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Caldeirão da Bolsa

Oraculo Abaco - Será que ninguem vê isto???

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por DOW » 28/4/2010 23:18

Quico Escreveu:
DOW Escreveu:[
siginifica que os cortes de ratings são encomendados, ou são previamente informados a alguns previlegiados.


Caro DOW: Então eu também sou um dos privilegiados. Já ando a "shortar" a banca portuguesa há meses. E até te posso dizer que minhas as últimas entradas anteciparam em poucos dias as dos gajos.

Abraço. :wink:


sim quico, mas se calhar tu investis-te uns trocos assim como outros investidores, o que é normal no mercado, mas este fundo investiu largos milhões num timing perfeito, pela segunda vez e se calhar parte desse lucro vai para pagar "favores"

A discussão está é a seguir outro caminho, com aquela velha história de "a culpa é dos tubarões" ou "a culpa é do short selling" quando o que eu queria aqui mostrar era esta estranha coincidência... :)

agora cada um que tire as suas conclusões.
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por LTCM » 28/4/2010 19:25

AC Investor Blog Escreveu:Isto era fácil de se resolver..... FIM do SHORT SELLING....


Vão fazer isso na Grécia, durante 2 meses, e o resultado final vai ser este:

WASHINGTON (Reuters) - Under fire for regulatory missteps, top U.S. securities regulator Christopher Cox defended his agency's record but acknowledged some regrets over how he handled the worst financial crisis in decades.

Cox, a Republican and former California congressman, said the SEC's focus has been customer protection and broker dealer regulation and that the agency "performed that traditional role superbly."

However, Cox said he had some regrets over a drastic action the agency took as markets were hurtling downward in September. For a few weeks, the SEC stopped investors from making bearish bets on financial stocks like Morgan Stanley and Citigroup.

The SEC's office of economic analysis is still evaluating data from the temporary ban on short-selling. Preliminary findings point to several unintended market consequences and side effects caused by the ban, he said.

"While the actual effects of this temporary action will not be fully understood for many more months, if not years, knowing what we know now, I believe on balance the commission would not do it again," Cox told Reuters in a telephone interview from the SEC's Los Angeles office late on Tuesday. "The costs appear to outweigh the benefits."

Less liquidity in the markets was one of the unintended consequences, experts have said.

The SEC imposed the temporary ban under intense pressure from the Federal Reserve and Treasury Department which insisted it was crucial to the short-term survival of these institutions, Cox said.

A few weeks after the temporary ban was lifted, global markets were again dropping precipitously, U.S. banks were begging the SEC to reinstate its short-sale ban and there was talk of shutting the markets down.

http://www.reuters.com/article/idUSTRE4BU3GG20081231
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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a culpa é sempre dos outros

por mcarvalho » 28/4/2010 19:20

a culpa é sempre dos outros é o argumento utilizado pelos fracos

Porque não nos perguntamos

O que é que eu fiz ou não fiz para me estar a acontecer isto?

gostava de recordar aqui uma velha máxima:

Uns fazem as coisas acontecer

outros apercebem-se a tempo e reagem

outros perguntam quando nada há a fazer:

- O que é que aconteceu?


Qual é o seu caso

abraço

mcarvalho

ps . e estejam preparados para todas as eventualidades
 
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por AC Investor Blog » 28/4/2010 19:18

Ulisses Pereira Escreveu:São muito antigos, vou ver se os encontro, mas não agora. Uma coisa é certa: Para abrires uma posição "short" tens que vender, mas para a fechares tens que comprar.


Agradeço imenso eu também só leio ao fim-de-semana, não posso largar os compuatores. Obrigado...
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por Ulisses Pereira » 28/4/2010 19:15

São muito antigos, vou ver se os encontro, mas não agora. Uma coisa é certa: Para abrires uma posição "short" tens que vender, mas para a fechares tens que comprar.
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por AC Investor Blog » 28/4/2010 19:14

Ulisses Pereira Escreveu:Se não for o "naked short selling", o "short selling" não pode derrubar empresas nenhumas.

E eu digo o que penso. Dizeres que eu sei que é não faz sentido. Não costumo dizer o que não penso. Pelo menos enquanto tiver sanidade mental e frontalidade.


