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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Opcard » 24/10/2012 9:15

Não vão ser preciso meia dúzia de anos para os portugueses perceberem a sorte que tiverem, estejam atentos com o que se vai passar a nossa volta, nos já estaremos minimamente musculados para o embate , nos outros vai ser o pânico.
 
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por alexandre7ias » 24/10/2012 8:58

Agora
Sobretaxa de 4% até 2016
Luís Gonçalves

O Governo comprometeu-se com a troika a manter as receitas do IRS inalteradas até 2016. Ou a sobretaxa de 4% se mantém ou uma nova e ‘enorme’ subida de IRS vai avançar em 2014.

A sobretaxa de 4% no IRS que será aplicada no próximo ano a todos os contribuintes deverá manter-se pelo menos até 2016, segundo informações contidas nos documentos da Comissão Europeia relativos à quinta avaliação da troika a Portugal e no Orçamento do Estado para 2013 (OE-2013).

O Governo afirmou que a sobretaxa de 4% teria os mesmos moldes da aplicada em 2011 (quando cobrou uma taxa de 3,5% sobre os rendimentos acima do salário mínimo, equivalente a meio subsídio de Natal), sendo temporária e extraordinária. Na proposta de lei do OE-2013, porém, a sobretaxa perdeu não só a designação de «extraordinária» como também qualquer referência de que será uma medida só para um ano, ao contrário do que sucedeu com a sobretaxa de 2011. Nesta última, as designações «extraordinária» e «de aplicação só em 2011» percorriam os documentos do OE, da troika e do IRS.

A permanência da sobretaxa além 2013 está mais explícita nos documentos da troika. Segundo o relatório da quinta avaliação a Portugal da Comissão Europeia (a versão do FMI será divulgada na próxima semana), e que já inclui as alterações ao IRS do OE-2013, o Governo comprometeu-se a manter praticamente inalterada a receita dos impostos directos entre 2013 e 2016 (ver quadro). Uma vez que o IRC (impostos sobre as empresas) detém um peso de apenas 25% e a sua receita está em queda, os impostos directos serão praticamente suportados pelo IRS no futuro.

Governo com pouca margem

A revisão dos escalões do IRS e a sobretaxa de 4% vão permitir ao Governo arrecadar, em 2013, mais 2,8 mil milhões de euros extra em receitas fiscais. Só a sobretaxa no IRS vai gerar cerca de 1,1 mil milhões de euros (quase 40% desta nova receita).

Contas feitas, se o Governo se comprometeu com a troika a manter a receita dos impostos directos até 2016 e se a sobretaxa fosse apenas aplicada em 2013, fica a questão de saber como será compensado o ‘desvio’ de 1,1 mil milhões a partir de 2014. As alternativas são três: manutenção da sobretaxa, novo aumento nos escalões do IRS para tapar o fim desta última ou uma mistura das duas anteriores.

Fiscalistas das consultoras KPMG e PriceWaterhouseCoopers referem ao SOL que, dados os compromissos com a troika e o texto do OE-2013, a hipótese mais forte será a manutenção da sobretaxa de 4% no futuro.

Se Portugal conseguir cumprir as metas da troika no próximo ano, terá em 2014 de reduzir o défice orçamental de 4,5% para 2,5% do PIB – um esforço de consolidação de quase 3,5 mil milhões de euros. Este esforço, segundo o Governo, será suportado por um corte na despesa através de um plano de 4 mil milhões de euros. A hipótese de deixar cair a sobretaxa e encontrar uma compensação de 1,1 mil milhões de euros – que elevaria a austeridade a 4,6 mil milhões em 2014 – é vista como pouco provável pelos especialistas.

Outro dos aspectos revelados nos documentos da Comissão Europeia sobre a avaliação a Portugal é a confirmação de que o Governo acabou por ir novamente além-troika e também no IRS para 2013. O plano inicial assinado com os credores previa uma sobretaxa de 3,5% no IRS e que as alterações neste imposto (escalões e sobretaxa) iriam provocar uma receita-extra de 2,125 mil milhões de euros – um valor inferior aos 2,8 mil milhões de euros que acabou inscrito no OE-2013.
.

