Enviado: 4/2/2013 12:00
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Empresário têxtil diz "basta" ao ministro da Economia
04 Fevereiro 2013, 10:21 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
TweetinShare.0É numa carta aberta publicada esta segunda-feira, 4 de Fevereiro, em alguns jornais que um empresário têxtil reclama a devolução atempada do IVA pelo Estado. Mostra o que a sua empresa paga de impostos e reclama que não seja o sector privado a pagar tudo.
É numa carta aberta, que foi paga como publicidade por Luís Miguel Guimarães, que este empresário têxtil mostra as contas da sua empresa, nomeadamente o que paga de IRC e de taxas para a segurança social.
Uma carta dirigida ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Luís Miguel Guimarães é administrador e accionista da Arestagest, que tem cinco empresas dedicadas à indústria têxtil. Uma delas, a Polopique – uma das fornecedoras da Inditex – emprega, segundo escreve o seu administrador, 200 pessoas, tendo 110 entrado ao serviço a partir de meados de 2010.
Das cinco empresas têxteis, duas operam no exterior (Brasil e Moçambique). As três portuguesas empregam 600 pessoas, tendo os trabalhadores como retribuição mínima de 600 euros e sendo objectivo da empresa que até 2015, este salário suba para 800 euros.
A empresa conta contratar, no primeiro trimestre deste ano, mais 100 trabalhadores, "maioritariamente em situação de desemprego". Já em 2011 adquiriu uma sociedade que se encontrava em insolvência absorvendo 320 trabalhadores que iriam para o desemprego.
Luís Miguel Guimarães mostra a facturação da Polopique desde 2003 e quanto pagou de impostos e de segurança social. Só em 2011, ano em que facturou 71,7 milhões, pagou 1,4 milhões nessas duas componentes.
O grupo factura 100 milhões de euros, sendo 90% para exportação.
Com base na situação da sua empresa e mostrando estes números, Luís Miguel Guimarães reclama que o Estado cumpra, também ele, as suas obrigações. Garante que o Estado está com a devolução do IVA atrasada. O grupo tem para receber, dos meses de Outubro e Novembro, 3,9 milhões de euros. "Tal atraso não foi acompanhado de qualquer informação credível que o justificasse ou mesmo de qualquer previsão quanto ao momento em que se verificará a sua entrega".
E é com pontos de interrogação que deixa a mensagem: "considerando a dificuldade de acesso ao crédito com a qual nos deparamos a que acresce a situação de incumprimento pelo Estado supradescrita, que fazer? Não pagar também?"
E fala em desilusão em relação ao actual Governo, no qual depositou confiança. "Continua a ser o trabalhador privado a ter que pagar todo o despesismo excessivo fomentado pelo Estado português". "Dois terços da população activa portuguesa (sector privado) paga para que um terço viva principescamente".
As críticas vão para o Governo, mas também para o PS e até para Tribunal Constitucional e Presidente da República.
É por isso que escreve ao ministro mas com uma mensagem para o sector privado. É altura, diz, de dizer "basta". "Sofremos e lutamos pelas nossas empresas, com reflexo imediato no País. Somos nós, pequenos e médios empresários que pagamos pelos erros, roubos e abusos de poder de um sem fim de mal intenacionados que, como se não bastasse, o dizem fazer por amor à Pátria".
Empresário têxtil diz "basta" ao ministro da Economia
04 Fevereiro 2013, 10:21 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
TweetinShare.0É numa carta aberta publicada esta segunda-feira, 4 de Fevereiro, em alguns jornais que um empresário têxtil reclama a devolução atempada do IVA pelo Estado. Mostra o que a sua empresa paga de impostos e reclama que não seja o sector privado a pagar tudo.
É numa carta aberta, que foi paga como publicidade por Luís Miguel Guimarães, que este empresário têxtil mostra as contas da sua empresa, nomeadamente o que paga de IRC e de taxas para a segurança social.
Uma carta dirigida ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Luís Miguel Guimarães é administrador e accionista da Arestagest, que tem cinco empresas dedicadas à indústria têxtil. Uma delas, a Polopique – uma das fornecedoras da Inditex – emprega, segundo escreve o seu administrador, 200 pessoas, tendo 110 entrado ao serviço a partir de meados de 2010.
Das cinco empresas têxteis, duas operam no exterior (Brasil e Moçambique). As três portuguesas empregam 600 pessoas, tendo os trabalhadores como retribuição mínima de 600 euros e sendo objectivo da empresa que até 2015, este salário suba para 800 euros.
A empresa conta contratar, no primeiro trimestre deste ano, mais 100 trabalhadores, "maioritariamente em situação de desemprego". Já em 2011 adquiriu uma sociedade que se encontrava em insolvência absorvendo 320 trabalhadores que iriam para o desemprego.
Luís Miguel Guimarães mostra a facturação da Polopique desde 2003 e quanto pagou de impostos e de segurança social. Só em 2011, ano em que facturou 71,7 milhões, pagou 1,4 milhões nessas duas componentes.
O grupo factura 100 milhões de euros, sendo 90% para exportação.
Com base na situação da sua empresa e mostrando estes números, Luís Miguel Guimarães reclama que o Estado cumpra, também ele, as suas obrigações. Garante que o Estado está com a devolução do IVA atrasada. O grupo tem para receber, dos meses de Outubro e Novembro, 3,9 milhões de euros. "Tal atraso não foi acompanhado de qualquer informação credível que o justificasse ou mesmo de qualquer previsão quanto ao momento em que se verificará a sua entrega".
E é com pontos de interrogação que deixa a mensagem: "considerando a dificuldade de acesso ao crédito com a qual nos deparamos a que acresce a situação de incumprimento pelo Estado supradescrita, que fazer? Não pagar também?"
E fala em desilusão em relação ao actual Governo, no qual depositou confiança. "Continua a ser o trabalhador privado a ter que pagar todo o despesismo excessivo fomentado pelo Estado português". "Dois terços da população activa portuguesa (sector privado) paga para que um terço viva principescamente".
As críticas vão para o Governo, mas também para o PS e até para Tribunal Constitucional e Presidente da República.
É por isso que escreve ao ministro mas com uma mensagem para o sector privado. É altura, diz, de dizer "basta". "Sofremos e lutamos pelas nossas empresas, com reflexo imediato no País. Somos nós, pequenos e médios empresários que pagamos pelos erros, roubos e abusos de poder de um sem fim de mal intenacionados que, como se não bastasse, o dizem fazer por amor à Pátria".