Eu sei bem a tua frontalidade e admiro-a, olha consegues-me arranjar os teus artigos do short-selling para lê-los e tirar conclusões e comparações.
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por Ulisses Pereira » 28/4/2010 19:09

Se não for o "naked short selling", o "short selling" não pode derrubar empresas nenhumas.

E eu digo o que penso. Dizeres que eu sei que é não faz sentido. Não costumo dizer o que não penso. Pelo menos enquanto tiver sanidade mental e frontalidade.
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por Quico » 28/4/2010 19:09

DOW Escreveu:[
siginifica que os cortes de ratings são encomendados, ou são previamente informados a alguns previlegiados.


Caro DOW: Então eu também sou um dos privilegiados. Já ando a "shortar" a banca portuguesa há meses. E até te posso dizer que minhas as últimas entradas anteciparam em poucos dias as dos gajos.

Abraço. :wink:
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por Pedro447 » 28/4/2010 19:04

AC Investor Blog Escreveu:Isto era fácil de se resolver..... FIM do SHORT SELLING....

Concordo, mas desde que se acabe com o long buying também.

É que quando saem price targets e relatórios bem nutridos, e claramente encomendados, também temos de punir quem ganha com as compras, ou não?

Quero um mercado sem shorts e sem longs, está aqui a solução para o fim da volatilidade! Ainda ganho o prémio nobel da economia 8-)
 
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por AC Investor Blog » 28/4/2010 19:03

Ulisses Pereira Escreveu:Isso experimentou-se no Japão durante vários anos. Os mercados subiram durante alguns meses e depois andaram anos a cair. Sempre que as Bolsas caem muito lá vem o fantasma dos "shorts", como se fossem eles que fizessem cair as Bolsas e não as fizessem subir. Acho que já escrevi tanto sobre isto que me cansa voltar a defender o mesmo.

É curioso que quando as Bolsas sobem ninguém quer saber por que sobe...

A culpa é sempre dos outros e os "shorts" como inimigo sem rosto são sempre o bode perfeito.


ó Ulisses, eu já li muito sobre o short selling e estudei isso, não me venhas dizer que o short selling não é culpado por derrubar empresas..... tu sabes que é.... Eu também costumo shortar muito....
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por Ulisses Pereira » 28/4/2010 19:01

Isso experimentou-se no Japão durante vários anos. Os mercados subiram durante alguns meses e depois andaram anos a cair. Sempre que as Bolsas caem muito lá vem o fantasma dos "shorts", como se fossem eles que fizessem cair as Bolsas e não as fizessem subir. Acho que já escrevi tanto sobre isto que me cansa voltar a defender o mesmo.

É curioso que quando as Bolsas sobem ninguém quer saber por que sobe...

A culpa é sempre dos outros e os "shorts" como inimigo sem rosto são sempre o bode perfeito.
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por AC Investor Blog » 28/4/2010 18:58

Isto era fácil de se resolver..... FIM do SHORT SELLING....
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por rmachado » 28/4/2010 16:58

Ulisses

É óbvio que a culpa do sitio onde estamos é nossa (por omissão, por colaboração, por falta de exigência.. etc) mas a rapidez com que cá chegamos... já não é...

Existem razões objectivas para este corte no rating? A história do "pode ser como na Grécia" parece-me pouco consistente, quais são as razões efectivas para este corte, alguém que me explique isto "como se eu fosse muito burro" por favor.
 
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por rmachado » 28/4/2010 16:39

otangas...

Operação de venda a descoberto... rating baixa... BCP vai ao minimo do ano.. ora se eu vendi (sem ter acções) a 0.7 e depois posso comprar a 0.5 (estou a arredondar) ganho 0.2 por acção... se fiz isto em 0.25% das acções do BCP..

Diria que ganahei muito €€€.

Não sou adepto de teorias da conspiração... mas 4 dias de diferença com um fds pelo meio... parece muita pontaria...
 
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por otangas » 28/4/2010 16:23

DOW Escreveu:Ulisses, não estou a dizer que a culpa é ou deixa de ser nossa, só estou aqui a expor um exemplo do que considero inside trading, manipulação ou o que queiram chamar, este fundo abre posições curtas sobre a banca Portugesa e 4 dias depois a S&P corta o rating, se na 1ª vez até se lhe pode chamar coincidência ou boa pontaria, a segunda já é no minimo estranho e quem tem a competência de supervisionar estas situações, no minimo devia investigar...