Afinal o roubo é para continuar e até aumentar!

Fonte: Sol
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por Lion_Heart » 24/10/2012 2:45

artista Escreveu:JMHP, eu até concordo com muitas coisas que escreves, em algumas não concordo com alguns pormenores dentro de uma concordância genérica... mas, em relação a este governo, tu pareces alguns dos caldeireiros que "frequentam" o tópico do BCP, em tudo conseguem ver aspetos positivos para o título, por piores que sejam as notícias, encontram sempre uma forma positiva de as ver! :roll:

O que o mais_um (ultimamente estamos a concordar muitas vezes, perigoso!) estava a defender não tem nada a ver com estar certo ou errado o Gaspar fazer isto ou aquilo, tem apenas a ver com o facto de ele errar as previsões que faz, e isso é um facto, não algo que se possa ver de uma forma positiva, na realidade ele falhou as previsões... bem, já sei que vais vir dizer que ele falhou de propósito, que já sabia que ia falhar e que o objectivo era este ou aquele! :roll: :mrgreen:



Bem e eu então concordar com vocês os dois ui 8-)

Não é só o Gaspar , foram todos (ou quase) que estiveram no lugar dele e que sempre fizeram asneira.

Qualquer dona de casa (para ir ao exemplo clássico do Medina Carreira) sabe que tem que se governar com o que tem e gerir o que tem e não com previsões absurdas como fazem os nosso governantes.
Não pode estar a comprar filet mignon com a expectativa que o salário vai subir no ultimo trimestre , e se ele não subir? Pois, mas o Governo não, faz sempre previsões em grande e acaba sempre na burrada em grande.
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por artista_ » 23/10/2012 23:58

JMHP, eu até concordo com muitas coisas que escreves, em algumas não concordo com alguns pormenores dentro de uma concordância genérica... mas, em relação a este governo, tu pareces alguns dos caldeireiros que "frequentam" o tópico do BCP, em tudo conseguem ver aspetos positivos para o título, por piores que sejam as notícias, encontram sempre uma forma positiva de as ver! :roll:

O que o mais_um (ultimamente estamos a concordar muitas vezes, perigoso!) estava a defender não tem nada a ver com estar certo ou errado o Gaspar fazer isto ou aquilo, tem apenas a ver com o facto de ele errar as previsões que faz, e isso é um facto, não algo que se possa ver de uma forma positiva, na realidade ele falhou as previsões... bem, já sei que vais vir dizer que ele falhou de propósito, que já sabia que ia falhar e que o objetivo era este ou aquele! :roll: :mrgreen:
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por Marco Martins » 23/10/2012 23:53

artista Escreveu:Não sei o que acham nas novas propostas do governo para baixar os mínimos de uma série de apoios sociais?! Assim a quente (ouvi isso há pouco), embora compreenda a situação do país, não deixa de ser algo miserabilista que pensem nisso quando há tanto onde cortar... se calhar estou a ver mal, mas parece-me que hoje ao almoço estiveram a pensar onde é que poderiam ir buscar mais uns trocos, pensaram em muita coisa e resolveram cortar nestas... talvez porque haveria outras que não davam jeito, como acabar com uma série de cargos de nomeação política! :x


Bastava cortarem com os carros e motoristas em todos os cargos publicos e já poupavam imenso.

Concordo que se baixarem os apoios sociais, sem antes cortarem noutras coisas, isto irá correr muito mal para o governo e para o país!!!

Certamente serei daqueles que irá apoiar a por fogo a bancos, carros governamentais, câmaras, etc.

Assim, não!!!!
 
