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Caldeirão da Bolsa

José Socrates - Esta na Hora de ser responsabilizado!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 29/4/2011 12:49

Acho que realmente a primeira exigência que todos os portugueses deviam ter neste momento é que lhes dissessem a verdade! Acho que a merecem, acho inqualificável que os políticos não tenham a coragem de a dizer!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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por JMHP » 29/4/2011 12:40

Votar no actual Governo "é votar na bancarrota"


O economista Álvaro Santos Pereira afirmou hoje que o voto no actual Governo nas próximas eleições "é votar na bancarrota" e defendeu a redução da taxa social única em 10 ou mesmo 15 pontos percentuais.


"Vão haver consequências muito graves se votarmos no Governo atual. Votar no Governo actual, quando a mim é votar na bancarrota, é votar para os nossos filhos emigrarem, é votar para ter a maior taxa de desemprego dos últimos 90 anos, votar neste Governo é votar na irresponsabilidades e certamente votar na bancarrota do país", afirmou o economista durante a sua apresentação no evento final do movimento "Mais Sociedade".

Álvaro Santos Pereira, economista da universidade canadiana Simon Frasier, explicou durante a sua apresentação no evento que as políticas "nos últimos quinze anos, agravaram os problemas da economia nacional" e que Portugal apresenta hoje "os piores indicares económicas desde 1892, quando Portugal entrou em bancarrota" e que, não fosse o que considera ser a segunda vaga migratória dos últimos 160 anos, Portugal poderia ter uma taxa de desemprego "de cerca de 15 por cento".

Entre os principais problemas, que identificou, o economista aponta os problemas de competitividade, as "políticas irresponsáveis e irrealistas" e a prática de um "modelo económico errado" semelhante ao de Fontes Pereira de Melo (de deixar obra feita).

Álvaro Santos Pereira defendeu uma nova política económica, a necessidade de "fazer uma verdadeira consolidação orçamental", algo que diz não ter sido feito nos últimos anos, uma verdadeira reforma na Administração Pública, considerando que o PRACE foi "um fracasso total e um fingimento", o combate ao endividamento e a necessidade de tornar as contas públicas transparentes.

"O problema das contas públicas portuguesas é que são muito pouco transparentes. UTAO, OCDE, FMI... todos eles reclamam há anos que as contas públicas são pouco transparentes", acusou, acrescentando que as Parcerias Público Privadas (PPP) têm servido "para tentar fingir que não é o Estado que as está a fazer [obras], são os privados".

Entre as propostas do economista, destaque para a diminuição rápida da taxa social única, de 23,75 para 13,75 por cento - ou mesmo para 8,75 por cento -, compensado através de um aumento dos impostos sobre o consumo e de redução da despesa e ainda a extinção da possibilidade de recorrer a medidas extraordinárias como modo de diminuir de forma artificial o défice orçamental a cada ano.

"Todas as medidas extraordinárias têm de acabar, nunca mais devem ser utilizadas para disfarçar défices", diz.

O economista defende ainda um corte de 10 por cento das aquisições de bens e serviços de todas as entidades públicas, de 10 e 15 por cento de todas as entidades e organismo não ligados à educação e saúde, baixar a despesa pública para 40 por cento do PIB, a fusão, extinção e redução de 33 a 50 por cento de todas as entidades públicas, diminuição do número de municípios e de freguesias, e extinção dos governos civis.

O "Mais Sociedade" é uma iniciativa de cidadãos independentes que surgiu em resposta a um desafio do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, no verão de 2010, com o objectivo de promover uma discussão sobre o futuro do país.

A iniciativa, financiada pelo PSD, comprometeu-se a apresentar um relatório final dos seus trabalhos aos sociais-democratas, mas o coordenador do movimento, António Carrapatoso, já frisou que as propostas que surgirem no âmbito do "Mais Sociedade" apenas responsabilizam os seus subscritores individuais, não comprometendo nem o movimento no seu todo nem o PSD, partido que deverá apresentar o seu programa eleitoral no início de Maio.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=481657
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por assunoadr » 29/4/2011 12:13

mcarvalho Escreveu:Não sei se já colocado

se foi as minhas desculpas


blogue a seguir?

comentários .. muito interessantes



http://desmitos.blogspot.com/2011/04/os ... panha.html

OS VERDADEIROS FACTOS DA CAMPANHA
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituida por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos


2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB


3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional)


4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.