Peço desculpa mas não compreendo a lógica do seu raciocínio, ou então sou eu que não estou a perceber.

São comunicadas operações curtas, que deram o seu lucro/prejuízo, e 4 dias depois o rating baixa. Em que é que essa revisão do rating influencia operações feitas há 4 dias???
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por Pedro447 » 28/4/2010 16:21

Ulisses Pereira Escreveu:...
O inimigo está entre nós: é a cobardia; é deixar de dispor pelo medo de indispor; é ter um Governo fracassado.
...


Sabem o que seria mesmo estupido nas actuais condições? Se por dá cá aquela palha o governo se lembrasse de começar a decretar feriados a torto e a direito! Tipo vem cá o pai natal, o papa ou assim e pumba, fecha-se para balanço nesse dia, os serviços publicos (já de si altamente produtivos) não produzem nada. Que estupidez não era? Felizmente não chegámos a esse ponto de loucura, ufa!











Oh, wait... :oh:
 
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por DOW » 28/4/2010 16:10

Ulisses, não estou a dizer que a culpa é ou deixa de ser nossa, só estou aqui a expor um exemplo do que considero inside trading, manipulação ou o que queiram chamar, este fundo abre posições curtas sobre a banca Portugesa e 4 dias depois a S&P corta o rating, se na 1ª vez até se lhe pode chamar coincidência ou boa pontaria, a segunda já é no minimo estranho e quem tem a competência de supervisionar estas situações, no minimo devia investigar...
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por Ulisses Pereira » 28/4/2010 16:01

A culpa é sempre dos outros, nunca é nossa. Nunca.

Deixo aqui mais um excelente artigo do PSG de hoje.

"Pedro Santos Guerreiro
O inimigo está entre nós
psg@negocios.pt


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No fim do arco-íris das ilusões portuguesas não estava um tesouro, estava um barril de pólvora. A explosão assoma em juros, créditos, riscos e bolsas, e o País apercebe-se bruscamente da sua solidão no descalabro. E agora? Agora nós...


No fim do arco-íris das ilusões portuguesas não estava um tesouro, estava um barril de pólvora. A explosão assoma em juros, créditos, riscos e bolsas, e o País apercebe-se bruscamente da sua solidão no descalabro. E agora? Agora nós.

Abastámo-nos antes, não nos bastamos agora. Precisamos dos aliados. Alemães, franceses, FMI, não somos esquisitos. Porque as defesas que julgávamos inexpugnáveis caem, uma após a outra. Em duas semanas passámos de convencidos a vencidos. Agora pedimos clemência, compaixão, dó. "SOS, senhora Merkel."

A descida do "rating" de ontem foi o estalo na cara que faltava para acordar o Governo do torpor negacionista. Melhor: o par de estalos, pois a desgraduação foi inesperadamente de dois graus. O corte aumenta os juros e, para mal dos nossos pecados, veio credibilizar aqueles que nos denunciam como gémeos da Grécia. Temo-la como uma pedra atada aos pés, que não nos deixa vir à tona.

A culpa não é da Standard & Poor's. E, se fosse, de que serviria culpá-la? Se este par de estalos serviu para alguma coisa, foi para que acordássemos do sonho em que isto não estava a acontecer.

Esqueça a tese do inimigo externo. São bodes expiatórios para esconder o pânico: "os especuladores", as agências de "rating", os "mercados", os salários dos gestores, os preços das gasolineiras, a oposição que não deixa, os jornais que não sabem, os alemães que não decidem... De tudo ouvimos, incluindo as críticas a quem alertava para a iminência: estávamos "do lado dos outros". Os homens precisam de adversários para serem maiores: "Sem São Jorge, o dragão nem grotesco seria", escreveu Chesterton. Mas nós inventámos inimigos para sermos menores.

O inimigo está entre nós: é a cobardia; é deixar de dispor pelo medo de indispor; é ter um Governo fracassado. E ser tão mau como os outros é consolo de medíocres. Está na hora de o País se deixar de comissões de inquérito, de greves e de desculpas para decidir o que é preciso e impopular.

O primeiro passo para abandonar o vício é reconhecer que ele existe. Não somos a Grécia mas estamos com ela nos últimos lugares desta compita europeia por crédito. A salvação das economias na crise financeira criou uma bolha gigante de dívida dos Estados, que agora terá de ser refinanciada.