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por JMHP » 23/10/2012 23:46

mais_um Escreveu:há uma coisa que escapou ao Gasparzinho, (que ele não consegue colocar no Excel), chama-se confiança, a população entrou em modo de sobrevivência, uns porque não tem outra opção (estão desempregados), outros por precaução. Este governo cometeu um erro crasso, do qual dificilmente recuperará, assustou de tal maneira as pessoas que pouco são os que continuam a gastar como antes, mesmo tendo dinheiro para o fazer.


Pois eu considero essa quebra de confiança positiva nas actuais circunstancias. É exactamente o que as pessoas sensatas devem fazer quando vivem uma crise financeira, seja ela pessoal, no trabalho ou até na sociedade como acontece nos dias de hoje.

Não há dinheiro, não há vícios.... Como diz um amigo meu, "austeridade não deveria ser uma consequência, mas antes um realidade sempre presente na vida das pessoas". Algo semelhante como acontece naqueles países nórdicos que gostamos de usar como referencia quando nos interessa, em que as pessoas e a sua classe média pouco gastam para além das suas necessidades básicas e de bem-estar.

Bom seria que os portugueses mudassem de mentalidade no consumo e orientação das suas vidas, seria sem duvida um alerta aos políticos de como deveriam governar com responsabilidade e que os bolsos dos portugueses tem limites para tanta e vergonhosa irresponsabilidade.

Não imagino o que vai na cabeça do Gaspar, mas penso que deve ser semelhante ao que pensa o PPC, que já alertou os portugueses por mais do que uma vez, que vamos todos ter que mudar de vida.... Algo que já "todos" devem ter percebido.
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por artista_ » 23/10/2012 23:40

Não sei o que acham nas novas propostas do governo para baixar os mínimos de uma série de apoios sociais?! Assim a quente (ouvi isso há pouco), embora compreenda a situação do país, não deixa de ser algo miserabilista que pensem nisso quando há tanto onde cortar... se calhar estou a ver mal, mas parece-me que hoje ao almoço estiveram a pensar onde é que poderiam ir buscar mais uns trocos, pensaram em muita coisa e resolveram cortar nestas... talvez porque haveria outras que não davam jeito, como acabar com uma série de cargos de nomeação política! :x
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por PC05 » 23/10/2012 23:27

artista Escreveu:
richardj Escreveu:se se conseguem financiar a 1% porque que foram pedir emprestado ao estado a 8,5% ?

oi, falha no raciocínio...


Pois, deve haver algo que nos está a escapar! :roll:


O LTRO, é um programa de cedência de liquidez a 3 anos com taxa de 1%, obtido junto do BCE e criado essencialmente para financiar a economia.

Relativamente ao capital, os bancos estão obrigados a assegurar certos níveis de capital (rácios) para suster perdas operacionais e ainda honrar os capitais dos depositantes, funcionando assim como uma margem de segurança contra prejuízos inesperados.
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a caminho da grécia ?

por mcarvalho » 23/10/2012 23:08

mcarvalho
 
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por artista_ » 23/10/2012 22:40

richardj Escreveu:se se conseguem financiar a 1% porque que foram pedir emprestado ao estado a 8,5% ?

oi, falha no raciocínio...


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por richardj » 23/10/2012 22:34

se se conseguem financiar a 1% porque que foram pedir emprestado ao estado a 8,5% ?

oi, falha no raciocínio...
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por mais_um » 23/10/2012 22:30

artista Escreveu:Hoje vi no CM que a dívida externa de Portugal, incluindo os particulares e as empresas, está na casa dos 400% (acho que são 425%?!)... como é que é possível chegarmos aqui? Quem foram os maiores culpados?! se é que há culpados...


Era bom ver a evolução da coisa e comparar com outros países.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 23/10/2012 22:27

pc05 Escreveu:
Queda da receita fiscal acelera no último mês
23 Outubro 2012 | 19:20
Nuno Aguiar - naguiar@negocios.pt

A receita com impostos continuou a cair em Setembro e a um ritmo mais elevado do que no mês anterior. Segundo, o relatório da execução orçamental, até Setembro, a receita fiscal caiu 4,9%.