5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar.


6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses


7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações


9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis


10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB


11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB


12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível


13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB


14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado


15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos


16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE


17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos


18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB


19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa


20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia)


21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB

22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais.

22) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade


Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Posted by Alvaro Santos Pereira at 06:21


O que acho impressionante é não ter incluído o governo do Cavaco, precisamente quando foi destruido grande parte do sistema produtivo português (agricultura e pescas) com os subsidios da CEE e quando foram concedidos um número indederminado de previlégios a vários grupos de pressão e clientela politica.

Não faz qualquer referência às fontes e ignora completamente o contexto dos acontecimentos pelo que se confunde com pura demagogia.
 
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Re: parcerias publico privadas/barragens

por assunoadr » 29/4/2011 12:07

erro
Editado pela última vez por assunoadr em 29/4/2011 12:15, num total de 1 vez.
 
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por Alladin Broker » 29/4/2011 9:05

Como é que se pode responsabilizar alguém que perdeu a consciência??!!

Sócrates foi tão sectário na forma como governou que nem percebe o que está a acontecer ao país!!

Quando me recordo que, já com o país em crise, a primeira lei a ser discutida na assembleia da república, foi o casamento entre pessoas do mesmo sexo!! revela bem, a falta de consciência da classe politica em geral e de Sócrates em particular, em relação à situação do país!!

Sócrates esteve sempre fora do contexto e isto é típico de um comportamento autista e esquizofrénico. Alguém que vive no seu mundinho, alheio à realidade do que se passa à sua volta.

A prova disso, é que, sem o mínimo de vergonha na cara, volta a recandidatar-se às próximos eleições!!

É caso para dizer: Seria bem feito que ganhasse!!

Os partidos cegos, criam estes monstros astutos!!

...mas o país, esse sofre!! Até quando amigos, até quando?

http://youtu.be/R1SGzVpe5R8


Abraço
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por A330-300 » 29/4/2011 4:46

canguru Escreveu:
varus Escreveu:PS ainda vai ganhar outra vez porque o povo é burro


ai sim?
então se eu votar PS sou burro? explica lá isso melhor.
e se votar PSD sou o quê?
e se votar em branco, como faço na maioria das vezes?


Depende da opinião de cada um.Pode ser chamado de idiota e grunho.Mas há mais opções.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... guedes/pig

A330
 
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por Mares » 29/4/2011 2:30

artista Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:http://alt01.despesapublica.com/#sortorder=desc


Este ano já vamos em 780 milhões de euros de ajustes directos!! :shock:

Não percebi desde quanto é que a soma total é de 8.122 milhões de euros!? Mas tenho curiosidade em saber..


artista,

deixa-me ajudar-te...

os 8,1 mil milhões de euros é o valor total desde o primeiro contrato 01/01/2008 (ou primeira publicação, 26/12/1990?? ), até à data do último contrato (28/04/2011).

Abaixo é transcrita a informação, após consulta da página.


Nº Ajustes Directos: 202 816
Valor Total: 8 122 062 184,58 €
Valor Médio: 40 061,07 €
Valor Máximo: 85 841 880,00 €
Valor Mínimo: 0,00 €
Nº Adjudicantes: 2 733
Nº Contratadas: 32 193
Data última Publicação: 28/04/2011
Data primeira Publicação: 26/12/1990
Data último Contrato: 28/04/2011
Data primeiro Contrato: 01/01/2008
Nº Ajustes < 5€: 301
Nº Ajustes sem data contrato: 59 121

http://alt01.despesapublica.com/#sortorder=desc




Em termos de comparação, nas reformas para os funcionários públicos (CGA) foram gastos 8,5 mil milhões de euros, valor correspondente ao ano de 2009.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por artista_ » 29/4/2011 1:56

Lion_Heart Escreveu:http://alt01.despesapublica.com/#sortorder=desc


Este ano já vamos em 780 milhões de euros de ajustes directos!! :shock:

Não percebi desde quanto é que a soma total é de 8.122 milhões de euros!? Mas tenho curiosidade em saber..
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por Lion_Heart » 29/4/2011 1:34

" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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parcerias publico privadas/barragens

por mcarvalho » 28/4/2011 23:52

afinal nós pagamos sempre

boa jose gomes ferreira

começou a desmontar o esquema

http://www.youtube.com/watch?v=-ZYwgb_H ... r_embedded


artigo


http://static.publico.pt/carga_transpor ... ia/1491247


Parcerias e concessões de infra-estruturas foram as “menos aconselháveis”
25.04.11 - 10:10 Por Paulo Vilarinho

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A estratégia adoptada no sistema das PPP e concessões foi, quase sempre, optar pelas soluções mais dispendiosas, mais complicadas e frequentemente as menos aconselháveis, precisamente por o mercado estar viciado desta forma, conclui o autor neste artigo com base num documento oficial do Governo.

Neste artigo será efectuada uma descrição e análise de um documento oficial da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, de Julho de 2010, sobre as várias Parcerias Público Privadas (PPP) e Concessões em infra-estruturas correspondente a 120 projectos, num valor superior a 60 mil milhões de Euros considerando o investimento inicial e prazos de concessão, que pode ser consultado no sítio: http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/PPP/Do ... P_2010.pdf A repartição do investimento total é, como se lê no gráfico 2.1 da página 6 do referido documento, a seguinte: 41% para Rodovia (novas auto-estradas e vias rápidas); 19% para Ambiente (Águas, Saneamento e Resíduos); 12% para Produção de energia eléctrica (Novas Barragens); 10% Distribuição de energia eléctrica; 9% Produção e distribuição de Gás Natural; 4% Ferrovia; 4% Portos e 1% Saúde e Segurança.

A maioria dos políticos, economistas e a grande parte da imprensa quando se refere às PPP só mencionam a construção do novo troço ferroviário Poceirão-Caia e raramente questionam que a maior parte do investimento vai ser dirigido para novas auto-estradas, águas, saneamento, resíduos ou novas barragens. Esta é talvez das grandes surpresas ao estudar com maior atenção o documento do Governo.

O Ministro das Finanças Teixeira dos Santos, em declarações à Imprensa, informou que Portugal só terá receitas financeiras para cumprir os seus compromissos até ao mês de Maio de 2011. Estas afirmações confirmam as dúvidas que todos os analistas colocavam sobre os pesados encargos financeiros anuais de milhares de milhões anuais que os contribuintes vão ter que pagar. Se neste momento já existem dificuldades em cumprir os encargos actuais, o maior problema ocorrerá num futuro próximo.

Após o ano de 2013, devido às novas auto-estradas, os encargos vão subir de 700 para 2 mil milhões de Euros, o que corresponde a um aumento do IVA em 2%, com todos os riscos a assumir pelo Estado. Portugal já está fortemente endividado e em 2010 o Governo aumentou a dívida externa, numa média mensal de 2 mil milhões de Euros. Para se ter uma boa imagem deste montante, poderemos dizer que corresponde quase ao custo de duas Pontes Vasco da Gama. Por ano serão 24 mil milhões de Euros de despesa, o que equivale a quase 24 Pontes Vasco da Gama.

Esta é uma situação insustentável, que vai obrigar a parar a maioria dos investimentos nas Parcerias Público Privadas (PPP) e concessões na rodovia, ferrovia, hospitais, barragens, saneamento, resíduos e água. A soma total poderá atingir mais de 60 mil milhões de Euros, o que o país não pode suportar. Como a maior parte do capital terá que ser obtido através de empréstimos no estrangeiro e devido ao elevado valor dos juros, quase todos os projectos deixam de ter rentabilidade que justifique o investimento.

A forma mais segura de investir deveria ser em função do rendimento disponível, evitando crescimento baseado em endividamento.



Os principais projectos em PPP e concessões



Iremos ver alguns dos projectos mais conhecidos, como sejam o Novo Aeroporto de Lisboa, a Terceira Travessia do Tejo, novas Barragens, novas auto-estradas, nova rede ferroviária e finalmente o exemplo da Ponte Vasco da Gama, avaliado 16 anos após o seu contrato, para observar como foram pensadas as novas infra-estruturas.

