Moody's Lowers Germany, Netherlands and Luxembourg's Outlook
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Quando a Alemanha foi o país "resgatado"
Publicado hoje às 17:55
Luís Manuel Cabral
Queda do muro de Berlim, na Alemanha, em 9 de Novembro de 1989
No dia em que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, alertou a Alemanha para o risco de um "confronto entre Norte e Sul" na Europa, é bom lembrar que no século XX a Alemanha também precisou de ajuda económica.
Hoje todos os focos da crise económica estão voltados para os países do Sul da Europa, mas o jornal espanhol "ABC" lembra que, durante o século XX, a Alemanha também precisou de ajuda financeira em momentos chave da sua história, que nunca lhe foi negada.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a fome dominava uma Europa devastada pelo conflito. Por isso, os Estados Unidos da América decidiram aprovar, em 1947, o "European Recovery Program", popularmente conhecido como "Plano Marashall, em memória do secretário de Estado norte-americano que o anunciou, George Marshall. O plano consistia num pacote de ajudas económicas com o duplo objetivo de evitar a ruina da Europa Ocidental e travar o avanço do comunismo da União Soviética.
Dessas ajudas, a recentemente constituída República Federal Alemã (RFA) obteve, segundo estima Martin Schain no seu livro "O Plano Marshall 50 anos depois", cerca de 1.448 milhões de dólares (1.178 milhões de euros). Desse modo, a metade não comunista da Alemanha foi o terceiro país europeu que mais dinheiro recebeu dos norte-americanos, atrás da França e do Reino Unido. Graças a essa ajuda e à audácia política do chanceler Ludwig Edhard, a Alemanha Ocidental iniciou uma impressionante recuperação económica que ficou conhecida como "o milagre alemão".
A Alemanha voltou a receber ajuda, embora numa escala menor, com o objetivo de ajudar à reunificação alemã após a queda do "Muro de Berlim", a 9 de Novembro de 1989, que pôs fim à "Guerra Fria".
A queda do muro não se deu apenas por razões políticas, como explica o economista Joachim Ragnitz, do Centro de Estudos Económicos IFO, no livro "Alemanha Oriental hoje: êxitos e fracassos": "No outono de 1989, a República Democrática da Alemanha não estava apenas arruinada politicamente, mas também a nível económico", já que, a título de exemplo, o Produto Interno Bruto da zona comunista representava apenas "43% da média do da Alemanha Ocidental".
A reunificação alemã teve como consequência a entrada imediata das regiões que formavam a República Democrática alemã na União europeia. Um feito sem precedentes, já que normalmente para que um país possa ingressar na UE tem de dar início a um processo de vários anos que exige que o candidato cumpra, segundo os tratados europeus, "com critérios políticos e económicos e assuma integralmente o conjunto de normas e tratados comunitários".
Por outro lado, para reduzir as diferenças estruturais existentes, a Europa teve de aprovar de forma urgente um pacote de crédito para melhorar a situação crítica de algumas regiões alemãs que tinham estado sobre o controlo comunista. De acordo com informações do parlamento Europeu, embora sem a certeza de saber se os dados fornecidos pela ex-RDA eram fiáveis, a União Europeia aprovou "ajudas no valor de três mil milhões de euros por ano à Alemanha no período compreendido entre 1991 e 1993.
Assim, entre 1993 e 2013, a Alemanha terá sido e será um dos países mais beneficiados pelos fundos europeus, pelo que, segundo um estudo elaborado pelo Departamento de Política Regional da União Europeia, quando terminar o ano de 2013, a Alemanha terá recebido mais de 80 mil milhões de euros.
Schauble reconhece que juros quase nulos da Alemanha demonstram insegurança dos investidores
28 de Julho, 2012
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, reconheceu hoje que o facto de a Alemanha pagar juros praticamente nulos nos mercados financeiros, embora seja positivo para a despesa alemã, demonstra a «profunda insegurança dos investidores» na actual conjuntura.
«Por um lado é positivo para um ministro com a pasta do Orçamento, porque baixa a despesa. Mas por outro lado, para um ministro das Finanças é um sinal de que os mercados não estão em ordem», disse Schauble em declarações que serão publicadas no domingo pelo jornal "Welt am Sonntag".