"Entre Janeiro e Setembro de 2012, regista-se uma variação homóloga de -4,3% na receita líquida acumulada de impostos directos, sendo que a receita do IRS continua a apresentar uma variação positiva (2,6%)", escreve a Direcção-geral do Orçamento (DGO). "No caso dos impostos indirectos, verificou-se uma variação homóloga da receita líquida acumulada de -5,4%."

A quebra da receita fiscal é o principal responsável pela derrapagem do esforço de consolidação orçamental, que acabou por obrigar a troika a flexibilizar as metas de défice para este ano e o próximo. O Governo subestimou o efeito das medidas de austeridade no consumo dos portugueses, cuja retracção afectou muito negativamente a receita conseguida com impostos.

A queda surpreendeu o Governo e continua a aprofundar-se face ao mês anterior. Até Agosto, a receita fiscal estava a cair 2,4%, tendo acelerado para mais do dobro num só mês (4,9%). Entre todos os impostos, só o IRS e o Imposto Único de Circulação (IUC) registam um crescimento da receita. Todos os outros caem.


É o princípio do fim deste modelo e governo!


Depois do anuncio da TSU, esperavam milagres??? :shock: :shock:

Eu no fim de 2010 entrei em modo de crise, vendi um dos 3 automóveis que tinha e fiz um corte de 50% em tudo o que era supérfluo, depois do anuncio da TSU fiz mais um corte e neste momento quase que só gasto o essencial e como eu há muita gente a fazer o mesmo, há uma coisa que escapou ao Gasparzinho, (que ele não consegue colocar no Excel), chama-se confiança, a população entrou em modo de sobrevivência, uns porque não tem outra opção (estão desempregados), outros por precaução. Este governo cometeu um erro crasso, do qual dificilmente recuperará, assustou de tal maneira as pessoas que pouco são os que continuam a gastar como antes, mesmo tendo dinheiro para o fazer.

Em relação ao consumo este natal vai ser um fiasco, mesmo com rectificativo o défice vai ser maior do que o esperado.
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por artista_ » 23/10/2012 22:26

pc05 Escreveu:
Queda da receita fiscal acelera no último mês
23 Outubro 2012 | 19:20
Nuno Aguiar - naguiar@negocios.pt

A receita com impostos continuou a cair em Setembro e a um ritmo mais elevado do que no mês anterior. Segundo, o relatório da execução orçamental, até Setembro, a receita fiscal caiu 4,9%.

"Entre Janeiro e Setembro de 2012, regista-se uma variação homóloga de -4,3% na receita líquida acumulada de impostos directos, sendo que a receita do IRS continua a apresentar uma variação positiva (2,6%)", escreve a Direcção-geral do Orçamento (DGO). "No caso dos impostos indirectos, verificou-se uma variação homóloga da receita líquida acumulada de -5,4%."

A quebra da receita fiscal é o principal responsável pela derrapagem do esforço de consolidação orçamental, que acabou por obrigar a troika a flexibilizar as metas de défice para este ano e o próximo. O Governo subestimou o efeito das medidas de austeridade no consumo dos portugueses, cuja retracção afectou muito negativamente a receita conseguida com impostos.

A queda surpreendeu o Governo e continua a aprofundar-se face ao mês anterior. Até Agosto, a receita fiscal estava a cair 2,4%, tendo acelerado para mais do dobro num só mês (4,9%). Entre todos os impostos, só o IRS e o Imposto Único de Circulação (IUC) registam um crescimento da receita. Todos os outros caem.


É o princípio do fim deste modelo e governo!


Não sei é como é que continuam a insistir no OE2013 com estes dados?!

Já cheguei a pensar que é para obrigar os portugueses a sofrer, para nunca se esquecerem de não voltarem aos mesmos erros... e que depois acabarão por nos salvar, de uma ou de outra forma, mais ou menos pobres...