Para se construir o novo aeroporto de Lisboa pretende-se privatizar a empresa ANA-Aeroportos, que no ano de 2007 gerou lucros de 48 milhões de Euros. Explorar aeroportos é um negócio fácil, enquanto que gerir companhias aéreas é um negócio arriscado devido à forte concorrência do mercado.

O Governo tem dito que a empresa que ganhar a privatização da ANA terá a concessão, exploração e construção do novo aeroporto de Lisboa e será efectuada a substituição do actual monopólio do Estado por um monopólio privado, isto é, durante os 40 anos de concessão nenhum aeroporto de baixo custo poderá ser construído em Portugal continental. Assim, o Estado irá perder receitas durante várias décadas, de uma empresa que todos os anos contribui positivamente para o Orçamento Geral do Estado que reverterão para o privado que ganhar a privatização da ANA. A perda de uma receita é sempre um prejuízo. Mais grave ainda, o mercado será viciado para o operador privado. Pretendeu-se construir um novo aeroporto na Ota que seria a maior infra-estrutura do mundo sobre leito de cheia e em que a pista Oeste estava fortemente limitada devido a vários obstáculos como a Serra de Montejunto. A Ota era de longe a localização mais cara e mais complicada para construir e a pior, do ponto vista aeronáutico.

No caso das barragens, a melhor opção é investir na eficiência energética por ser 10 vezes mais barato ou no aumento da potência das que já existem, e o impacte ambiental é nulo, em vez de gastar milhares de milhões de Euros em novas. Um bom exemplo disso é comparar o reforço da potência da barragem de Venda Nova com as novas barragens. Nestas, a relação custo benefício é 240% mais cara que o reforço da potência da barragem de Venda Nova. Convém recordar que já existem 165 barragens e que as mais rentáveis já estão construídas. As 10 novas projectadas só irão aumentar a produção de energia eléctrica, no máximo, em 3%.

Relativamente à nova rede ferroviária o Governo pretende optar pela solução: Mercadorias em bitola ibérica e para passageiros em bitola europeia. Representam um custo a duplicar, pois vai ter que se investir em duas redes distintas: na remodelação da rede existente, como é o caso da Linha Sines-Badajoz em bitola Ibérica e nova construção na futura rede de bitola europeia no novo troço Poceirão-Caia.

A solução adequada deveria ser uma nova rede interoperável, integrada na rede Trans-Europeia de transportes TEM-T, que permitirá a conexão entre as redes dos diferentes países da União Europeia (UE), com sinalização europeia ERTMS, electrificação e bitola europeia onde circulam as mercadorias à noite e passageiros, durante o dia e na mesma via, ou seja uma rede para tráfego misto.

No caso da Terceira Travessia sobre o Tejo existiam vários corredores possíveis mas foi escolhido o de Chelas-Barreiro através de uma ponte com quatro vias que será das maiores do mundo. Este corredor é o mais caro, mais complicado e vai aniquilar o porto de Lisboa.

Relativamente às novas auto-estradas, que são o maior investimento e cabendo ao Estado pagar a compensação ao concessionário em caso de não se atingir os resultados estimados, a realidade demonstra que foram escolhidos traçados que nunca irão ter tráfego que justifique a infra-estrutura. Um dos exemplos mais surpreendentes é a do Douro Interior entre Celorico da Beira (Guarda) e Macedo de Cavaleiros.

O contrato da Ponte Vasco da Gama foi assinado em 1995, tendo o seu custo atingido um total de 897 milhões de Euros. Os fundos comunitários representaram cerca de 35% deste valor. Os comentários do Tribunal de Contas, relativamente ao financiamento desta ponte, foram os seguintes: “Só pelo facto do Estado ter prolongado a concessão 7 anos as perdas foram superiores a 1047 milhões de Euros”. Quem fizer as contas chegará à conclusão de que a infra-estrutura irá custar, no total, quase o triplo do custo original. Teria sido muito mais eficaz o Estado pagar a totalidade da obra através de um empréstimo e a amortização seria feita pelas portagens.