Maio é um mês de forte corrida ao mercado. Não é possível a Portugal pagar taxas de 6%. E é impossível não acudir à Grécia ou reescalonar a dívida dos países, o que desmoronaria o euro. Claro que a Europa vai apoiar: a Grécia já; e Portugal depois, se necessário. Porque o receio que ninguém verbaliza é outro: é se chega a Espanha. Será o caos.

Portugal tem solução mas não é esta. O PEC e o seu aumento de impostos já não serve. Se PSD, PS e o Presidente se entenderem hoje é para cortar nas despesas sociais e avançar para as medidas radicais de que temos aqui falado, como cortar salários ou pagar subsídios em títulos de dívida. O crescimento só virá depois da recessão, deste empobrecimento que já vai numa década.

Nenhum herói nos salva desta. Não há Mestre d'Avis que nos embale, Martim Moniz que se entale, Bartolomeu Dias que dobre o cabo. Só contamos connosco. "Temos todos que responder", disse ontem Teixeira dos Santos. Todos somos dez milhões. Traga a conta.

As medidas de austeridade que há duas semanas eram politicamente impossíveis são hoje viáveis. Se não as tomarmos, virá um FMI que as tome. Mas, então, não estaremos a ser invadidos. Nós que nos evadimos."

(in www.negocios.pt)
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Ulisses Pereira

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por DOW » 28/4/2010 15:46

Corte da S&P foi uma "manipulação de mercado"
O presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considera a descida do "rating" do país "uma manipulação de mercado" e um "ataque violento" a que se deve responder imediatamente e "de forma concertada".

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Lusa


O presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considera a descida do 'rating' do país "uma manipulação de mercado" e um "ataque violento" a que se deve responder imediatamente e "de forma concertada".

"É uma penalização absolutamente excessiva. Em meu entender, nem sequer é um ataque especulativo, isto é manipulação de mercado", afirmou Basílio Horta em declarações à agência.

Segundo o presidente da AICEP, "não se compreende que, em três dias, uma grande parte das empresas mais importantes da economia portuguesa perca mais de 12 por cento do seu valor".

Embora admita que "a situação económica e financeira do país não é boa", Basílio Horta defende que "não justifica este ataque enorme que está a ser feito" e que "tem que ser respondido no curto prazo e de forma concertada, com acordo entre as forças políticas", sustenta.

De acordo com o líder da AICEP, a descida, pela agência de notação financeira Standard & Poor's, do 'rating' de longo prazo da dívida portuguesa, de A+ para A-, "tem um efeito negativo em termos de investimento" e penaliza particularmente as empresas.

"As PME têm necessidade de capitalização e, se o custo do dinheiro para os seus investimentos sobe - e bastante - é evidente que isso desmotiva e pode tornar inviáveis projetos que eram inviáveis", disse.

Para o responsável, a situação impõe "uma resposta concertada que defenda o interesse nacional", sendo "muito importantes" encontros como o desta manhã entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o líder do PSD, Pedro Passos Coelho.

Também necessário é, na sua opinião, "reanalisar o PEC [Plano de Estabilidade e Crescimento]" e por em vigor "o mais rapidamente possível" algumas das medidas ali previstas.

Basílio Horta destaca, particularmente, a necessidade de "fazer depressa um corte na despesa pública", cujo actual nível superior a 40 por cento do orçamento "é dificilmente sustentável".

"Tem que se cortar a despesa pública ineficiente. Não são compreensíveis investimentos públicos que não tenham uma rentabilidade importante", sustentou, acrescentando que se trata de uma medida "não só para a ordem interna, mas sobretudo para os observadores internacionais perceberem que Portugal está consciente da situação e a tomar as medidas adequadas".

Escusando-se a esclarecer a sua opinião sobre obras como o TGV e o novo aeroporto, Basílio Horta afirmou que "o Governo é que terá que decidir".

"Com certeza fará uma análise de custo/benefício e só fará aqueles que tenham benefício evidente", disse, sustentando que, "nesta altura, tudo o que contribua para o aumento da dívida externa tem que ser pensado 10 vezes".

Para o líder da AICEP, é ainda importante apostar numa "diplomacia forte junto dos países europeus, nomeadamente da Alemanha, França e Inglaterra".