Hoje vi no CM que a dívida externa de Portugal, incluindo os particulares e as empresas, está na casa dos 400% (acho que são 425%?!)... como é que é possível chegarmos aqui? Quem foram os maiores culpados?! se é que há culpados...
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Cortes na despesa!

por Hramos3 » 23/10/2012 22:23

Os cortes que aí vêm

Prestações
Os cortes que aí vêm
Novos cortes no valor do subsídio de desemprego, dos complementos para idosos, das prestações por morte e do Rendimento Social de Inserção. Poucos escaparão às poupanças. Conheça a proposta que o Ministério da Solidariedade enviou hoje aos parceiros ssociais



Subsídio de desemprego
1 - Redução do valor mínimo das prestações

Agora

€419,22

(100% do IAS - Indexante dos Apoios Sociais)

Proposta do Governo

€377,29

(90% do IAS)

2 - Redução das prestações do subsídio social de desemprego:

a) Se viver sozinho

Agora

€335,38

(80% do IAS)

Proposta do Governo

€301,83

(72% do IAS)

b) Se tiver agregado familiar

Agora

€419,22

(100% do IAS)

Proposta do Governo

€377,29

(90% do IAS)

Prestações por morte
1 - O subsídio por morte passa a ter um valor fixo

Agora

Montante variável conforme rendimento com o limite máximo de €2 515,32 (6 IAS)

Proposta do Governo

Montante fixo de €1 257,66 (3 IAS)

2 - Novo limite do reembolso das despesas de funeral

Agora

Limite máximo de €1 676,88 (4 IAS)

Proposta do Governo

Limite máximo de €1 257,66 (3 IAS)

Complementos para idosos
1 - Complemento por dependência de 1.° grau

Este subsídio (no valor de €97,70 por mês, que são acrescentados à pensão) deixa de ser atribuído aos pensionistas cuja pensão seja superior a €600. É relativo a "pessoas que não possam praticar, com autonomia, os atos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: atos relativos à alimentação ou locomoção ou cuidados de higiene pessoal"

2 - Complemento por cônjuge a cargo

Este subsídio (no valor de €36,80 por mês) deixa de ser atribuído aos pensionistas cuja pensão seja superior a €600. Trata-se de um apoio em dinheiro que é dado a pensionistas cujo cônjuge não tenha rendimentos

3 - Complemento solidário

Agora

Para se ter direito a este subsídio, os rendimentos anuais do idoso têm de ser inferiores a €5 022

Proposta do Governo

Para se ter direito a este subsídio, os rendimentos anuais do idoso têm de ser inferiores a €4 909

Rendimento Social de Inserção
1 - Corte no valor da prestação

Agora

O titular recebe €189,52 de base, mais um montante por cada membro do agregado

Proposta do Governo

O titular recebe €178,14 (42,495% do IAS) de base, mais um montante por cada membro do agregado



Ler mais: http://visao.sapo.pt/os-cortes-que-ai-v ... z2A9wSw7UO
 
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por PC05 » 23/10/2012 22:11

Queda da receita fiscal acelera no último mês
23 Outubro 2012 | 19:20
Nuno Aguiar - naguiar@negocios.pt

A receita com impostos continuou a cair em Setembro e a um ritmo mais elevado do que no mês anterior. Segundo, o relatório da execução orçamental, até Setembro, a receita fiscal caiu 4,9%.

"Entre Janeiro e Setembro de 2012, regista-se uma variação homóloga de -4,3% na receita líquida acumulada de impostos directos, sendo que a receita do IRS continua a apresentar uma variação positiva (2,6%)", escreve a Direcção-geral do Orçamento (DGO). "No caso dos impostos indirectos, verificou-se uma variação homóloga da receita líquida acumulada de -5,4%."

A quebra da receita fiscal é o principal responsável pela derrapagem do esforço de consolidação orçamental, que acabou por obrigar a troika a flexibilizar as metas de défice para este ano e o próximo. O Governo subestimou o efeito das medidas de austeridade no consumo dos portugueses, cuja retracção afectou muito negativamente a receita conseguida com impostos.