Mais grave ainda foi o facto do contrato que o Estado Português assinou com a Lusoponte para a construção da Ponte Vasco da Gama, ter dado àquela empresa o direito de opção para a construção das novas travessias rodoviárias, entre Vila Franca de Xira e Algés-Trafaria, durante as próximas décadas. Tal acordo deixou o Estado português dependente, através de um contrato com uma empresa privada e, por esta razão, se a nova Ponte Chelas-Barreiro for rodoviária, o Governo terá que negociar prováveis indemnizações com a concessionária que ficou com o monopólio das travessias rodoviárias. Os utentes da Ponte 25 de Abril revoltaram-se contra o aumento das portagens porque se recusaram a pagar uma nova ponte que nem sequer utilizam.

Após a descrição dos principais projectos podemos verificar que em todos eles os riscos e prejuízos estão sempre do lado do Estado e se viciou o mercado para favorecer e assegurar lucros ao privado. Estas infra-estruturas absorvem grandes recursos financeiros e a Banca dá-lhes preferência devido às garantias do Estado, em detrimento das pequenas e médias empresas que representam a maioria da economia nacional.

.





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por mcarvalho » 28/4/2011 23:28

 
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por bolo » 28/4/2011 22:41

Lion_Heart Escreveu:Obviamente qualquer petição destas não serve para nada, alias praticamente todas as iniciativas de cidadãos para melhorar o Estado embatem sempre nas leis que protegem os partidos (O Marco ja explicou e bem o assunto).


excelente evidência que o sistema político é difícil de tocar, o que lhe confere um certo estatuto especial, associado a um conceito de autoridade ou de impunidade, que é inversamente proporcoinal à democracia.

mas se deixarmos, não serão os políticos no exercício da sua função que vão mudar esta situação, que lhes é apetecível.

Se aceitarmos esta ideia, deixamos de lhes chamar nomes e de querer atirar-lhes pedras ou condená-los, pois sabemos que eles, mesmo governando mal, o fazem dentro das regras instituídas.

vamos antes querer saber como podemos intervir para limitar o que são os vícios que atribuímos aos políticos.
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por bolo » 28/4/2011 22:13

Coração de Leão,

parece-me que estamos de acordo. Só faltam 2 dedos para estarmos em sintonia.

Vamos assumir que os políticos têm à sua mercê regras que lhes permite fazer muita coisa após a sua eleição. Se assumirmos isto deixamos de demonizar os políticos. Pois enquanto o fazemos eles continuam a sua vida. É claro que aborrecidos com a nossa agitação, mas lá continuam, entre campanhas e o stress das eleições. Mas de qualquer forma, quantas mais se fizerem mais alguém continuará a pagar.

Entre moções de sensura no Parlamento e o olhar "qualquer coisa" do Presidente da República, o governo pode fazer tudo o que puder e lhe der na real ganha, desde larçar TGV a desenhar aeroportos e contratar empresas privadas pagando-lhes o risco do negócio e ainda umas margens devido à sua bondade em fazer as obras que o Estado não tem dinheiro para fazer, coisa que tem um nome curioso, enigmático e eventualmente pouco suspeito de "parcerias público-privadas".

Chamar nomes aos políticos, prendê-los com correntes, açoitá-los, condená-los a pagar do bolso deles o défice do Estado ou a trabalhos forçados para a comunidade podem ser merecidos mas são pouco eficazes e hoje já não se usam se sobretudo não estiverem previsto na lei. E não estão. Por outro lado é difícil condenar um político a crimes como genocídio ou de atentado contra a humanidade portuguesa, mesmo que baseado na actual situação do nosso país.

Ou mudamos a lei e previmos crimes de governação, para que os políticos se aprumam ou as possam contornar e nós os possamos tentar apanhar ou pensamos em fazer uma evolução no nosso sistema democrático ( coisa que o Marco também já mencionou... para ficarmos empatados :mrgreen: )

Nenuma destas coisas se consegue ao continuarmos a confirmar nas urnas as hipóteses que nos dão ou ao ficarmos em casa, abstendo-nos.
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por Lion_Heart » 28/4/2011 21:41

bolo Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
bolo Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9288


não concordo alterar as regras do jogo quando ele pode chegar ao fim.
alterar as regras para o futuro, parece-me bem pensar nisso.


Explica sff?


Coração de leão,
temos que assumir as nossas responsabilidades.
quando a coisa corre mal e só atiramos as responsabilidades aos outros, a probabilidade de as coisas continuarem a correr mal vai manter-se igual. A única coisa que podes mudar és tu. não podes mudar os outros. tens que aceitá-los.
tens que admitir, temos que admitir, que votámos, de acordo com a lei, neste sistema. se queremos que passe a punir, temos que definir as regras antes, não depois. isso é uma atitude um pouco duvidosa para não dizer pior.


