portugal é um mercado muito pequeno para sequer pensar que existe livre mercado. Aceitava a 100% o que disseste se qualquer pessoa em Portugal pudesse, por exemplo, ir a Espanha e abrir uma conta (não sei quanto é que lá pagam de juros) ou então que as empresas Portuguesas pudessem pedir empréstimos na Alemanha. Para algumas coisas estamos numa concorrência global para outras é apenas no nosso quintal.

Se quiseres em conclusão, concordo completamente nos receios de "Na cgd comes com tudo e sem transparência;" e "É essencialmente um braço político com imenso dinheiro." não vejo mal ao mundo com "pequenas" distorções no mercado em detrimento do contribuinte.

Agora acho assustador a promiscuidade que existe entre o poder privado o político e a quantidade de tachos e tachinhos para os boys. Se calhar o menos mal era simplesmente, como tu dizes, privatizar tudo!
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 17:24

PedroGg Escreveu:Percebo a posição, sobretudo pelo que custa aos contribuintes (tenho ideia de ter visto algures que ao longo dos anos o que a CGD consumiu mais recursos do estado do que retribuiu). E o problema destas coisas todas é que o Estado é maus gestor dos recursos que tem (porque será?). Também podemos relembrar o que aconteceu com o BPN, e era privado!!! O problema vai muito para além da política.

Acho que a caixa pode ser uma excelente ferramenta, desde que bem gerida, para auxiliar algumas estratégias do Governo, como por exemplo o Banco de fomento.

Não sabendo quando é que custa ás empresas financiarem-se, imagino que seja bem mais do que o que atualmente se oferece pelos depósitos a prazo (1%). A Ponte seria, captar e oferecer uma rentabilidade maior a quem tem pouca capacidade de procurar outras formas de investimento, disponibilizando ás empresas.


A diferença é que o bpn tu podes deixar falir (não nacionalizar como fez o 44), limitando ao máximo o impacto no contribuinte - por exemplo levando a zero todos os credores, accionistas e depósitos acima dos 100k. Isso seria benéfico porque o contribuinte seria mais protegido, e os gestores dos outros bancos ficariam mais avisados para uma gestão mais prudente séria e não corrupta;
Na cgd comes com tudo e sem transparência;

A caixa nunca será uma boa ferramenta, precisamente porque como outras empresas públicas, tem sempre uma tendência para decisões sem racional económico-financeiro. É essencialmente um braço político com imenso dinheiro. Como é evidente dará sempre asneira de certeza absoluta.

O que dizes é distorcer o mercado. Faz parte do mercado atrair os depositantes pagando o mínimo possível, para depois tentar "vender" empréstimos ao maior valor possível sem que os empresários vão para o vizinho. Se distorces isto, acabas com o mercado, acabas com a eficiência e -> ciclo vicioso.
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 16:51

JoaquimDias Escreveu:
PedroGg Escreveu:
Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?


como é que a cgd faz essa ponte?

as únicas pontes que vejo a cgd fazer é entre o vara e o vale do lobo.

para mim devia ser privatizada.


Percebo a posição, sobretudo pelo que custa aos contribuintes (tenho ideia de ter visto algures que ao longo dos anos o que a CGD consumiu mais recursos do estado do que retribuiu). E o problema destas coisas todas é que o Estado é maus gestor dos recursos que tem (porque será?). Também podemos relembrar o que aconteceu com o BPN, e era privado!!! O problema vai muito para além da política.

Acho que a caixa pode ser uma excelente ferramenta, desde que bem gerida, para auxiliar algumas estratégias do Governo, como por exemplo o Banco de fomento.

Não sabendo quando é que custa ás empresas financiarem-se, imagino que seja bem mais do que o que atualmente se oferece pelos depósitos a prazo (1%). A Ponte seria, captar e oferecer uma rentabilidade maior a quem tem pouca capacidade de procurar outras formas de investimento, disponibilizando ás empresas.

Deixa cá inventar mais um bocado, apoiar financeiramente os proprietários dos tais imóveis degradados em Lisboa. Isto claro teria de ser uma coisa bem feita, sei lá, por exemplo, um programa orientado pela CML, em que se identificava os prédios com potencial de valorização, fazer uma proposta aos proprietários de valorização do imóvel, depois financiamento seria suportado pelos ganhos futuros e a CML ficava responsável por gerir o processo até se pagar tudo o que era devido. O proprietário no final ganhava um prédio reabilitado.