A queda surpreendeu o Governo e continua a aprofundar-se face ao mês anterior. Até Agosto, a receita fiscal estava a cair 2,4%, tendo acelerado para mais do dobro num só mês (4,9%). Entre todos os impostos, só o IRS e o Imposto Único de Circulação (IUC) registam um crescimento da receita. Todos os outros caem.


É o princípio do fim deste modelo e governo!
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por PC05 » 23/10/2012 22:07

MiamiBlueHeart Escreveu:
pc05 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

No Diário Económico

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012.

Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.

No total os bancos portugueses aumentaram a exposição à dívida soberana do país em 7,4 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Desse montante, 5,4 mil milhões foram canalizados para Obrigações do Tesouro, o que significa que esses títulos terão sido adquiridos em mercado secundário, uma vez que Portugal não emite dívida de médio e longo-prazo desde o pedido de resgate, em Abril de 2011. Ou seja, estas aplicações foram realizadas com o objectivo de investimento e não por necessidade de assegurar o financiamento do Estado. Uma espécie de ‘carry trade', generalizado um pouco por toda a Europa, onde os bancos levantavam o dinheiro a 1% no BCE, aplicando-o logo de seguida em títulos de dívida, cujas ‘yields', no caso da dívida portuguesa, atingiam os 15%.


E assim anda a disfuncional economia europeia.


Eles têm que pagar 9%/ano pelos CoCos ao estado....


Que interessa??

Conseguem financiamento a 1%!!

E em caso de necessidade extrema sabem que o Estado os apoiará.

Somos Governados a nível nacional e internacional por incompetentes.


Conseguem financiamento a 1% e então? Já o conseguiam antes e necessitaram do capital da troika (CoCos). O problema é pagá-los!
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por JMHP » 23/10/2012 17:50

mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:


Achas que os bancos podem recusar emprestar ao Estado?


Claro que podem, eles gerem os seus recursos como muito bem entendem... não me digas que achas que eles são obrigados a comprar dívida pública?!


Eu acho que eles não têem mesmo alternativa!
Se recusam o Governo cai...


Não é o governo que cai... É o país. Os bancos são parte fundamental e imprescindível do sistema financeiro, logo falhando os bancos falha o país como aconteceu na Irlanda.

Os bancos não são exclusivos para os cidadãos, mas também para o Estado que naturalmente é o maior cliente, sobretudo num país de pequena dimensão e de escala como é o nosso.
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por alexandre7ias » 23/10/2012 17:44

Relatório da UTAO
Prevista receita de 1,4 mil milhões sem "justificação"
Publicado hoje às 16:54
Dinheiro Vivo | Lusa
O relatório da proposta de Orçamento de 2013 (OE2013) prevê para 2012 uma receita de 1.400 milhões de euros para a qual "não se encontra justificação", afirmam os técnicos que dão apoio aos deputados.
Numa análise ao segundo orçamento retificativo de 2012, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) nota discrepâncias entre os números contidos no retificativo e os do OE2013.
.

Devem estar nas gavetas do Parlamento....


:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por Renegade » 23/10/2012 17:22



No caso do ISV, o Governo previa inicialmente que a receita até crescesse 7,5% este ano. No segundo rectificativo, a receita deste imposto em 2012 aparece a cair 34,2%. No entanto, a quebra na venda de carros tem sido tão forte que, nos primeiros oito meses do ano, a receita do ISV diminuiu 44,4%.O Governo também não explica como é que espera que a receita do ISV recupere nos últimos quatro meses do ano.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=585831



Digam-me lá se isto é ser um bom técnico? Prever +7.5% e na prática ficar a -44.4%

É justificável ou compreensível que alguém tão "tecnicamente qualificado" tenha as previsões tão furadas? Que credibilidade ele tem neste momento? Ainda é o "ministro-estrela"?
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por mais_um » 23/10/2012 17:18

O Gasparzinho continua a brincar ao Excel.... :shock: :shock:


UTAO: Governo continua a subestimar queda na receita do IRC e do ISV para este ano
23 Outubro 2012 | 17:06
Lusa

O segundo orçamento rectificativo para este ano corrige em baixa as previsões para a receita fiscal, mas continua a subestimar a quebra no IRC e no ISV, afirmam os técnicos de apoio à comissão parlamentar do Orçamento.
"A estimativa para a execução da receita fiscal em 2012 foi novamente revista em baixa" no rectificativo, lê-se numa análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). "Esta revisão em baixa vem corroborar as sucessivas análises técnicas da UTAO à receita fiscal."