Bolo, essa é a palavra , responsabilidade. Todos vão assumir rsponsabilidades menos... os politicos , esses são inimputaveis .

Obviamente qualquer petição destas não serve para nada, alias praticamente todas as iniciativas de cidadãos para melhorar o Estado embatem sempre nas leis que protegem os partidos (O Marco ja explicou e bem o assunto).

Mas é preciso começar em algum lado. A sociedade civil (e não a militar como no 25 de Abril) tem que tirar a cabeça da areia e começar a pensar.

Estava a ler que na Islandia os cidadãos estão a trabalhar numa nova Constituição. Cidadãos.

Por outro lado é obvio que os politicos tem que ser responsabilizados. Eles não são mais que os outros , pior são quem deve dar o exemplo.

Se um pequeno gerente de uma empresa tem que assumir as responsabilidades em caso de falência os governantes tem que assumir e bem, em caso de falência do Estado. E não é pelo voto. Mas em tribunais.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por mcarvalho » 28/4/2011 20:51

Não sei se já colocado

se foi as minhas desculpas


blogue a seguir?

comentários .. muito interessantes



http://desmitos.blogspot.com/2011/04/os ... panha.html

OS VERDADEIROS FACTOS DA CAMPANHA
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituida por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos


2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB


3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional)


4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.


5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar.


6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses


7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações


9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis


10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB


11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB


12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível


13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB


14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado


15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos


16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE


17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos


18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB


19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa


20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia)


21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB

22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais.

22) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade


Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Posted by Alvaro Santos Pereira at 06:21
 
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por charles » 28/4/2011 19:39

Sócrates esteve na TSF, não sei em que altura da entrevista é que o cidadão anónimo Jorge Silva telefona para o fórum TSF e pergunta o seguinte:
-Cidadão anónimo Jorge Silva:
Sr José Socrates como é que eu o convenceria a votar em mim Jorge Silva, se eu fosse o responsavel pelo estado em que o País está?
- José Socrates responde:
A si não o conseguia convencer a votar em mim!

Foi esta a resposta de Socrates, cada um que tire a sua conclusão.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interio ... 3rum%20TSF
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por migluso » 28/4/2011 19:37

MarcoAntonio Escreveu:Ganhamos em liberdade de expressão e para compensar ganhamos também em despesismo. Mas no final, vai-se a ver com Salazar ou com o pós 25 de Abril continuamos com o mesmo posto: na cauda dos países desenvolvidos!

É, como eu costumo dizer, uma Democracia a 10% ou menos!


E, qual boneco, continuamos a :wall: :wall: :wall:...

1, 2, 3 vezes nos costados... sempre a comer calados...

Façam este exercício: troquem as palavras bófia, cacetete e sangue por políticos, leis e impostos.

Está na hora do povo lhes apertar os ditos...

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por MarcoAntonio » 28/4/2011 19:22

varus Escreveu:MarcoAntonio :

O problema , é que tem mesmo de haver uma concentração das decisões , embora não seja o sistema perfeito .


Tem porquê?

Porque tu dizes?

varus Escreveu:A história está outra vez a se repetir, o país não consegue sair deste circulo vicioso .


A saída, na minha opinião, em teoria é simples. Super difícil na prática porém porque substituimos uma ditadura pessoalizada por uma ditadura multi-partidarizada. O tuga, tal como ontem contudo, continua sem conseguir ditar nada no que à organização socio-política diz respeito. Tudo o que é relevante continua a ser imposto...

Ganhamos em liberdade de expressão e para compensar ganhamos também em despesismo. Mas no final, vai-se a ver com Salazar ou com o pós 25 de Abril continuamos com o mesmo posto: na cauda dos países desenvolvidos!


Com uma democracia avançada o povo teria por exemplo meios para bloquear um TGV se (por hipótese) entendesse que não estava para pagar o brinquedo. Neste sistema democrático não tem: o TGV é-lhe imposto, o tuga tem de o pagar e pronto!