Podemos sempre ser pessimistas e pensar que isto não funcionava. Se for mal feito, claro que sim.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 13:31

PedroGg Escreveu:
Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?


como é que a cgd faz essa ponte?

as únicas pontes que vejo a cgd fazer é entre o vara e o vale do lobo.

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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 13:21

JohnyRobaz Escreveu:Caro PedroGg,

Tenho um post na página 14 deste tópico com o "tax on property" de vários países.
Podes consultar aqui, se quiseres, as várias taxas cobradas pelos vários países da OCDE:

https://data.oecd.org/tax/tax-on-property.htm

A questão do imposto sobre o capital é sem dúvida isso, mas é por isso que só deve incidir numa classe socio-económica mais abastada. É uma simples forma de, a meu ver, poder reduzir os impostos sobre o trabalho, que também afectam essas pessoas que têm esse capital, mas também aquelas que não o conseguem ter por não ganharem o suficiente, mantendo os compromissos orçamentais.

Quanto às obras públicas que falas, acho que Portugal não está, infelizmente para mim, em condições de as fazer. Não há dinheiro. Só se fossem usados fundos europeus. Destaco a importância do porto de sines, acho que era mesmo importante como porto de redistribuição (chegariam barcos gigantes do canal do Panamá, e aqui redistribuíam para os portos do norte da Europa e para os mediterrânicos). Singapura é, nesse aspecto da gestão dos portos, um exemplo a seguir, penso eu.

Quanto ao financiamento, não tenho conhecimento de como funciona sinceramente. Alguém saberá melhor que eu.

EDIT: Recomendo a leitura desta notícia, para perceber melhor o meu ponto de vista:

https://www.dinheirovivo.pt/economia/cr ... 7P6L1.dpuf



Quanto à taxação do património, faz sentido se se conseguir focar nessa classe socioeconómica mais abastada.
Contudo é uma situação delicada, sobretudo na definição de “ser rico”, porque, na prática, quem se apanha nestas coisas é a classe média alta que não tem as mesmas ferramentas dos “verdadeiramente” ricos, para contornar o sistema. E no caso Português quase parece que os pobres de hoje vão ser os ricos de amanha.

Também sou defensor que uma Sociedade deve providenciar as ferramentas para que qualquer cidadão, que se esforce e aceite as oportunidades dadas, tenha possibilidade de ter uma vida condigna.


Quanto à questão que colocaste sobre a crise ter transferido riqueza do fator capital para o fator financeiro. Bom … acho que estas coisas não são assim tão fáceis de analisar e confesso que me acho inseguro para tentar cavar a verdade dos números, mas de qualquer forma aqui fica o meu exercício. Existem duas coisas a ter em conta:

Desemprego, este é para mim um grave problema que normalmente faz, através da competição, diminuir os salários pagos (e atenção que é minha convicção que os dados de desemprego estão bem “trabalhados, sobretudo pelo anterior governo, este deve sere mais do mesmo).
Escassez de capital, havendo pouco capital é normal que a “competição” por ele seja mais feroz fazendo subir as suas margens.

Podia ainda acrescentar uma outra. O que é que toda a gente está sempre a dizer que falta a Portugal? … Capital estrangeiro, será expectável que tenham sido criadas formas de o atrair.

Para concluir que com o cenário atual foi uma consequência normal isso ter acontecido e não a impressão que temos quando vemos os dados, de que: era estratégia do Governo. Se calhar até era, não sei.

Sempre aprendi em Economia que os impostos são uma forma de distorcer a economia e afetam-na de uma forma negativa. Combater este fenómeno através do aumento/diminuição da taxação pode não ser a melhor das ideias. Atacar as duas primeiras causas poderia ser uma boa ideia. Que houve e há esforços nesse sentido, através dos estágios do IEFP por exemplo, é justo dizer, mas como tudo é muito mal controlado pelo estado. Os abusos das empresas sobre os trabalhadores são, simplesmente, inacreditáveis.
Uma das razões que se devia batalhar na Europa para que as nossas empresas tenham as mesmas condições de financiamento que as empresas das grandes economias.

Já agora é curioso que o Capital é tão “bem remunerado” mas quanto é que é a rentabilidade de um depósito? Ou fundos sem grande risco?

Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?

É impressionante, devemos ter a geração mais qualificada de sempre, algumas economias tem problemas de mão de obra e não crescem tanto por causa disso…
Dá que pensar, não dá?
 
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