No entanto, os técnicos parlamentares notam que, no caso do IRC (imposto sobre os rendimentos das empresas) e do ISV (imposto sobre veículos), a redução continua a estar aquém do que é previsível.

"A UTAO não encontra justificação para as revisões das estimativas menos desfavoráveis do que a execução tem revelado do ISV e do IRC", lê-se no documento.

No caso do IRC, o Governo previa inicialmente que a receita este ano caísse 5,3%. No segundo rectificativo, o IRC aparece a cair 9,7%. No entanto, nota a UTAO, a execução orçamental até agosto revela uma quebra de 22,9%.

O Governo prevê assim que o IRC recupere imenso nos últimos quatro meses do ano, "sem que haja uma adequada fundamentação".

No caso do ISV, o Governo previa inicialmente que a receita até crescesse 7,5% este ano. No segundo rectificativo, a receita deste imposto em 2012 aparece a cair 34,2%. No entanto, a quebra na venda de carros tem sido tão forte que, nos primeiros oito meses do ano, a receita do ISV diminuiu 44,4%.O Governo também não explica como é que espera que a receita do ISV recupere nos últimos quatro meses do ano.

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por artista_ » 23/10/2012 16:07

mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:


Achas que os bancos podem recusar emprestar ao Estado?


Claro que podem, eles gerem os seus recursos como muito bem entendem... não me digas que achas que eles são obrigados a comprar dívida pública?!


Eu acho que eles não têem mesmo alternativa!
Se recusam o Governo cai...


Como? Não estou a perceber! Que raciocínio é esse?! :shock:
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por mfsr1980 » 23/10/2012 16:01

artista Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:


Achas que os bancos podem recusar emprestar ao Estado?


Claro que podem, eles gerem os seus recursos como muito bem entendem... não me digas que achas que eles são obrigados a comprar dívida pública?!


Eu acho que eles não têem mesmo alternativa!
Se recusam o Governo cai...
 
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por Opcard » 23/10/2012 16:00

Este é o verdadeiro drama e é valido para varias zonas na Europa , como as regiões ricas estão cansadas de pagar , os seus povos votam para deixar os pobres ao abandono .


"............O Estado é, de longe, o maior empregador da Região. Não há sector de actividade que sobreviva sem subsídios, subvenções e/ou incentivos. Cerca de vinte mil pessoas beneficiam do Rendimento Social de Inserção (o que, tendo em conta a dimensão média das famílias açorianas, pode atirar a dependência efectiva para mais de um quinto da população). Isto fora subsídios de desemprego, pensões de toda a ordem, aposentações e apoios eventuais da Assistência Social. E foi esse status quo que esta maioria absoluta se esforçou por preservar - foi esse medo e foi esse instinto primário de sobrevivência que, em última análise, desequilibrou as eleições.

Claro: o peso do Estado, numa região dispersa por nove pequenos pedaços de terra espalhados pelo Atlântico Norte, é e tem de ser significativo. Mais do que significativo, tem de ser grande. Mas assentar um modelo de de-senvolvimento na Segurança Social é, em qualquer contexto político ou económico, uma loucura. E se a Segurança Social está à beira do precipício, como é o caso, os riscos de convulsão social, até de insegurança - fora todas as demais desregulações, isto é - tornam-se tremendos. Desse ponto de vista, a catástrofe não apenas não desapareceu do horizonte, como inclusive se espreguiçou e pôs de pé."


por JOEL NETO
 
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