A crise na zona euro levou a que muitos investidores estejam a refugiar-se nos títulos de dívida alemã, renunciando os juros em troca de segurança.
O ministro das Finanças disse ainda não esperar uma subida dos juros da dívida soberana alemã no mercado secundário, depois da decisão da agência de notação financeira Moody’s no início da semana de rever as perspetivas da dívida alemã de “estáveis” a “negativas”.
“Não haverá subida das taxas de juro, vou de férias tranquilo. Além disso, os mercados já não levam tão a sério as agências de notação de risco”, disse o ministro, criticando a decisão da Moody’s.
Ainda assim, Schauble admitiu que a crise do euro implica riscos também para a Alemanha.
Lusa/SOL
Tags: Alemanha, Economia
28 de Julho, 2012
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, reconheceu hoje que o facto de a Alemanha pagar juros praticamente nulos nos mercados financeiros, embora seja positivo para a despesa alemã, demonstra a «profunda insegurança dos investidores» na actual conjuntura.
«Por um lado é positivo para um ministro com a pasta do Orçamento, porque baixa a despesa. Mas por outro lado, para um ministro das Finanças é um sinal de que os mercados não estão em ordem», disse Schauble em declarações que serão publicadas no domingo pelo jornal "Welt am Sonntag".
A crise na zona euro levou a que muitos investidores estejam a refugiar-se nos títulos de dívida alemã, renunciando os juros em troca de segurança.
O ministro das Finanças disse ainda não esperar uma subida dos juros da dívida soberana alemã no mercado secundário, depois da decisão da agência de notação financeira Moody’s no início da semana de rever as perspetivas da dívida alemã de “estáveis” a “negativas”.
“Não haverá subida das taxas de juro, vou de férias tranquilo. Além disso, os mercados já não levam tão a sério as agências de notação de risco”, disse o ministro, criticando a decisão da Moody’s.
Ainda assim, Schauble admitiu que a crise do euro implica riscos também para a Alemanha.
Lusa/SOL
Tags: Alemanha, Economia
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A agência de rating Moody’s mudou o rating do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para classificação negativa, segundo o site da própria agência.
A decisão surge um dia depois de a Moody's ter baixado as perspectivas para as economias da Alemanha, Holanda e Luxemburgo de «estáveis» para «negativas».
A Moody's disse que estes países (todos têm actualmente AAA) estão ameaçadas pelos problemas que a zona euro enfrenta, nomeadamente uma possível saída da Grécia do euro.
«Mesmo que tal acontecimento seja evitado, existe uma probabilidade cada vez mais forte de que seja pedida ajuda para outros Estados da zona euro, nomeadamente Espanha e Itália», considera a Moody's, acrescentando que «o fardo» deverá pesar sobre os Estados-Membros tidos como mais solventes.
Mcmad Escreveu:Só peca por tardia .... Todo a gente sabe que Alemanha vai arder créditos, logo isso implicará uma perda de qualidade na sua capacidade de honrar compromissos... Digo eu..!
Crise
Alemanha responde à Moody’s
Governo alemão diz que vai defender o “estatuto de refúgio” da Alemanha no mercado de dívida.
A Moody's baixou ontem o ‘outlook' da Alemanha, de "estável" para "negativo", devido ao "aumento da incerteza" na Europa, o que quer dizer que pode descer em breve o ‘rating' máximo de Aaa do país.
O governo alemão já reagiu, em comunicado. "A Alemanha vai, através de políticas económicas e financeiras sólidas, defender o seu estatuto de ‘refúgio' e continuar a manter responsavelmente o seu papel na zona euro", diz o ministério das Finanças num comunicado citado pelo Financial Times.
Além da Alemanha, a Moody's também desceu ontem as perspectivas para os ‘ratings' da Holanda e do Luxemburgo, dois países que também têm nota máxima, justificando com o risco de a Grécia sair do euro e a possibilidade de Espanha e Itália serem resgatadas.