Na opinião de Basílio Horta, Espanha "não vai ficar isenta" a um "ataque" semelhante ao feito a Portugal.

"Não se pense que vamos estar sozinhos nisto. Aliás, não sei mesmo se este ataque enorme a Portugal não tem mais em vista o caso espanhol do que propriamente o caso português e, quando Espanha entrar neste jogo, o que não há de tardar, as coisas complicam-se muito, porque Portugal são dois por cento do PIB europeu, mas Espanha são 12", disse.
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por mapaman » 27/4/2010 21:40

Penso que muita gente vê isso e outras coisas vai para algum tempo,dai muitos dos que por aqui passam escreverem para quem os ler que não têm nada no psi20.

Em tudo existe uma lado positivo, e nestas quedas algo de bom no futuro vai acontecer.

Quando e o quê não sei,como é óbvio, e tambem não conto fazer parte daqueles que vão a correr comprar porque está barato.

No entanto,isto não vai a zeros nem acaba amanhã,resta esperar que o preço encontre suporte e oportunidades vão aparecer como sempre.

abraço
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por DOW » 27/4/2010 21:37

RcrdPrnt Escreveu:E isto significa??
Está tudo jogado, já á mt tempo??


siginifica que os cortes de ratings são encomendados, ou são previamente informados a alguns previlegiados.
De referir também a precisão milimetrica que decorre entre a venda a descoberto e o anuncio do corte de rating... 4 dias... :)
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por RcrdPrnt » 27/4/2010 21:33

E isto significa??
Está tudo jogado, já á mt tempo??
 
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Oraculo Abaco - Será que ninguem vê isto???

por DOW » 27/4/2010 21:30

Eu até nem acredito em bruxas, mas que as há isso há.. acho incrivel é que ninguem repare nestas jogadas...

Que o jogo tá viciado já sabia, mas começa a ser demasiado evidente para ser jogado desta maneira... :shock:

1ª PARTE

03/12/2009
Abaco vende 11,9 milhões de acções do BCP a descoberto
A PCE Investors Limited, sociedade gestora do fundo de investimentos Abaco Financials Master, vendeu a descoberto 11,9 milhões de acções do BCP, anunciou o banco em comunicado à CMVM.

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A PCE Investors Limited, sociedade gestora do fundo de investimentos Abaco Financials Master, vendeu a descoberto 11,9 milhões de acções do BCP, anunciou o banco em comunicado à CMVM.

Segundo o Banco Comercial Português, a PCE Investors Limited comunicou ao banco que vendeu a descoberto 11.934.814 acções do BCP, correspondentes a 0,2542% do capital social do banco.


07/12/2009

A agência de notação internacional Standard & Poor’s (S&P) cortou hoje de 'estável' para 'negativa' a estimativa de evolução da dívida nacional, devido à deterioração das finanças públicas.

"Revimos a nossa previsão para a República Portuguesa de ‘estável' para ‘negativo', e reiteramos a notação de ‘A+/A-1'", afirma a Standard & Poor's em nota de análise hoje divulgada





2ª PARTE

23/04/2010
Fundos voltam a vender acções do BCP a descoberto
O Banco Comercial Português anunciou hoje que duas gestoras de fundos internacionais venderam a descoberto acções do banco equivalentes a mais de 0,3% do capital da instituição financeira.

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O Banco Comercial Português anunciou hoje que duas gestoras de fundos internacionais venderam a descoberto acções do banco equivalentes a mais de 0,3% do capital da instituição financeira.

Em comunicado, o BCP refere que a Abaco Financials Master Fund lhe comunicou hoje que vendeu a descoberto 12.869.699 acções do BCP correspondentes a 0,2741% do capital do banco.

A mesma operação foi efectuada por diversos fundos geridos pela Marshall Wace LLP. Esta gestora, na sessão de ontem, alienou acções representativas de 0,046% do capital do BCP, passando a deter uma posição curta de 0,257%.

O BCP registou uma queda de 6,55%, penalizado pelo aumento dos juros da dívida pública da Grécia e outros países periféricos da Zona Euro.


27/04/2010
S&P corta "rating" de Portugal em dois níveis
A agência de notação Standard & Poor"s cortou o "rating" de Portugal em dois níveis, de A+ para A-.
Editado pela última vez por DOW em 27/4/2010 21:33, num total de 1 vez.
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