Quem diz o TGV diz outras coisas, mesmo de matéria legislativa ou constitucional...

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por varus » 28/4/2011 19:13

MarcoAntonio :

O problema , é que tem mesmo de haver uma concentração das decisões , embora não seja o sistema perfeito .
Mas para este país, qual é o sistema politico adequado ?

Como dizia o Agostinho da silva, "só com um capitão a bordo, é possível governar Portugal",e foi casado com a filha do Jaime Cortesão.

A história está outra vez a se repetir, o país não consegue sair deste circulo vicioso .
 
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por migluso » 28/4/2011 18:46

pepi Escreveu:
JMHP Escreveu:A questão fundamental é pois, qual deles o melhor?!

Na minha opinião a escolha é simples e clara, dado que não posso adivinhar o futuro, tenho de escolher com base no passado e presente relativamente aos dois candidatos.

Sei muito bem aquilo que não quero ver mais repetido no meu país, não quero:

- Cinismo e mentira
- Esperteza e falsidade
- Irresponsabilidade e malabarismo
- Ilusão e Boyada

Um dos candidatos pouco conheço para poder alimentar esperança, mas o outro é o espelho daquilo que acima citei e não desejo ver mais ao comando do destino do meu país.



Assino por baixo!
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por pepi » 28/4/2011 18:40

Este animal é execrável, irra!!!

Sócrates: "Espero que ninguém esteja a pensar responsabilizar" todos os políticos que aumentaram défice
28 Abril 2011 | 17:48
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

“Espero que ninguém esteja a pensar penalizar e responsabilizar todos os políticos no mundo que aumentaram os défices para responder aos problemas” das suas economias, disse o primeiro-ministro, citado pela TSF.

Sócrates reagiu assim quando confrontado com as declarações ontem proferidas pelo Governador do Banco de Portugal, que defendeu ontem ser "crucial que os decisores de política e os gestores públicos prestem contas e sejam responsabilizados" pelo uso dos recursos públicos.

O primeiro-ministro lembrou ainda que na União Europeia “temos um défice médio de 6,8%”, bem acima do definido no Pacto de Estabilidade e Crescimento.

O governador do Banco de Portugal defendeu, numa intervenção ontem no Tribunal Constitucional, a responsabilização dos decisores políticos e dos gestores públicos como um dos princípios fundamentais observados em países que foram bem sucedidos nos seus processos de consolidação orçamental. Os outros dois princípios são a estabilidade do quadro orçamental e a transparência.
 
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por pepi » 28/4/2011 18:38

JMHP Escreveu:A questão fundamental é pois, qual deles o melhor?!

Na minha opinião a escolha é simples e clara, dado que não posso adivinhar o futuro, tenho de escolher com base no passado e presente relativamente aos dois candidatos.

Sei muito bem aquilo que não quero ver mais repetido no meu país, não quero:

- Cinismo e mentira
- Esperteza e falsidade
- Irresponsabilidade e malabarismo
- Ilusão e Boyada

Um dos candidatos pouco conheço para poder alimentar esperança, mas o outro é o espelho daquilo que acima citei e não desejo ver mais ao comando do destino do meu país.



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por MarcoAntonio » 28/4/2011 18:37

rmachado Escreveu:É pá... este tinha-me escapado.

E que tal colocar isto no facebook? Se querem divulgar a coisa é o passo lógico.

Posso partilhar Marco?


Eu também não tenho facebook, sou meio avesso à coisa (lol). Mas por mim estás à vontade...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 28/4/2011 18:39, num total de 2 vezes.
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por bolo » 28/4/2011 18:35

rmachado Escreveu:E que tal colocar isto no facebook? Se querem divulgar a coisa é o passo lógico. :)

Posso partilhar Marco?


na tenho face! isso é bom?
li hoje no jornal que provoca milhares de divórcio, quem sabe até a.v.cês e despedimentos.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por MarcoAntonio » 28/4/2011 18:34

Um sistema presidencial, se não é pior, é pelo menos tão mau. Só por si, não estou a ver o que possa melhorar pois vai precisamente no sentido do que já temos a mais: concentração de poder!

A solução é o aprofundamento da Democracia. Não é óbvio?

É só olhar para o pelotão da frente e verificar o que se passa nos casos de sucesso!
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