Os títulos de dívida alemã são considerados um activo de refúgio no mercado em momentos de maior stress. Contudo, vários especialistas têm vindo a alertar que, no caso de uma ruptura na zona euro, nem a Alemanha conseguirá manter-se imune aos efeitos de contágio e à escalada dos prémios de risco.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, encontra-se ainda hoje com o seu homólogo espanhol em Berlim, devido aos receios de que Madrid tenha de pedir um resgate total, numa altura em que juros da dívida espanhola continuam a agravar-se.
Daqui a pouco estão a dizer que a culpa é das agências...Quando chega a eles começam logo a atacar...até agora era uma festa!!!
A Alemanha é a que mais tem a perder, embora nos queiram meter na cabeça o contrario!!!
Boas...
Nesta discussão dos ratings estou em geral desacordo da opinião mais frequente...
Mas afinal querem que as empresas de rating avaliem e deiam o seu parecer ou não?
ou pretendem que elas digam que é tudo AAA e pronto?
Mas afinal está-se a ver que há aqueles que não pagam nem nunca vão pagar...
não é suposto as agencias de rating avaliarem isso em avanço... ou andarem sempre atrás da carroça...
Eu entendo a revolta de alguns quando as noticias são desfavoráveis às suas posições... mas isso é outra história...
Por essas e por outras é que os price targets são todos uma treta que ninguém liga...
Se se sobe o outlook fixe...
Se se desce está-se a manipular o mercado...
mas então...
Fica a minha visão...
Nesta discussão dos ratings estou em geral desacordo da opinião mais frequente...
Mas afinal querem que as empresas de rating avaliem e deiam o seu parecer ou não?
ou pretendem que elas digam que é tudo AAA e pronto?
Mas afinal está-se a ver que há aqueles que não pagam nem nunca vão pagar...
não é suposto as agencias de rating avaliarem isso em avanço... ou andarem sempre atrás da carroça...
Eu entendo a revolta de alguns quando as noticias são desfavoráveis às suas posições... mas isso é outra história...
Por essas e por outras é que os price targets são todos uma treta que ninguém liga...
Se se sobe o outlook fixe...
Se se desce está-se a manipular o mercado...
mas então...
Fica a minha visão...

Re: Moody
Elias Escreveu:Clinico Escreveu:Bem, lá se vão os futuros por aí abaixo! Amanha vai ser mais do mesmo, a não ser que os investidores comecem mesmo a ignorar estes ratings!
Hum... a questão é mais: porque é que os investidores ligam a estes ratings?
Porque é como o sistema actual funciona. Agora isto não quer dizer que funcione bem...
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- Localização: 16
Re: Moody
Clinico Escreveu:Bem, lá se vão os futuros por aí abaixo! Amanha vai ser mais do mesmo, a não ser que os investidores comecem mesmo a ignorar estes ratings!
Hum... a questão é mais: porque é que os investidores ligam a estes ratings?
Sr_SNiper Escreveu:Já ninguem liga a isso... é comprar...
Se ninguém liga a isso, porque será que os estados continuam a pagar a estas entidades para serem avaliados?
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Lion_Heart Escreveu:A Nokia nao esta falida?
Exato! Está falida e não foi por isso que o mundo acabou!LOL
Tem o mesmo rating que o país que no passado mais Nokias comprava.
Ser lixo é aquilo que está a dar.É nice!É "in".
“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
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Re: Moody
Clinico Escreveu:Bem, lá se vão os futuros por aí abaixo! Amanha vai ser mais do mesmo, a não ser que os investidores comecem mesmo a ignorar estes ratings!
Continua o ataque ao euro!
Abraços
Clinico
Já ninguem liga a isso... é comprar...
Lose your opinion, not your money
and more .....
- Moody's Says Greece Exit Risk Up Relative to Earlier Expectations, Burden Likely to Fall Most Heavily on High Rated States
- Moody's Affirms Finland's AAA Rating, Outlook Stable
Moody's Says Finland Sole Exception to AAA Euro Sovereigns Due to Net Assets, Small Banking System
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Moody's Lowers Germany, Netherlands and Luxembourg's Outlook
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Acabou de sair esta noticia...
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