Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Enviado: 23/12/2022 13:31
NATO enfrenta “verdadeira” escassez de armas devido à guerra na Ucrânia
O arsenal bélico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) é cada vez mais reduzido como consequência do auxílio que tem prestado à Ucrânia para se defender da invasão russa, de acordo com a embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) Julianne Smith.
Embora o intuito da organização seja ajudar o máximo possível, esta colaboração tornou-se “muito séria”, tanto para os aliados da NATO como para a Ucrânia, revelou a representante dos EUA, ao esclarecer que “é um desafio significativo para as próprias forças militares ucranianas, que estão a enfrentar carências e diminuição dos stocks”.
Perante este problema, estão a ser feitos esforços entre diversas entidades e organizações para aumentar as reservas de armamento em conjunto com o Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia (UDCG) e com os EUA, de acordo com a revista ‘Newsweek’.
Atualmente, a NATO está a prestar auxílio a 50 nações, algumas das quais não são membros da organização, o que tem dificultado a coordenação da assistência a todas. Porém, pretende determinar como pode “dar a garantia à indústria de armamento para reabrir as linhas de produção”, o que tem vindo a ser debatido.
Em novembro, foi anunciado o envio de armas adicionais, um pacote de assistência de 287 milhões de dólares da Suécia, baterias de mísseis Hawk e mísseis de Espanha, bem como 500 milhões de dólares de assistência do Canadá, na sétima reunião do UDCG com os 50 países e organizações, que contou com o secretário da Defesa dos EUA Lloyd Austin e o presidente dos Chefes do Estado-Maior Conjunto Mark Milley.
“Vamos manter a nossa dinâmica durante todo o inverno para que a Ucrânia possa continuar a consolidar os ganhos e tomar a iniciativa no campo de batalha”, frisou Austin salientando que “as tropas ucranianas estão a lutar com força e determinação”.
Estão, de momento, a ser analisadas compras de armas multinacionais, um esforço “centrado no declínio dos stocks em toda a aliança da NATO para um país como a Estónia, que deu uma enorme quantidade de assistência em matéria de segurança à Ucrânia”, comentou Smith ao admitir que a organização está a enfrentar uma “verdadeira” escassez de armas.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros estónio, Urmas Reinsalu, defendeu que os aliados da NATO precisam de aumentar o envio de armas à Ucrânia para permitir uma vitória total de Kiev. “É necessário mudar o curso desta guerra”, reiterou, assegurando que “a única forma de o conseguirmos fazer no contexto atual é aumentar significativamente a gama de todos os tipos de armamento convencional”.
A NATO está agora focada em “repor os inventários dos EUA e os stocks esgotados dos aliados e parceiros”, confessou o secretário da Defesa dos Estados Unidos ao esclarecer que estão “a trabalhar com a indústria para aumentar a produção para continuar a satisfazer as necessidades das forças ucranianas, assegurando ao mesmo tempo que os EUA, os parceiros e aliados estão prontos para se defenderem”.
A NATO está também em contacto com a União Europeia (UE) que se tem empenhado em prestar a assistência necessária a todos os Estados-membros.